Casal de brasileiros é detido em Miami após confusão em embarque de voo para Cancún

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Um casal de brasileiros foi preso no último final de semana, no Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, após uma confusão no embarque de um voo para Cancún, no México. Segundo autoridades locais, os dois teriam resistido às abordagens policiais e agredido funcionários do local após chegarem atrasados e serem impedidos de embarcar. A defesa deles nega as acusações.

Eles foram soltos após o pagamento de fiança e, até a noite desta segunda-feira, 3, permaneciam no aeroporto à espera das malas que foram enviadas para o destino mexicano.

De acordo com a emissora americana NBC, de Miami, Rafael Seirafe Novaes, de 40 anos, e Beatriz Rapoport, de 29, chegaram atrasados para o embarque e começaram uma discussão com funcionários e policiais do aeroporto.

Ao veículo, a polícia informou ainda que um café teria sido arremessado na direção de funcionários. O caso aconteceu no último domingo, 2, na área do portão de embarque. As cenas do conflito foram filmadas por outros passageiros, que acabaram divulgando as imagens nas redes sociais.

Nelas, é possível ver Rafael sendo abordado e controlado por policiais, que o imobilizam e o jogam no chão. Depois, ele é colocado dentro de uma viatura.

O advogado do casal, Guilherme Schimidt Hayama, nega as acusações. Ao Estadão, ele afirmou que a versão do atraso e das agressões são "inverdades" contadas pela polícia, e que a confusão começou depois que uma funcionária da American Airlines, companhia que operou o voo, negou a Rafael assento perto da saída de emergência que o brasileiro havia comprado.

Ainda de acordo com o advogado, a funcionária teria perguntado a Rafael, "de uma forma ríspida" se ele falava o inglês de forma fluente.

"A partir do momento que eles falaram que entendem muito bem e falam muito bem (o inglês), a funcionária da American Airlines disse que eles não poderiam embarcar porque a pessoa, para a saída de emergência, ela tem que ser fluente", explicou o advogado. "O Rafael e a Beatriz pagaram por estes assentos Não foram assentos aleatórios. Eles pagaram porque sabem que a saída de emergência é mais confortável".

Rafael Novaes-Seirafe e Beatriz Rapoport moram em Santos (SP) e estavam em viagem de férias para o México. Para chegar ao destino, eles tiveram que pegar um avião de Guarulhos para Brasília, de Brasília para Miami e, dali, voariam para Cancún. Foi neste último trecho que os desentendimentos aconteceram.

"Eles não estavam atrasados. Eles estavam chegando de outro voo", afirma o advogado. "Além disso, a gente colheu vídeos que foram feitos e divulgados nas redes sociais, e quem grava de dentro do aeroporto é uma passageira que também estava embarcando. Ou seja, eles não estavam atrasados porque ainda tinha gente na fila para entrar no avião", diz Hayama.

O defensor alega ainda que a história do arremesso do café também não é verdade. "A Beatriz até estava com um daqueles copos térmicos de café na mão, mas ele não é arremessado contra ninguém. Eles esbarraram nela na hora da discussão. É um absurdo falar que arremessaram o café".

A defesa do casal pediu as imagens das câmeras de monitoramento do aeroporto. Entretanto, segundo Hayama, os registros não foram entregues. "É incrível que a gente não consegue encontrar a funcionária agredida, uma filmagem de dentro do aeroporto", disse. "Em nenhum momento, jogaram café em funcionário, isso não é do feitio deles".

O casal foi preso sob acusação de resistência policial não violenta, agressão e invasão de propriedade - por supostamente invadirem uma área considerada restrita. Rafael e Isabela foram soltos depois de pagarem uma espécie de fiança e agora aguardam o retorno das malas, despachadas para Cancún, para saber quando voltam ao Brasil. "Enquanto isso, eles ficam no Aeroporto Internacional de Miami", disse advogado.

O defensor não descarta entrar com uma ação contra a American Airlines. "Tudo está muito incipiente ainda. Mas as medidas cabíveis serão tomadas".

Em nota, a companhia aérea apenas afirmou que as autoridades locais compareceram ao portão de embarque para verificar a presença de dois passageiros que estavam causando tumulto. "Atos de violência não são tolerados pela American Airlines e estamos comprometidos em trabalhar em conjunto com as autoridades em suas investigações."

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Chico Rubens Paiva, neto de Eunice e Rubens Paiva, compartilhou os bastidores da vitória histórica de Ainda Estou Aqui neste domingo, 2, durante a cerimônia do Oscar. O longa de Walter Salles venceu na categoria de Melhor Filme Internacional e faturou o primeiro Oscar da história do Brasil.

Em sua conta no Instagram, o executivo postou uma sequência de fotos que mostra Fernanda Torres, Walter Salles e demais membros da equipe do longa celebrando a conquista. A imagem de destaque, no entanto, mostra o neto ao lado de sua tia, Nalu Paiva. No longa, a filha de Eunice e Rubens foi interpretada por Bárbara Luz.

"A última sequência de uma noite incrível. E não poderia ser diferente: nós, em família", escreveu. Chico é filho de Vera Paiva - interpretada por Valentina Herszage no filme - e o neto mais velho de Eunice e Rubens.

Ainda na rede social, ele também postou um vídeo do momento em que a vitória de Ainda Estou Aqui foi anunciada no Dolby Theatre. "Viva a democracia, viva o cinema brasileiro!", escreveu.

Por fim, o neto de Eunice ainda publicou uma série de vídeos que mostram os bastidores após a premiação. Nela, podemos ver Adrien Brody andando com seu Oscar, Fernanda Torres conversando com Mikey Madison e Walter Salles tirando uma foto com Gints Zilbalodis.

Adrien Brody entrou para a história do Oscar mais uma vez, mas não foi apenas por sua atuação. Na cerimônia de 2025, realizada no último domingo, 2, o ator bateu o recorde do discurso mais longo já feito em um agradecimento na premiação, com um total de cinco minutos e 40 segundos. O título pertencia a Greer Garson, que, em 1943, falou por cinco minutos e 30 segundos ao vencer por Rosa da Esperança.

Brody conquistou a estatueta de Melhor Ator por sua interpretação do arquiteto húngaro-judeu László Tóth em O Brutalista. Ao subir ao palco do Dolby Theatre, em Los Angeles (EUA), ele não se preocupou com o tempo regulamentar de 45 segundos e aproveitou a ocasião para abordar temas como antissemitismo, racismo e a fragilidade da carreira artística.

"Estou aqui, mais uma vez, para representar os traumas persistentes, as repercussões da guerra, da opressão sistêmica, do antissemitismo, do racismo e da exclusão. Oro por um mundo mais saudável, feliz e inclusivo", afirmou durante o discurso.

O ator ainda relembrou sua primeira vitória no Oscar, em 2003, quando levou o prêmio por O Pianista e teve sua fala interrompida pela música de encerramento. Desta vez, ao ouvir os primeiros acordes que indicavam o fim do tempo, reagiu rapidamente: "Desliguem a música! Eu já fiz isso antes. Não é meu primeiro rodeio, mas serei breve".

Ao final de sua fala, Brody agradeceu pelo reconhecimento e deixou uma mensagem de união e esperança. "Vamos lutar pelo que é certo, continuar sorrindo, amando uns aos outros e reconstruindo juntos. Obrigado".

O carnaval de Salvador foi palco de um desentendimento entre Daniela Mercury e Tony Salles na madrugada desta terça-feira, 4, no circuito Dodô (Barra-Ondina). A cantora reclamou publicamente da proximidade do trio elétrico do cantor, que interferiu na qualidade do som de sua apresentação.

A situação aconteceu por volta da 1h, quando Daniela interrompeu a música Maimbê Dandá e encarou o trio de Tony Salles antes de se manifestar. "Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu Tony? Respeite que não sou moleque, rapaz. Ficou feio, viu bicho", reclamou a cantora.

O marido de Scheila Carvalho, por sua vez, respondeu sem citar o nome da artista. Ele explicou que seu trio precisou acelerar o percurso por causa de atrasos na programação.

"A gente está um pouco corrido hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa", disse ao público.

O cantor também criticou a retenção dos trios ao longo do circuito e mencionou que ainda tinha um show para realizar em um camarote na mesma noite. "O trio precisa andar. Foi feito para andar. A gente precisa se respeitar, não é porque sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar", afirmou.

O Estadão procurou a assessoria de Tony Salles, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação. Já a equipe de Daniela Mercury informou que o posicionamento da cantora está no depoimento escrito por sua esposa, Malu Verçosa. Leia na íntegra:

"Sou da época do encontro de trios, da festa da música no Carnaval de Salvador, da magia da percussão e da nossa cultura. Mas a cena que vi no desfile dessa segunda no circuito Barra Ondina foi de desrespeito, principalmente com o público, mas também com a minha artista. O cantor Tony Salles chegou atrasadíssimo no Farol da Barra e o fiscal nos pediu para passar na frente já que estávamos prontos. Passou o artista Guga Meira e em seguida Daniela, tamanho o atraso dele. Aliás é assim que tem que ser para o carnaval não parar e não atrasar o desfile. Registre-se que seguimos o fluxo do desfile respeitando a distância do trio da nossa frente. O trio do cantor Tony Salles veio colado no nosso trio a partir do Cristo da Barra até Ondina, atrapalhando o desfile ao ponto de fazer Daniela parar de cantar em alguns momentos. Ao ponto da Band noticiar isso (que vergonha). E ele justifica dizendo que estava atrasado pro show no camarote. Chegasse no horário então. Quem tem compromisso, não atrasa. Coisa feia. E sabe o que é pior? Encerramos o desfile e ele, que estava atrasado, ainda ficou mais meia hora cantando. Respeite a rainha, Tony Salles."