Caso Marina Harkot: motorista que atropelou e matou ciclista em 2020 vai a júri popular

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Pouco mais de quatro anos após a ciclista e socióloga Marina Kohler Harkot, de 28 anos, ser atropelada e morta na Avenida Paulo VI, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, o motorista do Hyundai Tucson que a atingiu e fugiu sem prestar socorro será julgado. O júri popular de José Maria da Costa Júnior começa às 12h30 desta quinta-feira, 23, e tem duração prevista de dois dias.

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o réu será julgado no plenário 10 do Fórum Criminal da Barra Funda pelos crimes de homicídio qualificado com dolo eventual, omissão de socorro e embriaguez ao volante - os dois últimos estão previstos no Código Brasileiro de Trânsito.

"Na pauta, há sete testemunhas para serem ouvidas, sendo quatro de acusação, uma comum às partes e duas de defesa. Os trabalhos serão conduzidos pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro", diz o TJ-SP. O promotor de Justiça é Rodolfo Justino de Morais.

Cicloativista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Marina foi atingida enquanto trafegava de bicicleta pela Avenida Paulo VI às 0h17 de 8 de novembro de 2020. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado por uma policial de folga que circulava pelo local e presenciou o atropelamento, mas a jovem morreu no local.

A identificação do carro foi possível graças à policial testemunha, que anotou a placa do veículo. Depois, a polícia confirmou por meio de câmeras que aquele veículo circulava pela região no horário do ocorrido.

A Polícia Civil afirmou na época também que, após fugir do local sem prestar socorro, José Maria da Costa Júnior abandonou o veículo no centro da capital paulista. Ele se apresentou no 14.º Distrito Policial (Pinheiros) somente na tarde de 10 de outubro de 2020, mais de 48 horas após o atropelamento.

Em entrevista à TV Globo dias após o ocorrido, Costa Júnior disse que "não tinha noção da complexidade" do que tinha ocorrido e de que "alguém pudesse estar ali, que pudesse estar machucado". Segundo a policial que presenciou o atropelamento, havia boa iluminação e "com certeza, ele (Costa Júnior) viu a Marina".

A avenida em que Marina foi atropelada tem quatro faixas e a socióloga estaria pedalando na última, perto do parapeito, de acordo com a investigação. Na via, a velocidade máxima permitida é de 50 km/h.

Descrita como uma pesquisadora brilhante e sorridente, Marina concluiu a graduação e o mestrado na USP, onde também era pesquisadora colaboradora, pelo LabCidade, e cursava o doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP). Na academia, se tornou referência por reunir dados sobre gênero e mobilidade por bicicleta.

Em outra categoria

Uma pintura de Mark Rothko avaliada em US$ 56 milhões (R$ 318 milhões na cotação atual) foi danificada após uma criança "riscá-la" durante uma visita a um museu na Holanda.

O caso aconteceu na semana passada. O quadro era exibido como peça de destaque no Museu Boijmans Vans Beuningen, em Roterdã.

À BBC, um porta-voz do museu descreveu o dano como superficial. "Pequenos arranhões são visíveis na camada de tinta sem verniz na parte inferior da pintura", explicou.

"Foram requisitados especialistas em conservação na Holanda e no exterior. Atualmente, estamos pesquisando os próximos passos para o tratamento da pintura", completou.

A gerente de conservação da Fine Art Restoration Company, Sophie McAloone, disse ao veículo que pinturas modernas sem verniz, como a de Rothko são "particularmente suscetíveis a danos" por causa da "combinação de materiais modernos e complexos, da ausência de uma camada de revestimento tradicional e da intensidade dos campos de cores planas, que tornam até as menores áreas de danos instantaneamente perceptíveis."

"Nesse caso, arranhar as camadas superiores de tinta pode ter um impacto significativo na experiência de visualização da peça", concluiu.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Manoel Carlos, de 92 anos, reapareceu nas redes sociais nesta terça-feira, 29, em uma foto publicada pela filha, a atriz e empresária Júlia Almeida.

A imagem, que mostra pai e filha no apartamento onde vivem no Rio de Janeiro, marca a primeira aparição pública do autor desde que enfrentou uma piora no estado de saúde.

Conhecido por novelas como Laços de Família, Por Amor e Mulheres Apaixonadas, Manoel Carlos sofre de Parkinson e passou por uma cirurgia em dezembro.

Desde então, mantém uma rotina mais reservada. Em janeiro, Júlia negou rumores de que o pai estaria isolado e afirmou que o recolhimento foi uma escolha dele próprio.

"Ele é uma pessoa discreta, que pediu para ficar mais recluso. Está bem cuidado, com equipe médica e ao lado da minha mãe, como ele escolheu estar", declarou na ocasião.

Na legenda da publicação mais recente, Júlia compartilhou uma reflexão sobre pausas, simplicidade e criação com propósito. Sem mencionar diretamente o estado de saúde do pai, ela escreveu: "Pausar não é se afastar. É voltar pro corpo, pro que é simples, pro que já está aqui".

nome

O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) anunciou nesta quarta-feira, 30, uma seleção de artistas que vão se apresentar na 8ª edição do Prêmio Sim à Igualdade Racial. A iniciativa tem o propósito celebrar pessoas negras e indígenas, empresas e iniciativas que se destacam na luta pela igualdade racial no País.

João Gomes, Sandra de Sá, Belo, Gaby Amarantos e Djonga se unem a JotaPê, Majur e Os Garotin e vão se apresentar durante a cerimônia, que será realizada no próximo dia 7 de maio, quarta-feira, no Rio de Janeiro. Os melhores momentos serão transmitidos na Globo no dia 25, após o Fantástico.

Completam o line-up Altayr Veloso, cantor e compositor carioca; Dom Filó, DJ, produtor cultural e ativista do Movimento Negro; Maria Preta, rapper e poeta; Zaynara, cantora e compositora paraense; Kena Maburo, artista indígena, e Ilê Aieyê, primeiro bloco afro do Brasil, além das finalistas Djuena Tikuna e Kaê Guajajara, artistas e ativistas indígenas

"Nesta edição, reunimos artistas que representam a alma da música brasileira e que, com sua arte, reforçam a urgência da igualdade racial. Cada show é uma manifestação de afeto, ancestralidade e resistência", afirma o diretor Tom Mendes.

Além de premiar os destaques nos três segmentos principais, cultura, educação e empregabilidade, o prêmio neste ano também promete levantar questões relativas à mudança climática e a pautas de gênero, e buscar diálogos direcionados às regiões Norte e Nordeste do País.