Lula contradiz Itamaraty e anuncia que governo cuidará de translado de corpo de Juliana Marins

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na tarde desta quinta-feira, 26, que conversou por telefone com o pai da brasileira Juliana Marins, de 27 anos, morta após cair em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.

O presidente disse que determinou ao Ministério das Relações Exteriores que realize o translado do corpo de Juliana ao Brasil. A declaração ocorre um dia após o Itamaraty afirmar que não faria o serviço, já que a legislação brasileira "proíbe expressamente" que isso seja pago com recursos públicos.

"Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil", escreveu o presidente.

A negativa do Itamaraty no dia anterior causou revolta na internet, principalmente ventilada por oposicionistas do governo. Publicações chegaram a comparar o caso de Juliana com o asilo diplomático que Lula deu à ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, para a qual enviou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ao Peru para trazer a mulher do ex-presidente Ollanta Humala.

Outros ainda relembraram da mobilização da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, no resgate do cavalo Caramelo, preso em um telhado durante as enchentes do Rio Grande do Sul no ano passado.

Natural de Niterói (RJ), Juliana caiu de um penhasco durante trilha em um vulcão na Indonésia, na última sexta-feira, 20, e foi encontrada sem vida na terça-feira, 24. Após o Itamaraty informar que não faria o translado do corpo, o prefeito Rodrigo Neves (PDT) disse que a prefeitura de Niterói pagaria pelo transporte.

A compreensão da legislação brasileira é de que esse tipo de translado é de interesse e responsabilidade individual e familiar, contrariando interesses coletivos. Por isso não deve demandar dinheiro público.

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O julgamento de Sean "Diddy" Combs, que começou em 12 de maio, está em sua fase final.

O magnata da música responde a acusações que envolvem tráfico sexual, coação, distribuição de drogas e uso de armas de fogo. O caso é conduzido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que afirma ter evidências de que Diddy liderou uma rede sofisticada de exploração sexual por mais de duas décadas.

Agora, segundo a Variety, a promotoria está dizendo que o rapper é "líder de organização criminosa". A procuradora-assistente Christy Slavik alegou que Diddy sempre foi um homem muito poderoso, mas que conseguiu mais poder e influência devido ao apoio de seu círculo íntimo e sua empresa que, segundo ela, tem como objetivo proteger o rapper.

"Ele [Diddy] é o líder de uma organização criminosa. Ele não aceita não como resposta, e agora vocês sabem sobre muitos crimes que o réu cometeu com membros de sua organização", alegou.

Ela então passou a listar os crimes pelos quais o rapper é acusado e focou no tráfico sexual, que foi chamado de "crime brutal."

Ainda de acordo com a Variety, a procuradora-assistente falou sobre dois episódios de agressão: quando Diddy agrediu Cassie Ventura em 2016 e quando ele agrediu Jane (pseudônimo da testemunha) em 2024. "São capítulos do mesmo livro", disse.

Christy lembrou que, no caso de Cassie, ele pagou o hotel onde a agressão aconteceu para que o vídeo do ataque fosse apagado e também mencionou que o músico sempre tinha drogas a seu dispor, para uso próprio e para as vítimas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Léo Lins, humorista que foi condenado a oito anos e três meses de prisão por "discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários" em uma apresentação divulgada no Youtube, voltou aos palcos na última quinta-feira, 19.

Ele se apresentou no Teatro Gazeta, em São Paulo, e lotou o local com 720 pessoas.

Segundo O Globo, o humorista falou sobre alguns dos processos que fizeram com que ele fosse condenado e citou Preta Gil, que moveu uma ação contra ele em 2019, quando Léo Lins a comparou com uma "porca".

"A Preta Gil veio me processar por causa de uma piada de anos atrás. Três meses depois que chegou o processo, ela apareceu com câncer. Bom, parece que Deus tem um favorito. Acho que ele gostou da piada. E pelo menos ela vai emagrecer", disse ele, de acordo com o veículo.

A pedido de seus advogados, o humorista proibiu o uso de celulares, que foram lacrados no início da sessão.

Entenda o caso de Léo Lins

O vídeo que gerou a condenação de Léo Lins, produzido em 2022, mostra o show "Pertubador" no qual o humorista fez uma série de declarações contra negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência.

Em agosto de 2023, quando a veiculação no YouTube foi suspensa por decisão judicial, a publicação tinha mais de três milhões de visualizações.

A disponibilização do vídeo pela internet e a "grande quantidade de grupos sociais atingidos" foram fatores que a Justiça Federal considerou para aumentar a pena aplicada ao comediante.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que promove o Oscar, divulgou nesta quinta-feira, 26, uma lista com 534 artistas e executivos da indústria convidados para se juntarem à instituição. Entre eles está Fernanda Torres, que neste ano concorreu ao Oscar de melhor atriz por seu trabalho em Ainda Estou Aqui, vencedor na categoria de Melhor Filme Internacional.

"Estamos muito felizes em convidar esta respeitada classe de artistas, tecnólogos e profissionais para se juntar à Academia", diz o comunicado oficial assinado pelo CEO da Academia, Bill Kramer, e pela presidente, Janet Yang. "Por meio de seu compromisso com a produção cinematográfica e com a indústria cinematográfica em geral, esses indivíduos excepcionalmente talentosos fizeram contribuições indeléveis para a nossa comunidade cinematográfica global."

Além de Fernanda Torres, outros nove brasileiros aparecem na lista: os diretores Daniel Filho, Gabriel Mascaro, Daniela Thomas e Eliza Capai e a executiva Giselle Abbud Manzur.

A produtora Maria Carlota Bruno, vencedora do Oscar por Ainda Estou Aqui, também está na lista de convidados a integrar a Academia, assim como Carlos Conti, designer de produção e Murilo Hauser e Heitor Lorega, roteiristas do filme brasileiro premiado.

Veja a lista de brasileiros convidados para a Academia do Oscar:

Fernanda Torres, atriz

Daniel Filho, diretor

Gabriel Mascaro, diretor

Daniela Thomas, diretora

Eliza Capai, diretora

Giselle Abbud Manzur, executiva

Maria Carlota Bruno, produtora

Carlos Conti, designer de produção

Murilo Hauser, roteirista

Heitor Lorega, roteirista