SP precisa ter 50% dos ônibus elétricos até 2028, diz Justiça; Nunes culpa falta de estrutura

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta terça-feira, 11, que "não tem como garantir" que até 2028 metade da frota de ônibus da capital seja movida a eletricidade, como prevê lei municipal de 2018, porque a indústria não conseguiria produzir a quantidade necessária de veículos elétricos e porque a Enel, concessionária distribuidora de energia na capital, não teria condições de garantir o abastecimento desses veículos.

Em nota, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico afirmou que "a indústria brasileira de ônibus elétricos e componentes tem total condição tecnológica e operacional de produzir os ônibus elétricos requeridos pelas metas anuais de descarbonização da frota da cidade de São Paulo". Procurada pela reportagem, a concessionária Enel não se manifestou até a publicação deste texto.

Em decisão emitida no dia 6 e divulgada na segunda-feira, 10, a Justiça de São Paulo suspendeu de forma liminar (provisória) uma lei aprovada pela Câmara Municipal paulistana em 15 de janeiro que extinguiu a exigência prevista naquela outra lei, de 2018. A nova lei manteve o prazo para que todos os veículos da frota sejam movidos a eletricidade: 2038. Mas, o prazo intermediário, que era de ter 50% da frota movida a eletricidade até 2028, foi excluído. Hoje circulam na cidade 428 ônibus elétricos, que fazem parte da frota de aproximadamente 12 mil coletivos.

A ação que originou essa decisão foi proposta pelo Diretório Estadual do PSOL em São Paulo e defende que a mudança é inconstitucional. "É possível entrever a plausibilidade do alegado no tocante à violação das normas constitucionais (...), bem como inferir o grave risco de sobrevirem danos ao meio ambiente, irreparáveis ou de difícil reparação, com inegáveis prejuízo à vida, saúde e segurança da população", afirmou o desembargador Mário Devienne Ferraz, autor da decisão.

"São Paulo precisa dar o exemplo e investir em soluções que reduzam a poluição e protejam a saúde da nossa gente", afirmou o vereador Toninho Vespoli (PSOL) nas redes sociais.

Nesta terça-feira, o prefeito afirmou que o Município vai recorrer da decisão judicial e que "está fazendo tudo aquilo que é necessário" para avançar na substituição dos ônibus. "A gente não tem como garantir que vai ser possível fazer 50% (da frota movida a eletricidade) até 2028 por conta das realidades, da atualidade. Quais são? Falta de ônibus por parte da produção da indústria e também falta de infraestrutura por parte da Enel", disse Nunes.

"Não adianta a gente imaginar que vai conseguir algo até 2028 se ainda não existe uma condição adequada, tanto do fornecimento de ônibus pela indústria quanto pela infraestrutura, por parte da Enel", seguiu o prefeito. "O que que a gente vai responder pra Justiça? Que a gente precisa ter propostas plausíveis. Vamos recorrer, a gente vai explicar isso. Da nossa parte, tudo aquilo que é necessário fazer para poder ter um avanço na questão da substituição dos ônibus a gente está fazendo. A gente tem consciência e desejamos fazer essa substituição", concluiu.

Em nota, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, que se manifestou em nome das empresas BYD, Eletra, Giaffone, Higer e Marcopolo, declarou que, com a capacidade produtiva já instalada, é possível produzir até 9.920 ônibus elétricos por ano, e essa produção anual pode chegar a 25 mil ônibus elétricos com os investimentos previstos pelas empresas até 2028.

"Os gargalos na implementação do cronograma de transição de frota paulistana não se encontram na capacidade produtiva da indústria, e sim nas deficiências de planejamento da infraestrutura de recarga elétrica e em eventuais desajustes nos modelos de financiamento das operadoras de transporte - problemas alheios às empresas de ônibus elétricos", conclui a nota.

Em outra categoria

Menos de vinte e quatro horas depois de sua demissão da GloboNews, Daniela Lima compartilhou no Instagram o trecho de uma poesia de Vinicius de Moraes (1913 - 1980) que ela tem tatuado no corpo.

"Outros que contem

Passo por passo

Eu morro ontem

Nasço amanhã

Ando onde há espaço

Meu tempo é quando"

Os versos escolhidos pela agora ex-apresentadora da GloboNews fazem parte da poesia Poética, escrita por Vinicius de Moraes em 1950, em Nova York (EUA), e presente no livro Antologia Poética (Companhia das Letras).

A mesma poesia de Vinicius de Moraes também aparece na faixa Poética I / O Astronauta, do disco Que Falta Você Me Faz, que Maria Bethânia gravou em 2005 em homenagem ao poeta e amigo, apelidado de Poetinha por Tom Jobim.

Poética

De manhã escureço

De dia tardo

De tarde anoiteço

De noite ardo.

A oeste a morte

Contra quem vivo

Do sul cativo

O este é meu norte.

Outros que contem

Passo por passo:

Eu morro ontem

Nasço amanhã

Ando onde há espaço:

- Meu tempo é quando.

Vinicius de Moraes

O humorista e influenciador Whindersson Nunes revelou que recebeu um diagnóstico de altas habilidades, também conhecido como superdotação, enquanto estava internado em uma clínica para tratamento de dependência de álcool. A descoberta foi feita por meio de testes neuropsicológicos que avaliaram seu Quociente de Inteligência (QI), que chegou ao impressionante índice de 138.

"Entendi por que que eu me sentia de tal forma em tal ano", afirmou Whindersson durante uma entrevista ao programa Fantástico, exibido no último domingo, 3. Ele comentou que o resultado ajudou a compreender aspectos de sua trajetória e comportamento.

Segundo a neuropsicóloga Carolina Mattos, a média de QI da população gira entre 96 e 101. "O dele é bem mais alto", afirmou a especialista ao programa.

O resultado coloca Whindersson Nunes acima de aproximadamente 98% da população, de acordo com a curva de distribuição usada em testes padronizados como o WAIS (Escala de Inteligência de Wechsler para Adultos), um dos instrumentos mais utilizados no mundo para avaliar habilidades cognitivas.

O que é o teste de QI?

O Quociente de Inteligência (QI) é uma medida padronizada que busca avaliar a capacidade intelectual de um indivíduo em comparação com a média de sua faixa etária. Os testes utilizados para medir o QI avaliam uma série de habilidades cognitivas, como:

- Raciocínio lógico e abstrato

- Capacidade de resolver problemas

- Habilidades verbais e linguísticas

- Memória de trabalho

- Velocidade de processamento de informações

Um dos testes mais reconhecidos mundialmente é o WAIS-IV (Wechsler Adult Intelligence Scale - Fourth Edition), aplicado por psicólogos e neuropsicólogos com formação específica. O exame é dividido em diversas subcategorias e pode levar de 1h30 a 2h30 para ser concluído, dependendo da abordagem.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e diretrizes do Conselho Federal de Psicologia, a superdotação não está necessariamente associada a um desempenho uniforme em todas as áreas. É o que explicou Carolina Mattos:

"Altas habilidades não é aquele gênio, necessariamente. E sim uma pessoa que tem habilidades maiores em determinada área da vida, e às vezes não em outra. Às vezes é uma pessoa que não domina bem o raciocínio lógico-matemático, mas que se dá superbem nessa criatividade, no improviso, nesse pensamento mais sensível."

Esse conceito reforça que superdotação pode se manifestar de forma diversa, como na inteligência emocional, na criatividade, nas artes ou no pensamento fora do convencional, características frequentemente associadas ao estilo de humor e improviso de Whindersson Nunes.

Chappell Roan revelou detalhes sobre seu single The Subway e negou a vinda de um novo álbum, durante uma entrevista para a Vogue nessa segunda-feira, 4. "Não tem álbum nenhum. Nem uma coleção de músicas."

"Levei cinco anos para escrever o primeiro, e provavelmente vou levar pelo menos cinco para escrever o próximo. Não sou o tipo de compositora que produz em massa", comentou, sobre uma próxima produção. A artista, cujo nome real é Kayleigh Rose Amstutz, ganhou o Grammy de Artista Revelação com seu primeiro álbum, The Rise and Fall of a Midwest Princess, lançado em 2023.

"Eu não achou que eu faço boas músicas quando me forço. Eu vejo alguns comentários do tipo: 'Ela está em qualquer lugar menos no estúdio'. Mesmo que eu estivesse no estúdio 12 horas por dia, todos os dias, isso não significa que o álbum vai sair mais rápido."

The Subway, seu novo single, é a maior estreia feminina de 2025 e debutou no Top 50 Global no Spotify desde a última sexta-feira, 1º. A música foi muito aguardada pelos fãs, já que o lançamento foi previsto, inicialmente, para abril de 2025.

"Eu só não estava pronta para lançá-la. Era muito dolorido. Eu estava muito nervosa e assustada com a minha vida para soltar [a música]. Está tudo diferente agora", completou.

A letra de The Subway fala sobre a "adrenalina de encontrar uma ex-namorada": "Eu estava tendo um momento difícil para tentar esquecê-la."

"Quando eu estava escrevendo [a música], eu estava constantemente tentando pensar: 'Terminamos, terminamos, terminamos'. Os sentimentos estão aí, mesmo que tenhamos terminado", explica, sobre a temática da música.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais