'Caminho é equilibrar IA com sustentabilidade', afirma especialista climático

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A euforia com as novas ferramentas de inteligência artificial (IA), que surgiram principalmente depois do lançamento do ChatGPT, em novembro de 2022, também trouxe a preocupação de muitos especialistas com o impacto da tecnologia no meio ambiente. Afinal, a manutenção de data centers, por exemplo, requer o uso de bilhões de litros de água por ano e o lixo eletrônico criado a partir da troca de componentes gera uma conta ao planeta.

A boa notícia é que a própria tecnologia pode ajudar a mitigar os danos causados pelo desenvolvimento da IA, mas é preciso que a questão seja considerada dentro das empresas para que a evolução e a sustentabilidade andem juntas. Para Valdivino Alexandre de Santiago Júnior, líder do Laboratório de Inteligência Artificial para Aplicações AeroEspaciais e Ambientais (Liarea), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a IA é extremamente necessária para facilitar atividades como monitoramento do clima e processamento de dados, e precisa ser utilizada. Mas com cautela. Santiago é um dos convidados do Summit Tecnologia e Inovação que será realizado pelo Estadão amanhã, das 8h30 às 16h, no Unibes Cultural, em São Paulo, como parte das comemorações dos 150 anos do jornal.

"A IA é uma tecnologia bastante poderosa. Ela tem condições de contribuir efetivamente, processando um grande volume de dados e tornando as tarefas mais rápidas de serem solucionadas. Existem avanços significativos para um cenário sustentável, mas estes ainda se apresentam como insuficientes para interromper as mudanças climáticas a médio e longo prazos", afirma o especialista.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como a IA pode ajudar a solucionar problemas ambientais urgentes?

A IA tem sido usada para realizar previsões de tempo e clima mais precisas, e isso é muito importante por diversas razões. Alertas precoces de eventos extremos (ondas de calor, enchentes, secas), planejamento de plantio e colheita na agricultura, apoio para a realização de pouso e decolagem de avião são alguns exemplos da importância de se ter uma acurada previsão de tempo e clima. Além disso, a IA pode ser empregada para otimizar a operação de redes de energia, prever com precisão as flutuações da demanda energética e facilitar a integração com fontes de energia renováveis, diminuindo o consumo de energia elétrica como um todo. Florestas absorvem dióxido de carbono da atmosfera. Quando são derrubadas ou queimadas árvores, esse gás de efeito estufa é liberado. Então, um correto monitoramento dos biomas é extremamente importante para qualquer país. Baseando-se em imagens de satélite, a IA pode apoiar a detecção de focos de incêndio, a identificação de desmatamento e a construção de mapas de uso e cobertura do solo. A IA pode ser usada para automatizar processos de reciclagem e conversão de lixo, o que é outro aspecto bastante relevante para a sustentabilidade do planeta.

Em quais situações essas tecnologias podem ser mais úteis?

A IA é uma tecnologia bastante poderosa. Ela tem condições de contribuir efetivamente, processando um grande volume de dados e tornando as tarefas mais rápidas de serem solucionadas. É uma abordagem generalista onde, tendo um conjunto adequado de informações e dados disponíveis, a IA pode alcançar resultados bem significativos, para quaisquer dos problemas salientados e para muitos outros.

O consumo de energia é uma preocupação do setor? Como isso é tratado pelas empresas e desenvolvedores de tecnologia na sua visão?

A computação como um todo, o que inclui a IA e os data centers, tem vários problemas que afetam o ambiente. O alto consumo de energia elétrica é certamente um deles, onde os centros de dados vêm contribuindo significativamente para isso. Em um relatório de abril de 2025, tratando de energia e IA, a Agência Internacional de Energia (IEA) estima que o consumo de energia elétrica dos centros de dados no mundo, em 2024, foi de 415 terawatts-hora (TWh). Isso foi 1,5% do consumo de energia elétrica de todo o mundo em 2024. Para 2030, a expectativa é de que o consumo de energia elétrica dos centros de dados mais do que dobre, chegando a 945 TWh. Isso é ligeiramente superior ao consumo total de eletricidade do Japão hoje. E tão elevado consumo está sendo impulsionado, principalmente, pela IA, que faz uso intensivo dos centros de dados. Empresas e pesquisadores da tecnologia têm abordado esse problema pelo desenvolvimento de hardware (processadores, placas gráficas) mais otimizado e que consome menos energia elétrica, pela criação de softwares/aplicações que demandam menos da infraestrutura computacional, pelo uso de servidores virtuais, entre outros.

Quais os maiores desafios ambientais envolvidos no desenvolvimento de tecnologias como IA e data centers?

Alto consumo de energia elétrica assim como de água e elevada emissão de gases de efeito estufa são alguns deles. Além desses, pode-se citar o lixo eletrônico e a extração não sustentável de elementos raros e minerais do planeta. O lixo eletrônico se refere aos equipamentos elétricos e eletrônicos que são considerados obsoletos e que são descartados. Computadores e servidores ultrapassados são, então, desconsiderados e outros mais atuais são desenvolvidos e colocados nos centros de dados. Isso gera uma quantidade considerável de lixo. Os elementos raros e minerais são relevantes, pois permitem a fabricação de dispositivos eletrônicos de ponta, garantindo eficiência, desempenho e miniaturização. A extração de tais elementos e minerais de maneira não sustentável pode ocasionar a destruição de ecossistemas, contaminação da água e solo, e mesmo aumentar a emissão de gases de efeito estufa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Ainda que fãs do Oasis estejam celebrando a turnê de reunião dos irmãos Liam e Noel Gallagher, a equipe da banda está fazendo de tudo para conter as expectativas do público. Alex McKinlay, chefe da gravadora fundada pelos Gallagher e agente dos músicos, afirmou que não há planos para o lançamento de novas músicas do grupo.

Em entrevista ao Music Week, McKinlay classificou a turnê de reunião como "uma última volta" do Oasis. "Noel já deixou isso claro para a imprensa. [A turnê] é uma chance para fãs que nunca viram a banda vê-los, ou, pelo menos para alguns deles. Mas não, não existem planos para nenhuma nova música."

McKinlay revelou ainda uma satisfação da gravadora com a repercussão da turnê, que começa em 4 de julho, na cidade de Cardiff, no Reino Unido. "Provavelmente a maior e mais prazerosa surpresa do anúncio da reunião foi o quão grande [a repercussão] foi internacionalmente. Honestamente, nós sabíamos que seria grande [no Reino Unido] e isso não requer muita intuição. Mas olhando para fora do Reino Unido, nós sabemos que eles têm uma base de fãs forte, fizemos todas as estatísticas. Tomamos muito cuidado com como isso afetaria a venda de ingressos, mas estamos embasbacados com a grandeza."

O agente continuou dizendo que o Oasis poderia ter esgotado apresentações em lugares emblemáticos dos Estados Unidos, como o Rose Bowl, na Califórnia, e o estádio MetLife, em Nova York em apenas um dia. "Vimos os números de ingressos, assistimos ao que estava acontecendo e a demanda foi muito além das nossas expectativas."

A nova turnê do Oasis marca uma reunião dos irmãos Gallagher, que passaram anos trocando farpas nas redes sociais e na imprensa. Juntos novamente, os músicos se apresentarão em dois shows em São Paulo, marcados para os dias 22 e 23 de novembro no Morumbis.

O American Music Awards 2025 irá homenagear a cantora Janet Jackson. Ela receberá o Icon Award (Troféu de Ícone, em tradução livre) e se apresentará na cerimônia. Esse será seu primeiro show na televisão em sete anos.

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Até agora, só duas pessoas receberam o Icon Award desde que o prêmio foi criado. Rihanna, em 2013, e Lionel Richie, em 2022. Os premiados são escolhidos pela curadoria da apresentação, que avalia a influência global da indústria da música.

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Kim Kardashian depôs nesta terça-feira, 13, sobre o roubo de joias enquanto ela estava hospedada em um hotel de Paris em 2016. A empresária encarou os criminosos que a renderam e roubaram todas as suas joias, totalizando R$ 56 milhões, enquanto ela estava somente de roupão na suíte no meio da noite.

Segundo o TMZ, Kim temia ser estuprada e morta durante o assalto. Na época, os 12 bandidos, que ficaram conhecidos como "ladrões vovôs" por terem idade entre 60 e 70 anos, renderam Kim, amarraram as suas mãos e a amordaçaram.

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