Quem é a mulher presa por engano em caso de envenenamentos no Piauí?

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Lucélia Maria da Conceição, vizinha do casal preso posteriormente por suspeita de envenenar oito pessoas em seis meses, foi detida em agosto do ano passado sob a suspeita de ter dado cajus envenenados aos irmãos João Miguel Silva, de 7 anos, e Ulisses Gabriel Silva, de 8, que passaram mal e morreram após terem ingerido alimentos contaminados naquele mesmo mês. Em janeiro deste ano, cinco meses depois, ela conseguiu a liberdade após mudanças no rumo das investigações. A defesa dela não foi localizada pela reportagem.

Conforme a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí, além das afirmações iniciais de que as crianças ingeriram cajus supostamente envenenados, todos os outros depoimentos feitos por Maria dos Aflitos, avó dos meninos, e Francisco de Assis, seu marido, além de outros familiares, contribuíram para o desvio das apurações naquele momento. Desde o início, Lucélia alegou inocência.

Na época, porém, Francisco afirmou às assistentes sociais do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde e à polícia que os meninos tinham consumido as frutas doadas por Lucélia, vizinha dos fundos da residência do casal. No dia seguinte, Maria chegou a registrar boletim de ocorrência contra ela. Enquanto isso, o homem entregou à polícia uma sacola contendo cajus que supostamente seriam aqueles doados por Lucélia, relata o documento.

Segundo a polícia, Lucélia é descrita por testemunhas como uma mulher com temperamento explosivo e histórico de desavenças com crianças da região. Durante a investigação, a polícia, cumprindo mandado de busca e apreensão, encontrou terbufós na casa dela, substância que a vizinha havia negado possuir. Além disso, um gato foi encontrado morto em frente à sua residência e a perícia confirmou que ele também havia sido envenenado com a substância.

Em depoimento, Lucélia declarou que o irmão a havia ensinado a usar o pesticida nos cajus para matar morcegos, o que reforçou, na época, as acusações de Maria dos Aflitos. Diante dessas evidências, Lucélia foi presa preventivamente.

"Francisco e Maria viram a oportunidade de iniciar a empreitada criminosa quando os meninos chegaram em casa com uma sacola de cajus, e utilizaram isso como álibi para o mal estar das crianças, induzindo a polícia em erro ao indicar os cajus como alimentos envenenados, omitindo o consumo de outros alimentos pelos meninos", disse a secretaria.

Uma nova sequência de fatos, porém, mudou o rumo das investigações: em 1º de janeiro de 2025, nove membros da família passaram mal após almoçar baião de dois. Foi neste episódio que morreram os filhos de Maria dos Aflitos Manoel e Francisca, e outros três netos: Igno Davi, 1 ano e 8 meses, Maria Lauane, 3 anos e Maria Gabriela, 4 anos. Exames toxicológicos comprovaram que a comida estava envenenada.

Em 22 de janeiro, mais uma morte chamou a atenção dos investigadores. Maria Jocilene da Silva, de 41 anos, vizinha de Maria dos Aflitos, morreu após ingerir café na casa da suspeita. Segundo as investigações, as duas mulheres possuíam um envolvimento amoroso de longa data, antes mesmo da chegada de Francisco à família.

Após sua prisão em 31 de janeiro, Maria dos Aflitos confessou o assassinato de Jocilene. No depoimento, revelou que a envenenou acreditando que isso ajudaria a libertar Francisco, preso no início de janeiro, também suspeito de ter colocado o veneno, conhecido como chumbinho, na comida da família.

Ela disse, porém, que os primeiros envenenamentos foram cometidos por Francisco, "que desprezava seus filhos e netos".

Ainda segundo ela, seu companheiro premeditou a história dos cajus para envenenar as crianças e acusar Lucélia. Maria confirmou que as duas primeiras crianças mortas teriam sido envenenadas através de um suco, do tipo refresco, e que Francisco adicionou veneno ao arroz durante a madrugada, enquanto ela dormia.

Sobre a morte de Jocilene, Maria dos Aflitos contou que encontrou o veneno atrás do fogão e colocou todo o conteúdo no café que ela mesma serviu à vítima, pois havia pouca quantidade, segundo a investigação.

Maria dos Aflitos e Francisco responderão pelas mortes de oito pessoas.

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Richard Ashcroft, ícone do britpop e ex-vocalista do The Verve, será o responsável por abrir os dois shows de Oasis no Brasil em novembro. A banda dos irmãos Liam e Noel Gallagher se apresenta no MorumBIS, em São Paulo, nos dias 22 e 23, com ingressos esgotados.

A escolha de Ashcroft não surpreende os fãs das bandas: além de acompanhar o Oasis na recente turnê de reunião no Reino Unido, o cantor mantém uma relação antiga e próxima com os Gallagher - iniciada quando o The Verve e o Oasis dividiram uma turnê ainda em 1993.

A amizade também rendeu parcerias, como a dedicatória de Noel Gallagher a Ashcroft no encarte de (What's The Story) Morning Glory? e a participação do cantor nos vocais de apoio de All Around The World, de Be Here Now.

A trajetória de Ashcroft é uma das mais marcantes do britpop. À frente do The Verve entre 1989 e 2009, ano em que a banda chegou ao fim, ele ajudou a definir o som do movimento e tornou o grupo mundialmente conhecido com Bitter Sweet Symphony, de 1997.

O artista segue em carreira solo desde 2009 e já lançou sete álbuns - entre eles Acoustic Hymns Vol. 1 (2021), que traz uma nova versão de C'mon People (We're Making It Now) em parceria com Liam Gallagher.

O maior sucesso da carreira de Ashcroft também protagonizou uma das disputas de direitos autorais mais longas do rock. Bitter Sweet Symphony utiliza um trecho da versão orquestral de The Last Time, gravada em 1965 pela Andrew Oldham Orchestra, baseada na música dos Rolling Stones.

A banda havia autorizado o uso de um pequeno recorte da melodia em troca de 50% dos royalties, mas o empresário Allen Klein argumentou que o The Verve utilizou mais do que o combinado.

O caso resultou na perda total dos direitos autorais por Ashcroft, que precisou ceder os créditos e toda a arrecadação da faixa a Mick Jagger e Keith Richards. A música chegou a ser indicada ao Grammy com os nomes dos dois nos créditos, enquanto o próprio Ashcroft não recebia nada.

A situação só mudou em 2019, quando Jagger e Richards reverteram a decisão e devolveram ao cantor a parte que lhe cabia na composição.

Os últimos dias trouxeram uma leva de estreias nos catálogos de grandes plataformas, boa notícia para quem está na dúvida do que assistir. Entre dramas emocionantes, suspense provocador, releitura de clássico e comédia familiar, a seleção reúne produções recém-chegadas que podem renovar a lista de favoritos do público.

Confira cinco destaques adicionados recentemente ao streaming:

'O Filho de Mil Homens'

Em O Filho de Mil Homens, Crisóstomo (Rodrigo Santoro) é um pescador solitário no auge dos 40 anos que convive com a culpa de não ter sido pai. Ao cruzar com Camilo (Miguel Martines), um garoto órfão de 12 anos, ele embarca numa jornada arriscada e transformadora rumo à formação de uma família fora dos padrões.

No povoado, Antonino (Johnny Massaro), jovem incompreendido, e Isaura (Rebeca Jamir), mulher em fuga de suas dores, passam a integrar esse vínculo improvável, e os quatro descobrem novos sentidos de pertencimento e cuidado.

Onde assistir: Netflix.

'Depois da Caçada'

Alma (Julia Roberts), uma professora de filosofia da renomada faculdade de Yale ouve Maggie (Ayo Edebiri), uma aluna prodígio, acusar outro professor de estupro. O professor em questão é um grande amigo da outra docente, e afirma que a acusação é falsa, feita para acobertar o fato de que a aluna plagiou um trabalho.

Ao longo da trama, professor e aluna não conseguem concordar em quase nada de suas versões da fatídica noite, e deixam seus colegas (e, por consequência, o público) divididos. Em quem acreditar?

Onde assistir: Prime Video.

'Frankenstein'

Frankenstein é uma adaptação do clássico romance gótico de Mary Shelley por Guillermo del Toro, publicado pela primeira vez em 1818, que acompanha a jornada do gênio atormentado Victor Frankenstein (Oscar Isaac) em sua jornada para trazer uma nova vida a este mundo. Como resultado surge A Criatura (Jacob Elordi), um experimento monstruoso que provoca questionamentos sobre sua própria existência e sobre o que significa ser humano.

Onde assistir: Netflix.

'Meu Sangue Ferve Por Você'

Meu Sangue Ferve por Você retrata a paixão de Sidney Magal, interpretado por Filipe Bragança, por Magali West (Giovana Cordeiro), com quem vive há mais de 40 anos. A carreira dele está ali, aparecendo na relação com a música e o público, mas é o amor e a intensidade emocional do personagem que tomam conta do filme de Paulo Machline.

Onde assistir: Telecine.

'Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda'

Continuação do sucesso de 2003, a nova história traz Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis de volta ao universo da troca de corpos - agora com gerações a mais no enredo.

Anna (Lindsay Lohan) é mãe de Harper (Julia Butters) e se prepara para ser madrasta. Quando Anna se envolve com Eric (Manny Jacinto), pai de Lily (Sophia Hammons), e as famílias se aproximam, uma nova troca de corpos ocorre, afetando os quatro, e provoca acertos e confusões entre gerações.

Onde assistir: Disney+.

O apresentador William Bonner está aproveitando as férias após deixar a bancada do Jornal Nacional para visitar a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, ao lado de sua mulher, a ceramista Natasha Dantas.

Nas redes sociais, registros na cidade foram publicadas pela companheira do jornalista e por amigas do casal. Nesta quarta, 19, eles visitaram dois pontos turísticos famosos da cidade: o Central Park e o Rockefeller Center.

Bonner se despediu do Jornal Nacional em 31 de outubro, após passar 29 anos comandando o telejornal da Globo. O jornalista de 62 anos está agora em férias prolongadas e deve retornar à TV somente em 2026 para sua estreia no Globo Repórter.

César Tralli, que antes apresentava o Jornal Hoje, assumiu a bancada do JN ao lado de Renata Vasconcellos. Desde o final do ciclo no telejornal, Bonner e Natasha têm compartilhado a rotina de férias de forma esporádica nas redes sociais.

Quando anunciou sua saída do JN, o apresentador disse que buscava uma rotina mais tranquila e a possibilidade de viajar com mais frequência, inclusive para ver os filhos.

Dois deles, Laura e Vinícius, moram em Paris, cidade que deve estar entre os próximos destinos do jornalista. Ele também é pai de Beatriz - os trigêmeos têm 28 anos e são fruto do relacionamento com Fátima Bernardes, com quem foi casado por 26 anos e se separou em 2016.