Alpinista voluntário relata frio extremo e chuva no resgate de Juliana Marins

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O alpinista voluntário Agam Rinjani, que participou do resgate da brasileira Juliana Marins no monte Rinjani, na Indonésia, afirmou que as condições climáticas na região realmente eram desafiadoras e extremas, como informou o governo da Indonésia e a embaixada brasileira no país.

Em live feita na sua conta no Instagram, ele contou que o terreno em que o corpo da jovem foi encontrado era instável e colocou até mesmo a sua vida, do outro voluntário, Tyo Survival, e da equipe oficial de resgate da Indonésia em risco. Além disso, fazia muito frio e chovia na região.

Com a ajuda de uma tradutora, Agam disse que "não sabe como eles conseguiram resistir" e que estava "muito, muito frio". "Se chovesse um pouco mais, morreríamos junto. Podíamos cair a qualquer momento", afirmou.

"A situação é muito trágica e ficou na memória do Agam. Foi muito duro. Várias vezes, o suporte de quem estava lá no topo (do penhasco) desabou. Isso provocou a queda de pedras e areia. Só por misericórdia de Deus eles não morreram", disse a tradutora.

O grupo conseguiu chegar até Juliana e constatar a morte na terça-feira, 24. Eles precisaram dormir no local para que o corpo fosse içado e eles pudessem retornar na quarta, 25, já que as condições climáticas não eram favoráveis para a subida.

"Nós passamos a noite inteira na beira de um penhasco íngreme de 590 metros, com (o corpo da) Juliana, por uma noite. Instalamos uma âncora para não deslizarmos mais 300 metros", afirmou Agam.

O outro voluntário, Tyo Survival, publicou um vídeo deles deitados no penhasco. "Depois de confirmar que a vítima havia morrido, nossa equipe de voluntários a protegeu e passou a noite em um penhasco vertical íngreme com condições rochosas instáveis a três metros da vítima, enquanto esperava outra equipe para retirá-la de cima", escreveu.

Em suas redes sociais, Agam Rinjani se diz guia de trilha em montanha e especialista em resgate em terrenos verticais e em cavernas. Já Tyo Survival se apresenta como especialista em manejo de répteis e em abrigos de emergência.

Também no Instagram, a família de Juliana agradeceu aos voluntários. "Somos extremamente gratos aos voluntários que, com coragem, se dispuseram a colaborar para que o resgate de Juliana fosse agilizado", publicaram.

Anteriormente, a família acusou o Parque Nacional do Monte Rinjani, de responsabilidade do governo da Indonésia, de "negligência". "Se a equipe tivesse chegado até ela dentro de um prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva", afirmou a família. "Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece."

O acidente ocorreu na sexta-feira, 20, mas o socorro só chegou ao local onde a brasileira estava, com a ajuda dos voluntários, na terça, 25. Ela, que em primeiras imagens captadas por turistas via drone aparecia se movendo, ficou quase quatro dias à espera.

Segundo relatos de testemunhas, Juliana foi deixada para trás pelo guia que havia contratado para o passeio. Ele seguiu com o grupo e ela ficou sozinha. Ela caiu e o desaparecimento foi notado somente horas depois.

O governo da Indonésia justificou a demora dizendo que "a evacuação envolveu a colaboração entre diversas agências e voluntários, trabalhando em terreno extremo com clima imprevisível". Diversas vezes, o trabalho precisou ser interrompido por conta do mau tempo.

"O Ministério Florestal da República da Indonésia expressa profundo pesar pelo falecimento de Juliana De Souza Pereira Marins, uma alpinista originária do Brasil que morreu em uma trilha do Parque Nacional do Monte Rinjani. Oferecemos nossas mais profundas condolências à família, amigos e colegas da vítima. Que sejam dados força e perseverança para enfrentar esta tragédia", disse o parque nacional em nota.

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, a brasileira tinha 27 anos e viajava para diversos continentes e países. Entre os registros em seu perfil no Instagram, constam viagens para Espanha, Holanda, Vietnã, Alemanha, Uruguai e Egito, onde fez um intercâmbio.

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O músico vencedor de dois Grammy Awards, Chuck Mangione, que alcançou sucesso internacional em 1977 com seu single de jazz Feels So Good e mais tarde se tornou dublador na comédia animada de TV O Rei do Pedaço, morreu. Ele tinha 84 anos.

Mangione faleceu em sua casa em Rochester, Nova York, na terça-feira, 22, enquanto dormia, disse seu advogado, Peter S. Matorin, da Beldock Levine & Hoffman LLP.

O músico estava aposentado desde 2015. Talvez o seu maior sucesso - Feels So Good - seja uma constante na maioria das rádios de smooth jazz e tem sido uma das melodias mais reconhecidas desde Michelle dos Beatles.

Atingiu o nº 4 na Billboard Hot 100 e o topo da parada adult contemporary da Billboard. "Isso identificou para muitas pessoas uma canção com um artista, mesmo que eu tivesse uma base de público bastante forte que nos manteve em turnês sempre que queríamos, essa música simplesmente se destacou e levou a outro nível", disse Mangione ao Pittsburgh Post-Gazette em 2008.

Ele seguiu esse sucesso com Give It All You Got, encomendada para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1980 em Lake Placid, e ele a apresentou na cerimônia de encerramento.

Mangione, trompetista e compositor de jazz, lançou mais de 30 álbuns durante uma carreira em que construiu uma grande base de fãs depois de gravar vários álbuns, fazendo todas as composições. Ele ganhou seu primeiro Grammy Award em 1977 por seu álbum Bellavia, que foi nomeado em homenagem à sua mãe.

O corpo de Preta Gil já chegou ao Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, onde será realizada a cerimônia de cremação, conforme desejo da cantora.

O cortejo saiu do Theatro Municipal, no centro da cidade, onde foi realizado o velório da cantora na manhã desta sexta-feira, 25. Aberta ao público até às 13h20, a despedida teve presença de amigos, familiares e admiradores de Preta.

O caixão deixou o local sob aplausos, carregado por Francisco Gil, único filho de Preta, Otávio Muller e o músico baiano Carlinhos Brown. Em seguida, foi levado por um carro do Corpo de Bombeiros pelo circuito do carnaval, que ganhou o nome da cantora, até o cemitério.

Na chegada do corpo ao cemitério, segundo a revista Quem, um violinista tocava Drão, canção de Gilberto Gil inspirada pelo relacionamento com Sandra Gadelha, mãe de Preta. A música, além de ser considerada um clássico nacional, marcou a emocionante despedida de Preta Gil dos palcos, quando a cantou ao lado do pai durante uma apresentação da turnê Tempo Rei em São Paulo.

Cerimônia de cremação é restrita a família e amigos

A cerimônia de cremação é restrita a familiares e amigos íntimos da cantora. José e Flor Girl, irmão e sobrinha de Preta, estavam entre os primeiros a chegar. Otávio Muller, Carolina Dieckmmann, Ivete Sangalo, Regina Casé também foram vistos no local.

Família teve momento íntimo no velório

Uma comitiva com os pais, Gilberto Gil e Sandra Gadelha, a madrasta Flora Gil e a irmã Bela Gil chegou ao velório às 13h40, cerca de 20 minutos depois do fechamento da cerimônia para o público. Dessa forma, os pais da cantora tiveram uma despedida mais intimista. Após a entrada de Gilberto Gil, foi divulgada uma imagem do pai beijando a filha no caixão em sua despedida.

Famosos e autoridades se despedem de Preta

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, aguardou a chegada de Gilberto Gil para entrar no velório. A atriz Fernanda Torres, a cantora Ana Carolina e a atriz Bruna Marquezine também chegaram à cerimônia após o fechamento ao público, e cumprimentaram Gil, Flora, Sandra e Bela antes de entrarem no salão.

Antes da chegada dos pais, diversos amigos e familiares de Preta Gil compareceram ao velório. Francisco Gil chegou acompanhado de amigos e da namorada, a ex-BBB Alane Dias. O filho de Preta Gil demonstrou estar bastante emocionado à beira do caixão com o corpo da mãe.

Ivete Sangalo, Carolina Dieckmmann, Regina Casé, Ludmilla, Thiaguinho, Carol Peixinho, Ingrid Guimarães, Douglas Silva, Malu Mader, Claudia Abreu, Alice Wegmann, Marcelo Serrado, Carla Perez, Xanddy, Péricles, Caio Blat, Marcelo Serrado, Sabrina Sato, Nicolas Prattes e Maria Gadu foram alguns dos outros famosos presentes.

Angélica e Luciano Huck prestaram homenagem a Preta Gil nas redes sociais nesta sexta-feira, 25, dia do velório da cantora, realizado pela manhã no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com presença de familiares, amigos e aberto ao público. O casal está fora do País, em férias no Japão. Preta foi madrinha de casamento dos apresentadores. Ela morreu no último domingo, 20, nos Estados Unidos, onde realizava um novo tratamento contra o câncer.

Em uma publicação no Instagram, Angélica escreveu: "Ver tantas homenagens espalhadas pelas ruas e nas palavras de quem te ama emociona e confirma tudo o que você é: força, presença, generosidade, união." "Você sempre foi esse elo entre tanta gente bonita, verdadeira, cheia de afeto e luz. E agora segue sendo lembrada assim, com amor, por quem esteve ao seu lado e por quem você também amou. Sua memória continuará viva em cada gesto de quem escolhe viver com a coragem e o coração que sempre foram seus. Te amo pra sempre. Você estará pra sempre nos nossos corações", completou.

A imagem compartilhada por Angélica mostra as placas de rua instaladas na região central do Rio para homenagear Preta. O cortejo após o velório passou pelo "Circuito Preta Gil", que será o trajeto de megablocos do carnaval carioca.

Já Luciano publicou uma sequência de imagens ao lado de Preta nos stories. "Saudades para sempre", escreveu em um registro dele com a cantora e com Angélica. Em outras imagens, aparecem Carolina Dieckmmann, Thiaguinho, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre outros.

"Te amo para sempre", escreveu Luciano em um vídeo, que encerra a sequência. No registro, ele aparece com Preta e Angélica, e a cantora fala do casal: "Esse aqui é amigo fiel, esse casal que eu amo. Eu sou madrinha de casamento deles e eles são meus. É real."

Velório de Preta Gil

O velório da cantora reuniu familiares, amigos e fãs no Theatro Municipal, na Cinelândia, Centro do Rio, nesta sexta, 25. A despedida teve início com um atraso de 30 minutos e foi encerrada mais de uma hora após o previsto. O velório aberto ao público foi encerrado às 14h. Até às 15h parentes e amigos prestam as últimas homenagens à Preta Gil.