Polícia Civil do RN indicia três pessoas por transfobia contra vereadora de Natal

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte concluiu o inquérito que investigava ofensas transfóbicas dirigidas à vereadora de Natal Thabatta Pimenta (PSOL) e indiciou duas mulheres e um homem por discriminação em razão de identidade de gênero.

O episódio ocorreu em maio deste ano, durante sessão da Câmara Municipal de Natal que votava a concessão do título de cidadão natalense ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Thabatta discursava quando foi alvo de insultos de pessoas presentes na sessão. Vídeo do momento mostra falas como "mulher do Paraguai", "não é mulher de verdade" e "tem dois sexos, macho e fêmea". As imagens serviram de base para o boletim de ocorrência registrado pela vereadora.

"As diligências realizadas incluíram análise de imagens, oitivas de testemunhas e laudos periciais elaborados pela Polícia Científica. Os peritos confirmaram a correspondência de voz entre uma das investigadas e as falas ofensivas registradas em vídeo. Testemunhas ouvidas pela autoridade policial confirmaram que os ataques foram dirigidos especificamente à vereadora em razão de ela ser uma mulher trans, caracterizando preconceito e injúria em razão da identidade de gênero", informou a Polícia Civil.

De acordo com a delegada Paoulla Maués, titular da Delegacia de Crimes de Racismo, Intolerância e Discriminação de Natal, as ofensas foram realizadas "tão somente em razão da identidade de gênero" da parlamentar.

Ainda segundo a delegada, as investigações vão continuar para apurar a conduta da Presidência da Câmara Municipal diante do ocorrido. "A própria vítima pede a interrupção da sessão para que a guarda coíba aquelas infrações, mas nada foi feito e sequer registro em ata existe dessas interrupções", afirmou, em declaração a jornalistas.

Os três envolvidos foram indiciados com base na Lei nº 7.716/89, que criminaliza o racismo, e o caso foi encaminhado ao Ministério Público, responsável por decidir se apresentará denúncia.

Há dois anos, a mesma legislação vale para casos de homofobia e transfobia, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o artigo 20 do dispositivo, é crime "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

Nas redes sociais, a vereadora Thabatta Pimenta compartilhou vídeo sobre a conclusão do inquérito. "Aqui é uma Casa da leis e para a lei brasileira eu sou uma mulher. Mulheres transsexuais e travestis são mulheres e precisam ser respeitadas", diz.

À TV local Ponta Negra, a assessoria da vereadora afirmou que o indiciamento é uma "resposta firme e necessária do Estado de direito". "O relatório final (da Polícia) confirma as ofensas de cunho transfóbico em ambiente público durante exercício da função da parlamentar e reforça o compromisso das autoridades em combater esse ódio".

Em outra categoria

Na sua autobiografia, Kevin Federline, ex-marido e pai dos dois filhos de Britney Spears, conta que flagrou a cantora com a bailarina Teresa Espinosa em situações íntimas em um quarto de hotel em Amsterdam.

A bailarina usou as redes sociais para dar as suas versões dos fatos. Ela confirma que dançou para Britney Spears durante a turnê do disco In the Zone (2003), que se transformou na turnê The Onyx Hotel (2004). Ela diz ainda que foi a responsável por apresentar Britney a Kevin Federline.

"Na época, só de estar ao lado de Britney, sentia a energia caótica que era a sua vida. Os paparazzi estavam em todos os lugares que ela ia. Ela não conseguia nem respirar ou espirrar sem que alguém tentasse capturar um momento de sua bela alma", escreveu Teresa.

Na sequência, a bailarina relembra de episódios compartilhados entre as duas neste período, como quando Britney decidiu, ela mesma, pintar seus cabelos.

Em outra ocasião, elas decidiram ir a uma boate, tentando (em vão) despistar os fotógrafos que perseguiam Britney. Teresa conta que, quando chegaram no clube, foram imediatamente postas para dentro por um segurança. "Logo que entramos, vi meu amigo Kevin Federline. Na altura, Kevin e eu éramos vizinhos e ele estava lá aquela noite. Quando vi o Kevin, pensei: 'O Kevin é fofo. Eu deveria apresentá-los'", relembrou.

Ela conclui dizendo: "Não tenho certeza exata de como aquela apresentação inocente se transformou em mais do que um simples encontro e essa é a minha história para contar".

O livro de Federline, intitulado You Thought You Knew [Você Achou que Sabia, em tradução livre], tem lançamento previsto para 21 de outubro, nos Estados Unidos.

Sarah Paulson falou sobre a morte de Diane Keaton, que morreu em 11 de outubro, pela primeira vez. As duas eram amigas próximas.

"O que vocês achavam que ela era como artista, ela era ainda mais espetacular como ser humano. E fui a pessoa mais sortuda do mundo por tê-la na minha vida do jeito que tive", disse em entrevista ao Acess no tapete vermelho da pré-estreia de All's Fair.

A declaração de Sarah veio pouco tempo após Al Pacino, que namorou com Diane Keaton entre 1971 e 1987, se pronunciar sobre a morte da atriz.

"Diane era minha parceira, minha amiga, alguém que me trouxe felicidade e, em mais de uma ocasião, influenciou a direção da minha vida. Embora já tenham se passado mais de 30 anos desde que estivemos juntos, as memórias permanecem vivas e, com a sua partida, retornaram com uma força dolorosa e comovente", disse em texto enviado ao Deadline.

Diane Keaton morreu aos 79 anos no último sábado, 11. Segundo a família, ela foi vitimada por uma pneumonia.

Conhecida especialmente por seu papel em comédias românticas e em filmes do diretor (e ator) Woody Allen, Diane Keaton chegou a receber um Oscar por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa(1977).

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A Netflix anunciou nesta sexta-feira, 17, que irá lançar um documentário sobre o caso Elóa, crime que chocou o Brasil em 2008.

Caso Eloá - Refém ao Vivo chega ao catálogo do streaming no dia 12 de novembro e mostra trechos do diário de Eloá Pimentel.

A produção também irá exibir relatos de Douglas e Grazieli, irmão e amiga da vítima, respectivamente, que falam sobre o assunto publicamente pela primeira vez, e depoimentos de jornalistas e autoridades que trabalharam no caso.

Com direção geral de Cris Ghattas e roteiro de Tainá Muhringer e Rick Hiraoka, o documentário é produzido pela Paris Entretenimento.

Em outubro de 2008, Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos de idade, foi sequestrada e mantida de refém pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, de 22 anos. Ela e mais amigos foram mantidos reféns dentro de seu apartamento em Santo André, em São Paulo.

A polícia negociou com o sequestrador por 100 horas. Lindemberg atirou na ex-namorada duas vezes antes das autoridades entrarem na casa. Ela foi levada ao hospital inconsciente, mas teve morte cerebral.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais