Dois PMs da Rota são investigados por suspeita de vazar informações sobre operações para o PCC

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Dois policiais militares que integravam a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) estão sendo investigados por suspeita de iniciar um esquema de vazamento de informações para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo informações do GloboNews, confirmadas pelo Estadão, os dois soldados integraram o setor de inteligência da Rota entre 2021 e 2022, quando o núcleo era chefiado pelo capitão Raphael Alves Mendonça.

Mendonça atuou na escolta do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e foi exonerado nesta quinta-feira, 30, também suspeito de integrar o esquema. Ele continua na PM, mas em funções administrativas. A defesa do capitão alega que ele jamais teve ligação com criminosos. Questionada, a Prefeitura de SP afirmou que a seleção de profissionais é feita pela Polícia Militar. Os PMs investigados não tiveram os nomes divulgados, o que impediu o contato com suas defesas.

A Corregedoria da Polícia Militar informou que investiga rigorosamente as denúncias de envolvimento de integrantes da corporação com o crime organizado. "Até o momento, 17 policiais já foram detidos e as investigações prosseguem no âmbito da força-tarefa criada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) para investigar os fatos", disse. Ainda de acordo com a Corregedoria, os detalhes da investigação são preservados para não atrapalhar as apurações.

Segundo apurado pela reportagem, os vazamentos teriam ocorrido durante uma disputa interna na facção, após o assassinato de um líder, o traficante Anselmo Bicheli Santa Fausta, o 'Cara Preta". Ele e seu motorista foram mortos no final de 2021, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.

O mandante do duplo homicídio seria Antonio Vinícius Lopes Gritzbach, que se tornou delator de membros do PCC e de policiais corrompidos pela facção. Gritzbach foi assassinado no dia 8 de novembro último, no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos.

Delação de traficante em 2021

A investigação que envolve os dois policiais começou após a delação de um traficante à Corregedoria da PM, no final de 2021. O delator citou os nomes dos PMs que teriam sido corrompidos pela facção criminosa. Eles repassavam ao PCC informações privilegiadas sobre operações policiais. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para apurar o caso, que passou a ser investigado também pelo Centro de Inteligência da PM. Com o assassinato de Gritzbach, cuja escolta privada era formada por policiais militares, a investigação foi ampliada.

Conforme divulgou o Estadão com base no inquérito aberto pela Corregedoria, os policiais cooptados pelo PCC se infiltraram na Rota e em outras unidades da PM a fim de proteger seus integrantes de prisões e de eventuais prejuízos a seus 'negócios'. A atuação era dividida em três áreas: uma de inteligência, outra para fazer escoltas e a terceira para 'cancelamento de CPFs', ou seja, assassinar rivais e desafetos da facção. Gritzbach fazia parte do grupo que cuidava da segurança pessoal dos faccionados.

A investigação deu lastro à operação da Corregedoria e da força-tarefa da SSP que, no último dia 16, cumpriu mandados judiciais e prendeu os policiais suspeitos de envolvimento na morte do delator. Segundo a corregedoria, foi possível identificar uma "divisão ordenada de tarefas com objetivos previamente ajustados em torno dos crimes almejados pela organização".

A PM reforçou seu compromisso com a legalidade e destacou que "nenhum desvio de conduta será tolerado".

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