Risco de gripe aviária à população segue baixo, mas mutação preocupa

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O governo da Califórnia, nos Estados Unidos, declarou estado de emergência de saúde pública na quarta-feira, 18, por causa do atual contexto da gripe aviária (H5N1) na região. A decisão ocorreu após um morador da Luisiana ser hospitalizado com a doença - o primeiro caso grave confirmado no país.

O vírus tem mostrado notável capacidade de adaptação nos últimos anos, causando crise na avicultura e se espalhando entre o gado e outros mamíferos - além de já infectado 61 humanos nos Estados Unidos. Até quinta-feira, 19, o país registrava 125 milhões de aves e 866 rebanhos leiteiros afetados.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, afirmou que o risco para a população geral permanece baixo e que a declaração de emergência objetiva estimular a prevenção para que o vírus não se dissemine. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reitera essa avaliação. Segundo a entidade, o H5N1 ainda não se espalha facilmente para a nossa espécie.

Além disso, o registro de um novo caso grave não é um sinal alarmante de disseminação da doença, segundo a infectologista Nancy Bellei, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Ela destaca que ocorrências assim são esperadas e que já aconteceram no passado, como no surto de 2003, e em outros locais, inclusive recentemente no Canadá.

Há, porém, preocupação com a crescente propagação do vírus entre espécies de animais diferentes. A cada nova infecção, aumenta o risco de mutação para uma forma mais transmissível para humanos. Por isso, a OMS classifica a circulação contínua desse vírus como "preocupante", pois pode se tornar mais contagioso, além de já causar doenças graves, até fatais. "A preocupação é mundial porque os vírus da influenza têm uma capacidade de mutação grande, levando ao risco de causar pandemias", diz Ralcyon Teixeira, diretor da divisão médica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

É PERIGOSO? Até agora, não há evidências de que o vírus consiga se espalhar entre pessoas. Os casos em humanos ainda são considerados raros e limitados a exposições específicas a animais infectados ou a seus dejetos, especialmente entre quem lida diretamente com espécies que transmitem o vírus. Assim, os riscos seguem baixos. Mas o que tem preocupado pesquisadores é o risco de mutação por coinfecção, o que poderia facilitar a transmissão sustentada do vírus. "Pode ocorrer de uma pessoa já infectada com outro vírus influenza contrair o H5N1 e que eles se combinem", diz Nancy. Segundo ela, isso acontece com frequência. "Todas as pandemias de influenza anteriores foram causadas por combinações de diferentes vírus", explica.

Gravidade

Segundo a OMS, entre janeiro de 2003 e 1.º de novembro de 2024, foram registradas 939 infecções por vírus aviários em humanos, relatadas em 24 países. Destas, 464 foram fatais (49% dos casos), indicando uma alta letalidade.

A maioria dos 61 casos em humanos relatados nos EUA, porém, foi leve, com sintomas como conjuntivite. Outros sintomas da doença são febre alta, tosse e dificuldade respiratória. Até então, os casos oficialmente documentados pela OMS de H5N1 em humanos tinham alta letalidade, comenta Nancy. "Como já visto na Europa e na Ásia anteriormente, houve agora um caso grave."

Além dos registros nos EUA, a OMS contabilizou outras quatro ocorrências de infecção por H5N1 em outros países nos últimos meses.

Pandemia só ocorrerá se houver transmissão do vírus entre humanos

Uma pandemia de gripe aviária só acontecerá quando (e se) o vírus adquirir a capacidade de ser transmitido continuamente de pessoa para pessoa, sem depender de contato com outros animais (transmissão sustentada) e caso a população não tenha imunidade para combatê-lo.

Em julho, pesquisadores da Universidade Cornell, nos EUA, encontraram evidências de transmissão sustentada da gripe aviária entre mamíferos, a partir de estudos com o gado. Nancy Bellei, da SBI, ao ser consultada na época, explicou que isso seria preocupante porque mamíferos como vacas são biologicamente mais próximos dos humanos do que aves, aumentando o risco de uma mutação capaz de facilitar a transmissão entre os seres humanos.

Agora, a infectologista diz que há riscos, mas é preciso parcimônia, já que não é possível afirmar quão longe estaria uma mutação capaz de atingir humanos. "Mas sabemos que está muito mais próximo do já esteve antes, por essa disseminação entre outros animais."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Malu Barbosa, sócia e amiga de Preta Gil, fez uma atualização sobre o estado de saúde da cantora. Preta, que enfrenta um câncer desde o começo de 2023, retirou tumores em um procedimento que demorou cerca de 20 horas na quinta, 19.

"Por aqui tudo bem. Tudo como programado. Obrigada pelas mensagens e pela energia positiva. Preta é muito forte", escreveu Malu na manhã deste sábado, 21.

A intervenção médica foi realizada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde ela segue internada. Inicialmente, o procedimento cirúrgico seria realizado no domingo, 15, mas foi adiado.

Na sexta, Flora Gil, madrasta de Preta, afirmou à revista Quem que a cantora teve uma boa cirurgia: "Longa como esperada, e agora a equipe médica irá analisar dia após dia de recuperação. Sabemos que será lenta e por isso a calma e o dia após dia será nosso foco."

Nas redes sociais, o músico Francisco Gil - filho de Preta - também falou sobre o procedimento médico. "Ela é uma guerreira e passou por mais essa. Seguimos fortes. Muito amor. Axé", disse.

Preta Gil foi diagnosticada com câncer de intestino no início de 2023. Entre os sintomas que a fizeram suspeitar de um problema de saúde estavam uma intensa constipação intestinal e fezes achatadas, com muco e sangue.

À época, ela realizou sessões de radioterapia e tratamento cirúrgico. A artista também teve de passar por uma histerectomia total abdominal, procedimento que consiste na remoção do útero.

Após o tratamento primário, entrou em uma fase sem manifestação da doença, comumente chamada de "remissão", conforme médicos ouvidos pelo Estadão. Em outras palavras, o câncer não era mais detectável por exames físicos, de imagem, tomografia e/ou sangue.

Em agosto de 2024, porém, a artista informou que o câncer havia voltado e foi detectado em dois linfonodos, no peritônio - membrana na cavidade abdominal que envolve órgãos como estômago e intestino - e no ureter.

Em 2024, Zeca Pagodinho comemora os seus 40 anos de carreira. Como ponto final nestas celebrações, o cantor se apresenta no Rio de Janeiro neste fim de semana. Mas antes, o intérprete do hit Deixa a Vida Me Levar concedeu uma entrevista ao repórter Chico Regueira, no Jornal Hoje desta sexta-feira, 20.

Na conversa, Zeca Pagodinho reforçou que vai dar uma pausa nos shows. Ele já tinha anunciado uma pausa de cinco meses para se dedicar à família.

"Eu preciso ver meus netos crescerem, quero andar junto com eles, buscar na escola, na creche", disse, acrescentando que sofre muito quando está distante da família, cumprindo a agenda de shows.

Zeca é avô de seis netos e espera o sétimo que deve nascer em abril.

Na entrevista, Zeca Pagodinho falou ainda sobre seus grandes parceiros, como Beth Carvalho (1946-2019), Arlindo Cruz e Almir Guineto (1946-2017) e sobre a criação do Instituto Zeca Pagodinho. A organização oferece aulas de música para crianças de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. "Todo mundo precisa de música. Música é um remédio", declarou o sambista ao explicar o porquê da fundação do Instituto.

A conversa acaba com Zeca falando sobre os planos para o futuro, depois do hiato de cinco meses nos shows. O músico, que completará 66 anos em fevereiro, foi direto ao assunto e disse que pretende fazer "quase nada".

O primeiro trailer do novo filme do Superman foi lançado nesta quinta-feira, 19, e apresentou uma série de novidades da nova encarnação do Homem de Aço. Além de termos os primeiros vislumbres dos atores David Corenswet como Kal-El, Nicholas Hoult como Lex Luthor e Rachel Brosnahan como Lois Lane, outros personagens dos quadrinhos também deram as caras. Guy Gardner, um dos Lanternas Verdes mais famosos da DC, apareceu brevemente em uma das cenas divulgadas.

O papel será vivido pelo ator Nathan Fillion, que já colaborou com o diretor James Gunn em outros projetos. Outra aparição que chamou atenção dos fãs foi a da Mulher-Gavião, interpretada pela atriz Isabela Merced. Encerrando as surpresas, dois personagens mais obscuros dos gibis também ganharam tempo de tela: o Sr. Incrível, interpretado por Edi Gathegi, e o Metamorfo, vivido por Anthony Carrigan.

O longa, que será lançado em 2025, é o início de um novo universo cinematográfico compartilhado da DC - o DCU (DC Universe, em inglês). A continuidade antiga, estruturada pelo cineasta Zack Snyder ao longo de filmes como Batman vs Superman: A Origem da Justiça, Mulher-Maravilha e a Liga da Justiça, foi abandonada após seguidas decepções nas bilheterias.

O controle criativo do novo universo foi dado ao produtor Peter Safran e ao diretor James Gunn. O cineasta foi responsável pela criação e o sucesso da trilogia de filmes dos Guardiões da Galáxia na Marvel. Em 2021, ele já havia dirigido um filme para a DC - O Esquadrão Suicida -, mas agora é o responsável por todos os longas do estúdio.

Além de novos filmes e personagens, Gunn promete uma nova abordagem em relação aos super-heróis. Se o antigo universo se preocupou em estabelecer as histórias de origens de cada herói, o diretor planeja pular essa parte e ir direto para a ação. "Eu não vou contar novamente as origens do Batman ou do Superman, porque todo mundo já as conhece", afirmou o cineasta em suas redes sociais. Com isso, o novo filme do Homem de Aço começa com o protagonista já estabelecido como um super-herói.

Em outras entrevistas, o cineasta também afirmou que planeja contar histórias que não se preocuparão em estabelecer uma grande conexão entre filmes. "Eu nunca vou sacrificar um momento da narrativa para preparar algo para uma obra futura", afirmou ao site norte-americano Screen Rant. A estratégia é diametralmente oposta aos planos da Marvel, que se consolidou em Hollywood ao lançar dezenas de filmes interconectados.

"Estamos construindo um mundo compartilhado, não uma narrativa compartilhada. Não é uma história que tenha começo, meio e fim, mas sim um universo que as pessoas podem entrar e vivenciar", afirmou o diretor ao site norte-americano IGN. Com isso, a expectativa do cineasta é de que as obras do novo universo explorem abordagens e temas diferentes e não se limitem a um denominador comum compartilhado pelo DCU. "Cada projeto trará uma visão diferente dos artistas que estão trabalhando nele."

Quem é Guy Gardner?

A aparição de Nathan Fillion no trailer empolgou os fãs dos quadrinhos. O ator viverá Guy Gardner, importante membro dos Lanternas Verdes - um grupo de patrulheiros intergalácticos que mantém a paz no universo dos quadrinhos da DC. Ao longo das décadas, diferentes personagens assumiram o manto do Lanterna Verde, mas Gardner talvez seja um dos mais polêmicos.

Diferentemente de nomes como Hal Jordan e John Stewart - guerreiros esmeraldas que foram adaptados para mídias como filmes, séries, animações e video games -, o personagem de Fillion não é tão conhecido do público. Explosivo, temperamental e violento, Gardner é um contraponto a postura mais comedida de boa parte da Tropa dos Lanternas Verdes.

Em suas redes sociais, James Gunn revelou que o personagem "se encaixa" na história que ele planeja contar no novo filme do Superman. O papel dele na trama ainda não foi detalhado, mas deve ser substancial. Uma série dos Lanternas Verdes está sendo desenvolvido para HBO e Max. A produção conta com os atores Kyle Chandler, que viverá Hal Jordan, e Aaron Pierre, que será John Stewart. Ainda não há data de estreia, mas as filmagens estão previstas para se iniciarem em janeiro de 2025.

Confira o trailer aqui