IBGE: 61% dos municípios não têm presença de principais instituições federais e estaduais

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Seis em cada dez municípios brasileiros não registram presença das principais instituições federais e estaduais do País, segundo a pesquisa Redes e Fluxos do Território: Gestão do Território 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dados do levantamento mostram que apenas 39,1% dos municípios brasileiros podem ser considerados centros de gestão pública, o que significa que os outros 60,9% dos 5.570 existentes não possuem nenhuma representatividade ou ficam totalmente de fora da estrutura de ligação entre importantes instituições públicas nacionais e estaduais.

O estudo analisou a presença em território nacional de instituições com considerável capilaridade: IBGE, INSS, Justiça Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, Receita Federal, Tribunais Regionais Eleitorais, Tribunais Regionais do Trabalho e gestão estadual da saúde e da educação.

Conforme esperado, Brasília (DF) se destaca como principal centro da Gestão Pública, seguida pelo Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Recife (PE).

"O principal centro urbano responsável pela gestão pública do País é Brasília (DF), capital federal e sede nacional da maior parte das instituições públicas, que ocupa, isoladamente, o maior nível hierárquico e centraliza o papel de gestor da estrutura administrativa estatal. No segundo nível de centralidade de gestão pública, estão Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Recife (PE). A atuação desses municípios apresenta marcante alcance regional, abrangendo diversas Unidades da Federação, com instituições como o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS (onde são sedes de Superintendências Regionais), Tribunais Regionais Federais e Regiões Fiscais da Receita Federal. Além dessa atuação, o Rio de Janeiro (RJ), como herança do período em que foi capital federal, ainda apresenta gestão, em nível nacional, de instituições públicas como o IBGE. Predominam municípios da Região Sudeste nesse nível", explicou o estudo do IBGE.

O levantamento ressalta ainda que o terceiro nível de centralidade de gestão pública é ocupado por Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Belém (PA).

"Os municípios pertencentes a esse nível de centralidade apresentam atuação regional em algumas instituições, combinada com alcance mais restrito nas demais", diz o IBGE. "Os três primeiros níveis de centralidade de gestão pública são exclusivamente ocupados por municípios que são núcleos de metrópoles, isto é, não só são os centros urbanos mais influentes do País, mas também são as municipalidades mais centrais e populosas de suas aglomerações urbanas."

A pesquisa avaliou também a gestão empresarial no País, ou seja, a presença de empresas multilocalizadas, presentes em diversos pontos do território simultaneamente, com unidades instaladas em diferentes municípios. Essa fatia de companhias cresceu de 1,86% do total de empresas pesquisadas em 2012 para 2,18% em 2021. Embora a fatia permaneça modesta, as empresas multilocalizadas estavam presentes em 99,9% dos municípios brasileiros em 2021, "demonstrando expressiva capilaridade".

"No cenário atual, diversas empresas têm a capacidade de se multilocalizar, isto é, estar presentes, simultaneamente, em diversos pontos do território, com suas unidades instaladas em diferentes municípios. Elas são um agente primordial do funcionamento da economia, promovendo a centralidade de algumas cidades, ao utilizar e coordenar recursos espacialmente dispersos. Os agentes econômicos aproveitam ao máximo esses recursos, superando distâncias. Isso cria uma rede complexa onde as empresas, com suas estratégias, ajudam a moldar o espaço, em dinâmicas organizacionais que atuam diante de padrões espaciais prévios em um processo de interação contínua entre essas organizações e os lugares", citou o IBGE.

Quanto à gestão empresarial, o município de São Paulo (SP) liderava o ranking, seguido por Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). Os municípios de Barueri, Osasco e Guarulhos, que integram a região metropolitana de São Paulo, também figuraram em posições relevantes no ranking de gestão empresarial.

As sedes das empresas multilocalizadas foram predominantemente dos setores de comércio (43,8%) e serviços (36,2%), enquanto a participação foi menor para as que atuam nos segmentos da indústria (16,7%) e agropecuária e extrativismo (3,3%).

"Cumpre destacar que a distribuição das empresas selecionadas não é radicalmente diferente da distribuição das empresas em geral, cujos setores predominantes são, também, comércio e serviços, tomados de maneira agregada", ponderou o IBGE. "Em 2021, das cinco principais atividades das empresas multilocalizadas, três eram do setor de saúde. O setor de transporte foi o principal destaque nesse ano, seguido do comércio varejista de vestuário, invertendo a ordem apresentada em 2012", acrescentou o instituto.

Quanto à gestão do território como um todo, que considera os municípios com instituições públicas e unidades locais de empresas multilocalizadas, os líderes foram São Paulo (SP), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ).

"Essa classificação é coerente com o fato de São Paulo (SP) ser a principal centralidade da gestão empresarial; Brasília (DF) representar a principal centralidade da gestão pública; e Rio de Janeiro (RJ) figurar, em segundo lugar, tanto na gestão empresarial como na gestão pública", explicou o IBGE.

No ano de 2024, 2.176 municípios foram classificados como centros de gestão do território, ligeiramente inferior aos 2.204 identificados no estudo de 2014.

"Tal variação se deve, sobretudo, à redistribuição de zonas eleitorais e, secundariamente, de agências do INSS, de sorte que algumas municipalidades passaram a integrar o rol de Centros de Gestão do Território, enquanto outras, todas de pequeno porte, deixaram essa condição", justificou o levantamento.

Em outra categoria

Com início marcado para o dia 16 de outubro, a 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo chega às salas da capital paulista com diversos títulos cotados para competir no Oscar em 2026, incluindo 15 longas já pré-selecionados por seus respectivos países para estarem entre os concorrentes a Melhor Filme Internacional. Entre os principais destaques deste ano, está O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, representante brasileiro na maior premiação de Hollywood.

Além dele, o espanhol Sirât, de Oliver Laxe, também tem destaque na programação da Mostra, tendo sido escolhido para a sessão de abertura do evento. Outros títulos como Águias da República, da Suécia, Foi Apenas um Acidente, da França, e No Other Choice, da Coreia do Sul, também terão sessões no festival.

Títulos referentes à causa palestina, como Era Uma Vez em Gaza, premiado no Festival de Cannes, e Palestina 36, representante da Palestina no Oscar, também integram a programação.

Confira abaixo as produções cotadas para o Oscar 2026 de Melhor Filme Internacional presentes na programação da Mostra e suas sessões:

O Agente Secreto (Brasil) - dirigido por Kleber Mendonça Filho - sessões: 24/10, às 15h40, na Cinemateca - Sala Petrobras; 25/10, às 16h40, no Cinesesc; 28/10, às 20h, na Cultura Artística; e 29/10, às 19h40, no Espaço Petrobras de Cinema 1 e 2

Águias da República (Suécia) - dirigido por Tarik Saleh - sessões: 19/10, às 13h30, no Espaço Petrobras de Cinema 1; 22/10, às 14h, no Cine Segall; 24/10, às 21h, na Reserva Cultural 2; e 26/10, às 14h, na Cinemateca - Sala Petrobrás

O Amor que Resta (Islândia) - dirigido por Hlynur Pálmason - sessões: 19/10, às 21h50, no Espaço Petrobras de Cinema 1; 23/10, às 14h, na Cinesala; 25/10, às 16h30, no Playarte Marabá 1; e 28/10, às 15h10, na Reserva Cultural 2

Era Uma Vez em Gaza (Palestina) - dirigido por Arab Nasser e Tarzan Nasser - sessões: 19/10, às 21h30, no Playarte Marabá 5; 20/10, às 21h, na Cinesala; 22/10, às 18h, na Cinemateca - Sala Oscarito; e 27/10, às 15h20, no Espaço Petrobras de Cinema 1

Feliz Aniversário (Egito) - dirigido por Sarah Goher - sessões: 16/10, às 21h55, na Cinemateca - Sala Grande Otelo; 22/10, às 16h, no Espaço Petrobras de Cinema 1; e 29/10, às 17h40, no Cine Satyros Bijou

Fiume o Morte! (Croácia) - dirigido por Igor Bezinovic - sessões: 16/10, às 16h30, no Espaço Petrobras de Cinema 3; 23/10, às 17h10, no Playarte Marabá 4; 25/10, às 19h, na Biblioteca Roberto Santos; e 27/10, às 15h, na Reserva Cultural 1

Foi Apenas um Acidente (França) - dirigido por Jafar Panahi - sessões: 27/10, às 18h30, na Cinemateca - Sala Petrobras; 28/10, às 17h15, na Cultura Artística; e 29/10, às 20h40, na Reserva Cultural 1

Homebound (Índia) - dirigido por Karan Johar - sessões: 18/10, às 14h, na Cinesala; 21/10, às 15h40, na Cinemateca - Sala Grande Otelo; 28/10, às 19h, no Playarte Marabá 1; e 29/10, às 16h15, na Cinemateca - Sala Petrobrás

Jovens Mães (Bélgica) - dirigido por Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne - sessões: 26/10, às 21h, na Cinemateca - Sala Petrobras; 28/10, às 21h20, no Espaço Petrobras de Cinema 2; 29/10, às 21h, no Cinesesc; e 30/10, às 19h40, na Cultura Artística

Left-Handed Girl (Taiwan) - dirigido por Shih-Ching Tsou - sessões: 16/10, às 19h10, na Reserva Cultural 2; 17/10, às 13h30, no Espaço Petrobras de Cinema 1; 18/10, às 17h, na Cinemateca - Sala Petrobras; e 26/10, às 18h15, no Sato Cinema

Um Mundo Triste e Belo (Líbano) - dirigido por Cyril Ayris - sessões: 24/10, às 18h50, Reserva Cultural 2; 27/10, às 14h, na Cinemateca - Sala Grande Otelo; 28/10, às 21h, na Cinesala; e 29/10, às 15h30, no Espaço Petrobras de Cinema 1

No Other Choice (Coréia do Sul) - dirigido por Park Chan-wook - sessões: 23/10, às 18h30, na Cinemateca - Sala Petrobras; 25/10, às 16h30, no Sato Cinema; e 29/10, às 12h, na Cultura Artística

Palestina 36 (Palestina) - dirigido por Annemarie Jacir - sessões: 20/10, às 13h, na Reserva Cultural; 24/10, às 16h15, no Espaço Petrobras de Cinema 2; 27/10, às 19h10, na Cultura Artística; e 29/10, às 19h, na Cinemateca - Sala Petrobrás

The President's Cake (Iraque) - dirigido por Hasan Hadi - sessões: 17/10, às 18h30, na Cinemateca - Sala Petrobras; 18/10, às 21h15, no Playarte Marabá 1; 21, às 15h, na Reserva Cultural 1; e 24/10, às 15h, no Espaço Petrobras de Cinema 1

Sirât (Espanha) - dirigido por Oliver Laxe - sessões: 16, às 18h, na Cinemateca - Sala Petrobras; 22/10, às 20h15, no Cinesesc; e 24/10, às 14h, no Playarte Marabá

O Som da Queda (Alemanha) - dirigido por Mascha Schilinski - sessões: 18/10, às 13h45, no Espaço Petrobras de Cinema 2; 19/10, às 16h20, na Cinemateca - Sala Petrobras; e 30/10, às 14h40, na Cultura Artística

Outros candidatos ao Oscar

Além dos representantes para a categoria de Melhor Filme Internacional, outras produções cotadas para as categorias principais do Oscar também serão exibidos na Mostra. Entre elas está Bugonia, longa que marca o novo capítulo da premiada parceria entre o diretor Yorgos Lanthimos e a atriz Emma Stone.

Produzido pela Netflix e cotado para competir nas categorias principais da premiação, Frankenstein, de Guillermo del Toro, também será exibido no circuito da Mostra antes de chegar ao streaming em 7 de novembro.

Springsteen: Salve-me do Desconhecido, cinebiografia de Bruce Springsteen dirigida por Scott Cooper, também aparece como forte candidato à premiação.

Confira as sessões de Bugonia, Frankenstein e Springsteen: Salve-me do Desconhecido abaixo:

Bugonia - dirigido por Yorgos Lanthimos - sessões: 17/10, às 20h50, na Cinemateca - Sala Petrobras; 19/10, às 14h25, no Playarte Marabá 1; e 27/10, às 16h40, na Cultura Artística

Frankenstein - dirigido por Guillermo del Toro - sessões: 16/10, às 20h50 (Cinemateca - Sala Petrobras); 18/10, às 18h15, no Playarte Marabá 1; e 20/10, às 20h, no Cinesesc

Springsteen: Salve-me do Desconhecido - dirigido por Scott Cooper - sessões: 22/10, às 21h40, na Reserva Cultural 2; 26/10, às 18h30, na Cinemateca - Sala Petrobras; 28/10, às 17h, no Cinesesc

Outra produção da Netflix presente na Mostra, Jay Kelly, filme de Noah Baumbach, também tem sido colocado na corrida pelo Oscar. O longa, que segue um ator em jornada de redescoberta, é protagonizado por George Clooney, visto como uma das principais apostas para figurar entre os indicados a Melhor Ator pelo trabalho como o personagem titular. Exibida no Festival de Veneza e escolhida como o filme de encerramento da Mostra, a produção ainda não teve data e horário de sua sessão anunciada.

A programação completa da 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo pode ser conferida no site oficial do evento. O festival acontece em São Paulo, de 16 a 30 de outubro. Os ingressos já estão à venda.

Kate McKinnon está confirmada na terceira temporada de Percy Jackson e os Olimpianos. Segundo a Variety, a atriz será Afrodite, deusa grega do amor e beleza.

A descrição oficial da personagem diz que ela "pode mudar sua aparência dependendo do observador" e "precisa ter certeza de que Percy Jackson respeita o poder e a importância do amor antes de concordar em ajudá-lo em sua jornada."

A atriz é conhecida por seus trabalhos em Barbie, Os Caça-Fantasmas, Yesterday, O Espião Que Me Largou e O Escândalo.

Percy Jackson e os Olimpianos conta a história de Percy Jackson (Walker Scobbell), um menino que descobre ser filho de Poseidon, deus do mar, aos 12 anos de idade. Ele vê sua vida mudar quando é mandado para o Acampamento Meio-Sangue, lugar que abriga filhos de deuses e humanos e os treina para os perigos do mundo.

Na segunda temporada da série, que chega ao catálogo do Disney+ em 10 de dezembro, o protagonista retorna ao acampamento um ano depois da primeira temporada e descobre que Grover (Aryan Simhadri), seu melhor amigo, está desaparecido.

A terceira temporada ainda não tem previsão de estreia.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A sequência de A Paixão de Cristo, filme de sucesso dirigido por Mel Gibson e lançado em 2004, precisou escalar novos atores para os papéis de alguns dos personagens principais. Além do finlandês Jaakko Ohtonen, que assume o papel de Jesus no lugar de Jim Caviezel, a atriz cubana Mariela Garriga substitui Monica Bellucci como Maria Madalena.

Mariela Garriga tem 36 anos e nasceu em Havana, Cuba, mas tem tripla nacionalidade - cubana, italiana e americana. Ela esteve recentemente em Missão: Impossível - O Acerto Final, último longa da saga de Tom Cruise, mas começou no mundo da atuação ainda na adolescência, quando apareceu em um programa de TV local aos 13 anos e começou a se dedicar ao teatro.

Em 2009, aos 20 anos, Mariela se mudou para a Itália, onde começou a estudar artes dramáticas e atuação na Rodgers Acting Studio, em Milão. Posteriormente, viajou para os Estados Unidos e deu sequência aos estudos em Nova York.

No mercado italiano, a atriz participou de dezenas de projetos, como o drama Homens de Ouro, de Vincenzo Alfieri, e a comédia Chi m'ha Visto. Nos EUA, acumula créditos de participação em séries como NCIS, Luis Miguel: A Série, Law & Order: SVU e NCIS: LA, além de ter interpretado uma personagem recorrente na série limitada Bosé, do Paramount+.

'A Ressurreição de Cristo', de Mel Gibson

A Ressurreição de Cristo será dividido em duas partes, dando sequência direta ao filme original, A Paixão de Cristo, que acompanhou as últimas 12 horas anteriores à crucificação.

Anteriormente, Gibson definiu o filme como uma "viagem de ácido", dizendo que a trama pode mostrar Jesus explorando o Hades, lidando com anjos caídos e vagando pelo Inferno antes de sua ressurreição. As filmagens acontecem na Itália.

Segundo informa a Variety, A Ressurreição de Cristo: Parte 1 tem previsão de lançamento para março de 2027, durante a Semana Santa. A Parte 2 sai 40 dias depois, na Quinta-Feira de Ascensão - celebração religiosa cristã da subida de Jesus Cristo ao céu.