Podemos ter mais casos graves de dengue neste ano, diz secretário de Saúde de SP

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Com a expansão do sorotipo 3 da dengue em São Paulo, o secretário de Saúde disse nesta quinta-feira, 23, que há possibilidade de o Estado enfrentar mais casos graves da doença em 2025. "Vamos ter um grande desafio neste ano", afirmou Eleuses Paiva na abertura do Centro de Operações de Emergências (COE), que coordenará as ações de combate ao Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e Zika.

No ano passado, São Paulo registrou mais de 2 milhões de casos prováveis de dengue, maior número de sua história. Em 2025, já são 29.604 casos e seis óbitos confirmados, e 31 municípios decretaram estado de emergência.

A preocupação do secretário é compartilhada por outras autoridades presentes no evento, como Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, e está relacionada à existência de diferentes sorotipos (DENV-1, 2, 3 e 4) e à forma como reagimos diante da infecção.

Ao contrair dengue, a pessoa fica imunizada permanentemente para o sorotipo que causou a infecção, mas não para os outros - por isso é possível contrair a doença até quatro vezes.

Além disso, em uma reinfecção com sorotipo diferente, nosso sistema imunológico fica confuso. Ele interpreta erroneamente o novo sorotipo como sendo o mesmo da infecção anterior, desencadeando uma resposta imune exacerbada.

Nessa circunstância, o organismo produz anticorpos "desatualizados" - eficazes apenas contra o primeiro sorotipo - que não conseguem neutralizar o novo vírus e, paradoxalmente, facilitam a replicação e a entrada do invasor nas células. Como resultado, há um maior risco de formas graves da doença.

Retorno do sorotipo 3

No ano passado, quando o Estado atingiu o recorde de infecções, os sorotipos de maior circulação foram o 1 e o 2. O sorotipo 3 retorna ao País após décadas, o que significa que há uma grande parcela da população sem defesas e, assim, suscetível à infecção. Ou seja, há uma grande preocupação com o possível aumento de casos de reinfecção.

"É isso que nos angustia. Portanto, talvez neste ano nós tenhamos mais casos de dengue grave. Por isso o manejo clínico é extremamente importante", disse Paiva no evento, que reuniu os secretários municipais de Saúde.

De fato, embora não haja um remédio ou terapia específico para a dengue, as mortes são consideradas evitáveis. A boa evolução do paciente depende da identificação precoce de sinais de alarme, que indicam um agravamento do caso, e também da celeridade no início do tratamento, focado principalmente na hidratação do paciente.

De acordo com Regiane de Paula, diretora da Coordenadoria de Controle de Doenças de São Paulo, o sorotipo 3 ressurgiu no Estado no ano passado "de uma forma bastante rápida".

Questionada sobre a porcentagem de infecções causadas pelo DENV-3, ela afirmou não ter a proporção. "Não é nem epidemiologicamente correto a gente quantificar neste momento. Mas sei por onde ele está entrando", afirmou.

"É pela região do noroeste paulista, São José do Rio Preto, e ele vai começar a descer, porque é natural", disse Regiane. "Tem um pouco já do município de São Paulo, região metropolitana também."

Ação estadual

A reunião foi marcada pela empolgação diante do anúncio de início de fabricação da vacina contra dengue do Butantan. A expectativa do instituto é fabricar 1 milhão de doses em 2025 e mais 100 milhões nos próximos três anos.

O imunizante, porém, ainda não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido está em análise no órgão e a expectativa é de que o parecer seja divulgado até meados de março.

Além disso, a vacina disponível no País, a Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, tem produção limitada e distribuição restrita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Dessa forma, as autoridades deixaram claro que não há expectativa de vacinação em massa para 2025, em linha com o posicionamento do Ministério da Saúde.

Significa que o combate à dengue em São Paulo deve focar nas medidas tradicionais, como conscientização sobre a eliminação dos criadouros dos mosquitos - a maioria deles está em áreas domiciliares - e uso de inseticidas.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) prometeu encaminhar R$ 228 milhões aos municípios até sexta, 24, para que eles possam investir nessas medidas. Parte do montante é referente ao adiantamento da quota fixa do Incentivo à Gestão Municipal do SUS São Paulo (IGM SUS Paulista).

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Após Kanye West (agora chamado de Ye) ter sua apresentação marcada para 29 de novembro, no Autódromo de Interlagos, vetada pela Prefeitura de São Paulo, o rapper agora procura um novo palco na cidade. Em contato com o Estadão por meio de sua assessoria, a Q2 Ingressos, que vende entradas para o show, afirmou que o artista ainda se apresentará na capital e que um novo local deve ser anunciado em breve.

"O show de Ye continua confirmado e vai acontecer", disse a companhia. "Mesmo após a revogação do local originalmente previsto, a produção do evento já está definindo um novo espaço para a realização do show."

"Pedimos a todos que fiquem tranquilos e aguardem um pouco mais - em breve divulgaremos pelas redes sociais o novo local. Também reforçamos que não procede a informação veiculada por alguns canais de fofoca sobre o cancelamento do evento ou sua transferência para o CENA2K."

Embora os organizadores ainda busquem um novo local, a empresa garantiu que, em caso de cancelamento, divulgará informações para reembolso.

O discurso antissemita de Ye

Em diversas postagens no X (antigo Twitter), West fez diversas postagens ofensivas, incluindo "Eu sou nazista", "Eu amo Hitler, e agora, vadias?", "Eu nunca vou me desculpar por meus comentários sobre judeus", "judeus na verdade odeiam pessoas brancas e usam pessoas negras" e "Eu sou racista, estereótipos existem por uma razão e todos eles são verdade".

Ele também foi processado por um ex-funcionário, Trevor Phillips, que alegou ter sido discriminado pelo rapper, atribuindo a ele frases como "os judeus querem acabar comigo" e "os judeus roubam todo o meu dinheiro" e "Hitler foi genial". Outro antigo empregado de West, Murphy Aficionado, o acusou de assédio, citando um incidente em que o antigo chefe o forçou a ouvir ele e sua parceira, Bianca Censori, fazendo sexo.

West chegou a se desculpar por suas falas antissemitas em 2023, mas voltou atrás e reforçou as falas preconceituosas no começo de 2025, mesma época em que afirmou ter descoberto que está no espectro autista. Ele voltou a pedir desculpas meses depois, dizendo estar "farto de antissemitismo".

Sabrina Carpenter está a caminho das telonas. A estrela do pop foi anunciada nesta terça-feira, 11, como a protagonista e produtora de um novo filme musical de Alice no País das Maravilhas.

O projeto, inspirado no livro surrealista de Lewis Carroll, está sendo produzido pela Universal Pictures. De acordo com a Variety, Lorene Scafaria (As Golpistas) será a diretora e roteirista. O livro encontra-se em domínio público.

Ainda sem título definido ou detalhes adicionais anunciados, o filme também terá entre os produtores Marc Platt, referência do cinema musical, e é o retorno da cantora de Manchild e Espresso ao mundo da atuação. Além de estrelar seus próprios clipes musicais, Sabrina Carpenter também atuou em projetos como Crush à Altura (2019) e Crush à Altura 2 (2022), Dançarina Imperfeita (2020) e O Ódio que Você Semeia (2018). Anteriormente, de 2014 a 2017, deu vida à rebelde Maya no seriado Girl Meets World, da Disney. O novo filme, no entanto, é seu primeiro grande projeto cinematográfico desde o sucesso comercial do disco Short n' Sweet (2024).

Alice no País das Maravilhas, eternizado nas telas com a animação de 1951 da Disney, ganhou uma versão live-action para os cinemas em 2010, em longa dirigido por Tim Burton e estrelado por Mia Wasikowska e Johnny Depp. Na história, Alice navega em um mundo novo que desafia sua identidade, seu amadurecimento e as regras da vida adulta.

Condenado a um ano de prisão em suspensão em março por assédio sexual, Oh Yeong-su, o Oh Il-nam/Jogador 001 de Round 6, teve sua condenação anulada por uma corte da Coreia do Sul nesta terça-feira, 11. O tribunal admitiu que o ator de 81 anos pode ter cometido o crime, uma vez que se desculpou com a vítima, mas colocou o incidente em dúvida, afirmando que "há a possibilidade de a memória da vítima ter se distorcido com o tempo".

De acordo com a BBC, a vítima afirmou à Womenlink que "apesar da decisão de hoje, continuarei a falar a verdade até o fim". Feita em 2021, a acusação de assédio sexual contra Oh se refere a um incidente de 2017, quando o ator teria abraçado e beijado a vítima sem seu consentimento duas vezes. O caso foi fechado no mesmo ano, mas reaberto em 2022. Em 2023, o ator admitiu ter se "comportado mal".

Em 2024, Oh foi condenado a uma pena suspensa - que permite que o condenado permaneça em liberdade mediante a algumas regras - de oito meses de prisão. Oh celebrou a decisão judicial em entrevista a veículos coreanos, afirmando que a corte teve "um julgamento sábio".

Vencedor do Globo de Ouro por Round 6, Oh é um celebrado ator na Coreia do Sul, trabalhando na TV e no cinema do país desde a década de 1960. Seu último trabalho foi justamente a série da Netflix, que chegou à sua terceira e última temporada em 2025. Um dos principais personagens dos episódios de estreia, ele voltou a aparecer em flashbacks no último ano.