Câncer: Atraso em tratamento na pandemia vai causar 62 mil mortes evitáveis

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O atraso imposto pela pandemia de covid-19 ao diagnóstico e tratamento do câncer levará a 62,3 mil mortes evitáveis no País, segundo estimativa de estudo da Americas Health Foundation realizado com o apoio da Roche. A pesquisa mostra ainda que outros 284,1 mil brasileiros serão afetados por uma mudança no estágio da doença, o que pode reduzir as chances de cura.

As estimativas foram feitas com base na coleta de dados e em entrevistas com organizações de pacientes e especialistas em oncologia. A partir das respostas que mediram o índice de pacientes afetados na detecção e a duração desse atraso, os pesquisadores estimaram os efeitos nos desfechos do tratamento nos próximos anos. De acordo com o estudo, os serviços mais afetados foram os de diagnóstico e cirurgia - este último teve redução de 40% durante o período mais crítico da pandemia.

Segundo especialistas, o atraso foi motivado por dois principais fatores: a redução de oferta de procedimentos eletivos por causa da concentração de esforços dos hospitais para atender pacientes com covid e o adiamento, por parte dos pacientes, de seus exames, por medo de se contaminar com o coronavírus ao frequentar os centros médicos.

"Pelo menos metade dos pacientes nos relata ter atrasado seus exames de rastreamento, como mamografia, papanicolau, colonoscopia. Deixar de fazer esses exames por dois ou três anos pode fazer com que um câncer que seria diagnosticado em estágio inicial já esteja mais avançado", afirma Pedro Exman, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Outros médicos relatam aumento no número de doentes que chegam com tumores mais avançados. "Em 2021, quando começamos a ver as pessoas retomando suas consultas, atendi dois casos de tumores que já estavam comprimindo a medula; e o paciente chega paraplégico. Isso ocorre quando o câncer já progrediu muito, o paciente já estava há muito tempo com dor, mas adiou buscar um médico. Eu não via um caso desses desde a minha residência, há 14 anos", conta Andrey Soares, oncologista do Hospital Albert Einstein e do Grupo Oncoclínicas.

No A.C. Camargo Cancer Center, também houve aumento de tumores avançados, em especial daqueles que podem ser detectados precocemente por exames de rastreamento. "Tivemos esse aumento em cânceres como tireoide e próstata. O tratamento de um tumor inicial é menos agressivo, preserva mais a qualidade de vida do paciente e tem maior chance de cura", afirma Maria Paula Curado, epidemiologista do A.C. Camargo.

Presidente do Instituto Oncoguia, organização que dá suporte a pacientes com câncer, Luciana Holtz afirma que a entidade tem recebido cada vez mais reclamações de pacientes com diagnóstico confirmado, mas que não conseguem iniciar o tratamento no prazo previsto em lei, de 60 dias. "Exames, cirurgias, consultas estão com enormes filas de espera. Soubemos de casos de mulheres com câncer de mama que estão há quatro meses na fila para passar por uma consulta com um cardiologista para avaliar o risco para a cirurgia. É uma angústia muito grande", diz.

Um dos entraves para a ampliação da oferta de cirurgias, exames e outros procedimentos oncológicos no SUS é a baixa remuneração oferecida a hospitais filantrópicos que atendem pacientes da rede pública.

"Alguns desses hospitais têm condições de atender mais pacientes, mas estão com prejuízo de milhões de pacientes atendidos pelo SUS, mas que não foram pagos porque estouraram o teto previsto em contrato com as Secretarias da Saúde. Isso precisa ser revisto", afirma Pascoal Marracini, presidente da Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer.

Questionado sobre o cenário, o Ministério da Saúde afirmou que reconhece a necessidade de ações para mitigar os impactos da pandemia na oncologia e, para isso, "estuda um plano que vai fortalecer as ações e os serviços de tratamento, por meio de estratégias de prevenção, diagnóstico precoce, no âmbito da Atenção Primária e Especializada, com plano terapêutico integral e o monitoramento dos principais tipos de cânceres, com a articulação de toda a rede disponível no País". Já o Estado de São Paulo afirma que tem como meta reduzir as filas de oncologia.

'A 1ª consulta demorou seis meses'

Desde agosto de 2022, quando fez uma tomografia que detectou manchas no seu pulmão e foi encaminhada para um especialista com suspeita de câncer, a dona de casa Ana Maria da Silva Santos, de 67 anos, aguarda o início do tratamento pelo SUS.

"Em agosto, o médico da UBS deu o encaminhamento para o pneumologista e a guia para a biopsia. Mas a primeira consulta com o especialista conseguimos fazer só anteontem, depois que eu reclamei para todos os órgãos. Para a biopsia, não fomos chamados até hoje. Tivemos de pagar", conta o consultor de e-commerce Guilherme Antonio da Silva Souza, de 29 anos, filho da Ana Maria.

O exame, que confirmou o diagnóstico de câncer, custou R$ 4,1 mil. Parte do valor foi assumida pelo filho e o restante foi pago com um empréstimo feito pela dona de casa.

Ela conta que a chamada para a consulta, quase seis meses após o primeiro encaminhamento, só ocorreu depois de ela ter alertado a unidade de saúde de origem que entraria com um processo judicial. "O médico, quando viu meu exame de agosto, perguntou por que a gente tinha demorado tanto para ir. Expliquei que ficamos sem ter o que fazer, em uma angústia sabendo que a doença podia avançar e sem saber mais para quem recorrer", afirma Ana Maria.

Agora, ela espera o resultado de um exame complementar para que seja definido qual será o protocolo de tratamento. "A gente se sente desprezada, humilhada. Talvez se eu tivesse começado o tratamento há seis meses, minhas chances seriam melhores. Eu tenho fé ainda no tratamento, mas também tenho medo de esse atraso tirar anos que eu poderia estar aqui ainda curtindo meu filho, meu neto", diz ela.

O estudo da Americas Health Foundation mostra que o atraso no diagnóstico e tratamento causado pela pandemia terá ainda impacto econômico, além de aumentar o risco de mortalidade e de detecção mais tardia da doença.

De acordo com a estimativa, 46,6 mil famílias brasileiras podem cair em "catástrofe financeira" por situações como a de Ana Maria, em que parte do tratamento tem de ser custeada pelos pacientes, por causa da demora na oferta de terapias no sistema público.

Há ainda o impacto sobre o sistema de saúde, que, com pacientes em estágio mais avançado da doença, terão de despender mais recursos em internações e tratamentos.

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Vinícius de Oliveira, que ficou conhecido por ter protagonizado o filme Central do Brasil ao lado de Fernanda Montenegro, quando ainda era uma criança, em 1998, publicou em sua conta no Instagram um relato sobre seu reencontro com a atriz quase três décadas após as gravações.

O fato se deu durante um evento de pré-estreia do filme Vitória: "É sempre um carrossel de emoções encontrar a maior representante da cultura desse País, a amiga de longa data, nossa rainha Fernanda Montenegro."

"Foi mais uma vez único, mas, como sempre, de aprendizado de vida. Estar ao lado dela me faz todo ouvidos. Sua paixão pela arte e pela vida é tamanha que o 'pouco' tempo que pudemos estar ali foi suficiente para eu repensar o entendimento da vida", refletiu Vinícius de Oliveira.

Em seguida, o ator explicou: "Afinal, aos 95 anos, com total capacidade intelectual e física, Fernanda veio do Rio, estava fazendo toda a social e, dali a algumas horas, partiria para o Rio novamente porque teria ensaio a tarde na ABL para a noite, então, fazer sua apresentação de 14 textos diferentes de literatura."

"Que artista, que ser humano é Fernanda Montenegro! Passarei a vida agradecendo esse acontecimento de mulher. Que ela siga nos brindando com sua arte. Obrigado e obrigado, Fernanda!", concluiu.

Em Central do Brasil, Vinícius de Oliveira deu vida ao menino Josué. Após a morte de sua mãe, no Rio de Janeiro, a personagem de Fernanda Montenegro, Dora, atravessava o País rumo ao Nordeste em busca do pai do garoto. O filme, dirigido por Walter Salles, concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz.

Na tarde deste sábado, 15, no Big Brother Brasil 25, Gracyanne Barbosa reuniu os brothers na sala e pediu desculpas por ter pego a comida de outros participantes quando estava na Xepa. A informação foi revelada por Renata ao retornar da Vitrine Seu Fifi, onde recebeu informações do público que a observou em um shopping do Rio de Janeiro. A revelação abalou a musa fitness, que já havia desabafado sobre o assunto durante a madrugada.

"Eu queria pedir desculpas para todos vocês. Acho que a maioria já sabe que eu estava pegando comida. Não espero que ninguém entenda. Eu só queria explicar o que aconteceu comigo: não foi por ficar com fome, nem nada, mas é que o fato de que a gente ter pouca coisa me levou para um lugar que eu nunca mais achei que eu ia visitar", começou.

"São coisas que eu nunca compartilhei com ninguém, que eu não queria que ninguém soubesse, não queria dividir com ninguém, de quando eu passei fome, de quando eu tinha que comer do lixo. Aqui dentro, sabendo que eu estava sendo filmada, eu sabia que todo mundo ia saber. Eu não consegui controlar, porque, na minha cabeça, eu ia precisar de novo", completou.

"Peço desculpas para todo mundo. Sei que ninguém tem nada a ver com isso. Eu sei que é errado, mas eu não queria compartilhar isso porque não queria que a minha mãe soubesse. É uma coisa que eu passei que já passou, sabe", finalizou.

Esta matéria complementa com mais informações o texto enviado anteriormente.

Mais uma Prova do Anjo foi disputada na casa do Big Brother Brasil 25 neste sábado, 15 de março. João Gabriel saiu como vencedor e poderá escolher uma pessoa para imunizar do Paredão neste domingo, 16.

Antes da disputa, os brothers realizaram um sorteio e cada sorteado teve que vetar outra pessoa da Prova. Veja quem foi vetado:

- Diego Hypolito vetou Gracyanne Barbosa

- Renata vetou Aline

- João Gabriel vetou Vitória Strada

- Vinícius vetou Renata

- Aline vetou Eva

Já na Prova, os brothers precisavam jogar um dado por cima de uma trave e, dependendo do resultado, avançar por um tabuleiro. Quem caísse na Casa Dilema teria que enfrentar desafios que resultariam em atalhos ou caminhos mais longos.

Vencia quem chegasse primeiro ao final do tabuleiro. Além de se tornar o Anjo da semana, João Gabriel levou um prêmio de R$ 4,5 mil para casa, acumulado conforme ele avançava no jogo.

Nas primeiras três rodadas, Dona Delma saiu com vantagem e avançou na frente no tabuleiro. Nas rodadas seguintes, teve menos sorte e foi alcançada por João Gabriel, que empatou com a dona de casa na nona rodada. Depois disso, o brother assumiu a liderança e conquistou a vitória na 11ª rodada.

Quem foi para o Castigo do Monstro?

Após a vitória, João precisou escolher uma pessoa para sofrer o Castigo do Monstro. Ele escolheu Aline, que também perdeu 300 estalecas. Nesta semana, o desafio é chamado de "Repescagem" e consiste em vestir uma fantasia de pescador e pescar os peixes que surgirem na piscina.

"Vou escolher a Aline pelos negócios que nós já tivemos aí", disse João Gabriel. O apresentador Tadeu Schmidt não ficou satisfeito com a justificativa e pediu para o brother explicar melhor. Ele, então, elaborou: "O meu embate aqui é com ela, mais direto e eu não podia escolher outra pessoa aqui."