Dois PMs são presos por conta de operação em Paraisópolis que terminou com dois mortos

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Dois policiais militares foram presos em flagrante após os confrontos com moradores de Paraisópolis, na zona sul da capital, nesta quinta-feira, 10. A prisão foi revelada na manhã desta sexta-feira em entrevista coletiva no quartel-general da PM em São Paulo.

De acordo com a PM, os dois agentes atiraram em um morador, identificado como Igor Oliveira, quando ele já estava rendido, com as mãos na cabeça. A PM não conseguiu determinar a quantidade de tiros.

"Foi uma ação ilegal, não legítima, que levou à prisão", afirmou o coronel Massera, porta-voz da PM.

As prisões foram feitas após análise das imagens das câmeras corporais. Ao todo, quatro policiais participaram da operação.

"Reconhecemos nossos erros, lamentamos, mas não podemos retroceder no trabalho de resgatar a cidadania de quem mora em Paraisópolis", disse o coronel.

Após a morte de Igor, houve protestos generalizados na região. A PM afirma que os protestos foram feitos por criminosos. Barricadas com objetos queimados fecharam ruas de acesso à comunidade e o trânsito foi interrompido em parte das avenidas Avenida Giovanni Gronchi e Hebe Camargo, no Morumbi.

Ao Estadão, moradores relataram que o policiamento foi reforçado após a noite de confronto na comunidade. Segundo relato de moradores à reportagem, a situação segue tensa. "5h da manhã já tinha helicópteros [da PM] sobrevoando a comunidade. O clima é de medo".

Moradores também afirmam que tiveram dificuldades para acessar suas casas por conta dos bloqueios feitos pela polícia nas entradas de Paraisópolis.

A situação, de acordo com a moradora, não é atípica. Os conflitos com o tráfico são intensos e as incursões da polícia sempre violentas. "Dificilmente a polícia faz uma operação sensata. Ontem parecia uma guerra civil".

As Polícias Civil e Militar apuram as ocorrências. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os conflitos começaram à tarde, quando os policiais foram acionados para uma denúncia de homens armados em um ponto de venda de drogas.

Ao chegarem ao local, três suspeitos fugiram em direção a uma casa. Um deles, mesmo rendido, foi morto pelos policiais. Outros dois foram presos. Foram apreendidas armas de fogo, munições, entorpecentes e anotações do tráfico.

Horas depois, uma outra ação terminou em troca de tiros, um suspeito morto e um PM da Rota ferido. As ações são investigadas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), por meio de inquérito policial.

Imagens que circulam na internet mostram vários focos de incêndio nas ruas do entorno de Paraisópolis, moradores correndo pelas ruas e homens armados com pedaços de madeira. Carros foram virados em meio aos protestos. Alguns automóveis que passavam pelo local também foram apedrejados e motoristas, agredidos.

A Tropa de Choque da Polícia Militar foi deslocada para Paraisópolis e a comunidade foi cercada. Equipes do Corpo de Bombeiros também foram mobilizadas.

Ainda segundo a PM, foram apreendidos 2 pistolas, 1 revólver, 7 carregadores de pistola, sendo 2 com prolongadores. Também foram apreendidos drogas, dinheiro e celulares.

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Douglas Souza Arruda, o Dodô Batera, um dos fundadores do grupo Karametade, morreu nesta terça-feira, 22, aos 52 anos. O músico fazia parte da primeira formação do grupo de pagode, desde 1993.

De acordo com o jornal A Tribuna, o músico tinha um melanoma na nuca e passou por várias cirurgias para controlar o tumor, mas o câncer voltou mais agressivo e o vitimou.

O velório e o enterro acontecerão em Santos, no litoral de São Paulo, nesta terça, 22, e quarta, 23.

Vavá, vocalista do Karametade, lamentou a morte do parceiro musical. "Saiba que sua história nunca será apagada meu irmão, um cara alegre, de sorriso fácil, simpático e uma pessoa incrível, que agora mora lá no céu. Até um dia meu irmão, seu legado nunca se apagará", escreveu o cantor.

Dodô participou da gravação de todos os álbuns de estúdio do Karametade, de 1997 a 2005. A música Morango do Nordeste foi o maior hit do grupo de pagode que estourou nos anos 90.

O lendário vocalista britânico Ozzy Osbourne morreu nesta terça-feira, 22, aos 76 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas o músico enfrentava havia alguns anos um quadro de doença de Parkinson, além de outras complicações de saúde.

Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, Osbourne revolucionou a música e se tornou um dos símbolos mais importantes da história do rock.

No Black Sabbath, criou o heavy metal ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward. Na carreira solo, se solidificou como o "Príncipe das Trevas" e virou sinônimo do gênero musical que tocava.

Em sua vida pessoal, acumulou inúmeras polêmicas e, ao lado de sua família, criou um programa de televisão que inventou o formato dos reality shows como conhecemos hoje em dia.

Entre prisões, drogas e morcegos, Ozzy Osbourne viveu como poucos. As controvérsias ao longo de sua vida marcaram sua carreira, criando o mito de um dos pais do heavy metal.

Veja a seguir alguns dos momentos mais chocantes da trajetória de Osbourne.

Acusações de satanismo

Com uma estética ocultista, o Black Sabbath revolucionou a música britânica com a criação do heavy metal em 1970. Com riffs pesados, roupas pretas e temáticas sombrias, a banda se tornou um sucesso entre jovens - e também atraiu bastante críticas. Em especial, havia aqueles que acusam Ozzy Osbourne e o Black Sabbath de praticar e divulgar o satanismo em suas músicas.

As acusações não eram verdadeiras, mas ajudaram a divulgar o grupo e criar uma atmosfera trevosa entre os membros da banda. O apelido "Príncipe das Trevas", inclusive, surgiu por conta da constante associação de Ozzy ao mundo do ocultismo.

A saída do Black Sabbath

Um dos momentos mais baixos da vida de Ozzy Osbourne ocorreu em 1979, quando ele foi expulso da banda que ajudou a criar. O Black Sabbath existia há quase uma década, mas enfrentava problemas de popularidade. O então último álbum deles, Never Say Die!, não havia sido bem recebido pelo público e pela crítica.

Para piorar tudo, os demais membros da banda estavam de saco cheio do comportamento errático de Ozzy. O vocalista, que sempre teve questões com drogas e álcool, estava passando do limite com o seu vício. Em mais de uma ocasião, Osbourne não compareceu aos ensaios e gravações marcados, prejudicando seus companheiros.

Tony Iommi, guitarrista e líder da banda, optou por demitir Ozzy e contratar Ronnie James Dio em seu lugar. A decisão veio como surpresa para Osbourne, que se chateou com o ocorrido. Os fãs de heavy metal, no entanto, foram agraciados com a separação.

O Black Sabbath lançou um de seus melhores álbuns - Heaven and Hell - com o novo vocalista e Ozzy Osbourne lançou o excelente Blizzard of Ozz em resposta, iniciando uma prolífica carreira solo.

A mordida no morcego (e em uma pomba)

Entre as polêmicas de Ozzy Osbourne, talvez nenhuma tenha chocado tanto quanto a vez em que ele arrancou a cabeça de um morcego com a própria boca. Em 1982, Ozzy se apresentava em Iowa, nos Estados Unidos, quando viu um objeto negro sendo arremessado em sua direção.

Ao pegar o objeto no ar, Ozzy acreditou estar com um morcego de borracha em mãos. Acostumado com esse tipo de interação com seu público, o cantor mordeu a cabeça do animal e descobriu, da pior forma possível, tratar-se de um bicho de verdade.

O sangue escorreu pela boca do cantor, que teve de ser retirado do palco imediatamente e hospitalizado para evitar um possível contágio de raiva.

Essa, no entanto, não é a única experiência de Ozzy com cabeça de animais de verdade.

Em 1981, o cantor mordeu a cabeça de uma pomba viva durante uma reunião com executivos da indústria musical. À época, ele acabara de assinar o primeiro contrato de sua carreira solo. Segundo o próprio músico, ele planejava soltar as pombas no escritório como um sinal de paz. Embriagado, no entanto, ele mudou de ideia e mordeu a cabeça do animal.

As prisões

Ao longo de sua vida, Ozzy Osbourne foi preso em inúmeras ocasiões. O número correto de detenções é um mistério, mas são famosas as histórias que detalham o que levou o vocalista do Black Sabbath à cadeia. O primeiro problema com a lei, no entanto, ocorreu antes mesmo da fama.

Vindo de uma família pobre, Ozzy foi preso após tentar roubar uma televisão em 1966. À época, ele tinha 17 anos. Sem dinheiro para pagar a sua fiança, e com seu pai se recusando a pagar o valor, Osbourne ficou seis semanas preso em uma cadeia de Birmingham, cidade natal do músico.

Em 1982, Ozzy foi preso de novo. Dessa vez, o vocalista já era famoso e estava focado em sua carreira solo. O abuso de drogas, que sempre foi recorrente, havia piorado após a morte recente de seu guitarrista, o talentoso Randy Rhoads.

A situação era tão grave que, em determinada noite na cidade de San Jose, no Texas, sua esposa e empresária Sharon Osbourne se viu obrigada a trancá-lo em um quarto de hotel para evitar que ele fugisse. Até mesmo as roupas de Ozzy foram confiscadas, mas isso não o impediu.

O vocalista roubou um vestido de Sharon e saiu para passear pelas ruas norte-americanas. Embriagado, ele achou que era uma boa ideia urinar em uma importante estátua da região. Ele foi preso pela polícia local, mas acabou pagando fiança e foi liberado para se apresentar na cidade.

Em 1984, foi preso novamente nos Estados Unidos, em Memphis, por intoxicação pública.

Agressões à Sharon

O auge da vida caótica e violenta de Osbourne, no entanto, ocorreu em 1989. Por conta do vício em drogas e álcool, o relacionamento entre Ozzy e Sharon era instável e problemático. Em agosto daquele ano, o vocalista chegou em casa alterado e agrediu a própria esposa, tentando estrangulá-la até a morte.

Sharon conseguiu se desvencilhar do marido e chamou a polícia, que prendeu Ozzy. Ao ser liberado, o cantor optou por entrar em uma clínica de reabilitação. Eventualmente, Sharon e Ozzy se reconciliaram e retomaram o casamento. De acordo com Osbourne, esse foi o ponto mais baixo de sua vida - e também o momento em que ele decidiu pedir ajuda e se tratar.

Ozzy Osbourne morreu na manhã desta terça-feira, 22, aos 76 anos. Segundo um comunicado divulgado pela família da lenda do rock e líder do Black Sabbath, ele estava cercado de amor. O Príncipe das Trevas era casado havia 43 anos com Sharon Osbourne, sua empresária, e fez sucesso ao mostrar sua intimidade no reality show The Osbournes, exibido pela MTV entre 2002 e 2005.

Mas a família de Ozzy Osbourne é ainda maior do que a mulher e os dois filhos - Kelly e Jack - que apareceram no reality. O casal tem outra filha, Aimee, que se recusou a participar do programa e criticou publicamente os pais na época.

Antes de conhecer Sharon, Ozzy também já tinha outros três filhos do casamento anterior com Thelma Riley. De lá para cá, o Príncipe das Trevas também se tornou avô de pelo menos 10 netos.

Sharon Osbourne

A segunda esposa de Ozzy Osbourne, empresária e atual viúva da lenda do rock tem 72 anos. Eles se casaram em 1982 e tiveram três filhos: Aimee, nascida em 1983, Kelly, nascida em 1984, e Jack, nascido em 1985.

Aimee Osbourne

Filha mais velha do casal Sharon e Ozzy, atualmente tem 41 anos e trabalha como cantora e atriz. Aimee se recusou a participar do reality show The Osbournes, que estreou quando ela tinha 19 anos.

Kelly Osbourne

É a filha mais conhecida de Ozzy e Sharon Osbourne por ter se destacado no reality show The Osbournes, na MTV. Kelly atualmente tem 40 anos e um filho, Sidney, fruto de sua relação com Sid Wilson, DJ do Slipknot, de quem ela ficou noiva há duas semanas no show de despedida do pai.

Jack Osbourne

Filho mais novo de Ozzy e Sharon Osbourne, ele também apareceu ainda adolescente no programa The Osbournes. Atualmente com 39 anos, Jack tem 4 filhas: Pearl, nascida em 2012, Andy, nascida em 2015 e Minnie, nascida em 2018, do seu casamento com Lisa Stelly, de quem se divorciou em 2019. Ele também é pai de Maple, nascida em 2022, com sua atual noiva Aree Gearhart.

Thelma Riley

Ela foi a primeira esposa de Ozzy Osbourne. Eles foram casados entre 1971 e 1982 e tiveram dois filhos: Louis e Jessica. Thelma já era mãe de Elliot Kingsley, que acabou adotado por Ozzy.

Louis Osbourne

Louis Osbourne nasceu em 1975 em Birmingham, Inglaterra, sendo o filho primogênito de Ozzy Osbourne, fruto do primeiro casamento dele com Thelma Riley. É DJ, casado com a atriz, produtora e roteirista Louise Osbourne desde 2003 e tem dois filhos: Maia e Elijah.

Jessica Osbourne

Nascida em 1979, Jessica Osbourne é filha de Ozzy e Thelma Riley, e tem 49 anos. É atriz e produtora, conhecida por trabalhos de sucesso como Better Call Saul (2015), Manhattan (2014) e Os Mensageiros (2015).

Elliot Kingsley

Nascido em 1966, é filho de Thelma Riley e nunca conviveu com seu pai biológico. Posteriormente foi adotado por Ozzy Osbourne, que se casou com a mãe dele em 1971. É ator de teatro, mas leva uma vida pessoal bastante discreta.