Professor de Derrite e ex-chefe da Rota: quem é o novo comandante da PM de SP

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O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) oficializou nesta quinta-feira, 17, a nomeação do coronel José Augusto Coutinho como novo comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A informação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).

O coronel, que tem 33 anos de experiência na PM, foi instrutor do atual secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, na Academia do Barro Branco, na zona norte da capital. Os dois também trabalharam juntos nas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), posteriormente chefiada por Coutinho.

Coronéis ouvidos sob reserva pelo Estadão apontam que Coutinho tem perfil discreto e que é considerado eficiente em trabalhos em equipe. Com passagens por diferentes áreas da PM, como Comando do Policiamento de Choque, ele é tido como homem de confiança de Derrite.

Quando Coutinho assumiu como comandante da Rota, em 2020, o secretário escreveu nas redes sociais: "Parabenizo o amigo Tenente-coronel Coutinho, o novo comandante da ROTA! Tive a honra de tê-lo como instrutor na Academia do Barro Branco", escreveu. "O bom filho à casa torna."

No começo do ano passado, Coutinho foi nomeado pela gestão Tarcísio de Freitas como subcomandante da PM, no lugar do coronel José Alexander de Albuquerque Freixo. A mudança se deu em meio a uma série de trocas no alto escalão da corporação - foram 34 transferências de coronéis.

Reportagem da Revista Piauí apontou que, em junho do ano passado, meses depois de Coutinho assumir como subcomandante, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) mudou as regras sobre o afastamento de policiais suspeitos de cometer crimes. A informação foi confirmada pelo Estadão.

Um boletim interno indicou que, sem divulgação no Diário Oficial do Estado, a pasta acabou com o poder dos comandantes regionais de afastar e pedir investigação contra policiais militares envolvidos em ocorrências graves.

Um coronel da PM, ouvido sob reserva pelo Estadão, afirmou que o objetivo teria sido padronizar os afastamentos, mas a medida foi alvo de críticas por especialistas em segurança pública, sobretudo em meio à escalada de casos de violência policial ocorrida no fim do ano passado.

No novo modelo, caso um policial fosse suspeito de agressão, corrupção ou adulteração da cena de um crime, por exemplo, só quem poderia tirá-lo das ruas era Coutinho. Agora, assume como subcomandante no lugar dele o coronel Erick Gomes Bento, que até então era chefe de gabinete do Comando Geral da PM.

Coutinho assume no lugar de outro ex-chefe da Rota

Coutinho substitui outro ex-chefe da Rota, o coronel Cássio Araújo de Freitas, que irá para a reserva - ele estava à frente da PM desde janeiro de 2023. No fim do ano passado, em meio a uma escalada de casos de violência policial, Freitas chegou a ficar pressionado no cargo, mas a gestão entendeu que tirá-lo naquele momento poderia fazer escalar a crise de segurança pública enfrentada pela corporação.

"O coronel Cássio cumpriu seu papel com maestria", afirmou, em nota divulgada nesta quinta no site do governo, o secretário Guilherme Derrite. Ele descreveu Freitas como "um profissional extremamente capacitado e operacional", que esteve "na linha de frente do combate ao crime organizado e apresentou os melhores índices de produtividade da história da instituição".

No ano passado, os roubos atingiram o menor patamar da série histórica, iniciada em 2001, no Estado de São Paulo. Foram 193,6 mil casos notificados no ano passado, diminuição de 15% ante as 228 mil ocorrências de 2023. Os homicídios também chegaram ao menor número desses últimos 24 anos, consolidando tendência de queda.

Em contrapartida, os casos de estupro subiram 0,45% e os de latrocínio, 1,8%. Na capital paulista, a alta de vítimas de roubos seguidos de morte foi ainda maior, de 23,2%, conforme dados divulgados no começo do ano pela Secretaria da Segurança Pública.

No começo deste ano, crimes violentos têm chamado atenção da população, como a morte do ciclista Vitor Medrado, baleado perto do Parque do Povo, na zona oeste, ou do arquiteto Jefferson Dias, assassinado após intervir em um assalto no Butantã, também na zona oeste.

Mortes por policiais dobraram na capital no ano passado

O aumento da letalidade policial durante a gestão Tarcísio também é alvo de atenção, com destaque para a capital paulista. As mortes cometidas por agentes da Polícia Militar em serviço dobraram no último ano na cidade, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Foram 184 ocorrências de janeiro a dezembro de 2024, ante 92 casos em 2023. Já os óbitos envolvendo a ação de policiais civis da capital paulista diminuíram.

O ano de 2024 foi marcado por casos de violência cometidos por PMs. Em novembro, um estudante de Medicina foi morto em abordagem na Vila Mariana, zona sul da capital. Dias depois, um homem foi arremessado do alto de uma ponte, também na zona sul.

Pesquisa recente da Quaest aponta que a violência é a principal preocupação dos brasileiros. A Secretaria da Segurança Pública alega que não compactua com desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que infringem a lei e desobedecem aos protocolos das polícias paulistas.

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O arquiteto e ex-BBB Felipe Prior foi absolvido pela Justiça de São Paulo da acusação de estupro contra uma mulher durante uma competição poliesportiva universitária em Itapetininga (SP). O caso teria ocorrido em 2018 e ainda cabe recurso. A informação sobre a absolvição foi divulgada pela assessoria de imprensa do advogado de Prior, Renato Stanziola Vieira, já que o processo corre em sigilo.

A defesa confirmou a absolvição por falta de provas e declarou que a decisão "separou a postura de combate à misoginia da isenta apreciação de fatos em julgamentos criminais". Também disse que o País precisa "amadurecer para romper o tratamento enviesado em crimes contra a dignidade sexual".

Procurado pelo Estadão, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) respondeu: "Por se tratar de processo em segredo de justiça, não temos acesso às informações, restritas somente às partes e advogados".

A absolvição ocorre em uma das ações penais iniciadas após um escritório de advocacia reunir quatro mulheres que afirmaram ter sido abusadas.

A denúncia pela qual Prior foi absolvido foi divulgada em 2020 pelo portal G1; nela, segundo o veículo, a mulher - cujo nome não foi divulgado - acusou Prior de se aproveitar do seu estado de embriaguez para praticar atos libidinosos e conjunção carnal, com uso de violência física. Prior responde a quatro processos por estupro, tendo sido condenado em dois e absolvido neste.

O cantor Amado Batista, de 74 anos, publicou um vídeo de desabafo em seu perfil no Instagram na noite de sexta-feira, 27, após boatos de que ele teria traído sua mulher, a Miss Mato Grosso Cálita Batista, de 23. "Vocês deviam ter vergonha do que estão tentando fazer. Deviam pedir desculpas pelo que estão arrumando, tentando estragar um casamento tão maravilhoso", disse. As especulações surgiram após viralizarem vídeos em que o cantor, durante um show, diz: "já que estou solteiro mesmo, eu quero namorar".

A mulher do artista, que andava sumida das redes, também se manifestou. Cálita afirmou, em vídeo publicado no Instagram há dois dias, que a fala do cantor faz parte do show. "Ele faz essa introdução das músicas há 50 anos". Cálita explicou, inclusive, que ela se diverte com a brincadeira do artista. "Nosso casamento está cada dia melhor", afirmou, em vídeo gravado no apartamento do casal em Goiânia.

Amado afirmou ainda que os "fofoqueiros" deveriam se envergonhar da falta de conhecimento sobre suas apresentações musicais. "Vocês nunca viram meu show na vida, na hora que veem alguma coisa que para vocês é notícia, que vale a pena para ter audiência, aí começa dizer esse tipo de coisa", reclamou.

Neymar tentou expandir sua propriedade em Mangaratiba, na Costa Verde, no Rio de Janeiro. O jogador de futebol tem uma mansão no condomínio Portobello e queria que seu vizinho, DJ Marlboro, lhe vendesse sua propriedade por R$ 15 milhões, mas não foi bem sucedido.

"Achei a proposta baixa. Tenho apego à minha casa, moro aqui há 17 anos, meus filhos amam essa casa, foram criados aqui e dois deles também não querem vender", disse o DJ ao jornal Extra!.

Ele afirmou que o jogador do Santos tenta comprar sua propriedade há cerca de três anos, mas que não venderia sua casa "nem por R$ 30 milhões".

O DJ também explicou que recusou outra proposta de Neymar, que lhe ofereceu um terreno e uma outra casa no mesmo condomínio. "Eu cheguei aqui quando isso tudo era mato, na época, há 17 anos. Diziam que eu era maluco de comprar mato, que era longe do Rio, que eu estava fazendo besteira, mas insisti e segui no que acreditava", completou.

Ele finalizou: "Não tem dinheiro que pague, ainda mais se meus filhos não quiserem."

DJ Marlboro é pai de quatro meninos: Samuel, Antônio, Felipe e Arthur.