Mais de 60% dos brasileiros não procuram atendimento médico quando precisam, diz levantamento

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Cerca de 62% da população que precisou de atendimento médico na atenção primária no último ano não procurou o serviço, segundo um levantamento divulgado nesta sexta-feira, 25.

O estudo aponta que as principais causas para evitar o serviço foram lotação e demora no atendimento (46,9%), burocracia no encaminhamento (39,2%), prática da automedicação (35,1%) e a crença de que o problema não era grave (34,6%).

Realizada pela Vital Strategies e pela Umane, com parceria técnica da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e apoio do Instituto Devive e do Resolve to Save Lives, a pesquisa é baseada em entrevistas realizadas entre agosto e setembro de 2024 com 2.458 brasileiros, incluindo tanto usuários da rede privada quanto da rede pública.

'Atraso no tratamento'

"Essas questões podem retardar o tratamento. As pessoas podem deixar de buscar o serviço e só ir atrás quando o problema já estiver muito maior", destaca Luciana Sardinha, diretora adjunta de doenças crônicas não transmissíveis da Vital Strategies. "Um ponto a se observar é que a atenção primária tem um custo menor, a pessoa usa para prevenir a doença ou promover a saúde e não para uma recuperação mais avançada."

Os realizadores ressaltam também a automedicação, prática que coloca a saúde em risco. "É um comportamento que deve ser desestimulado no País, dados os riscos à saúde individual e os impactos no sistema de saúde", diz Thais Junqueira, superintendente geral da Umane. "Ela pode ser ineficaz, mascarando sintomas, protelando o diagnóstico correto e o tratamento indicado, intensificando ou piorando os agravos, quando poderiam ter sido prevenidos e tratados na atenção primária."

"Além disso, ao adiar a busca por atendimento e manejo correto da condição, há maior chance de que condições tratáveis evoluam para quadros mais graves, exigindo intervenções de maior complexidade e custo para o sistema de saúde, gerando uma sobrecarga que poderia ter sido evitada", continua.

Reformas estruturais

O levantamento também mostra que, nos últimos 12 meses, 40,5% dos participantes buscaram ajuda médica, mas não conseguiram ser atendidos. As razões apresentadas foram tempo de espera longo (62,1%), falta de equipamentos (34,4%), falta de profissionais adequados (30,5%) e falta de atenção (29%), entre outras questões.

Para Thais, o resultado reflete a sobrecarga do sistema de saúde brasileiro e reforça a necessidade de reformas estruturais, com aumento no investimento e foco na resolutividade e eficiência.

"O aumento no investimento precisa vir acompanhado de uma reflexão sobre onde investir, quais temas e projetos possuem potencial para catalisar transformações diretas na sobrecarga", defende. "É importante refletir também sobre quais territórios e para quais públicos esses desafios são mais urgentes."

Um caminho possível, segundo Luciana, seria a telemedicina, que poderia ajudar a diminuir o tempo de espera e as longas filas, principalmente aquelas relacionadas ao atendimento com especialistas. "Não dá para ter especialistas em todos os lugares", argumenta.

Qualidade do atendimento

Outro ponto analisado foi a percepção dos usuários em relação à qualidade da última consulta, tanto na rede pública quanto na rede privada.

"Entre os oito itens avaliados, seis obtiveram avaliações predominantemente positivas. Isso demonstra que, apesar dos desafios estruturais, há reconhecimento por parte da população em relação à qualidade do cuidado recebido", ressalta Thais.

O "respeito à privacidade e à confidencialidade", por exemplo, foi apontado como regular ou muito bom por 79,2% dos respondentes, e 75,1% deram uma avaliação positiva para o quesito "entendimento das explicações fornecidas".

Por outro lado, dois pontos continuam sendo fontes de insatisfação: o tempo de espera para o atendimento e a dificuldade de encaminhamento para outros níveis de atenção em saúde.

"São gargalos que impactam diretamente a efetividade e a continuidade do cuidado, e demandam respostas estruturais tanto na gestão pública quanto na saúde suplementar", pondera a superintendente.

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Três anos depois do lançamento oficial da música, o Titãs lançou o clipe de São Paulo 1, música que faz parte do disco Olho Furta-Cor, de 2022. Dirigido por Arnaldo Belotto, o vídeo foi produzido com o uso de inteligência artificial, que recria o caos da capital paulista que dá nome à faixa.

"Resolvemos fazer esse clipe porque recebemos um convite do Arnaldo Belotto - aliás, nome curioso esse, né? [o nome do diretor remete aos nomes de Arnaldo Antunes, ex-Titã, e Tony Bellotto, guitarrista da banda]", disse Sérgio Britto à Rolling Stone. "Ele me contatou com a ideia de fazer algum trabalho conosco e me mandou de exemplo dois clipes que ele tinha feito com inteligência artificial. Arnaldo sugeriu São Paulo 1 e logo compartilhei com Branco [Mello] e Tony."

Branco diz que o clipe tem inspiração no filme Metrópolis, de 1927, M, o Vampiro de Dusseldorf, de 1931, dirigidos pelo austríaco Fritz Lang, com imagens antigas da cidade de São Paulo. "Isso tudo editado no tempo acelerado da música em preto e branco, com alto contraste, meio punk, uma homenagem a São Paulo e ao poeta Haroldo de Campos."

"O que eu mais gostei no clipe foi justamente essa homenagem a esse grande poeta paulistano", completa Tony. "Achei muito legal e oportuna essa ideia da cidade sendo invadida e submersa pelos poemas e pelas páginas escritas por ele."

confira aqui

Luiz Bertazzo, que interpretou o agente Schneider no filme Ainda Estou Aqui, integra o elenco do remake de Vale Tudo, exibido pela TV Globo.

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Atuação recente no cinema

Antes de aparecer na novela, Luiz Bertazzo atuou no filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles.

No longa, ele interpreta Schneider, o agente que prende Rubens Paiva, papel de Selton Mello. O filme teve estreia no Festival de Veneza, é protagonizado por Fernanda Torres e venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

Nas redes sociais, o ator comentou a emoção de participar da produção: "Desidratei de tanto chorar", escreveu. Ele também afirmou que a experiência na estreia foi marcante: "Estou feliz, estou nas nuvens. Nunca mais vou esquecer esse dia."

A 55ª edição do Troféu Imprensa terá exibição simultânea na TV aberta e no streaming. A premiação que vai ao ar no dia 4 de maio, às 19h, será transmitida ao mesmo tempo pelo SBT e pelo Disney+.

A parceria é inédita, e marca a primeira edição do prêmio desde a morte de Silvio Santos, em agosto de 2024. A cerimônia foi realizada nesta quarta-feira, 23, e contou com as presenças de Mateus Solano, Regina Duarte, Angélica, Nicolas Prattes, Fátima Bernardes, Chitãozinho e Xororó e Tatá Werneck, entre outros.

A premiação contempla os melhores de 2024, em 21 categorias como melhor jornal, melhor talk show ou programa de entrevista, melhor novela e revelação.

Os campeões são escolhidos por um júri, que desta vez foi formado por Felipeh Campos, Kelly Miyashiro, Esther Rocha, Hugo Gloss, Chico Barney, Sandro Nascimento, Fabrício Pelegrino, José Armando Vanucci, Flávio Ricco, Ricardo Feltrin, Leo Dias e Sonia Abrão. Há também a votação popular, que concede aos vencedores o Troféu Internet.