PCC percebeu que atividade usada para lavar dinheiro também é lucrativa, diz secretário do PI

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O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, afirmou que a Operação Carbono Oculto 86, deflagrada na terça-feira, 4, revelou pela primeira vez a ligação entre o braço financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e o setor de combustíveis no Norte e Nordeste do Brasil. Segundo ele, a facção paulista usava fundos de investimento sediados na Faria Lima, em São Paulo, para controlar postos e distribuidoras no Piauí, Maranhão e Tocantins.

"Essa rede já era investigada por fraudes e adulteração de combustíveis, mas não sabíamos a origem dos recursos. Quando tivemos acesso às informações da operação Carbono Oculto de São Paulo, percebemos que os fundos eram os mesmos e pertenciam ao PCC", disse. A investigação nos três Estados contou com a colaboração do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que compartilhou informações da Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto deste ano.

A operação desta semana resultou na interdição de ao menos 49 postos de combustíveis nos três Estados. A investigação apontou que o grupo empresarial "'Rede de Postos HD' apresentou crescimento célere, entretanto, informações coletadas em bases públicas e oficiais apontaram para discrepâncias patrimoniais e modificações societárias incompatíveis com a dinâmica regular do setor".

Para o secretário, a operação expôs uma nova lógica do crime organizado. "Eles perceberam que a atividade usada para lavar o dinheiro também podia ser lucrativa, desde que fossem feitos alguns ajustes ilegais como, por exemplo, sonegar impostos. Se o sujeito trafica droga, adulterar combustível não é nada. Então, a lavagem virou também um negócio lucrativo, com fraude fiscal, sonegação e concorrência desleal", explicou.

Entre as companhias citadas no inquérito estão Altinvest Gestão de Recursos, Pima Energia Participações, Mind Energy Participações e o fundo Jersey FIP Multiestratégia. Entre os principais alvos da operação estão Haran Santhiago Girão Sampaio e Danillo Coelho de Sousa, antigos proprietários da rede "HD", apontados como responsáveis pela expansão do grupo e posterior "venda"; Moisés Eduardo Soares Pereira e Salatiel de Araújo, empregados e intermediadores locais, utilizados, segundo a investigação, como laranjas em holdings com sede em São Paulo; Denis Alexandre Jotesso Villani, empresário paulista vinculado à Rede Diamante, com partificação em 40 empresas, incluindo 12 postos do Piauí; e Rogério Garcia Peres, gestor da Altinvest, já apontado como operador financeiro do PCC. O Estadão não conseguiu contato com a defesa dos investigados. O espaço segue aberto.

De acordo com a investigação, o esquema envolvia lavagem de dinheiro, fraude fiscal e crimes contra o consumidor, com adulteração de combustíveis e sonegação de impostos. As empresas passaram a operar sob diferentes marcas, entre elas Postos HD, Postos Pima e Rede Diamante, para dissimular a origem dos lucros. Os postos de combustíveis usados pelo PCC movimentaram R$ 5 bilhões nos três Estados, de acordo com investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Piauí (MP-PI).

O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, determinou o bloqueio de R$ 348,7 milhões em bens e contas bancárias dos investigados, além da suspensão das atividades de 73 empresas e da indisponibilidade de quatro aeronaves. Apesar de negar os pedidos de prisão temporária, o magistrado impôs medidas cautelares, como proibição de saída do País e comunicação entre os suspeitos.

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Eliane Giardini, que viveu Muricy em Avenida Brasil (2012), confirmou que a novela terá uma continuação. A atriz comentou o assunto durante uma palestra, em vídeo que circula nas redes sociais. No momento, o mediador do encontro mencionou que o próximo trabalho dela será com João Emanuel Carneiro, autor da trama original, e citou o título.

Ao refletir sobre o projeto, Eliane explicou que considera um remake mais simples de encarar. "O remake você já sabe que é uma história maravilhosa. No mínimo vai fazer sucesso porque as pessoas odeiam e ficam comparando, isso também é uma forma de sucesso", disse.

Já a ideia de continuar uma história que marcou época preocupa a atriz. "Quando a história é boa, é uma equação perfeita. A gente não tem o domínio sobre essa equação, ela acontece por acaso, e é muito difícil reproduzir. Por isso tenho um pouco de medo da continuação, porque você vai mexer em uma coisa que fez grande sucesso", afirmou.

Continuação de 'Avenida Brasil'

De acordo com a colunista Carla Bittencourt, do portal LeoDias, a Globo procurou o autor João Emanuel Carneiro, que teria aceitado dar continuidade à história. Os primeiros esboços do projeto já estariam em andamento.

Procurada pelo Estadão, a Globo ainda não confirmou a produção. O espaço segue aberto.

Adriana Esteves e Murilo Benício também já teriam sinalizado interesse em reviver os papéis de Carminha e Tufão. Ainda não há informações sobre o restante do elenco. A previsão é que a produção estreie em 2027.

O dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, de 72 anos, se emocionou e também comoveu seguidores ao voltar a sambar após cinco meses afastado da dança por conta da limitação de movimentos. Ele está em tratamento para bursite trocantérica bilateral, uma doença autoimune, e também enfrenta tendinite nos glúteos.

Ele voltou a dançar ao som de Cabide, de Mart'nália. Ainda com acompanhamento, sambou sozinho e também performou em dupla. O momento foi divulgado em vídeo no Instagram.

Em entrevista ao RJTV, da Globo, ele celebrou o retorno. "Eu já estava me emocionando, tava mexido, mas não tinha a mínima ideia desse alcance", disse sobre a repercussão.

Carlinhos define a dança como seu porto seguro. "É uma válvula de escape, é meu divã, meu travesseiro, meu ombro porque a dança sempre esteve nos momentos mais difíceis da vida", destacou.

Ele contou ainda que seu quadro não tem cura, mas afirma que o tratamento - que inclui imunoterapia, musculação e fisioterapia - ajuda a frear a progressão. "Estou evoluindo. O meu amanhã já não é tão obscuro porque eu já consigo me levantar", disse.

A Escadaria das Bailarinas, espaço em Pinheiros, na zona oeste da cidade de São Paulo, revitalizado por Eduardo Kobra em 2018, passou por um novo processo de renovação. Agora, a escadaria, que une as ruas Alves Guimarães e Cardeal Arcoverde, conta com cores renovadas, iluminação cênica, acessibilidade e mobiliário urbano restaurado.

"Há sete anos, criamos esse espaço para ser mais agradável para a cidade e, portanto, restaurar esta obra é manter a história e a memória preservadas", diz o artista.

Além da manutenção artística, o espaço recebeu melhorias estruturais e paisagísticas. No momento, degraus e bancos foram restaurados e uma nova iluminação cênica foi colocada para valorizar o conjunto da obra também à noite.

O projeto foi conduzido pela incorporadora Munir Abbud em parceria com a construtora e incorporadora SKR, e contou com apoio do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). O próprio Kobra acompanhou a restauração, a recuperação das cores e brilho originais e criou um novo design cromático para os degraus, garantindo mais resistência diante do fluxo intenso de pedestres e turistas.

Para o futuro, os criadores planejam a instalação de um elevador no subsolo, com acesso a partir da Rua Cardeal Arcoverde. "De forma que pessoas com mobilidade reduzida possam ter acesso a lojas, restaurantes e cafés em todos os andares", conta Jota Abbud, sócio-diretor da Munir Abbud.

Quem já conhecia o lugar, no entanto, percebeu uma mudança impactante no espaço que antes da obra era popularmente conhecido como Escadão da Alves Guimarães. A icônica bailarina da escada - a primeira pintada pelo artista, conforme mostrou matéria do Estadão da época - não está mais lá. De acordo com os criadores do projeto, o motivo foi a alta degradação que o tempo e a chuva traziam à obra.

Antigamente eram seis bailarinas e agora o espaço retrata apenas quatro - duas delas inspiradas em integrantes do Ballet Paraisópolis.

Com a restauração, é esperado que a escadaria retorne ao radar como um dos cenários mais clicados de Pinheiros.