Brasil buscará consenso no Brics para financiamento climático, diz secretária da Fazenda

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A secretária de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda e coordenadora da trilha financeira da presidência brasileira nos Brics, Tatiana Rosito, disse nesta segunda-feira, 24, que a gestão brasileira não vai buscar ampliar os compromissos dos 11 países-membros com financiamento climático, mas sim criar consensos para uma atuação conjunta extra bloco que garantam US$ 1,3 trilhão de financiamento público e privado nessa frente.

"Não estamos discutindo ampliar NDCs (contribuições nacionalmente determinadas), nem discutindo contribuições voluntárias. O que está em discussão (nos Brics) é construir convergências sobre a mobilização de recursos públicos e privados para chegar a US$ 1,3 trilhão externo, recursos preponderantemente de países desenvolvidos, públicos ou concessionais", disse Rosito.

O financiamento climático aparece como um dos seis objetivos da trilha de finanças da gestão brasileira do grupo e inaugura discussão pouco usual dentro do bloco. "Estamos buscando uma agenda mais ousada, até por estarmos na presidência do Brics e da COP 30", disse.

Segundo Rosito, já há posicionamentos convergentes dentro do bloco nesta seara, mas a ampliação disso será importante para negociações que devem acontecer dentro da COP 30, que acontece em outubro, em Belém.

Ela destacou a discussão sobre a origem e os recursos e apoio financeiro a projetos de infraestruturas resilientes às mudanças climáticas, que aparece de forma mais destacada no quarto objetivo da trilha, de "avançar no diálogo intra-Brics e na cooperação em PPPs, tributação e alfândega".

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As controversas de uma suposta diferença de tratamento de Adriane Galisteu, então namorada de Ayrton Senna, e Xuxa, ex-namorada do piloto, durante o velório do atleta foram abordadas na nova série documental Meu Ayrton por Adriane Galisteu, que estreou na HBO Max na quinta, 6. O momento foi relembrado no segundo episódio.

"Eu não troquei de roupa. Eu passei a noite com a mesma roupa", narrou a apresentadora sobre a ocasião. "E eu lembro de achar todo mundo muito elegante. Eu estava muito mal vestido, estava com roupa de quem estava em um velório à noite inteira."

Adriane diz que, durante o velório, sentiu falta de abraços e de "chorar no ombro de alguém". "Era tudo muito contido, uma coisa distante, tudo muito silencioso", disse.

À época, a cerimônia foi organizada com adesivos que davam acesso a determinados pontos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde ocorreu o velório. A apresentadora não recebeu o adesivo que dava acesso ao lugar ao lado da família do piloto e próximo ao caixão.

A mãe do atleta, tempos depois, deixou que Adriane se aproximasse do caixão, mas a apresentadora não estava junto à família de Senna. Xuxa, porém, permaneceu ao lado dos pais do piloto.

"Estava todo mundo sofrendo muito e eu não queria competir a minha dor com ninguém, mas uma dor genuína e profunda era da mãe que tinha perdido um filho. Mãe não se pode julgar", comentou Adriane na série.

A apresentadora narrou ter se encontrado com a mãe de Senna, Neyde, após a cerimônia ao ir buscar seus pertences no apartamento em que vivia com o piloto em São Paulo. Na saída do prédio, as duas se abraçaram e choraram.

Meu Ayrton por Adriane Galisteu chegou a convidar a família do piloto e Xuxa para uma participação na série. Os convites foram recusados, sob a alegação de "compromissos contratuais". O documentário aborda esse e outros momentos do namoro entre a apresentadora e Senna. A produção chegou após controvérsias de Senna, série da Netflix que deu pouco tempo de tela para a personagem de Adriane.

"Eu comecei a perceber uma força das pessoas na rua, de uma geração que não acompanhou a minha história, uma geração mais jovem, que queria saber mais da vida dele", comentou Adriane em entrevista por telefone ao Estadão.

Katy Perry lançará nesta quinta-feira, 6, às 21h, sua nova música Bandaids. O teaser, publicado em suas redes sociais, mostra trechos do videoclipe da cantora americana. No estilo da franquia de Premonição, Katy aparece em diversas situações "perigosas", incluindo o famoso acidente do caminhão de toras. Há várias quedas, explosões e estilhaços.

Na Genius, plataforma que registra informações técnicas sobre música, os produtores Sean Cook, Justin Tranter, Russ Chell, Eren Cannatta e a própria cantora assinam a obra.

O clipe de Bandaids chega cerca de um ano após o lançamento de 143, seu sétimo álbum de estúdio de setembro de 2024. O álbum foi pano de fundo para a Lifetimes Tour, que chegou ao Brasil para o festival The Town e mais dois shows solo em Curitiba e Brasília neste ano.

Quando lança 'Bandaids', novo single de Katy Perry?

Data do lançamento: 6 de novembro de 2025

Horário: 21 horas

Onde posso dar pré-save: Spotify, Deezer, YouTube Music, Apple Music, Tidal e Amazon Music.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

Olga de Dios, conhecida por abordar temas como a diversidade, a igualdade de gênero e o consumo sustentável em seus livros infantis - Mostro Rosa é o mais popular no Brasil - , está no País para promover sua nova obra, Caderno de Artista, publicado pelo selo Boitatá, da Boitempo.

No livro interativo, ela propõe que os pequenos leitores sejam coparticipantes da obra, desenhando, recortando e pintando junto com a ilustradora. "Caderno de Artista é um trabalho diferente. Os meus livros anteriores eram álbuns ilustrados, que contam uma história, com poucos textos e muitas ilustrações. Neste caso, não. Caderno de Artista é completamente diferente. A proposta é que todas e todos podemos participar", explicou a artista em uma conversa com o Estadão.

No livro, Olga conduz o leitor por uma série de atividades, que vão desde arrancar uma página até continuar um desenho ou fazer e responder perguntas com desenhos. "Podemos vê-lo como um caderno que você pode colorir, mas pode ir muito além. Vejo o livro como um trabalho de refletir, uma ferramenta de reflexão", completou.

Uma das reflexões que Olga traz no livro é que a criança pode errar, que o erro pode resultar em um trabalho artístico. "Quando não sei por onde começar e tenho medo de errar, volto alguns passos, pego impulso e dou um salto no escuro. Esse salto pode ser uma mancha, um rabisco, um erro, a partir do qual começar. Quando se começa por um erro, o medo de errar já desaparece", escreve ela no livro encorajando as crianças.

Defesa da diversidade

Olga de Dios é a criadora de obras que ganharam uma boa receptividade entre o público brasileiro, como Monstro Rosa, Pássaro Amarelo e Rã de Três Olhos, todos publicados pela Boitatá.

Em seu trabalho, Olga defende algumas bandeiras. A principal delas, a da diversidade. "Com o meu trabalho, proponho questões e debates que fazem parte da nossa sociedade, que estão entre nós, que são atuais. O meu tema principal, com o qual eu comecei como autora, é a defesa da diversidade como algo enriquecedor", disse.

"Eu tenho claro que quanto mais referências as crianças tiverem, mais liberdade elas vão ter para escolher. Então, creio que é preciso parar muitas vezes esses discursos de ódio e esses discursos fascistas que querem censurar e limitar as expressões. Defender uma educação em diversidade, defender uma educação em liberdade, é uma questão de direitos humanos", ressaltou a artista.

Olga de Dios em São Paulo

Esta é a segunda visita de Olga ao Brasil. A ilustradora esteve por aqui em agosto do ano passado e retorna agora para uma série de atividades, que inclui oficinas de desenho com crianças e conversas com adultos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

"Estou muito surpresa [com a receptividade que tem recebido dos brasileiros]. Agradavelmente surpresa. Primeiro porque as pessoas são muito afetuosas e carinhosas. E depois porque elas me demonstram e me confirmam que a minha expressão artística é capaz de me conectar com muitas pessoas no mundo", afirmou.

A artista participa nesta quinta-feira, 6, de uma oficina de desenho para crianças no Galpão ZL (Rua Serra da Juruoca, 112, Jardim Lapena), a partir das 15h. Na sexta-feira, 7, a partir das 14, Olga conversa sobre política e literatura infantil na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, e no sábado, 8, a partir das 9h, conduz mais uma oficina de desenho baseada no Caderno de Artista, na Casa Tombada (Rua Min. Godói, 333, Perdizes).

Caderno de Artista

Autora: Olga de Dios

Editora: Boitatá (112 págs.; R$ 93 - Trad.: Monica Stahel)