'Deixar a covid espalhar é comprar bilhete de loteria para o vírus'

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Epidemiologista da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard, o pesquisador americano Bill Hanage critica a forma como o governo brasileiro lida com a pandemia. Na opinião dele, a falta de controle no País e a prevalência da variante P.1 representam um perigo não só para o País, mas para o mundo.

"Cientistas americanos estão angustiados com a situação no Brasil", afirmou, em entrevista ao Estadão. "A P.1 é uma ameaça global semelhante às outras variantes, mas pode ser pior. A situação é agravada por uma reação governamental que é uma desgraça para a saúde pública e representa uma ameaça para todos nós." O especialista ainda faz uma observação preocupante sobre o momento que vivemos. "Todas as vezes que se permite que a infecção prolifere, é como se estivesse comprando para o vírus um bilhete de loteria." Leia a entrevista:

Como o senhor avalia a proliferação do vírus no Brasil? Ela preocupa o resto do mundo?

Cientistas americanos estão preocupados com o Brasil pelo menos desde o início de janeiro. Eu comecei a me preocupar antes, quando a situação piorou em Manaus. O surgimento da P.1 é uma ameaça global semelhante às outras variantes, e pode até ser pior que elas. Pode ser mais transmissível, mais virulenta, mais capaz de escapar da imunidade ou alguma combinação dos três. A situação é agravada por uma reação governamental que é uma desgraça para a saúde pública e representa uma ameaça para todos nós.

Alguns cientistas têm alertado que o Brasil pode se tornar um celeiro de variantes. Você concorda com essa afirmação?

Apesar de uma dessas variantes, em teoria, poder emergir em qualquer lugar, as chances aumentam quanto mais infecções são permitidas. Qualquer lugar que permita muita transmissão torna mais prováveis que surjam mais variantes. Quando foi identificada a B.1.1.7 (variante com diversas mutações, como a P.1, que surgiu no Reino Unido no auge da segunda onda), eu comentei que era muito improvável que isso acontecesse na Nova Zelândia. Outra maneira de pensar nisso é que toda vez que você permite uma infecção, você compra um bilhete de loteria para o vírus.

Alguns estudos já indicam que a P.1 é mais transmissível, mas só isso seria o bastante para provocar o atual caos no Brasil?

A situação em Manaus é difícil de explicar de qualquer outra forma, além de sugerir que a P.1 tem propriedades de combinação muito desagradáveis. Mas a situação geral em termos de intervenção governamental e saúde pública tem sido tão terrível que parte desse aumento de novos casos pode ser devido a isso. Já estamos vendo a P.1 dominando na Colômbia E temos razões para acreditar que a P.1 também pode estar contribuindo para o que está ocorrendo na Bolívia.

O que mais preocupa o senhor neste momento?

O que é muito difícil é que ainda faltam dados para entender todas as dimensões do que está acontecendo. Precisamos saber se a distribuição de casos por idade é diferente com a P.1, se o risco de morte também aumenta com a idade. É urgente conseguir estabelecer se a P.1 é mais transmissível, mais virulenta ou mais capaz de reinfectar.

Qual é a mensagem que essa situação deveria passar para os líderes mundiais?

O horror das doenças infecciosas é que qualquer um que fingir que pode, de certa forma, ignorá-las, acaba sendo mordido no traseiro. As ações do Brasil são perigosas porque elas não só expõem os brasileiros, mas os países vizinhos e o mundo todo. É chocante ver a renúncia de um governante em proteger seus cidadãos, em ser um bom cidadão do mundo. Você sabe melhor do que eu quão terrível é essa situação. E, infelizmente, ela ainda vai durar bastante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ator Marlon Wayans usou suas redes sociais para desmentir uma informação recente sobre a sequência do filme As Branquelas. Durante uma entrevista, Marlon havia confirmado que o icônico filme de 2004 ganharia uma continuação, mas voltou atrás nos stories do Instagram. "Não é verdade", afirmou o ator.

A declaração de Marlon gerou uma grande repercussão, especialmente após a notícia de que ele e seu irmão Shawn Wayans estavam discutindo sobre a possibilidade de As Branquelas 2. A ideia de uma sequência, que teria sido o próximo projeto de Marlon, gerou uma onda de empolgação nas redes sociais, com muitos fãs relembrando o filme que completou 20 anos de estreia em 2024.

Lançado em 2004, As Branquelas conta a história de Marcus (Marlon Wayans) e Kevin Copeland (Shawn Wayans), dois agentes do FBI que se disfarçam de socialites loiras e milionárias para infiltrar-se na alta sociedade. O filme também contou com Terry Crews e Faune Chambers Watkins no elenco, e até hoje é um clássico da comédia.

Diogo Almeida foi o último eliminado do BBB 25 e participou do Café com o Eliminado no Mais Você desta quarta-feira, 26. Junto da apresentadora Ana Maria Braga, relembrou momentos no reality e falou sobre sua relação com Aline e embates com Vinícius e Gracyanne Barbosa.

O ex-brother mencionou Vinícius e as discussões que teve com a dupla de Aline na casa e comentou que, se tivesse a oportunidade, eliminaria Vinícius do jogo. "Ele precisa de terapia", brincou, ao mencionar a suposta insegurança de Vinícius no envolvimento de Aline com o ator.

"Desde o início do programa, eu já sentia que ele não ia com a minha cara", comentou também.

Com relação ao envolvimento amoroso com Aline, o ator falou: "A gente conversou muito antes de ficar [...] mas foi muito pensado, eu realmente tinha dúvidas e ela também. A vida é feita de escolhas e eu escolhi estar com ela no BBB".

Perguntado sobre o episódio da troca de votos, Diogo admitiu ter "feito a escolha errada". "Na hora de resolver, sem ter tempo de pensar direito, fiz a escolha errada. Usei a régua errada [...] Bobeei."

"Pesou, eu agradeci a Aline por ela compreender e me escutar e a gente poder seguir com o relacionamento. Realmente, eu fiz a escolha errada e não me orgulho disso", completou.

A briga da lentilha levou Aline para um momento de desabafo. Ao ver a sister chorando, Diogo disse: "Fiquei mexido com a nossa conversa. Não esperava que fosse chegar a esse ponto [...] Não queria e não quero magoar ela".

"Qualquer coisa pode tomar uma proporção maior, e a gente precisa ter esse cuidado [...] mas eu me joguei, como eu me joguei em tudo que me propus a fazer dentro do programa. Tivemos uma relação sincera", desabafou.

Ana Maria mencionou a entrada do ator com Vilma, que ainda está no programa. Ele citou que, apesar de também ter tido vontade de estar no programa, o desejo inicial foi da mãe, que havia se inscrito nas duplas mesmo antes dele ser chamado para participar.

"Foi um presente poder estar com ela no programa. Minha mãe é uma mulher muito batalhadora, se formou no segundo grau com 45 anos. Foi fazer faculdade e está se formando agora em nutrição com 68 anos [Ela] sempre foi em busca das coisas que ela deseja", elogiou Diogo.

Por fim, através de uma dinâmica, o ator comentou que Maike é um brother que "só fala e não joga" e que Camilla "se vitimiza".

Gracyanne é a sister que, segundo ele, "mais manipula as outras pessoas": "Algumas pessoas ali na casa acham que ela tem razão nas colocações que faz", completou.

Carlos Alberto de Nóbrega foi internado em São Paulo esta semana no Hospital Sírio-Libanês. Aos 88 anos, o comediante deu entrada na unidade de terapia semi-intensiva, e trata de uma virose. A informação foi confirmada ao Estadão pela assessoria do SBT, que afirma que o quadro do humorista é estável.

Devido à internação, a emissora cancelou as gravações do humorístico A Praça é Nossa que estavam agendadas para esta semana, mas já agendou duas para a próxima semana. A expectativa é que Carlos Alberto receba alta em breve.

Na noite de terça, 25, a esposa de Carlos Alberto, a médica Renata de Nóbrega, fez uma chamada de vídeo com ele, e publicou no Instagram uma foto do apresentador, que aparece sorridente deitado em uma cama do hospital. "Boa noite com saudades", escreveu ela na legenda.

Esta não é a primeira internação do apresentador. Em novembro de 2023, Carlos Alberto sofreu um acidente doméstico e precisou ser internado para uma cirurgia no cérebro. Posteriormente, ele teve que ser readmitido devido a um sangramento, e passou por uma nova cirurgia para a retirada do coágulo. O comediante recebeu alta em janeiro do ano passado.