Como a polícia recuperou relógios e joias avaliados em R$ 2,5 milhões após roubo em shopping

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A Polícia Militar informou que recuperou na noite do último sábado, 22, todos os itens que haviam sido roubados de uma joalheria no Shopping Iguatemi Campinas, no interior de São Paulo, na quinta-feira, 20. A PM afirma que os itens encontrados no fim de semana, após nova troca de tiros com suspeitos, incluíam joias e relógios de luxo que foram avaliados em R$ 2,5 milhões.

Outros relógios, de marcas como Cartier e TAG Heuer, já haviam sido recuperados pela polícia anteriormente e devolvidos à loja.

Segundo o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), no sábado, após receberem informações sobre o paradeiro de suspeitos que estariam envolvidos no roubo à joalheria, os agentes foram até o Distrito de Sousas, no mesmo local onde já tinham detido outros indivíduos no dia do crime.

Ao entrarem em uma área de mata, os policiais teriam sido recebidos a tiros por três suspeitos, reagindo e se abrigando para aguardar a chegada de reforço. Depois, teria sido realizada uma varredura na área, quando os agentes teriam encontrado um homem que portava uma arma longa caído no chão. Ele foi declarado morto no local.

Os policiais também encontraram as joias e relógios de luxo avaliados em R$ 2,5 milhões, que foram então devolvidos aos representantes da joalheria. O caso foi registrado no 1° DP de Campinas.

Seis homens já haviam sido presos e um adolescente apreendido em flagrante pela polícia. O BAEP afirma que, além dos sete presos e do homem supostamente morto em confronto, ainda há pelo menos dois foragidos.

Roubo a joalheria

O crime aconteceu na semana passada, com o shopping movimentado pelo feriado de 20 de novembro. Os assaltantes invadiram a loja, renderam três funcionárias e fizeram uma delas refém para roubar diversos produtos. Houve troca de tiros dos suspeitos com seguranças e guardas municipais. De acordo com o BO, os disparos foram dentro e fora do estabelecimento.

Um dos suspeitos foi atingido na saída da joalheria e acabou sendo preso na sequência. Os criminosos usaram dois carros na fuga, um deles roubado na saída do shopping. Outros três suspeitos foram presos em Pedreira (SP), a cerca de 40 km de Campinas, sendo que um deles também se feriu em confronto. Mais três criminosos foram localizados escondidos em um clube de Campinas.

Os presos foram autuados por roubo majorado e associação criminosa. A polícia solicitou a prisão preventiva deles à Justiça. Imagens de câmeras de segurança da loja e do shopping foram solicitadas pelos agentes e a Polícia Civil ainda investiga a possível participação de outros suspeitos.

Na ocasião, o Shopping Iguatemi Campinas afirmou que o empreendimento acionou imediatamente as autoridades competentes, que encerraram o caso. "O shopping esclarece que todos os clientes e colaboradores estão bem e em segurança, e reforça que está contribuindo com as investigações", disse, em nota enviada ao Estadão. O shopping acrescentou que seguiu funcionando até às 20h no dia do assalto.

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Nesta segunda-feira, 24, vai ao ar o The Kelly Clarkson Show que terá como convidado Wagner Moura. A gravação do talk show da cantora Kelly Clarkson com o ator brasileiro foi feita na última quarta-feira, 20, e serve como divulgação de O Agente Secreto nos Estados Unidos, que estreia nos cinemas americanos nesta semana.

Em vídeo prévio divulgado pelas redes sociais do programa, Wagner dança um pouco de samba e ouve um elogio da apresentadora: "Eu nunca vou parecer tão sexy assim!", disse ela.

Cotado para o Oscar, ele ainda comentou sobre a demora para voltar a gravar um filme em português, citando o governo de Jair Bolsonaro como um dos motivos. Além disso, falou sobre a banda Sua Mãe, da qual ele faz parte, e citou Roberto Carlos como influência para o grupo.

Esta não é a primeira vez do ator baiano participa do talk show. Ele também foi entrevistado por Kelly no ano passado, quando divulgava Guerra Civil, produção na qual contracenou com Kirsten Dunst.

Escrito por Marcílio França Castro e publicado em março de 2024 pela Companhia das Letras, O Último dos Copistas venceu a categoria de Melhor Romance de Estreia no Prêmio São Paulo de Literatura 2025, entregue na noite desta segunda-feira, 24.

Neste romance híbrido que mescla ensaio e literatura, o leitor se depara com a história de Ângelo Vergécio, um copista do século 16 cuja caligrafia deu origem à fonte Garamond. O livro é descrito como "uma janela para compreender o contemporâneo".

O mineiro Marcílio França Castro, de 58 anos, estreante no gênero de romance, já publicou três livros de contos: A Casa dos Outros, Breve Cartografia de Lugares sem Nenhum Interesse e Histórias Naturais.

Confira a seguir um trecho de 'O Último dos Copistas'

Você que começa agora a seguir estas linhas, que está esticado em um sofá ou sentado à sua mesa de trabalho, ou quem sabe dentro de um ônibus, no banco da janela, com o braço encolhido para não incomodar o passageiro ao lado, você que é leitor assíduo desta revista, ou nem tanto, mas reconhece de longe seu formato extravagante e não dispensa manuseá-la em papel, ou, ao contrário, prefere a tela do celular ou a de um computador, mesmo sabendo que os artigos aqui costumam ser extensos e podem cansar a vista, você, que às vezes fica indeciso sobre a natureza do que está lendo, e se pergunta: afinal, isso é verdade ou invenção, ou apenas uma reportagem esquisita, carregada de ambiguidade, e é essa dúvida que o instiga ainda mais a continuar a leitura; você que vai aos poucos sendo arrastado por estas palavras, e já não se incomoda com o ruído a sua volta, você, mesmo sendo um leitor excêntrico ou disperso, mesmo tendo que parar para limpar o café que acabou de derramar sobre a folha ou expulsar o mosquito que insiste em pousar no meio da página, provavelmente não vai pensar em interromper o percurso, o vaivém folgado dos olhos, para ir a uma gaveta, tirar lá do fundo aquela lupa arranhada e, por distração ou cisma, passar a examinar cuidadosamente, em tamanho ampliado, o desenho que têm as letras aqui impressas, se são duras ou suaves, se fazem curva ou são retas, se permitem respirar, se o miolo é aberto, se o remate é pontudo. Você pode, no máximo, talvez, sentir de modo inconsciente a leveza do tipo, o conforto óptico que ele produz, mas não vai reparar, por exemplo, na cabeça abaulada deste "t" ou na espora arredondada ao pé deste "a". Você continua a ler, consegue até detectar certas minúcias, mas dificilmente saberá que estes caracteres, o modo ventilado com que sulcam o papel, carregam uma herança corporal, longínqua - o traço, a bico de pena e em grego, de um copista que viveu em Paris no século XVI. Esse copista tardio chamava- -se Ângelo Vergécio, provinha de Creta e, por seu talento, tornou-se escrivão oficial, em língua grega, de Francisco I, o rei francês. Foi a elegância de sua caligrafia - aerada, limpa, veloz - que, há quase quinhentos anos, por uma espécie de contaminação, ou afeto tipográfico talvez, acabou impregnando a fonte romana que deu origem a esta Garamond.

Os manuscritos produzidos por Ângelo Vergécio - Ange Vergèce, para os franceses, Angelos Bergikios, para os gregos - e a cultura que gravita em torno deles são o objeto da exposição que acontece até o fim da primavera europeia na Galeria 1 da unidade François Mitterrand da Biblioteca Nacional da França, em Paris. Le Dernier des Copistes [O Último dos Copistas], como a mostra é chamada, reúne cerca de trinta manuscritos da lavra de Vergécio, copiados entre 1535, quando ele vivia em Veneza, e 1568, ano anterior ao de sua morte, em Paris. Há também cartas, livros impressos, alguns mapas e objetos, além de três ou quatro manuscritos de copistas que trabalharam com ele. A maioria dos exemplares pertence ao acervo de manuscritos antigos da Biblioteca Nacional, guardados ordinariamente em sua sede velha, a da rua Richelieu (a poucas quadras do Louvre), mas há também os que vieram por cortesia de outras instituições, como as bibliotecas Bodleiana, em Oxford, do Escorial, na Espanha, e a Biblioteca Estatal de Berlim. De fora da Europa, conseguiram trazer uma peça importante de Harvard. Pouco mais de cem manuscritos copiados por Vergécio sobreviveram até nós, a maioria em papel - vários danificados, outros sem autógrafo, alguns ricamente encadernados. Não é improvável, porém, que, escarafunchando por aí coleções ou estantes empoeiradas, ainda se possa descobrir mais algum.

Do ponto de vista conceitual, a mostra poderia ser entendida como uma continuação de dois outros eventos recentes: o conjunto de homenagens ao tipógrafo Claude Garamond promovidas pelo governo francês em 2011, em razão dos quatrocentos e cinquenta anos de sua morte, e a dupla exposição, organizada em 2014 e 2015 pela própria Biblioteca Nacional, em honra a Francisco I - uma, à figura do rei, a outra, a seus livros. Segundo a curadora, o arranjo não foi calculado, e a escolha de Vergécio, um migrante plebeu na corte francesa, a princípio sem vínculo identitário com o país, não teria nada a ver, ao contrário das anteriores, com o intuito de celebrar personalidades nacionais. Entretanto, quando vejo essa conjunção de personagens tão próximos - Francisco I, Garamond e Vergécio -, os três fincados na mesma cena renascentista e convi vendo em torno dos livros, não posso deixar de pensar numa espécie de trilogia, e no seu propósito subjacente, ainda que involuntário, de interrogar a passagem do mundo manuscrito para o impresso. Mais que isso, me pergunto se não haveria aí o sintoma de uma força mais abrangente, a atração silenciosa que devemos ter por esse século que parece acenar para o nosso, como se sua curiosidade e mobilidade, e seu apetite enciclopédico, fossem uma lembrança de algo que se vive agora, como se, na rede de símbolos e palavras que fazia girar o imaginário daquela época, conectando, por exemplo, um pássaro a uma pedra, a pedra a um espírito, o espírito a uma estrela, se pudesse de repente atar um fio da nossa própria rede, sem dúvida mais promíscua e difusa mas que também navega, já talvez à deriva, entre pedras e estrelas, entre cristais e bichos, humanos e máquinas. Afinal, não é fato que, sedados pela tecnologia e suas armadilhas, já não discernimos mais, em uma confusão maior que a dos antigos, entre documento e fábula, entre ciência, religião e magia, astros e signos, animais e quimeras? Não seriam os fantasmas do século XVI - copistas atrapalhados com uma pena nas mãos - parentes próximos desses que agora rondam a nós, leitores assustados com o fim da página e do papel?

Se não estivesse em reforma, o prédio da rua Richelieu, com seu ar amadeirado e os afrescos italianos, seria talvez o lugar mais indicado para a exposição - a maioria das peças nem precisaria ser deslocada. A opção pela Biblioteca François Mitterrand, entretanto, situada do outro lado da cidade, e que de cara confronta o visitante com um cenário futurista, parece ter acrescentado ao programa, meio por acidente, um prólogo inesperado e destoante.

Mesmo em Paris há dois meses, eu ainda não tinha estado lá. Saindo da praça da Itália, você pode descer a pé até quase o Sena; duas ou três quadras à direita, logo surge a esplanada. Um pátio vasto, retangular, com um prédio em cada ponta, o jardim rebaixado no meio. O vento sopra de todos os lados; há algo de sinistro naquela vaguidão. O único indício de livros parece ser a própria geometria dos prédios, dobrados em L, como um códice aberto. Tabuinhas de madeira cobrem o chão inteiro. A leste e a oeste, há uns painéis de vidro atravessados, escuros; você imagina que, se tateá-los, se tocar no bloco certo, vai descobrir uma parede falsa que te dará passagem para o interior.

O Último dos Copistas

Autor: Marcílio França Castro

Editora: Companhia das Letras (208 págs.; R$ 44 e R$ 19 o e-book)

Apelidada por seguidores de 'Gracyovos' após revelar que comia 40 ovos diariamente, Gracyanne Barbosa transformou a brincadeira nas redes sociais em negócio. A influenciadora revelou a criação da marca GracyOvos, nova linha do alimento granjeiro assinada por ela.

"É um sonho antigo que se tornou realidade! Graças a muito trabalho e aos pedidos de vocês, meus amores", escreveu Gracyanne na legenda da postagem do anúncio. "Estou muito orgulhosa de ver esse projeto nascer e animada pra ver cada um de vocês experimentando. Em breve na sua geladeira! Ovos finos, shape gigante."

O vídeo mostra uma caixa especial com meia-dúzia de ovos estampados com a logomarca da nova "grife" alimentícia. Na descrição de seu perfil, Gracyanne agora se define como "CEO e Diretora Criativa" da GracyOvos, que já tem perfil no Instagram.

As primeiras embalagens de GracyOvos, aliás, já foram enviadas a alguns influenciadores, inclusive Izabela Dolabela Simon, Bruna Unzueta e Patrícia Ramos. "Agora você não tem desculpas pra não OVOluir o seu shape", brincou o influenciador fitness Calebe Dias, conhecido por seus vídeos na academia.

Dieta de 40 ovos

Conhecida por seu corpo musculoso, Gracyanne chocou o público ao revelar que comia 40 ovos por dia para manter a forma. A dieta, aliás, lhe causou incômodo às vésperas do BBB25, quando ela chegou a passar mal por não ter comido a mesma quantidade do alimento antes do confinamento.

No reality, ela diminuiu bastante seu consumo de ovos, que caiu para nove unidades já no primeiro dia do reality. Eventualmente, Gracyanne optou por outros alimentos proteicos dentro da casa, como carne bovina e frango.

Recentemente, ela revelou que já não consome a mesma quantidade de ovos desde a lesão sofrida na Dança dos Famosos. Agora, a quantidade em sua dieta caiu para "10 ou 15, no máximo".

Por enquanto, não foi revelado quando os GracyOvos serão disponibilizados para venda.