MP-SP quer que secretário de Nunes explique rejeição ao uso de câmeras pela GCM

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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) quer que o secretário de Segurança Urbana de São Paulo, Orlando Morando, explique sua declaração ao Estadão rejeitando o uso de câmeras corporais pela Guarda Civil Metropolitana (GCM).

O Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do MP-SP, foi quem formalizou o ofício, exigindo explicações detalhadas sobre as falas do secretário na entrevista, publicada no último dia 15.

Na ocasião, Morando argumentou que o uso do equipamento não se aplica à GCM, pois a corporação "não é uma força de segurança". O Gaesp, por outro lado, defende que as câmeras corporais são "necessárias", considerando que a GCM foi reconhecida como força de segurança pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão mencionada pelo Gaesp é de agosto de 2023, quando o plenário do STF firmou entendimento de que as guardas municipais integram o Sistema de Segurança Pública. Como mostrou o Estadão na época, há divergência entre os especialistas sobre o funcionamento desse entendimento na prática. Parte dos juristas diz que a decisão da Corte valida a legalidade das prisões e outras ações policiais pelas guardas. Por outro lado, há quem defenda que a decisão não altera o alcance da atuação das GCMs.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 21, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que a decisão de não colocar câmeras em GCMs é do "Executivo que foi eleito". "A gente optou por um sistema de monitoramento amplo, com 20 mil câmeras, que se algum guarda civil metropolitano cometer algum ato em desacordo com as normas legais, essas câmeras vão estar identificando. Não tem porque gastar recurso para colocar uma câmera em GCM se podemos usar o recurso para cuidar disso e também da cidade e da sociedade", afirmou o prefeito.

No ofício, o promotor Daniel Magalhães endereçou uma série de questionamentos ao secretário de Ricardo Nunes (MDB), incluindo se há alguma decisão formalizada sobre a negativa do uso de câmeras pela GCM e qual é o plano da pasta para implementar o equipamento na corporação, tendo em vista o cumprimento da portaria do Ministério da Justiça que estabelece diretrizes sobre o uso de câmeras corporais pelos órgãos de segurança pública. Assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski, a portaria inclui a GCM entre os órgãos de segurança pública sujeitos a essas instruções.

Magalhães também questiona se há dotação orçamentária para o uso do equipamento e qual o valor destinado à aquisição das câmeras, manutenção, armazenamento em nuvem, entre outros custos.

Desde o ano passado, o Gaesp tem um Procedimento Administrativo de Acompanhamento (PAA) com o objetivo de realizar o controle externo da GCM. Segundo o MP-SP, esse acompanhamento segue o reconhecimento da GCM como força de segurança, posição que o Ministério Público já defendia antes mesmo da decisão do STF.

Em entrevista ao Estadão, Morando justificou a negativa ao uso de câmeras argumentando justamente que a GCM não é uma força de segurança, e sim uma guarda patrimonial. Além disso, afirmou que, devido à baixa letalidade da corporação, não há razão para investir recursos nesse tipo de equipamento.

"Não se justifica fazer um investimento e gastar para equipar cada GCM com uma câmera se já temos o maior programa de proteção por meio do próprio Smart Sampa. Além disso, qual seria a motivação para usar câmeras? Qual foi a letalidade que um GCM cometeu que justificaria essa medida? Não há uma recorrência. É muito baixa. Não que não exista, porque é possível, mas não justifica o investimento", disse ele, na entrevista.

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Um sinal misterioso invade a sua televisão no meio da noite. A programação normal da TV é interrompida sem maiores explicações e, em vez do telejornal local, uma série de imagens e vídeos esquisitos são transmitidos em seu aparelho televisor. A qualidade do sinal é precária e parece emular a estética analógica de fitas VHS.

A transmissão conta com frases estranhas - "You will see such pretty things", ou "Você verá coisas tão bonitas", em português, e "Why do you hate?", ou "Por que você odeia?", em português - e modelos 3D de uma misteriosa face. E então, sem qualquer explicação, o sinal é interrompido e a programação usual retorna à TV.

O ocorrido, que mais parece uma cena de um filme de terror, aconteceu na noite dessa terça-feira, 29, durante a transmissão do telejornal News 19 Horas no canal do YouTube da Record News. Os responsáveis pela invasão não foram encontrados até o momento, mas o conteúdo veiculado viralizou na internet.

Trata-se do "Wyoming Incident", um vídeo criado no começo dos anos 2000 que se popularizou como uma creepy pasta - termo utilizado para descrever lendas urbanas virtuais - na internet.

A origem exata da história é incerta, mas a lenda afirma que o vídeo é fruto de uma misteriosa invasão em canais de televisão na região rural de Wyoming, nos Estados Unidos. Segundo a creepy pasta, os sons distorcidos e as imagens confusas fizeram com que os telespectadores se sentissem enjoados e passassem mal.

Apesar da lenda urbana ter ganhando bastante notoriedade na internet, trata-se de uma fabricação feita por entusiastas do Analog Horror - Terror Analógico em português. O subgênero é extremamente popular no mundo virtual e aposta na estética de vídeos analógicos antigos para produzir suspense e mistério.

No YouTube, é possível encontrar centenas de vídeos com essa temática. As produções amadoras contam com milhões de visualizações e seguem um mesmo padrão - imagens granuladas, sons distorcidos e ruídos estáticos. As narrativas das histórias costumam ser confusas e propositalmente fragmentadas, gerando a sensação de que não estamos enxergando todo o mistério apresentado.

Com forte inspiração no terror de found footage de filmes como A Bruxa de Blair e Atividade Paranormal, o terror analógico aposta na estética e nas limitações da tecnologia antiga para criar uma atmosfera tensa e aterrorizante.

É comum que produções de terror analógico se vendam como verdadeiras, apostando na imersão como um diferencial para conquistar o público. Para isso, o terror analógico costuma copiar a estética de programas de televisão antigos, anúncios governamentais e filmagens amadoras.

Apesar do grande sucesso do terror analógico ser fruto da internet, existem produções cinematográficas que adotaram alguns dos elementos do gênero. Filmes como Skinamarink, Entrevista com o Demônio e a franquia de terror V/H/S apostam, em menor ou maior grau, nas convenções que consagraram esse subgênero do horror.

O apresentador Gominho mostrou para seus 2,3 milhões de seguidores no Instagram na noite da última terça-feira, 29, que conseguiu escalar o Pico das Prateleiras e atingir o cume da pedra, a 2.460 metros do nível do mar. A trilha fica no Parque Nacional do Itatiaia, no Rio de Janeiro.

O desafio físico acontece apenas dias depois do velório de uma de suas melhores amigas, Preta Gil, de quem ele cuidou durante dois anos e meio enquanto a cantora tratava o câncer. Em uma entrevista a Ana Maria Braga, no mesmo dia do velório da amiga, Gominho contou que resolveu cuidar da própria saúde e eliminou mais de 60 kg por influência de Preta.

"Eu falei: 'não tem condições de eu querer estar cuidando dos outros e não cuidar de mim'. E foi quando saiu o segundo resultado da metástase [agosto de 2024] e eu comecei a cuidar de mim. Eu comecei tomando remédio de setembro a fevereiro e cortei para não ficar viciado. E aí estou desde então mantendo minha alimentação, fazendo exercício físico, durmo cedo", contou no Mais Você.

"Eu pesava 148 kg e estou com 87 kg agora. Eu estava lá em Salvador me cuidando, vivendo minha vida, treinando. E aí fui para a casa dela e comecei a não cuidar tanto de mim. Quando eu vi eu estava com quase 150 kg."

Silêncio e vento

Com mais preparo físico após seu processo de emagrecimento, que vai completar um ano, Gominho encarou o desafio e atingiu o Cume das Prateleiras. "2.460 metros de silêncio e vento formaram a sinfonia perfeita do meu toque de despertar", escreveu o apresentador em forma de poema.

Ele prosseguiu: "Sem medo e com candura, pois vento que venta cá venta lá. No cume eu cochilei pros carregos a pedra levar. E de pedras sempre saltei então nada vai me derrubar. Ao tempo aviso que estarei sempre aonde o amor está. E para tudo que sei, deixo o vento levar. E o que aprenderei o som do silêncio guardará."

Leandro Rogério Pereira Gama, conhecido como Leandro Abusado, cantor que fez sucesso no funk nos anos 2000, morreu aos 40 anos nesta segunda-feira, 28.

O funkeiro tratava a Síndrome de Fournier, uma infecção rara que atinge os tecidos moles entre o ânus e os órgãos genitais. Ele estava internado no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, na zona norte do Rio de Janeiro.

O cantor se tornou conhecido nos anos 2000, quando fazia parte da dupla Leandro e as Abusadas, com a cantora Maysa.

Recentemente, ele voltou aos holofotes com a música Aqui No Baile do Egito, que se tornou um sucesso nas redes sociais.

Em março, ele já havia feito um vídeo no hospital falando sobre sua condição. Na publicação, ele explica que passou duas semanas com inchaço nas partes íntimas antes de procurar ajuda médica.