Jardim Pantanal: remoção de moradores de área alagada custa mais que obras e chega a R$ 1,9 bi

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A Prefeitura de São Paulo estuda três alternativas para solucionar os alagamentos que há décadas afetam os moradores do Jardim Pantanal, na zona leste. Afetada historicamente pelas enchentes, a região permanece em estado crítico com as fortes chuvas que atingiram a região metropolitana no fim de semana - até a manhã desta terça-feira, 4, a água ainda não havia baixado. Hoje, cerca de 45 mil pessoas vivem no bairro.

Os três estudos preliminares, elaborados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), variam entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões.

O custo maior envolve o projeto de remoção das famílias e acomodação em habitações de interesse popular, que é de até R$ 1,9 bi. Este valor é superior ao cálculo para obras de enfrentamento da enchente, orçadas entre R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão.

Em coletiva na segunda, 3, entretanto, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), afirmou justamente o contrário. Ele destacou que obras para mitigar o problema ficariam caras demais e não seria possível executar.

"Nós temos um pré-estudo para fazer um dique ali, de mais de 1 bilhão de reais", disse o prefeito. "Dá para fazer um dique, contornando todo o Rio Tietê, para conter aquela região? Não dá para fazer. Tem que ter transparência, às vezes as pessoas podem gostar, podem não gostar, mas a forma de a gente tratar e lidar com as questões é dentro da realidade", afirmou o prefeito à imprensa.

O projeto a ser realizado ainda não foi escolhido. A Prefeitura afirma que pode, inclusive, combinar as soluções. "Em razão dos custos, as alternativas, no entanto, podem incluir não apenas um único projeto, mas uma combinação dessas possibilidades", diz o poder municipal.

Projeto prevê criação de canal de 5 km para desviar água da chuva

Nas duas primeiras alternativas, o foco está nas obras de macrodrenagem. A primeira solução prevê a construção de um dique, sete reservatórios, o Parque Várzeas do Tietê e de um canal com 5,5 km para desviar a água da chuva para evitar inundações, melhorar a drenagem e reduzir o risco de deslizamentos de terra ou erosão em áreas inclinadas.

Os sete reservatórios seriam feitos no sistema pôlder, área protegida contra a invasão da água, com capacidade para 50 mil m³. O valor estimado é de R$ 1 bilhão, sendo R$ 886 milhões para os pôlderes e cerca de R$ 101 milhões para reassentamento das 484 famílias.

Cidade de Guarulhos também poderá ser envolvida no projeto

A segunda alternativa, chamada de "Ações intermunicipais integradas para o controle de inundações Cidade-Esponja Pantanal", prevê ações integradas entre a capital e a cidade de Guarulhos.

Entre elas estão a construção de um canal, abertura de lagoas para acumular as águas, reversão temporária do fluxo de água do rio Tietê.

O estudo prevê ainda a construção de duas avenidas-parque com dique de proteção nas margens esquerda e direita, alteamento de vias em Guarulhos (1.235 m), três sistemas de comportas automatizadas, dois reservatórios, entre outras obras. O investimento também é de R$ 1 bilhão.

Desapropriações e novas casas podem custar quase R$ 2 bi

Com custo estimado de R$ 1.918.192.500, a terceira possibilidade tem como foco remoções e desapropriações, reassentamentos, construção de novos conjuntos habitacionais e a criação de parque alagável.

Os dados se baseiam no Censo de 2022 do IBGE. O custo por família será de R$ 210 mil, considerando a indenização sugerida pelo prefeito para a demolição das casas, de R$ 20 a R$ 50 mil, mais um possível valor de construção de moradias em outras áreas.

Inicialmente, o prefeito sinalizou que considera que a alternativa de remoção das famílias como a mais viável. "a princípio, pelo que eu vi, a dimensão que é, na localização que está, 30 anos de problema, não vejo outra situação a não ser a gente incentivar as pessoas a saírem daquele lugar. Porque toda vez que chover vai ser isso", afirmou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) em entrevista coletiva na segunda-feira, 3.

O poder municipal classifica a região como uma das mais "complexas da cidade por estar abaixo do nível do Rio Tietê na Zona Leste e sofrer com ocupação irregular".

O bairro está em crise depois de mais um alagamento que começou com as chuvas da noite de sexta-feira, 31, e se estende até esta terça-feira.

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que o volume de chuva em São Paulo aumentou nas últimas décadas, por conta das mudanças climáticas. Consequentemente, as cheias do Rio Tietê se tornaram mais frequentes e, logo, os alagamentos no Jardim Pantanal.

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A saga do processo de plágio aberto por Toninho Geraes contra a cantora Adele continua. O músico prestou depoimento nesta semana à polícia do Rio do Janeiro, que investiga um caso de possível falsidade ideológica em um dos documentos do processo. A informação foi confirmada pelo Estadão.

A queixa-crime de falsidade ideológica foi aberta pela defesa de Toninho no início de janeiro deste ano. Os advogados do músico apontam irregularidades na procuração apresentada pela defesa da artista britânica para uma audiência ocorrida em dezembro de 2024. Eles afirmam que a assinatura no documento tinha sinais de adulteração, como rabiscos, riscos e entrelinhas manuscritas.

O documento em questão teria sido emitido para uma audiência de emergência requisitada por representantes da cantora, quando a Justiça determinou a retirada de Million Years Ago das plataformas digitais.

Procurada pela reportagem, a Universal Music não havia se manifestado até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Em relação ao desdobramento, a defesa relata que Geraes passou três horas prestando depoimento em uma delegacia no Rio de Janeiro. Segundo o advogado Fredímio Biasotto Trotta, o depoimento correu com tranquilidade, mas ainda é cedo para adiantar qualquer novidade.

"Quanto às atividades policiais no Inquérito, não posso, no momento, adiantar qualquer informação, para não prejudicar as investigações, exceto declarar que a Polícia está realmente agindo", afirma.

Relembre o caso

O artista mineiro Toninho Geraes acusa Adele de plagiar a música Mulheres, canção de sua autoria eternizada na voz de Martinho da Vila. O plágio teria ocorrido em Million Years Ago, uma composição de Greg Kurstin. Em dezembro, a Justiça do Rio determinou que a música fosse retirada das plataformas digitais.

Posteriormente, a Universal Music entrou com um recurso contra a liminar, alegando que ambas as obras utilizam um "clichê musical", o que não configura a violação de direitos autorais.

Mesmo após o Oscar, Ainda Estou Aqui segue sendo indicado a premiações no mundo do cinema. Agora, o filme de Walter Salles concorre ao Prêmio Platino, uma das maiores premiações do cinema Ibero-Americano.

Neste ano, o filme recebeu três indicações, incluindo a de Melhor Filme Ibero-Americano. Fernanda Torres disputa na categoria de Melhor Atriz por sua atuação como Eunice Paiva e Walter Salles está concorrendo ao prêmio de Melhor Direção.

Além disso, Ainda Estou Aqui também concorre ao Prêmio do Público nas categorias de Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção e Melhor Atriz.

Organizado pela FIPCA (Federación Iberoamericana de Productores Cinematográficos y Audiovisuales) e pela EGEDA (Entidad de Gestión de Derechos de los Productores Audiovisuales), o Prêmio Platino acontecerá no dia 27 de abril, no Palácio Municipal IFEMA de Madrid. O evento será transmitido pela plataforma SmartPlatino TV.

Ainda Estou Aqui se tornou o primeiro filme brasileiro a conquistar um Oscar -- ele foi reconhecido na categoria de Melhor Filme Internacional. Em seu discurso, Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, a Fernanda Torres e a Fernanda Montenegro. Depois, ele contou que pretendia pronunciar a frase "ditadura nunca mais" no palco, mas que teve que improvisar um discurso após perder suas anotações.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Renata voltou para a casa do Big Brother Brasil 25 na manhã desta sexta-feira, 14, após a dinâmica da Vitrine do Seu Fifi e revelou para a casa algumas das coisas que ouviu do público. A bailarina contou sobre o beijo entre João Gabriel e Thamiris, e o goiano disse não se lembrar do ocorrido.

Renata contou primeiro para Eva e Vilma. "Mostrou o João Gabriel beijando a Thamiris debaixo do edredom. Lembra que teve um dia que eles estavam conversando, que Thamiris era a fim dele, e ele negou?", relembrou a sister. "Eu nem sabia dessa história", disse Eva. "Ela dá em cima dele", opinou Vilma. Renata disse que não ia contar para os gêmeos, mas depois acabou revelando.

Em seguida, a bailarina contou para João Pedro: "Eles mostram tudo. Mostraram até o João Gabriel debaixo do edredom com a Thamiris (...) Beijou, depois ficou negando…", revelou. E Vilma ponderou: "Só que ele se comprometeu com a pessoa que ele tem lá fora." A estudante de nutrição acredita que Thamiris estava dando em cima de João Gabriel de propósito, para prejudicá-lo.

João Pedro contou para o irmão que, constrangido, jurou não se lembrar do beijo. Porém, quando Thamiris, que foi eliminada essa semana, ainda estava na casa e tentou conversar com o brother, ele preferiu não entrar no assunto e pediu para "deixar quieto". Thamiris chegou a contar do beijo para alguns amigos e revelou ter se incomodado com a postura do goiano, mas João Gabriel ainda não havia comentado o ocorrido na casa.

Internautas notaram a contradição de João Gabriel e opinaram também sobre as falas de Vilma.