Nº de mortes por atropelamentos na Grande SP é o maior desde 2019

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O número de mortes por atropelamento na região metropolitana de São Paulo é o maior desde 2019 e cresceu 15% no primeiro bimestre de 2025, em comparação com o mesmo período em 2024. Nesta quarta-feira, 9, a morte de duas jovens de 18 anos em São Caetano do Sul por atropelamento reacendeu o debate sobre segurança no trânsito.

Dados do Infosiga, painel de estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP), mostram que foram 110 mortes por atropelamento entre janeiro e fevereiro deste ano, ante 96 no ano passado. O valor é o mais alto desde 2019, quando foram 111 óbitos por este motivo na região nos dois primeiros meses do ano.

Além disso, o Infosiga aponta que o atropelamento é a maior causa de morte no trânsito na série histórica desde 2016, seguido de colisão e choque entre veículos.

Em nota, o Detran-SP diz que "trabalha para aumentar a segurança viária por meio de diversas frentes de atuação, incluindo a conscientização da população, ações de fiscalização e criação de políticas públicas. Além disso, reforçou a implementação de campanhas educativas, sendo as mais recentes com foco nos públicos mais vulneráveis no trânsito: pedestres e motociclistas".

No caso desta quarta-feira, as duas amigas de 18 anos estavam atravessando a Avenida Goiás, principal via de São Caetano do Sul, quando foram atingidas por um Honda Civic que trafegava acima da velocidade permitida, conforme apurou a Polícia Civil a partir de imagens de câmeras de segurança.

O motorista prestou socorro às vítimas e fez teste de bafômetro, que acusou negativo para ingestão de bebidas alcoólicas. Ele foi preso e indiciado por homicídio de dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Além da alta velocidade em que ele trafegava, a Polícia Civil suspeita de que ele estivesse participando de um "racha". O caso segue em investigação.

A defesa de Breno dos Santos Sampaio, de 26 anos, estudante de Direito, nega que ele estivesse participando de "racha" e chama o caso de "fatalidade". Os advogados do motorista afirmam que o semáforo estava vermelho para pedestres e que Sampaio não teria visto as jovens.

Celular, desatenção e estilo de vida acelerado são principais motivos para aumento, diz especialista

Segundo Luiz Vicente Figueira de Mello, professor de Engenharia de Transportes da Universidade de Campinas (Unicamp), o caso em São Caetano do Sul evidencia a falta de atenção no trânsito e os efeitos de um estilo de vida mais acelerado, que tem se tornado cada vez mais comum nas metrópoles.

"O que a gente tem visto, neste acidente e em anteriores também, é a não frenagem. Ou seja, as pessoas não estão freando para minimizar o acidente. Simplesmente não estão vendo as pessoas", disse o professor em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta sexta-feira, 11.

- A perícia sobre o caso ainda não confirmou se houve frenagem ou não por parte do motorista em São Caetano do Sul, mas as imagens de uma câmera de segurança mostram o carro em alta velocidade quando atinge as duas jovens. Com o impacto, elas foram lançadas a 50 metros de distância.

"Nós tivemos uma mudança muito grande a partir de 2007. Até então, não tínhamos o aparelho celular como temos hoje - só foi amplamente divulgado em 2009, quando a gente passou a ter um número bem grande de smartphones, que são os aparelhos conectados. E, depois da pandemia, tivemos também todos os veículos conectados, quer dizer, a internet está conectada o tempo todo na mobilidade", diz o especialista.

De acordo com ele, o uso da internet por motoristas e pedestres fragmenta a atenção, reduzindo-a no trânsito e aumentando o risco de acidentes. O tempo de reação também é comprometido, podendo impactar na gravidade do acidente. "Hora você olha uma coisa (o trânsito), hora você olha outra coisa (o celular)."

Para reverter o cenário de alta de mortes por atropelamento, o professor aponta que é preciso conciliar três fatores:

- realização de ajustes na infraestrutura de trânsito a partir das análises individuais de cada caso, para que não ocorram acidentes similares na mesma região;

- intensificação da fiscalização sobre as regras de trânsito e velocidade;

- maior promoção de campanhas de conscientização de trânsito.

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Oprah Winfrey resolveu abrir a estrada que passa dentro de sua propriedade particular na ilha de Maui, para a evacuação de moradores em alerta de tsunami na região. Os alertas de terremoto de magnitude 8.8 na costa da Rússia foram enviados para países da região como Rússia, Japão e Estados Unidos.

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"Assim que ouvimos os alertas de tsunami, entramos em contato com a polícia local para garantir que a estrada fosse aberta. A polícia local está atualmente ajudando os residentes a passar, 50 carros por vez, para garantir a segurança de todos. A estrada permanecerá aberta pelo tempo que for necessário", garantiu o representante.

Antes da abertura, a apresentadora esteve entre os assuntos mais comentados do X, nesta terça, 30, acusada de manter fechada uma estrada que passa dentro de sua propriedade particular e dificultar a evacuação de moradores em alerta de tsunami na região.

Apesar dos relatos e pedidos nas redes, o porta-voz de Oprah afirmou que ela sempre colabora com as autoridades em momentos de crise. Em 2019 e em 2023, a estrada esteve aberta para que moradores fugissem dos incêndios florestais.

Uma onda de mais de um metro e meio de altura foi relatada em Kahului, em Maui. Todos os voos no aeroporto de Kahului foram cancelados, deixando os passageiros abrigados no terminal, segundo informou o Departamento de Transportes do Havaí, no X.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está "considerando seriamente" conceder um perdão presidencial ao rapper e produtor Sean "Diddy" Combs, de acordo com reportagem publicada pelo site Deadline, nesta terça-feira, 29.

A ideia de uma "carta de saída da prisão" estaria sendo analisada antes da leitura da sentença, marcada para 3 de outubro.

De acordo com a publicação, a possibilidade começou a ser discutida ainda em maio, quando aliados de Combs iniciaram articulações com o entorno de Trump, conforme antecipado pela revista Rolling Stone. Desde a condenação do artista no início de julho, o cenário teria se tornado mais concreto.

Apesar do presidente ter chamado Combs de "um bom amigo" em 2012, o relacionamento entre os dois se deteriorou após as eleições de 2020, quando o rapper declarou apoio a Joe Biden. "Ele gostava muito de mim, mas acho que quando me candidatei, esse relacionamento acabou", afirmou Trump em maio deste ano.

Entenda o caso: rapper tenta aguardar sentença em liberdade após nova petição judicial

Após um julgamento de seis semanas, o júri federal absolveu Sean Combs, em 2 de julho, das acusações mais graves, incluindo tráfico sexual e conspiração de extorsão. As três acusações poderiam levá-lo à prisão perpétua.

O artista, no entanto, foi condenado por duas violações da Lei Mann, de 1910, relacionadas ao transporte de pessoas com o objetivo de envolvimento em prostituição. Cada uma dessas acusações prevê pena máxima de 10 anos, mas, segundo os promotores, as diretrizes federais indicam que a sentença deve ficar abaixo desse limite.

Nesta segunda-feira, 28, a defesa de Combs apresentou uma nova petição à Justiça norte-americana solicitando que ele aguarde a sentença em liberdade. Segundo a revista People, os advogados ofereceram US$ 50 milhões em fiança (cerca de R$ 278 milhões), e se comprometeram a entregar o passaporte do artista às autoridades.

O pedido foi apresentado pouco mais de um mês após o juiz Arun Subramanian ter negado a primeira solicitação, alegando que o histórico de violência doméstica do réu representava risco à segurança pública.

No novo documento, os advogados reconhecem um episódio de agressão ocorrido em junho deste ano, envolvendo uma ex-namorada identificada como Jane, mas alegam que Combs teria sido "provocado". Também reiteram que os relacionamentos com Jane e com a ex-parceira Casandra "Cassie" Ventura eram consensuais e baseados em práticas do estilo "swing", o que, segundo a defesa, descaracteriza coerção ou tráfico.

Para tentar assegurar a liberdade provisória, a equipe jurídica do rapper propôs ainda o uso de sua mansão em Miami como garantia, além de limitar seus deslocamentos aos distritos sul da Flórida e de Nova York, mantendo contato exclusivamente com seus advogados.

Combs está detido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, desde setembro de 2024.

Kelly Osbourne escolheu um par de óculos escuros redondos, acessório clássico do visual de Ozzy Osbourne, para homenagear o pai durante o cortejo com o corpo do ícone do heavy metal pelas ruas de Birmingham, na Inglaterra, que aconteceu nesta quarta-feira, 30.

Visivelmente emocionada, a cantora e apresentadora celebrou o pai depositando flores junto aos outros presentes deixados pelos fãs na ponte Black Sabbath, uma homenagem à banda que surgiu na cidade em 1968. O local foi escolhido pela família como ponto de parada do cortejo para descer dos carros e saldar a multidão presente.

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Pedido de casamento 17 dias antes da morte

Sid Wilson, DJ do Slipknot, pediu a mão de Kelly Osbourne em casamento para o sogro 17 dias antes da morte do cantor. O músico, que já tem um filho com Kelly, fez o pedido oficial no show beneficente Back to the Beginning, que marcou a despedida de Ozzy Osbourne dos palcos reunindo diversos ídolos da música em Birmingham, mesmo local do funeral.

De luto, Kelly Osbourne ainda não se pronunciou oficialmente sobre a morte do pai, mas já postou stories no Instagram com memórias da infância e adolescência ao lado do pai e um trecho da música Changes, um dos maiores sucessos da carreira de Ozzy. "Perdi o melhor amigo que eu tive", escreveu a filha.