Chuva em SP: cidade foi atingida por mais de 13 mil raios

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A cidade de São Paulo foi atingida por 13.190 raios durante a forte chuva que caiu na tarde dessa sexta-feira, 24, na véspera do aniversário da cidade. Segundo a Defesa Civil Estado, foram 6.292 raios que atingiram solo e 6.898 o número de raios que não atingiram o solo (somente registrados dentro das nuvens). A precipitação desta sexta foi o equivalente à quase metade do previsto para o mês na cidade.

O Brasil é líder mundial de registros de raios. Além dos riscos de acidentes e mortes, a maior quantidade de descargas pode aumentar problemas de interrupção de fornecimento de energia elétrica e de incêndios. Parte dos especialistas acredita que as mudanças climáticas podem favorecer a ocorrência desses fenômenos.

Um raio começa com pequenas descargas dentro da nuvem, que liberam os primeiros elétrons em direção ao solo. Quando essa descarga fica mais perto superfície, parte em direção a ela uma outra descarga com cargas opostas. Assim, é formado o canal do raio, por um onde passa grande fluxo de cargas elétricas.

A tempestade causou estragos, sobretudo nas regiões norte e oeste da cidade. Ruas e estações de metrô alagaram, além de vários registros de carros arrastados pela correnteza. Parte do teto do Shopping Center Norte, na Vila Guilherme, e o telhado de um edifício comercial na Vila Maria, ambos na zona norte, desabaram, mas não houve vítimas.

Neste sábado, a Linha 1-Azul do Metrô ainda opera em trecho menor - apenas entre as estações Jabaquara e Santana, por causa dos problemas causados pelos alagamentos do dia anterior.

Nos próximos dias, a previsão é de temporais entre o fim das tardes e o início da noite, ainda com sensação de tempo abafado. A chegada de uma frente fria ao litoral de São Paulo no domingo, 26, deve reforçar os temporais, principalmente a partir da tarde. As simulações atmosféricas mais recentes indicam que o forte calor, com temperaturas bem acima da média, deve diminuir a partir da segunda-feira, 27.

Neste sábado, o ar quente e úmido mantém a sensação de tempo abafado no decorrer do dia, com sol entre nuvens. Os termômetros das estações meteorológicas automáticas do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura devem registrar temperatura mínima de 21°C e a máxima por volta dos 32°C.

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A atriz Carolina Dieckmann compartilhou com seus seguidores no Instagram os estragos causados por macacos que invadiram sua cozinha. A artista não revelou se o episódio aconteceu em sua casa no Rio de Janeiro ou nos Estados Unidos, onde também mantém residência.

Em uma série de vídeos publicados nos Stories, Carolina mostrou a bagunça deixada pelos animais, que, segundo ela, "quebraram tudo" e ainda derrubaram a comida de seu gato, Chilli.

"Ai que delícia. Os macacos entraram aqui, derrubaram a comida do Chilli... Quebraram tudo", comentou a atriz enquanto exibia o chão repleto de ração espalhada e cacos de vidro.

Entre uma limpeza e outra, Carolina ainda encontrou espaço para brincar com o próprio gato: "Por que você deixou eles entrarem, Chilli?"

A atriz Fernanda Torres ganhou o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama na 29ª edição dos Satellite Awards, realizada neste domingo, 26. Promovido pela International Press Academy (IPA), são destacadas as melhores performances do cinema mundial e foram analisados artistas renomados de diversos países.

Fernanda Torres foi premiada por sua performance no filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles. A atriz, que tem conquistado reconhecimento internacional, se destacou ao interpretar Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, morto pelo regime militar na ditadura.

Em seu perfil no Instagram, Fernanda comemorou a conquista compartilhando o resultado da premiação com um emoji da bandeira do Brasil. Na disputa pelo prêmio, a atriz brasileira superou grandes nomes como Angelina Jolie, Lily-Rose Depp, Nicole Kidman, Saoirse Ronan e Tilda Swinton.

Fernanda também foi a vencedora do Globo de Ouro - a primeira vez que uma brasileira ganha a estatueta - e está na disputa pelo Oscar, cuja cerimônia de premiação será realizada em março.

Embora Ainda Estou Aqui estivesse na corrida também para Melhor Filme Internacional, a produção Waves, da República Tcheca, levou a estatueta nesta categoria. O filme de Walter Salles também é candidato ao Oscar nas categorias de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional.

O livro que deu origem ao filme Conclave, de Edward Berger, foi publicado originalmente em 2016 por Robert Harris e traduzido no Brasil pela Alfaguara. A história se concentra nas complexidades e na política em torno da eleição de um papa, bem como em toda a ação de bastidores entre os cardeais que tal evento requer.

O roteirista Peter Straughan segue bem de perto o texto original. Mais do que isso, é capaz de acrescentar novas camadas ao trabalho concebido pelo escritor inglês. Ele já fizera algo parecido na ótima versão de O Espião Que Sabia Demais, clássico de John Le Carré transportado para as telonas em 2011.

Conclave, o filme, reformula elementos do livro de forma sutil, incluindo nomes de personagens, nacionalidades e até mesmo a estrutura de algumas passagens, sem deixar de replicar os momentos-chave, como o final fantástico e surpreendente desse thriller papal.

No livro, o nome do personagem principal é Cardeal Lomeli, de origem italiana, enquanto no filme ele é chamado de Cardeal Lawrence, alteração motivada pela escalação do britânico Ralph Fiennes para o papel. Protagonista complexo, o decano tem orgulho da sua solidão e, mesmo frágil pela idade, se vê como um "guerreiro dentro de um castelo medieval".

Mudança similar ocorre com o Cardeal Bellini (Stanley Tucci) nas telonas. A decisão de americanizá-lo se deve provavelmente a uma tentativa de ressaltar a natureza global da Igreja Católica no século 21, ainda mais por se tratar de uma figura cuja mentalidade é mais progressista e liberal, ao contrário do conservador Cardeal Tedesco, vivido por Sergio Castellitto. Outros destaques são John Lithgow como o Cardeal Tremblay, canadense moderado, e Isabella Rossellini, como a freira Agnes.

Cargos

Harris faz questão de deixar claro, no início, que, embora tenha usado os títulos reais (arcebispo de Milão, decano do Colégio dos Cardeais e assim por diante), não se inspirou em quem ocupava o cargo na vida real. "Da mesma maneira, a despeito de semelhanças superficiais, o Santo Padre falecido em Conclave de modo algum pretende ser um retrato do papa atual", reforçou.

No livro, há muito contexto histórico e informações que podem não ser tão fáceis de digerir. Algumas delas, no entanto, são curiosas. Por exemplo: a preocupação excessiva dos cardeais para que o embalsamamento do corpo de um papa seja bem-feito. O tema atormenta o pontificado desde o ocorrido com Pio XII, cujo cadáver explodiu em frente à arquibasílica de São João de Latrão, em 1958.

O filme, por outro lado, evita esse tipo de digressão e vai direto ao ponto para desenrolar a trama em duas horas, de modo ágil como um bom suspenses investigativo deve ser. Tudo transcorre de forma simples: o papa morre, cardeais se reúnem na Capela Sistina, há a primeira votação, a segunda votação, a terceira votação, e assim por diante, até a fumaça branca emanar pela chaminé. Cada estágio é acompanhado por alguma nova reviravolta ou mistério.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.