87% das universidades brasileiras tiveram queda de posições em ranking global em 2025

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As universidades brasileiras têm tido menor destaque em relação a outras ao redor do mundo, mostra a edição deste ano do "Global 2000 list", ranking mundial organizado pelo Centro de Classificações Mundiais de Universidades (CWUR). Das 53 instituições de ensino brasileiras que concedem diplomas de graduação, 46 caíram de posição em relação ao ranking de 2024, o que corresponde a 87%.

A Universidade de São Paulo (USP), melhor posicionada do Brasil e da América do Sul, caiu uma posição no ranking, passando de 117ª em 2024 para 118ª em 2025, com declínios nas notas de qualidade da educação, empregabilidade, qualidade do corpo docente e indicadores de pesquisa.

Já a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), segunda melhor colocada do País, escalou 70 posições até a 331ª - no ano passado, estava em 401º lugar. A Universidade de Campinas (Unicamp), terceira colocada do País, subiu um degrau, de 370º para 369º.

Apenas sete universidades do Brasil melhoraram em relação ao ano passado:

- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): 401º em 2024 e 331º em 2025;

- Universidade de Campinas (Unicamp): 370º em 2024 e 369º em 2025;

- Universidade de Brasília (UnB): 836º em 2024 e 833º em 2025;

- Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS): 1.396º em 2024 e 1.367º em 2025;

- Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR): 1.465º em 2024 e 1.455º em 2025;

- Universidade Federal do Rio Grande (FURG): 1.677º em 2024 e 1.644º em 2025;

- Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM): 1.868º em 2024 e 1.836º em 2025.

"O principal fator para o declínio das universidades brasileiras é o desempenho na pesquisa, em meio à intensificada competição global de instituições bem financiadas", afirma o CWUR em um release divulgado à imprensa brasileira.

As classificações feitas pelo centro levam em conta a qualidade da educação na instituição de ensino, o nível de empregabilidade dos seus alunos após o curso, a qualidade do corpo docente e a relevância de suas pesquisas.

"Este ano, 21.462 universidades foram classificadas, e aquelas que ficaram no topo compõem a Global 2000 list - que inclui instituições de 94 países", informa o CWUR.

Universidades brasileiras melhor posicionadas no ranking global

1. Universidade de São Paulo (USP), em 118º;

2. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 331º;

3. Universidade de Campinas (Unicamp), em 369º;

4. Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 454º;

5. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 476º

6. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 497º;

7. Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 617º;

8. Fundação Oswaldo Cruz, em 668º;

9. Universidade Federal de Santa Catarina, em 727º;

10. Universidade Federal do Paraná, em 783º;

11. Universidade de Brasília (UnB), em 833º;

12. Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em 870º;

13. Fundação Getulio Vargas (FGV), em 880º;

14. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 887º;

15. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 951º.

Segundo Nadim Mahassen, presidente do CWUR, o Brasil continua "bem representado entre as melhores universidades do mundo", com a melhor posição entre as instituições da América do Sul. "No entanto, o que é alarmante é o deslize das instituições acadêmicas da nação devido ao enfraquecimento do desempenho em pesquisa e ao limitado apoio financeiro do governo", criticou.

"Enquanto vários países estão colocando o desenvolvimento da educação e da ciência no alto de sua agenda, o Brasil está lutando para acompanhar o ritmo. Sem um financiamento mais forte e um planejamento estratégico, o Brasil corre o risco de ficar ainda mais para trás no cenário acadêmico global em rápida evolução", afirma Mahassen em um release divulgado à imprensa brasileira.

O Estadão questionou o Ministério da Educação (MEC) a respeito e aguarda resposta.

Quais as 10 principais universidades da América Latina?

118º - Universidade de São Paulo (USP);

282º - Universidade Nacional Autônoma do México;

331º - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

369º - Universidade de Campinas (Unicamp);

409º - Universidade de Buenos Aires (UBA);

415º - Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC-Chile);

453º - Universidade do Chile;

454º - Universidade Estadual Paulista (Unesp);

476º - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);

497º - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

EUA segue em liderança, mas China é ameaça

Pelo décimo quarto ano consecutivo, Harvard, nos Estados Unidos, é a melhor universidade do mundo segundo o ranking. Logo atrás dela estão duas outras instituições privadas norte-americanas: Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e a Universidade de Stanford.

Os EUA dominam o Top 10 Global, cedendo apenas duas posições para as britânicas Cambridge e Oxford. No entanto, segundo a CWUR, a queda de posições em geral das universidades norte-americanas e uma subida expressiva das chinesas colocam em alerta a posição de liderança absoluta dos Estados Unidos, principalmente em meio a políticas polêmicas no campo educacional do presidente Donald Trump.

Recentemente, Trump tentou impedir Harvard de receber estrangeiros - a decisão foi barrada na justiça - e cortou investimentos em pesquisas da universidade. Também pediu análise das redes sociais de todos os candidatos a visto estudantil norte-americano, o que suspendeu temporariamente as entrevistas para retirada dos documentos e pode impactar o próximo semestre letivo, com início em agosto.

Top 10 global

Harvard (EUA): 1º em 2024 e 2025;

Instituto de Tecnologia de Massachusetts - MIT (EUA): 2º em 2024 e 2025;

Universidade de Stanford (EUA): 3º em 2024 e 2025;

Cambridge (Reino Unido): 4º em 2024 e 2025;

Oxford (Reino Unido): 5º em 2024 e 2025;

Princeton (EUA): 6º em 2024 e 2025;

Universidade da Pensilvânia (EUA): 7º em 2025 e 8º em 2024;

Columbia (EUA): 8º em 2025 e 7º em 2024;

Yale (EUA): 9º em 2024 e 2025;

Universidade de Chicago (EUA): 10º em 2025 e 11º em 2024.

A expectativa é de que a China continue escalando em qualidade de ensino e pesquisa, aproximando-se cada vez mais das universidades norte-americanas e europeias. Do total de instituições chinesas no ranking, 98% tiveram subida de posição em relação a 2024. A melhor colocada é a Universidade Tsinghua, na 37ª posição, ante 43ª no ano passado.

"Em um momento em que as universidades chinesas estão colhendo os frutos de anos de generoso suporte financeiro de seu governo, as instituições americanas estão lidando com cortes no financiamento federal e disputas sobre a liberdade acadêmica e a liberdade de expressão", diz Mahassen.

Em outra categoria

O julgamento de Sean "Diddy" Combs, que começou em 12 de maio, está em sua fase final.

O magnata da música responde a acusações que envolvem tráfico sexual, coação, distribuição de drogas e uso de armas de fogo. O caso é conduzido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que afirma ter evidências de que Diddy liderou uma rede sofisticada de exploração sexual por mais de duas décadas.

Agora, segundo a Variety, a promotoria está dizendo que o rapper é "líder de organização criminosa". A procuradora-assistente Christy Slavik alegou que Diddy sempre foi um homem muito poderoso, mas que conseguiu mais poder e influência devido ao apoio de seu círculo íntimo e sua empresa que, segundo ela, tem como objetivo proteger o rapper.

"Ele [Diddy] é o líder de uma organização criminosa. Ele não aceita não como resposta, e agora vocês sabem sobre muitos crimes que o réu cometeu com membros de sua organização", alegou.

Ela então passou a listar os crimes pelos quais o rapper é acusado e focou no tráfico sexual, que foi chamado de "crime brutal."

Ainda de acordo com a Variety, a procuradora-assistente falou sobre dois episódios de agressão: quando Diddy agrediu Cassie Ventura em 2016 e quando ele agrediu Jane (pseudônimo da testemunha) em 2024. "São capítulos do mesmo livro", disse.

Christy lembrou que, no caso de Cassie, ele pagou o hotel onde a agressão aconteceu para que o vídeo do ataque fosse apagado e também mencionou que o músico sempre tinha drogas a seu dispor, para uso próprio e para as vítimas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Léo Lins, humorista que foi condenado a oito anos e três meses de prisão por "discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários" em uma apresentação divulgada no Youtube, voltou aos palcos na última quinta-feira, 19.

Ele se apresentou no Teatro Gazeta, em São Paulo, e lotou o local com 720 pessoas.

Segundo O Globo, o humorista falou sobre alguns dos processos que fizeram com que ele fosse condenado e citou Preta Gil, que moveu uma ação contra ele em 2019, quando Léo Lins a comparou com uma "porca".

"A Preta Gil veio me processar por causa de uma piada de anos atrás. Três meses depois que chegou o processo, ela apareceu com câncer. Bom, parece que Deus tem um favorito. Acho que ele gostou da piada. E pelo menos ela vai emagrecer", disse ele, de acordo com o veículo.

A pedido de seus advogados, o humorista proibiu o uso de celulares, que foram lacrados no início da sessão.

Entenda o caso de Léo Lins

O vídeo que gerou a condenação de Léo Lins, produzido em 2022, mostra o show "Pertubador" no qual o humorista fez uma série de declarações contra negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência.

Em agosto de 2023, quando a veiculação no YouTube foi suspensa por decisão judicial, a publicação tinha mais de três milhões de visualizações.

A disponibilização do vídeo pela internet e a "grande quantidade de grupos sociais atingidos" foram fatores que a Justiça Federal considerou para aumentar a pena aplicada ao comediante.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que promove o Oscar, divulgou nesta quinta-feira, 26, uma lista com 534 artistas e executivos da indústria convidados para se juntarem à instituição. Entre eles está Fernanda Torres, que neste ano concorreu ao Oscar de melhor atriz por seu trabalho em Ainda Estou Aqui, vencedor na categoria de Melhor Filme Internacional.

"Estamos muito felizes em convidar esta respeitada classe de artistas, tecnólogos e profissionais para se juntar à Academia", diz o comunicado oficial assinado pelo CEO da Academia, Bill Kramer, e pela presidente, Janet Yang. "Por meio de seu compromisso com a produção cinematográfica e com a indústria cinematográfica em geral, esses indivíduos excepcionalmente talentosos fizeram contribuições indeléveis para a nossa comunidade cinematográfica global."

Além de Fernanda Torres, outros nove brasileiros aparecem na lista: os diretores Daniel Filho, Gabriel Mascaro, Daniela Thomas e Eliza Capai e a executiva Giselle Abbud Manzur.

A produtora Maria Carlota Bruno, vencedora do Oscar por Ainda Estou Aqui, também está na lista de convidados a integrar a Academia, assim como Carlos Conti, designer de produção e Murilo Hauser e Heitor Lorega, roteiristas do filme brasileiro premiado.

Veja a lista de brasileiros convidados para a Academia do Oscar:

Fernanda Torres, atriz

Daniel Filho, diretor

Gabriel Mascaro, diretor

Daniela Thomas, diretora

Eliza Capai, diretora

Giselle Abbud Manzur, executiva

Maria Carlota Bruno, produtora

Carlos Conti, designer de produção

Murilo Hauser, roteirista

Heitor Lorega, roteirista