Corte de recursos dos EUA pode causar 'ameaça global' às pessoas com HIV, alerta OMS

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta terça-feira, 28, estar "profundamente preocupada" com a suspensão imediata do financiamento de programas para o combate ao HIV em países de baixa e média renda após a decisão do governo de Donald Trump de retirar os Estados Unidos da entidade internacional. Segundo a organização, a interrupção dos recursos pode resultar em uma "ameaça global".

A falta de verba pode colocar em risco imediato mais de 30 milhões de pessoas que têm acesso às terapias contra o vírus graças aos projetos em vigor e levar o mundo de volta às décadas de 1980 e 1990, quando milhões morriam de HIV todos os anos, diz a entidade.

Os Estados Unidos são os maiores doadores da OMS. No último ciclo orçamentário, a nação contribuiu com 19% da receita da entidade. No biênio 2022 e 2023, as contribuições somaram US$ 1,2 bilhão e em 2024, até novembro, U$ 958,5 mil.

O país também é um grande financiador das ações de luta contra o HIV e a Aids, liderando iniciativas como o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da Aids (PEPFAR, na sigla em inglês).

Em seus primeiros dez anos de atuação (2003 - 2013), o PEPFAR investiu mais de US$ 100 bilhões na resposta global ao HIV/Aids, de acordo com o governo americano. Atualmente, o projeto atende mais de 20 milhões de pessoas vivendo com HIV no mundo, incluindo 566 mil crianças e adolescentes com menos de 15 anos.

O programa está presente em mais de 50 nações, incluindo o Brasil, e fornece testagem, tratamento antirretroviral e apoio às mulheres grávidas que vivem com o vírus. O projeto também é responsável por mais de 90% das iniciativas de PrEP - uso de antirretrovirais que protegem o organismo antes de um possível contato com o vírus - em todo o mundo e acumula resultados importantes, como uma redução de 52% em novas infecções por HIV nos países que apoia, contra 39% globalmente.

Segundo a OMS, desde o ano passado, o programa e a entidade têm trabalhado em planos de sustentabilidade com diferentes países para a redução da dependência de doadores. No entanto, uma interrupção repentina e prolongada das ações não permitiria a transição gerenciada, colocando a vida de milhões de pessoas em risco.

Por isso, assim como na última semana, a OMS faz um apelo ao governo dos EUA para que mantenha o financiamento - e assim ajude a garantir tratamento e cuidados para pessoas com HIV e Aids.

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A morte de Ozzy Osbourne, anunciada na última terça-feira, 22, provocou uma forte comoção entre fãs e artistas ao redor do mundo, e também se refletiu nas plataformas de streaming. No Spotify, os números da discografia do cantor britânico e de sua histórica banda, o Black Sabbath, tiveram um crescimento expressivo nos últimos dias.

Como artista solo, Ozzy saltou de 12,4 milhões para 18,7 milhões de ouvintes mensais na plataforma. Já o Black Sabbath, grupo que ajudou a definir o heavy metal nas décadas de 1970 e 1980, passou de 19,8 milhões para 24,6 milhões de ouvintes.

Além do aumento geral de público, faixas emblemáticas de Osbourne registraram picos de execução. Crazy Train, um de seus maiores sucessos, acumulou 8 milhões de reproduções desde o anúncio da morte, chegando a 809 milhões de streams no total. A balada Mama, I'm Coming Home cresceu em 7,2 milhões, alcançando quase 245 milhões, enquanto No More Tears somou mais 7 milhões, ultrapassando 266 milhões de execuções.

No caso do Black Sabbath, os números também impressionam. Paranoid, talvez a faixa mais emblemática da banda, foi ouvida 9,3 milhões de vezes apenas nos últimos dias, alcançando 1,38 bilhão de streams. Iron Man teve um salto de cerca de 6 milhões, totalizando mais de 587 milhões, e War Pigs ganhou cerca de 5 milhões de novas execuções, ultrapassando 384 milhões.

A morte de Ozzy ocorreu poucas semanas após o show de despedida Back to the Beginning, realizado em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal da banda. A apresentação marcou a reunião final de Osbourne com os membros do Black Sabbath e encerrou, de forma simbólica, uma das trajetórias mais influentes do rock mundial.

Na manhã deste sábado, 26, Gilberto Gil e Flora Gil usaram as redes sociais para prestar homenagens à cantora Preta Gil, filha do cantor com Sandra Gadelha, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20. O velório da artista foi realizado ontem, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, seguido da cerimônia de cremação no Cemitério da Penitência, no bairro do Caju.

Gilberto Gil compartilhou imagens em que aparece tocando o rosto da filha, visivelmente emocionado. "Até os próximos 50 bilhões de anos… Onde houver alegria e amor, haverá Preta", escreveu.

Flora Gil, que foi madrasta da cantora, escreveu: "Pra sempre dentro do meu coração. Te amarei eternamente", disse ela.

Velório e cremação

O tom de despedida marcou a cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde familiares, amigos e artistas estiveram reunidos para celebrar a vida e a trajetória da cantora.

A cerimônia de cremação de Preta se encerrou por volta das 17h de ontem, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio. A opção de cremação foi um pedido da cantora à família. A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

A cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20, seguirá sendo homenageada por familiares, amigos e admiradores em missas de sétimo dia marcadas para este sábado, 26, e segunda-feira, 28.

As celebrações religiosas ocorrerão em Salvador e no Rio de Janeiro.

Neste sábado, às 16h, será realizada a primeira missa no Santuário Santa Dulce dos Pobres, na capital baiana. O local escolhido é o mesmo que recebeu apoio da artista nos últimos meses, e a cerimônia foi anunciada pela apresentadora Rita Batista, durante o programa É de Casa.

A assessoria da família afirmou ao Estadão que, no Rio de Janeiro, a missa está marcada para segunda-feira, às 19h, na Igreja de Santa Mônica, no bairro do Leblon, em cerimônia aberta ao público.

Velório e cremação

A cerimônia de cremação de Preta Gil se encerrou por volta das 17h de sexta-feira, 25, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio.

A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil.

A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

Mais cedo, parentes e amigos participaram de uma última despedida à cantora, que foi velada no Theatro Municipal. A cerimônia foi aberta ao público das 9h às 13h.