'A gente enxergou a morte', diz passageira de carro destruído por queda de árvore em SP

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Três mulheres viveram um momento de grande tensão durante as fortes chuvas que atingiram São Paulo nesta quarta-feira, 12. Elas estavam a bordo de um carro que foi atingido por uma árvore que caiu na Rua Artur Azevedo, em Pinheiros, bairro da zona oeste da capital paulista.

O veículo ficou bastante danificado. Os vidros das portas dianteiras e da parte traseira ficaram totalmente destruídos. No capô e no para-brisa, era possível ver os efeitos do impacto da vegetação que cedeu. Apesar dos danos materiais, as três vítimas não tiveram ferimentos graves.

Duas delas, Raquel Nascimento e Cristiane Andrade, que trabalham no setor administrativo do Hospital das Clínicas, afirmaram que tinham saído por volta das 17h, quando ficaram presas no trânsito da Artur Azevedo. No carro também estava a mãe da Raquel.

Ventava e chovia tanto que não era possível enxergar pela janela, e o semáforo da via já tinha parado de funcionar, lembram. "A gente estava parada no trânsito, quando minha mãe começou a falar: 'Aquela árvore está balançando, minha filha, ela vai cair'", conta Raquel ao Estadão. "A árvore veio caindo lentamente, e quando bateu saiu amassando tudo."

"A pancada foi terrível, foi muito forte. Já foi afundando o teto, pegando todo o vidro", diz Cristiane. "Os galhos começaram a entrar pelo meu vidro, no bando do passageiro onde eu estava. Na parte de trás, onde estava a mãe da Raquel, quebrou por inteiro. Foi terrível".

Sem saber se algum fio também tinha caído junto com a árvore, elas contam que temeram sair do carro e tomar algum choque. O Corpo de Bombeiros e comerciantes que trabalham nos entornos ajudaram no resgate das três mulheres, que, apesar do susto, não tiveram ferimentos graves.

"É diferente quando você assiste pela televisão de quando você passa pela cena. É perigosíssimo sair em temporal. Ali, a gente enxergou a morte", acrescentou Cristiane Andrade.

Caos em Pinheiros

Pinheiros foi um dos bairros mais afetados na capital. No entorno, outros veículos foram danificados pela queda da vegetação e a estrutura de vidro do restaurante Levena, também localizado na Rua Artur Azevedo, cedeu por conta do temporal.

Uma das funcionárias, que não quis se identificar, explicou à reportagem que os fortes ventos provocaram a queda de uma grande janela de vidro do estabelecimento. Ninguém ficou ferido, segundo ela. Procurados, os gerentes do local não quiseram gravar entrevista.

O restaurante, do chef Diego Louzano, estava com a fachada interditada, com faixas zebradas pela calçada em volta de uma pilha de cacos de vidro espalhados pelo chão.

Diferentes ruas e estabelecimentos de Pinheiros ficaram sem energia elétrica - na capital, cerca de 127 mil tiveram o serviço interrompido, segundo a Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia na região metropolitana de São Paulo. Os poucos comércios com luz, funcionavam com o uso de gerador, conforme observado pela reportagem.

Luciano Vieira, gerente de um comércio que faz a venda de massa folhada, estava preocupado com a falta de energia elétrica na rua quando foi abordado pela reportagem, por volta das 20h desta quarta. Sem poder contar com um gerador, ele estava com mais de 300 quilos de mercadoria congelada, em freezers que se encontravam desligados desde a queda de energia na rua, por volta das 17h. "Pedi para minha empresa enviar um carro com frigorífico para colocar as massas", disse.

Trabalhando há três anos na Artur Azevedo, ele disse que é a primeira vez que viu algo semelhante na região em termos de estragos causados pelos temporais. "A gente ouviu um barulho bem alto, como se tivesse estourado alguma coisa, e a luz apagou", contou.

Morte no centro

O Corpo de Bombeiros recebeu chamado para 158 quedas de árvores nesta quarta. Uma delas caiu sobre um carro, na Avenida Senador Queiroz, no centro da cidade, e matou um taxista. A identidade dele não foi informada. Outras pessoas que também estavam no veículo tiveram que receber atendimento médico.

Outra árvore que caiu por conta dos temporais foi a terceira mais antiga de São Paulo, um chichá de 200 anos, que ficava no Largo do Arouche, na República, região central da capital.

De acordo com Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da Prefeitura, as rajadas de vento que atingiram a cidade de São Paulo nesta quarta-feira, chegaram a 62,9 km/h. (Colaborou Fabio Grellet).

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Uma fala de Amado Batista sobre estar solteiro em um show na noite de quarta-feira, 25, e a conta do Instagram fora do ar de esposa do cantor, Cálita Franciele, formaram a combinação perfeita para que os fãs do cantor desconfiassem que o casamento com a Miss Mato Grosso tivesse chegado ao fim após apenas três meses.

"Fiquei solteiro, sozinho de novo. Tá vendo? Dizem que vida de solteiro é melhor que vida de casado. Não sei. Quem tá apaixonado não vai concordar com isso […] Se não for por amor eu não fico", disse o cantor em cima do palco no Arraiá do Povo, em Aracaju.

Mas tudo não passou de um mal-entendido, segundo a assessoria do cantor. O trecho do show em que Amado fala sobre estar solteiro faz parte da introdução da música Vida de Solteiro, gravada por ele em 2022, dois anos antes de conhecer Cálita.

O cantor de 74 anos se casou com a miss 50 anos mais nova em 15 de março. A cerimônia aconteceu na fazenda dele localizada em Cocalinho, no interior do Mato Grosso. O local é avaliado em R$ 350 milhões.

Esposa nega separação

A equipe jurídica da esposa de Amado Batista emitiu uma nota negando a separação. "A senhora Cálita Franciele foi surpreendida, na presente data, com a veiculação de notícias inverídicas que afirmam, de forma leviana, que ela estaria separada de fato de seu marido, o Sr. Amado Batista", diz o texto.

"Por meio de sua assessoria jurídica, a senhora Cálita nega categoricamente a existência de qualquer separação, esclarecendo que tal informação é falsa e não possui qualquer respaldo na realidade dos fatos. Trata-se, portanto, de uma narrativa inventada, disseminada com o único propósito de constranger o casal e gerar repercussão negativa."

Instagram fora do ar

A equipe jurídica também esclareceu o fato de a conta de Cálita Franciele estar fora do ar no Instagram, que não teria nenhuma relação com os boatos de separação. Por enquanto, a esposa de Amado Batista está usando uma conta reserva para se comunicar com os seguidores.

"Quanto à sua ausência nas redes sociais, em especial no Instagram, a assessoria esclarece que a conta da senhora Cálita foi temporariamente bloqueada pela própria plataforma, por motivo ainda desconhecido. Já estão sendo avaliadas e serão adotadas as medidas judiciais cabíveis para o imediato restabelecimento de seu acesso."

Em suas redes sociais, Amado Batista republicou vídeos do show em Aracaju e não deve se pronunciar sobre o mal-entendido em relação à vida pessoal, informou a assessoria de imprensa do cantor.

O julgamento de Sean "Diddy" Combs, que começou em 12 de maio, está em sua fase final.

O magnata da música responde a acusações que envolvem tráfico sexual, coação, distribuição de drogas e uso de armas de fogo. O caso é conduzido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que afirma ter evidências de que Diddy liderou uma rede sofisticada de exploração sexual por mais de duas décadas.

Agora, segundo a Variety, a promotoria está dizendo que o rapper é "líder de organização criminosa". A procuradora-assistente Christy Slavik alegou que Diddy sempre foi um homem muito poderoso, mas que conseguiu mais poder e influência devido ao apoio de seu círculo íntimo e sua empresa que, segundo ela, tem como objetivo proteger o rapper.

"Ele [Diddy] é o líder de uma organização criminosa. Ele não aceita não como resposta, e agora vocês sabem sobre muitos crimes que o réu cometeu com membros de sua organização", alegou.

Ela então passou a listar os crimes pelos quais o rapper é acusado e focou no tráfico sexual, que foi chamado de "crime brutal."

Ainda de acordo com a Variety, a procuradora-assistente falou sobre dois episódios de agressão: quando Diddy agrediu Cassie Ventura em 2016 e quando ele agrediu Jane (pseudônimo da testemunha) em 2024. "São capítulos do mesmo livro", disse.

Christy lembrou que, no caso de Cassie, ele pagou o hotel onde a agressão aconteceu para que o vídeo do ataque fosse apagado e também mencionou que o músico sempre tinha drogas a seu dispor, para uso próprio e para as vítimas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Léo Lins, humorista que foi condenado a oito anos e três meses de prisão por "discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários" em uma apresentação divulgada no Youtube, voltou aos palcos na última quinta-feira, 19.

Ele se apresentou no Teatro Gazeta, em São Paulo, e lotou o local com 720 pessoas.

Segundo O Globo, o humorista falou sobre alguns dos processos que fizeram com que ele fosse condenado e citou Preta Gil, que moveu uma ação contra ele em 2019, quando Léo Lins a comparou com uma "porca".

"A Preta Gil veio me processar por causa de uma piada de anos atrás. Três meses depois que chegou o processo, ela apareceu com câncer. Bom, parece que Deus tem um favorito. Acho que ele gostou da piada. E pelo menos ela vai emagrecer", disse ele, de acordo com o veículo.

A pedido de seus advogados, o humorista proibiu o uso de celulares, que foram lacrados no início da sessão.

Entenda o caso de Léo Lins

O vídeo que gerou a condenação de Léo Lins, produzido em 2022, mostra o show "Pertubador" no qual o humorista fez uma série de declarações contra negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência.

Em agosto de 2023, quando a veiculação no YouTube foi suspensa por decisão judicial, a publicação tinha mais de três milhões de visualizações.

A disponibilização do vídeo pela internet e a "grande quantidade de grupos sociais atingidos" foram fatores que a Justiça Federal considerou para aumentar a pena aplicada ao comediante.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais