Um em cada cinco brasileiros paga aluguel; proporção foi de 12% para 20% em 2 décadas

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A maioria da população brasileira vive em casa própria, conforme revelou o levantamento Características dos Domicílios, do Censo 2022, divulgado na manhã desta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, no entanto, registra que tem ocorrido uma queda contínua desse porcentual nas últimas duas décadas, em todo o País, com um aumento proporcional das pessoas que pagam aluguel.

De acordo com os dados do último Censo, 72,7% da população vive em domicílios próprios (sejam eles comprados e quitados, em financiamento, herdados ou doados). A porcentagem era um pouco mais alta em 2000, chegando a 76,8%. Em compensação, o número de pessoas pagando aluguel, que vinha caindo entre 1980 e 2000, voltou a subir nas duas décadas seguintes, passando de 12,3% para os atuais 20,9%. Os pesquisadores do IBGE não sabem ainda explicar os fatores por trás desse movimento, uma vez que nem todas as informações do Censo 2022 foram divulgadas - faltam, por exemplo, os dados de renda por domicílio, cruciais para essa análise. Mas eles arriscam algumas teorias.

'Processo nacional'

"A gente não tem no Censo nem em outras fontes de dados algo que nos permita interpretar essas informações", explicou o pesquisador Bruno Mandelli Perez, responsável pelo levantamento do IBGE. "Mas podemos dizer que é um processo nacional, que ocorre em praticamente todas as unidades da federação, principalmente de 2010 a 2022. O fato de ser um processo bem disseminado no território nacional nos leva a eliminar algumas causas, como políticas urbanas específicas e fluxos migratórios (tipicamente, Estados que recebem mais migrantes tendem a ter porcentagens maiores de pessoas vivendo de aluguel)."

O aumento do número de pessoas vivendo em imóveis alugados não é necessariamente um indicador de vulnerabilidade social, como esclarece o pesquisador. Tanto é assim que a participação dos municípios com os maiores porcentuais de imóveis alugados está, justamente, nas unidades da federação mais ricas, como São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal. Dentre os municípios com mais de cem mil habitantes, por exemplo, a cidade turística de Balneário Camboriu (SC) é a que tem mais imóveis alugados (45,2%).

'Mudanças culturais'

"Do ponto de vista individual, a maioria das famílias prefere ter algum patrimônio", disse o pesquisador. "Mas mudanças culturais podem ditar novas maneiras de acumular esse patrimônio, que não seja por meio da posse de uma casa."

O relatório da reforma tributária apresentado nesta semana pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) determina que pessoas físicas possam ser tributadas ao alugar ou arrendar imóveis, caso obtenham rendimento superior a R$ 240 mil por ano com atividades imobiliárias e sejam proprietárias de mais de três imóveis.

Qualidade

Do ponto de vista da qualidade das residências, os novos dados do Censo mostram que a situação vem melhorando ao longo das últimas décadas.

Pelo menos 87% da população vive em domicílios com paredes externas de alvenaria com revestimento ou taipa com revestimento - aumento de oito pontos porcentuais em relação a 2010. Em seguida aparecem as casas de alvenaria sem revestimento, com 7,6%, e as residências feitas com materiais reaproveitados, com 4,1%.

O Censo revelou também que metade da população vive em residências com pelo menos seis cômodos, enquanto 29,2% moram em domicílios com cinco cômodos. O IBGE entende como "cômodo" cada compartimento do domicílio, incluindo banheiro e cozinha.

O levantamento do IBGE apurou também a proporção de pessoas que tinham máquina de lavar roupa e acesso à internet em casa. Em 2000, apenas 31,8% da população tinham máquina de lavar. A porcentagem passou para 46,9% em 2010 e, finalmente, para 68,1% em 2020. Também de acordo com o Censo 2022, 89,4% da população tinha acesso à internet em casa.

Balneário Camboriú lidera ranking, com 45,2% em imóveis alugados

Balneário Camboriú, em Santa Catarina, é o município com mais de cem mil habitantes com a maior porcentagem de pessoas vivendo em imóveis alugados (45,2%), de acordo com o levantamento Características dos Domicílios, do Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o Censo 2022, a população de Balneário Camboriú é de 139.155 pessoas - o que representa um aumento de 28,74% em relação ao Censo de 2010. A população da cidade, no entanto, é flutuante, podendo chegar a mais de 500 mil pessoas durante o verão.

Outro dado curioso sobre o município também levantado pelo IBGE: trata-se da segunda cidade do País com a maior proporção de pessoas morando em apartamentos, 57,22% da população.

Casas e apartamentos

Em apenas três municípios do Brasil as casas não são o tipo de moradia predominante. Além de Balneário Camboriú, aparecem Santos (63,45%), no litoral paulista, e São Caetano do Sul (50,77%), na região metropolitana de São Paulo.

E é justamente pelo grande número de prédios imponentes (sete dos dez maiores do Brasil estão no município) que a cidade de Santa Catarina é conhecida como a "Dubai brasileira". O município também é conhecido como a Flórida brasileira por receber muitos aposentados.

Máquina de lavar

Entre as unidades da federação, Santa Catarina lidera com 94,2% da população em domicílios com máquina de lavar. No outro extremo, o Maranhão apresentou a menor taxa, com 27%. "Nota-se que o Maranhão, em 2022, tinha uma proporção de presença de máquina de lavar roupas inferior à média nacional verificada 22 anos antes, em 2000 (31,8%)", explica Bruno Perez, analista da pesquisa.

"Essa é a primeira divulgação a partir do questionário da amostra do Censo Demográfico 2022, que é um questionário mais extenso e foi aplicado em cerca de 10% da população brasileira. No momento, essa divulgação é preliminar, pois o IBGE ainda não delimitou as áreas de ponderação, um processo, já em curso, que passa por consulta às prefeituras, para que as áreas estejam aderentes ao planejamento das políticas públicas", explica Bruno Mandelli, analista da gerência de Indicadores Sociais do IBGE.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Fada Santoro, um dos grandes nomes do cinema nacional, morreu no último domingo, 15, aos 100 anos, em sua casa no Rio de Janeiro.

A informação foi confirmada pelo cineasta Carlo Mossy nas redes sociais. A atriz havia recebido alta hospitalar após tratamento contra a Covid-19, doença que enfrentava há uma semana.

A estreia de Fada no cinema foi no final da década de 1930, no filme O Samba da Vida. Nos anos 1940, ela consolidou sua trajetória nas chanchadas, gênero de comédia musical popular, atuando ao lado de nomes como Grande Otelo e Oscarito.

A artista teve vários papéis até se consagrar em 1949 no filme A Escrava Isaura, iniciando a fama cinematográfica ao lado do ator Cyll Farney. Os dois posteriormente estrelaram longas como Pecado de Nina e Tocaia, ambos de 1951, e Areias Ardentes, de 1952.

Na década de 1950, Fada chegou a protagonizar filmes na Argentina, como La Delatora, de 1955.

Ela se afastou da atuação no início dos anos 1960, após o seu casamento com o polonês Michael Krymchantowski, com quem teve três filhos.

Um de seus últimos trabalhos foi na a novela A Rainha Louca, da TV Globo, de 1967, onde fez uma pequena participação. Desde então, reclusa, Fada evitava dar entrevistas e pouco aparecia em público.

Na semana passada, Luana Piovani disse nas suas redes sociais que rasparia os cabelos, mas tudo não passou de uma brincadeira.

A apresentadora mostrou que está mesmo de visual novo, mas com os cabelos longos e cor-de-rosa.

A mudança no visual se deu para as fotos de divulgação da terceira temporada de Luana é de Lua, série do Canal E! comandado por Luana.

Marcelina, a cabeleireira responsável pela transformação, explicou que escolheu um tom de rosa suave que mesclou com a cor natural do cabelo de Luana.

"Para entregar a cor ideal para essa musa de tanta personalidade e autenticidade, levamos em consideração seu tom de pele, seu desejo de imagem e o que era necessário para a atmosfera etérea das fotos da campanha", explicou a profissional.

Na série Luana é de Lua, Piovani discute temas contundentes e polêmicos. Em cada episódio, ela recebe convidados para falar sobre separação, machismo, maternidade, mundo virtual, saúde mental, entre outros temas do repertório da apresentadora.

Confira aqui

A batalha judicial pela herança de Gugu Liberato chegou ao fim. Os três filhos e os cinco sobrinhos do apresentador dividirão um patrimônio total de R$ 1,4 bilhão.

De acordo com o testamento do comunicador, 75% da herança será destinada a seus três filhos, João Augusto, Marina e Sofia. Os outros 25% irão aos sobrinhos, em uma soma que equivale a R$ 350 milhões -- a serem divididos por cada um deles. Mas, afinal, quem são os sobrinhos do apresentador?

Três dos sobrinhos são filhos do irmão mais velho de Gugu, Amandio Liberato. Alexandre Liberato, de 38 anos, mora em Piracicaba, onde é dono de uma franquia de beleza ao lado da mulher, Raquel.

André Liberato, de 35 anos, também filho de Amandio, trabalhava ao lado do tio cuidando da área comercial dos programas do apresentador. Já Amanda Liberato, de 34 anos, a caçula dos irmãos, trabalha como chef de cozinha. Ela comanda a Confeitaria Afetiva.

Os outros dois sobrinhos são filhos de Aparecida Liberato, irmã de Gugu e responsável pelo espólio do apresentador. Com redes sociais fechadas e vivendo longe dos holofotes, Rodrigo Caetano, de 37 anos, e Alice Caetano, de 35, também foram beneficiados com a herança do tio.

Entenda a disputa pela herança de Gugu Liberato

Em seu testamento, Gugu não reconheceu Rose Miriam, mãe de seus filhos, como companheira em união estável o que deu início aos processos pela divisão. O documento nomeou a irmã do apresentador, Aparecida Liberato, como responsável por cuidar de seu espólio (bens divididos entre os herdeiros). Nele, 75% do patrimônio foi deixado para aos três filhos com Rose e os 25% restantes para os cinco sobrinhos; além de destinar uma pensão vitalícia para mãe, Dona Maria do Céu, de R$ 163 mil.

"Meu pai tinha a ideia de que a geração dos filhos sempre apoiaria os pais, por isso não deixou nada para os meus tios e tias mas deixou para os sobrinhos. Ele deixou para os filhos para que, se algo acontecesse, pudéssemos ajudar", disse João Augusto Liberato em entrevista ao Fantástico.

Na ocasião, o jovem se colocou contra a posição da mãe e das irmãs, as gêmeas Marina e Sofia, hoje com 20, que a apoiavam na busca pelo reconhecimento de união estável e divisão da herança. "Meu pai nunca quis se casar, era um desejo dele. Eu só queria defender o desejo do meu pai. Tudo poderia ter sido resolvido em uma conversa em família".

"A família ficou dividida na época. Eu tinha opiniões diferentes das minhas irmãs então ficou um clima ruim", relembrou João que optou por seguir o posicionamento da tia e inventariante da herança.

Aparecida Liberato também se manifestou sobre o caso e afirmou ter passado por momentos difíceis enquanto inventariante. Questionada sobre a posição de Rose durante a disputa, a irmã de Gugu preferiu não comentar, se restringindo a dizer que o caso poderia ter sido solucionado em um tempo muito menor já que foram "cinco anos de dor".

O fim da disputa teve início em uma conversa promovida por João Augusto com as irmãs, a mãe e advogados da família. Meses após o encontro, em agosto, Rose deu fim ao processo para reconhecimento de união estável. "Qual o sentido disso? Provar que sou companheira? Pus um ponto final para que meus filhos pudessem dar início à divisão" afirmou Rose. Segundo ela, o caso deixou mágoas mas ainda há amor pela família do apresentador e vontade de uma reconciliação.

Com a divisão, Rose declarou que está financeiramente bem e revelou que os valores garantidos com o fim da disputa são mais altos que o esperado.