Primeiras baleias jubarte chegam ao litoral de SP; saiba como ver e regras de visitação

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Duas baleias jubartes foram avistadas no mar nesta segunda-feira, 28, na região do Bonete, em Ilhabela. Elas emergiram e saltaram para o deleite de três pescadores que estavam de barco na mesma área.

Segundo o Projeto Baleia à Vista, responsável pelo monitoramento, são as primeiras baleias vistas no litoral norte de São Paulo na temporada de 2025, período em que elas migram para reprodução.

O pescador Erik Tavares Jesus, de 20 anos, presenciou a exibição e conta que eram uma baleia adulta e um filhote.

"O filhote estava bem esperto, pulava a todo momento fora da água." Ele conta que o avistamento aconteceu a 4 km da praia, a meio caminho da pesca. Quando retornou, os grandes mamíferos aquáticos continuavam na região. "Tinha muito alimento por ali", deduz.

Erik estava na companhia dos colegas Wagner de Souza, de 25 anos, e Pedro da Luz, de 21. Todos são pescadores da comunidade da Praia do Bonete.

"Somos caiçaras natos e pescamos desde pequenos, por isso estamos acostumados com as baleias, mas estas marcaram por serem as primeiras do ano", diz.

Da Antártica ao litoral de SP

Entre o final de maio e meados de agosto, as baleias jubartes percorrem cerca de 4 mil quilômetros desde as águas frias da Antártica, onde se alimentam, até a região tropical da costa brasileira, no litoral da Bahia, para a reprodução. Ilhabela está na rota dessas gigantes do mar. Com as baleias, surgem também os golfinhos.

A cidade transformou o avistamento de baleias e golfinhos em forte atração turística fora da temporada de verão.

"O turismo de observação de cetáceos tem crescido no Brasil e Ilhabela desponta como um dos principais destinos dessa modalidade. Além de suas belezas naturais, o arquipélago se destaca pelas ações de conservação ambiental e práticas sustentáveis nesse turismo", diz, em nota, a prefeitura.

Famosa pelos saltos acrobáticos, a baleia jubarte é a protagonista da temporada de avistamentos, mas não é a única: outras espécies, como a baleia tropical, ou baleia-de-Bryde, residente na região, também podem ser vistas, além de golfinhos, toninhas, raias gigantes, orcas e tubarões.

Regras para observação

A observação dessa fauna tem regras que precisam ser respeitadas por operadores e turistas. "Consideramos o turismo de observação uma importante ferramenta de sensibilização e informação para a conservação das espécies marinhas. Quem vê uma baleia nunca esquece, e entender a importância dela para nosso planeta é essencial para que possamos proteger o ecossistema marinho", diz a bióloga Rafaela Souza, coordenadora da base do Instituto Baleia Jubarte no Litoral Norte.

Dados do Projeto Baleia à Vista, que monitora as baleias, mostram que os avistamentos de baleias jubartes vêm crescendo. Foram 20 registros em 2016, quando o monitoramento começou, e 561 no ano passado. O recorde aconteceu em 2023, quando houve 786 registros. Júlio Cardoso, criador do projeto, explica que os números não indicam a quantidade de indivíduos, pois a mesma baleia pode ser avistada mais de uma vez.

Para Cardoso, até 2015, a aparição de baleia jubarte era algo raro no litoral norte de São Paulo. "Atualmente, a quantidade de animais marinhos avistados em Ilhabela é enorme, o que é muito bom. São pouquíssimos os lugares no mundo com essa concentração de avistamentos", diz.

A riqueza da fauna marinha levou a prefeitura a estruturar o turismo de observação em parceria com o Baleia à Vista, o Instituto Baleia Jubarte e o Viva Instituto Verde Azul. Foi criado por decreto municipal o selo "Ilhabela, Cidade Amiga das Baleias", que certifica embarcações e agências comprometidas com as boas práticas na observação de cetáceos.

Para receber o selo, é necessário participar de oficinas promovidas pelo Instituto Baleia Jubarte, seguir as diretrizes de avistamento e garantir que todos os envolvidos nos passeios estejam alinhados com essas práticas.

O turismo de observação de baleias no Brasil é regulamentado pela Lei Federal 7.643 de 1988, e pela portaria do Ibama que define normas específicas para a atividade. Em unidades de conservação, essas regras podem ser ainda mais restritivas por se tratar de área protegida.

Pela Lei e portaria, é proibido:

- Aproximar-se de qualquer espécie de baleia a uma distância menor do que 100 metros com o motor do barco engrenado;

- Perseguir com motor ligado qualquer baleia por mais de 30 minutos mesmo que à distância;

- Interromper ou tentar alterar o curso de qualquer espécie que esteja em deslocamento;

- Aproximar-se de um indivíduo ou grupo de baleias submerso quando já há outra embarcação no local;

- Mergulhar ou nadar com qualquer espécie de baleia ou outro cetáceo.

- Aproximar-se dos cetáceos com qualquer aeronave a menos de 100 metros da superfície do mar.

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"Pequena Sereia da Sardenha 1 x 0 Baby Tubarão de Porto Rico", brinca na postagem. "Nunca pensei que poderia ser atacada por um tubarão, perto da costa, em uma praia superlotada. Fui resgatada rapidamente e a cirurgia para reparar minha pobre perna mastigada correu bem."

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