'Não podemos permitir que político, seja senador ou deputado, mande em hospitais', diz Lula

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O presidente Lula disse nesta quinta-feira, 6, que não se pode permitir que políticos, sejam senadores ou deputados, mandem em hospitais. No Rio de Janeiro, em sua primeira viagem após a operação na cabeça em dezembro, Lula fez um discurso breve, mas enfático a favor do plano de reestruturação dos hospitais federais, em aceno à ministra da Saúde, Nísia Trindade.

"A única razão que me faz estar aqui é porque ninguém é dono de hospital. Médico não é dono, enfermeiro não é dono, sindicalista não é dono de hospital. Hospital é para servir a população, tratá-la com decência", disse Lula durante a cerimônia de reinauguração da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio.

"Não podemos permitir que político, seja senador ou deputado e vereador, mande em hospitais. Isso aqui não é comitê eleitoral de ninguém. Aqui as pessoas vêm para serem atendidas com respeito", reiterou em discurso minutos depois.

O plano de reestruturação dos hospitais federais, que inclui as seis unidades do tipo no Rio, modifica o modelo de gestão e discute a municipalização de alguns hospitais, numa tentativa de reduzir a dinâmica de ingerência de políticos locais na governança dessa parte do sistema de saúde.

Castro

Ao fim da fala de sete minutos a populares nas cercanias do hospital, Lula criticou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que não foi ao evento. "O governador foi convidado e não veio. Poderia ter vindo aqui fazer um discurso para dizer como o governo vai cuidar da saúde", disse.

Lula estava acompanhado dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Saúde, Nísia Trindade, e da Gestão e Inovação, Esther Dweck, além do prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes.

No mesmo espírito de Lula, Nísia disse que o plano para os hospitais federais fez o ministério "quebrar alguns ovos", mas já é bem sucedido. "O Hospital Federal de Bonsucesso estava nas piores páginas da CPI da Covid. Tivemos de quebrar alguns ovos, mas o Plano de Reestruturação dos hospitais federais já deu certo", afirmou.

Fechada desde 2020, a emergência do Hospital Federal de Bonsucesso conta agora com 50 leitos em dois espaços, adulto e pediátrico, divididos por complexidade. O serviço é gerido pela Central de Regulação do SUS.

A cerimônia marcou, também, a retomada plena da capacidade total do hospital, que já havia quase dobrado e agora viu o número de leitos subir de 412 para 423, e a reativação do centro de diagnóstico por imagem, este último também celebrado por Lula em discurso.

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Maria Bethânia e Caetano Veloso realizaram, na noite deste sábado, 15, o penúltimo show da turnê conjunta que tem rodado o País, mas nem tudo ocorreu como planejado. A cantora de 78 anos precisou interromper a apresentação na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro, por conta de problemas técnicos no som.

Enquanto cantava As Canções que Você Fez pra Mim, durante seu bloco solo no show, ela começou a reclamar: "Está tudo errado aqui no som. Não dá para cantar com esse som". Em seguida, levantou a voz e interrompeu a música: "Me respeitem! Eu não vou cantar com esse som". A apresentação parou e Bethânia foi bastante aplaudida pelo público.

O show ficou interrompido por alguns minutos, enquanto a cantora conversava com a equipe técnica, visivelmente irritada. Ela explicou à plateia que seu microfone havia sido trocado e que o retorno do som estava "um horror".

"Só tem chiado no meu ouvido. Não é absolutamente o som que eu estava cantando. Querem me desafiar. Ficaram zangados comigo ontem no ensaio porque eu briguei do som. E acabou", continuou.

Depois, Bethânia disse para chamarem Caetano "para fazer o final do show". Ao ouvir os lamentos da plateia, disse: "Não posso fazer o solo se não tenho voz. Sou uma cantora, eu não tenho outra coisa se não minha voz. Eu sinto muito. É uma vergonha, no Rio de Janeiro, a gente voltar e acontecer isso."

A cantora completou a apresentação de As Canções, mas pulou Negue, que costuma ser a última música de seu segmento solo. Caetano Veloso subiu ao palco e apresentação seguiu normalmente, com os dois lado a lado no encerramento.

Preta Gil revelou que recebeu alta do hospital em que estava internada em Salvador por conta de uma pielonefrite (infecção urinária). A cantora falou sobre o tema em stories publicados em seu Instagram neste sábado, 15, enquanto se preparava para ir ao show da turnê Tempo Rei, de seu pai, Gilberto Gil.

"Eu estou bem. Estou me sentindo bem. Fui muito bem tratada aqui em Salvador", afirmou Preta, que destacou: "É uma coisa que já aprendi que vou ter que saber lidar porque vai ser recorrente. Primeiro porque estou com a sonda, um lugar que acumula muita bactéria."

"Independente da sonda, eu tive que fazer um transplante no meu rim, no meu ureter, no lado direito, por conta de um tumor que eu tinha na ureter. Essas questões de infecções no trato urinário e rim é um assunto que ficou delicado para mim, vou ter sempre que tomar cuidado. Mas não é algo que dependa de mim", continuou.

Preta Gil estava internada desde o último sábado, 8 de março, e chegou a ser monitorada na UTI. Posteriormente, recebeu alta e foi para o quarto, até deixar o hospital em definitivo na sexta, 14.

Vinícius de Oliveira, que ficou conhecido por ter protagonizado o filme Central do Brasil ao lado de Fernanda Montenegro, quando ainda era uma criança, em 1998, publicou em sua conta no Instagram um relato sobre seu reencontro com a atriz quase três décadas após as gravações.

O fato se deu durante um evento de pré-estreia do filme Vitória: "É sempre um carrossel de emoções encontrar a maior representante da cultura desse País, a amiga de longa data, nossa rainha Fernanda Montenegro."

"Foi mais uma vez único, mas, como sempre, de aprendizado de vida. Estar ao lado dela me faz todo ouvidos. Sua paixão pela arte e pela vida é tamanha que o 'pouco' tempo que pudemos estar ali foi suficiente para eu repensar o entendimento da vida", refletiu Vinícius de Oliveira.

Em seguida, o ator explicou: "Afinal, aos 95 anos, com total capacidade intelectual e física, Fernanda veio do Rio, estava fazendo toda a social e, dali a algumas horas, partiria para o Rio novamente porque teria ensaio a tarde na ABL para a noite, então, fazer sua apresentação de 14 textos diferentes de literatura."

"Que artista, que ser humano é Fernanda Montenegro! Passarei a vida agradecendo esse acontecimento de mulher. Que ela siga nos brindando com sua arte. Obrigado e obrigado, Fernanda!", concluiu.

Em Central do Brasil, Vinícius de Oliveira deu vida ao menino Josué. Após a morte de sua mãe, no Rio de Janeiro, a personagem de Fernanda Montenegro, Dora, atravessava o País rumo ao Nordeste em busca do pai do garoto. O filme, dirigido por Walter Salles, concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz.