Desigualdade e racismo ainda marcam o acesso à educação no Brasil

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A educação brasileira segue enfrentando desafios profundos que vão além das salas de aula. Dados do relatório Next Generation Brasil, elaborado pelo British Council, revelam que três em cada cinco jovens fora do ensino superior são negros, um retrato contundente das desigualdades sociais e raciais que ainda permeiam o sistema educacional do país.

O estudo mostra que 58% dos jovens que vivem em favelas já foram reprovados ao menos uma vez, enquanto 51% afirmam que a educação brasileira não é de boa qualidade. A pesquisa também evidencia que, apesar dos avanços no acesso à escola, a permanência e o sucesso acadêmico ainda são desafiadores para milhares de estudantes, especialmente os de baixa renda e os negros.

Entre os principais motivos apontados para o abandono dos estudos estão a restrição financeira (39%), responsabilidades familiares (19%), problemas com transporte (19%), falta de apoio dos professores (18%) e a necessidade de trabalhar para ajudar em casa (14%). Esses fatores revelam a complexa teia de dificuldades que muitos jovens enfrentam para continuar na escola.

A desigualdade racial também aparece de forma alarmante: 47% dos jovens pretos não chegaram à universidade, contra 27% dos brancos e 40% dos pardos, indicando que o racismo estrutural continua limitando oportunidades e perpetuando exclusões históricas.

O relatório ainda destaca os sinais de racismo enfrentados por estudantes pretos:

  • 33% afirmaram ter ouvido piadas sobre sua aparência;

  • 29% relataram comentários disfarçados de preconceito;

  • 28% disseram ter sido chamados por apelidos racistas;

  • 27% contaram ter sido seguidos por seguranças em ambientes escolares.

Esses dados reforçam a necessidade urgente de políticas públicas que garantam acesso, permanência e acolhimento nas escolas e universidades, além de formação continuada para professores e ações efetivas contra o racismo institucional.

A educação é um dos pilares da transformação social, mas, para ser realmente democrática, precisa enfrentar de frente as desigualdades que ainda afastam milhões de jovens de seus sonhos e do futuro que merecem.

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A morte de Ace Frehley, guitarrista e membro fundador do Kiss, será investigada mais a fundo nos próximos dias. De acordo com um representante do Morris County Medical Examiner, no estado norte-americano de Nova Jersey, o corpo do músico ainda não foi submetido a uma autópsia, mas um exame toxicológico e um exame externo do corpo já foram feitos.

Em contato com o TMZ, portal norte-americano especializado em celebridades, o representante afirmou também que a causa exata da morte de Frehley será confirmada nas próximas semanas, após os exames toxicológicos serem completados.

Frehley sofreu uma hemorragia cerebral após sofrer uma queda em seu estúdio em setembro e passou a viver ligado a aparelhos. Semanas depois, quando seu quadro foi definido como irreversível, a família do guitarrista decidiu desligar seu suporte de vida.

Conhecido como Spaceman, Paul Daniel "Ace" Frehley nasceu em 1951, fundando o Kiss ao lado de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo) e Peter Criss (bateria) em 1973. O guitarrista permaneceu com a banda até 1982.

Em sua carreira solo, Frehley lançou 10 álbuns de estúdio, o mais recente sendo 10,000 Volts, de 2024. Sua última passagem no Brasil aconteceu em 2017, quando ele se apresentou em São Paulo.

Clássico da teledramaturgia brasileira, Rainha da Sucata volta à programação da Globo a partir do dia 3 de novembro, no Vale a Pena Ver de Novo. A novela, que marcou os anos 1990, substitui A Viagem na faixa vespertina e chega às telas 35 anos após sua primeira exibição.

Ambientada na cidade de São Paulo, a história acompanha o choque entre a nova burguesia e a elite tradicional em decadência. No centro desse conflito estão Maria do Carmo (Regina Duarte), uma jovem que conquistou a independência financeira sem abandonar suas origens humildes, e Laurinha Figueroa (Glória Menezes), uma socialite acostumada a privilégios que luta para manter seu status.

Maria do Carmo transforma o negócio de ferro-velho da família em uma empresa de sucesso, mas mantém sua vida ligada às raízes simples do bairro de Santana, onde mora com os pais, Onofre (Lima Duarte) e Neiva (Nicette Bruno).

Ela começa um romance com Edu Figueroa (Tony Ramos), antigo amor que a desprezou no passado. Para ajudar a família dele, que enfrenta dificuldades financeiras, a jovem propõe um casamento estratégico. Ao se mudar para o elegante casarão nos Jardins, ela se depara com a hostilidade de Laurinha, que faz de tudo para desestabilizá-la.

Além das disputas familiares, Maria do Carmo enfrenta problemas nos negócios. Renato Maia (Daniel Filho), administrador de sua empresa, se mostra corrupto e provoca perdas significativas. Entre intrigas e traições, a protagonista precisa lidar com desafios que colocam à prova sua integridade.

Nos capítulos finais, Laurinha causa a morte do marido Betinho (Paulo Gracindo) e tenta incriminar Maria do Carmo antes de seu próprio fim trágico, ao se jogar de um prédio na Avenida Paulista. A protagonista, entretanto, consegue superar as acusações e retoma sua vida com dignidade, fechando a história com a confirmação do amor de Edu.

O elenco de Rainha da Sucata conta ainda com Aracy Balabanian, Antônio Fagundes, Renata Sorrah, Raul Cortez, Claudia Raia, Marisa Orth, Andrea Beltrão, Patrícia Pillar, Marcello Novaes, Lolita Rodrigues e Cleyde Yáconis. A trama, escrita por Silvio de Abreu e dirigida por Jorge Fernando, foi exibida no horário nobre em 1990.

No ano passado, quando completou 50 anos, a atriz Flávia Alessandra sentiu os primeiros sintomas da menopausa. Primeiro, veio a insônia e depois uma dor forte no ombro.

"Achava que era por conta do costeiro que usei no desfile de Carnaval como musa do Salgueiro, mas também era um sintoma da menopausa, algo chamado de síndrome do ombro congelado", revelou em entrevista à revista Ela, do jornal O Globo.

A atriz ressaltou que isso a mostrou quanta desinformação há sobre o assunto. "Achamos que menopausa é só 'calor', mas o corpo muda de tantas formas... Desde então, passei a estudar, ler muito, conversar com médicas e outras mulheres. E percebi que falar sobre isso é quase um ato político. A gente precisa tirar o peso e o silêncio dessa fase", completou.

Flávia Alessandra ressaltou também que os sintomas iniciais da menopausa a ensinaram a ouvir melhor o seu corpo. "Antes, eu empurrava tudo com a agenda cheia, o ritmo intenso, e achava que era normal viver cansada. Quando os sintomas começaram, e de formas tão inusitadas, como a dor no ombro, percebi que meu corpo estava pedindo atenção. Hoje, respeito meus limites e ajusto meu ritmo", contou.

Sobre a síndrome do ombro congelado

A síndrome do ombro congelado, ou capsulite adesiva, é uma condição caracterizada pela rigidez e dor progressiva na articulação do ombro, que pode comprometer severamente os movimentos do braço. O problema ocorre quando a cápsula que envolve o ombro inflama e endurece, formando aderências que limitam a mobilidade.

Além das mudanças hormonais típicas da menopausa, a condição pode ser causada pela imobilização prolongada após uma lesão ou cirurgias e pelo diabete. Os sintomas tendem a evoluir lentamente, começando com dor constante e culminando na perda quase total dos movimentos.

O tratamento costuma envolver fisioterapia para recuperar a amplitude articular, uso de anti-inflamatórios e, em casos mais graves, infiltrações ou cirurgia para liberar a cápsula.