Lucinha Lins descreve experiência sobrenatural que teve durante gravação de 'A Viagem'

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Lucinha Lins, que interpretou a inesquecível Estela, de A Viagem, relatou experiências sobrenaturais que sentiu durante as gravações da novela, exibida originalmente pela TV Globo em 1994 e atualmente reexibida no Vale a Pena Ver de Novo.

Em entrevista à Quem, a atriz contou que aconteceram algumas coisas inexplicáveis nos bastidores e recordou um momento que emocionou os artistas e a equipe da novela. Na trama, Estela é irmã de Diná, vivida por Christiane Torloni.

"Volta e meia acontecia algum tipo de surpresa. Acho que a que mais impressionou a todos foi a cena do crematório do Alexandre (Guilherme Fontes). Todos nós sabemos que a Christiane perdeu um filho, ainda muito menino, num acidente. Foi um choque. E esse menino foi cremado", contou ela, que continuou:

"Nós estávamos muito aflitos e preocupados com a Christiane. Durante a gravação, nós estávamos dentro de um estúdio frio e apareceu uma borboletinha pequenina amarela. Essa borboletinha voava em torno da Christiane e, quando pousava, ela pousava naquele caixão cenográfico, em frente a ela. Isso foi filmado", enfatizou.

A atriz disse ainda que a borboletinha chegou a atrapalhar as gravações: "Tivemos que parar algumas vezes. Parecia, para todos nós, e acho que para a Chris também, um alento. Aquela borboleta acho que era o filho dela dizendo: 'Fica calma, mamãe. Eu estou bem, está tudo bem'".

"Era uma cena dificílima de ser feita, principalmente por ela. Lembro que tivemos que parar a cena, a Chris teve uma crise de choro muito séria. Depois ela voltou e terminamos a cena, que era dolorosa pela história em si e por tudo que a gente sabia que poderia estar acontecendo com a Chris. Foi isso. Essa borboletinha encantou a todos nós e nos fez perceber uma presença de carinho e de alento naquele momento", relembrou Lucinha.

Christiane Torloni perdeu filho em acidente de carro

Torloni perdeu o filho, Guilherme, de 12 anos, em um acidente de carro, ocorrido em 1991. Na ocasião, Torloni estava com Guilherme e o irmão gêmeo, Leonardo, dentro do carro em que ela dirigia, quando, durante uma manobra, perdeu o controle da direção e despencou da garagem de sua casa, de uma altura de cerca de 5 metros. Guilherme teve traumatismo craniano e morreu. Leonardo, hoje com 45 anos, teve pequenas escoriações.

Christiane e Leonardo se mudaram para Portugal após o acidente. E entrevistas, a atriz contou que só retornou ao Brasil após o convite para fazer A Viagem, cujo tema é o espiritismo e que explora o conceito de vida após a morte.

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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou nesta quinta-feira, 17, mais detalhes sobre a queda do avião de instrução que aconteceu em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, em 1° de julho. O instrutor de voo Abner Casagrande de Oliveira, de 41 anos, e o estudante Felipe Coiado Gomes, de 23 anos, morreram no acidente.

De acordo com relatório do Cenipa, o avião de pequeno porte (modelo CAP-4, prefixo PP-RDJ) estava fazendo um voo local de instrução, mas, ao realizar uma manobra perto do solo, a aeronave "perdeu o controle" e colidiu contra o terreno.

"A aeronave decolou do Aeródromo Professor Eribelto Manoel Reino (SBSR), São José do Rio Preto, SP, a fim de realizar um voo local de instrução, com um instrutor e um aluno a bordo. Durante a execução de manobra próxima ao solo, a aeronave perdeu o controle em voo e veio a colidir contra o terreno", diz o relatório.

Um vídeo obtido pelo Estadão mostra o momento da queda. O avião surge ao fundo da imagem descendo em alta velocidade e em direção ao chão, com o radome (nome técnico do bico da aeronave) apontado para baixo. O órgão não especificou a altura em que a aeronave estava em relação ao solo no momento da manobra.

De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil, a validade do certificado de verificação de aeronavegabilidade do avião venceria no dia da queda. Ou seja, até o dia 1.° de julho, estava apto e regular para a prática de voos de instrução.

A aeronave, chamada de Paulistinha, foi fabricada em 1943 e era de propriedade do Aeroclube de São José do Rio Preto. Questionado sobre o acidente, o aeroclube - que também funciona como uma escola de aviação - não retornou aos contatos da reportagem.

Abner Casagrande era natural de Rio Preto e tinha se formado este ano. Felipe era estudante e morava na cidade de Potirendaba, na região metropolitana de São José do Rio Preto, e fazia aulas com o instrutor.

As mortes em acidentes de trânsito envolvendo motocicletas atingiram um número recorde no Estado de São Paulo no primeiro semestre de 2025. Ao todo, foram registrados 1.329 óbitos nos primeiros seis meses deste ano, o maior da série histórica, iniciada em 2015. A quantidade equivale a uma média de 7,3 mortes por dia.

Na comparação com o mesmo período de 2024, que detinha a maior letalidade para este tipo de veículo (1.259), o aumento foi de 5,5%.

Os números foram apresentados nesta quinta-feira, 17, pelo Infosiga, plataforma administrada pelo Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), que disponibiliza os sinistros e óbitos no trânsito das cidades paulistas.

A maioria dos acidentes fatais com moto aconteceu em vias municipais (61,6%), seguido das estaduais (32,1%). Apenas 2,4% dos óbitos foram registrados em vias federais e, em 4% dos casos, não consta a informação da jurisdição da via.

Já com relação às vítimas, a maior parte é masculina (84%) e se encontra na faixa etária dos 20 aos 24 anos (20,7%). Ou seja, uma a cada cinco vítimas morreu antes de completar 25 anos de idade.

O número de mortes em acidentes fatais no Estado, envolvendo todos os tipos de transporte, foi de 3.016 no primeiro semestre deste ano. Trata-se do segundo maior da série histórica, atrás apenas de 2015, quando foram registradas 3.207 óbitos. Em relação a 2024 (3.015), os dados indicam uma estabilidade, com uma morte a mais.

Em nota, o governo de São Paulo destaca apenas o mês de junho, quando houve uma redução geral de 8,3% em óbitos gerais na comparação com o mesmo mês em 2024. "As mortes envolvendo pedestres recuaram 27%; ciclistas, 20,9% e, em relação a ocupantes de carros, a redução é de 10,3%", acrescentou a administração estadual.

Dados da capital

Na capital, as mortes envolvendo as motos caíram em 2025 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registrados 219 óbitos ante 237 de 2024, uma queda de 7,6%. O número acompanhou a quantidade de mortes envolvendo todos os transportes, que também apresentou um recuo nas vias paulistanas, caindo de 522 para 483 - queda de 7,5%.

Neste ano, a Prefeitura vem travando uma briga judicial com aplicativos de transporte de passageiros que buscam implementar a modalidade de mototáxi na cidade. Um decreto de 2023, assinado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) veta a atividade sob a justificativa de que esse tipo de transporte pode provocar mais sinistros e mortes na capital.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (Semtra) e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), afirma que a Faixa Azul, medida implementada para o tráfego exclusivo de motos, diminuiu o número de óbitos de motociclistas nos trechos de vias com a sinalização em 47,2%, passando de 36 em 2023 para 19 em 2024.

Entre as medidas adotadas de segurança viária, a administração municipal destaca também as Áreas Calmas, que possuem velocidade máxima permitida de 30 km/h; redução do limite de velocidade de 50 km/h para 40 km/h em 24 vias e implantação de mais de 9 mil novas faixas de travessia para pedestres.

O governo de São Paulo informou que os resultados do Infosiga são consolidados pelo Detran-SP, órgão estadual, e "refletem o comportamento do trânsito em todo o Estado", incluindo vias de competência de órgãos federal e municipal também.

O Detran-SP informa que trabalha para aumentar a segurança viária por meio da conscientização, fiscalização e criação de políticas públicas e destacou que intensificou o combate à alcoolemia no primeiro semestre de 2025, aumentando em 73,5% no número de operações e 68,4% na quantidade de condutores fiscalizados.

A Polícia Civil do Piauí deflagrou na quarta-feira, 16, uma operação que levou à prisão 28 mulheres suspeitas de envolvimento direto com o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Algumas ocupavam cargos de liderança na facção, segundo as investigações.

Batizada de Sintonia Feminina, a operação foi conduzida pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Polícia Militar, e contou com outras diversas forças policiais, incluindo setores de inteligência e guardas municipais.

Além das 28 mulheres presas, outras pessoas foram alvos da ação. Ao todo, os agentes cumpriram 74 mandados judiciais, sendo 29 de prisão temporária e 45 de busca e apreensão. A operação se concentrou em nove cidades: Teresina, Parnaíba, Luís Correia, Oeiras, Picos, Canto do Buriti, Monsenhor Gil, Altos e Campo Maior.

As investigações tiveram início após a polícia prender, em fevereiro do ano passado, uma mulher conhecida como Malévola. Ela foi localizada na região sudeste de Teresina e flagrada com entorpecentes, um veículo roubado e material de interesse criminal. A mulher foi identificada apenas com as iniciais L.V. de S.

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A apreensão do material presente com Malévola ajudou a polícia a descobrir a existência de uma "estrutura criminosa composta por mulheres, com funções bem definidas e atuação coordenada".

As investigações apontaram também que uma das principais lideranças desta organização era companheira de Marcelo Aparecido Brandão, vulgo "Visionário". Preso em uma operação realizada na cidade de São Raimundo Nonato, Brandão é descrito pela polícia como um criminoso de "alta periculosidade".

"A conexão reforça os vínculos operacionais entre lideranças da facção em atuação no estado", informa a Polícia Civil, em nota. Entre os crimes investigados, estão organização criminosa, tráfico de drogas, roubo e receptação de veículos; porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio.

Em entrevista à Rede Globo, o delegado Eduardo Aquino chamou a atenção para o envolvimento das mulheres no crime organizado e destacou que muitas exercem até funções de comando na facção.

"Deflagramos mais uma operação do Draco, junto dessa integração (de forças policiais) que é tão importante para a sociedade piauiense, uma operação contra o PCC", disse o Aquino.

"Nós identificamos mais um grupo, mais uma célula dessa facção, chamada de Feminina Piauí, e desse grupo foram identificadas várias integrantes que exerceram várias funções, que vão desde o cadastro de novos integrantes, a outras que atuavam como 'disciplina', que aplicam as punições, e outros que exercem até liderança mesmo, geral", acrescentou.