Morre a atriz mirim do SBT, Millena Brandão, aos 11 anos

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Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A informação foi confirmada pela família nas redes sociais e pelo hospital onde estava internada.

A garota teve morte encefálica e sofreu diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias. Millena teve diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

Por conta de dores de cabeça e no corpo, a atriz precisou ser hospitalizada.

O boletim médico do hospital desta sexta-feira afirma a menina deu entrada em "estado gravíssimo" no dia 29, transferida da Unidade de Pronto Atendimento Maria Antonieta (UPA). "Desde a sua chegada, a paciente recebeu cuidados intensivos e todo o empenho da equipe médica e assistencial, que não mediu esforços para preservar sua vida", afirma a nota assinada por Thiago Rizzo, gerente médico.

Segundo o SBT, ela chegou a ser diagnosticada com dengue, mas, após uma piora no quadro, os médicos realizaram outros exames e identificaram a presença de um tumor no cérebro de cinco centímetros, informou o SBT. Ela estava entubada, sedada e sem respostas neurológicas.

A situação de Millena se agravou durante esta semana. Ela seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A família começou uma vaquinha na internet para ajudar no tratamento da menina. No início da noite, no entanto, postou nos stories da conta de Millena do Instagram a frase "nossa menina se foi".

O caso causou comoção nas redes sociais, principalmente pela menina ter tido diversas paradas cardíacas. Depois da morte, milhares de pessoas deixaram condolências em mensagens no perfil de Millena.

Trajetória

No SBT, onde atuava desde 2023, Millena participou da novela A Infância de Romeu e Julieta, e estrelou também a série Sintonia, da Netflix. Ela registrou o início de sua carreira na TV: "E o sonho se tornou realidade", escreveu.

Além de atriz, Millena era modelo e influenciadora digital, e havia feito diversos trabalhos publicitários com marcas infantis. No Instagram, dizia também integrar a companhia de teatro musical Cia Artística En'Cena.

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O governador Cláudio Castro (PL) anunciou que um dos focos do governo do Rio, após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho (CV), será a retirada de barricadas em comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas milícias no Estado.

As operações para a retirada de barreiras em vias públicas já começaram nesta segunda-feira, 10. Equipes do 31º BPM (Recreio) fizeram uma operação para a retirada de barricadas em comunidades da zona sudoeste do Rio.

"A nossa próxima fase, que eu já posso adiantar, nós vamos começar um grande programa de retirada de barricada. Onde a gente arrancar, se voltar, vai ter operação no dia seguinte. Eu vou acabar com essas porcaria de barricadas no Rio de Janeiro. Vou gastar o que tiver que gastar. Tem muita barricada sobretudo na Baixada e na zona oeste", afirmou Castro, em entrevista ao podcast Inteligência Ilimitada.

De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, os policiais militares realizaram operação nas comunidades do César Maia, Coroado, Fontela, Muzema, Morro do Banco, Beco do 48 e Tijuquinha nesta segunda-feira, 10.

"A ação teve como principais objetivos coibir os roubos nas regiões, prender criminosos e desobstruir vias. Quatro homens foram detidos, uma pistola, um simulacro de pistola, três granadas, um rádio comunicador, três veículos e drogas foram apreendidos. Além disso, oito toneladas de barricadas foram retiradas", disse.

O governo de São Paulo recebeu nesta segunda-feira, 10, quatro propostas para disputar a concessão do Sistema de Travessias Hídricas do Estado. O leilão será realizado na quinta-feira, 13, às 16h, na B3, na capital paulista.

Com investimentos estimados em R$ 2,5 bilhões, a Parceria Público-Privada (PPP) terá prazo de 20 anos e prevê a renovação completa das embarcações e terminais do litoral e interior paulista.

As propostas foram entregues pelas empresas:

Acqua Vias SP/Internacional Marítima

Comporte Participações

CS Infra

Consórcio Travessias SP (formado por CLD Construtora, Biancar Serviços e Locações, Camila Navegação e Transporte, Engemais Empreendimentos e Participações, F. Andrei Neto e Raff Geração e Comércio de Energia Elétrica)

O sistema abrange 14 travessias que transportam cerca de 11 milhões de passageiros e 10 milhões de veículos por ano, sob regulação da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

No litoral, serão contempladas São Sebastião-Ilhabela, Santos-Vicente de Carvalho, Santos-Guarujá, Bertioga-Guarujá, Cananéia-Continente, Cananéia-Ilha Comprida, Cananéia-Ariri e Iguape-Juréia. Na Grande São Paulo, o pacote inclui Bororé-Grajaú, Taquacetuba-Bororé e João Basso-Taquacetuba. Já no Vale do Paraíba, serão alteradas as travessias de Porto Paraitinga, Porto Varginha e Porto Natividade da Serra.

A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, já afirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que as gratuidades e isenções tarifárias das balsas serão mantidas. "A política tarifária permanecerá a mesma porque o sistema é deficitário. Por isso, precisa de uma contraprestação do Estado para garantir a qualidade do serviço", disse. Já foram investidos R$ 735 milhões para viabilizar a iniciativa.

Além disso, está prevista a inclusão de 45 novas balsas elétricas. Nesse sentido, o projeto também recebeu a certificação internacional Blue Dot Network, que reconhece empreendimentos com altos padrões de sustentabilidade.

A Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP30), foi aberta oficialmente nesta segunda-feira, 10, em Belém. Uma das preocupações com o evento é de que as discussões terminem em ações práticas - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, na semana passada, artigo em 50 países em que demanda ações concretas na COP30.

O regime climático da ONU é composto por 198 partes: além das nações, participa a União Europeia. Todas as decisões tomadas nas COPs precisam do consenso dos participantes.

Nas últimas duas edições, o conjunto dos países decidiu iniciar uma transição reduzindo o uso de combustíveis fósseis (na COP28, em Dubai) e triplicar o financiamento oferecido por países desenvolvidos aos países em desenvolvimento, chegando a US$ 300 bilhões anuais (na COP29, em Baku), sem que a meta anterior de fornecer US$ 100 bilhões (cerca de R$ 537 bilhões) fosse cumprida.

Aquecimento global e metas de redução de emissões de gases estufa

Na COP de Belém, o Acordo de Paris completa dez anos. O acordo definiu as metas de emissão de cada país para limitar o aumento da temperatura global a 1,5º C acima dos níveis pré-industriais, as NDCs.

Para o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, trata-se de uma questão "muito delicada": "muitos países acham que os outros vão apontar o dedo para eles e ninguém gosta de ser indicado como um país problema. Então, eu acho que a gente pode tentar encontrar uma maneira de tratar do assunto como uma coisa geral. Ou seja, uma percepção geral de que todo mundo ainda tem que fazer isso juntos".

Corrêa do Lago lamenta o atraso na entrega das NDCs: "A gente imaginava que todo mundo ia apresentar a NDC em fevereiro, que a gente ia ter dados muito precisos de análise das NDCs. Nós estamos aqui analisando a NDC no dia. A gente está especialista em analisar em 24 horas a NDC, que, obviamente, não é a forma correta de fazer as coisas".

Na semana passada, um estudo da ONU analisando as NDCs apresentadas até o momento mostrou que as metas assumidas só seriam capazes de reduzir em 10% as emissões até 2035.

Não há sanções para eventual descumprimento dos compromissos assumidos, como as metas de cortes de emissões de gases de efeito estufa.

Adaptação aos efeitos das mudanças climáticas

A expectativa dos países é que sejam estabelecidos os indicadores para a Meta Geral de Adaptação (GGA, na sigla em inglês). Nas reuniões que antecederam a COP, em Bonn, na Alemanha, e em Brasília, especialistas contribuíram com uma lista de 100 indicadores que incluem diversas áreas, como saúde, agricultura, saneamento, entre outras. O pacote deve ser avaliado em Belém.

Fim do uso de combustíveis fósseis

O fim do uso de fósseis é o ponto-chave para solucionar a crise climática. E, ainda que não esteja previsto na agenda da COP deste ano, há pressão de alguns países e da sociedade civil para que seja discutido.

As nações desenvolvidas manifestam a preocupação com a qualificação da mão de obra na transição de uma indústria de fósseis para a produção de energias renováveis. De outro lado, países em desenvolvimento querem garantir acesso à energia, financiamento, aspectos de infraestrutura e necessidades socioeconômicas associadas a essa transição.

A CEO da COP30, Ana Toni, destacou que durante a COP28, em Dubai, os países concordaram em fazer a transição de forma "justa, ordenada e equitativa". "No mundo todo há grupos desenvolvendo o que poderia ser uma transição justa", disse.

Na visão de especialistas, caso o tema seja pautado, a definição de um cronograma para o fim dos combustíveis fósseis seria a principal entrega da COP30. Até o momento, no entanto, os passos da presidência brasileira na tentativa de pautar o tema foram pequenos.

Financiamento climático

Trata-se de um dos temas mais polêmicos do debate climático. Corrêa do Lago diz que considera uma "batalha desnecessária" tentar incluir de maneira formal nas negociações da COP o mapa feito por ele e pelo presidente da COP29, Mukhtar Babayev, para alcançar US$ 1,3 trilhão para o financiamento climático.

"O mandato para fazer o nosso mapa do caminho de Baku a Belém para US$ 1,3 trilhão só menciona que nós vamos apresentar esse documento. Não diz que o documento tem que ser aprovado, tem que ser apreciado, tem que ser analisado", afirmou.

Fundo de florestas

Embora não seja um item de negociação, mas sim uma proposta do Brasil, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) pode ser um resultado da COP de Belém. Este mecanismo destinará parte dos rendimentos para os países que protegem suas florestas tropicais. Além do Brasil, que lidera o fundraising, até o momento já aportaram ou anunciaram futuros aportes: Indonésia, Noruega, Portugal, França, Países Baixos e Alemanha. Os valores variam de compromissos de US$ 1 milhão de Portugal a US$ 3 bilhões da Noruega.