Novo ministro da Saúde defende compra de vacinas pela iniciativa privada

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, 8, onde se disse "vacinado contra intrigas". Queiroga, que visitou o Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, elogiou a diplomacia brasileira em busca de vacinas e negou que o Brasil seja uma ameaça internacional por causa do coronavírus. O novo titular da pasta ainda disse ser favorável à aprovação pelo Congresso de aval para a compra de imunizantes pela iniciativa privada.

Após a visita, em entrevista coletiva, o ministro disse ser favorável à aprovação pelo Congresso da compra de vacinas da iniciativa privada. "Uma vez que existe lei, precisa cumprir. Não vou me manifestar sobre decisões do Congresso Nacional. Lei é para ser cumprida. E se houver apoio da iniciativa privada, melhor." A Câmara aprovou nesta semana projeto de lei que permite a empresas comprar imunizantes que não tenham registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas tenham aval de autoridades internacionais.

"Não é o momento de ficar 'ah, porque o privado vai furar a fila', é preciso parar com isso, vamos nos unir", declarou Queiroga. Especialistas têm criticado a proposta e fabricantes afirmam que não pretendem negociar com grupos particulares. Questionado, o ministro reafirmou o compromisso de vacinar um milhão de brasileiros por dia. Queiroga ainda elogiou a diplomacia brasileira, através da qual serão garantidos, segundo ele, insumos para a produção das vacinas, especialmente a partir da China.

Ele também rechaçou o título de "ameaça mundial" que o Brasil vem recebendo devido a sua dificuldade em lidar com a pandemia. "Ele [Anthony Fauci, cientista americano que lidera o combate à covid-19 no país] deve cuidador dos Estados Unidos. Do Brasil, cuido eu", rebateu Queiroga.

O ministro visitou uma ala do Hospital Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em março, na zona norte de Porto Alegre, com 55 leitos para pacientes com covid-19, onde anunciou a autorização para a abertura de novos leitos de UTI no Estado. Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para obrigar a União a reativar vagas de terapia intensiva no Rio Grande do Sul e em mais quatro Estados (São Paulo, Bahia, Maranhão e Piauí).

Já sobre o chamado "tratamento precoce", Queiroga, que é cardiologista, ressaltou que cabe aos médicos a decisão sobre o ministrar ou não medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, comprovadamente ineficazes contra a covid-19. "Os pacientes precisam ser atendidos de maneira pronta e o tratamento compete ao médico, que é um profissional autônomo e a ele cabe decidir o que é melhor para o seu paciente", destacou.

Queiroga também foi perguntado acerca da fala do ministro Onyx Lorenzoni de que Estados estariam retendo vacinas. "Não avalio quem está mentindo ou não. Avalio que as políticas públicas têm que chegar a quem precisa delas. Já me vacinei contra a Covid e intrigas", disse.

Antes de Queiroga, o governador Eduardo Leite (PSDB) classificou como fake news a fala de Onyx. Nesta quarta-feira, 7, o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República utilizou sua conta no Instagram para questionar o porquê de os governadores estarem "retendo" vacinas. "Por que reter vacina? Por que desobedecer a instrução do Ministério da Saúde? E, enquanto o Governo Federal trabalha, você vai ler por aí no pessoal que vive de narrativa que 'o problema é que não tem vacina'", escreveu.

Onyx interpretou um decreto do governo gaúcho, publicado em 01 de abril, o qual estabelece a reserva de 10% das doses produzidas pelo AstraZeneca/Fiocruz para as segundas doses. Estiveram presentes no encontro o governador do RS, Eduardo Leite, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), e os respectivos secretários estadual e municipal de Saúde. Foram apresentados a Queiroga dados sobre a vacinação e as ocupações de leitos em Porto Alegre e no RS.

Em outra categoria

O Prêmio Platino, que destaca filmes e séries ibero-americanos, divulgou sua lista de ganhadores em 2025 neste domingo, 27, no palácio municipal Ifema, em Madri, na Espanha. As produções brasileiras Ainda Estou Aqui e Senna foram premiadas.

O destaque ficou por conta do longa Ainda Estou Aqui, que ganhou nas categorias mais importantes, como melhor filme ibero-americano, melhor atriz (Fernanda Torres) e melhor direção (Walter Salles). Já Senna venceu a categoria de melhor criador de série (Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi, Patrícia Andrade).

Os brasileiros vencedores do Prêmio Platino 2025

Ainda Estou Aqui (melhor filme ibero-americano de ficção)

Walter Salles (melhor direção, por Ainda Estou Aqui)

Fernanda Torres (melhor atriz, por Ainda Estou Aqui)

Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi e Patrícia Andrade (melhor criador de série, por Senna)

Outros indicados brasileiros ao Prêmio Platino 2025

O Brasil ainda contou com outros indicados que não faturaram nenhum prêmio neste ano. Foram eles:

Arca de Noé (melhor animação)

Cidade de Deus - A Luta Não Para (melhor série, minissérie de ficção ou documentário)

Senna (melhor série, minissérie de ficção ou documentário)

Alexandre Rodrigues, o Buscapé de Cidade de Deus (melhor ator de série)

Gabriel Leone, o Ayrton de Senna (melhor ator em série)

Andreia Horta, a Jerusa de Cidade de Deus (melhor atriz em série)

Hugo Bonemer, o Nelson Piquet de Senna (melhor ator coadjuvante de série)

Os ganhadores do Prêmio Platino 2025

Melhor estreia de ficção: El Ladrón de Perros

Melhor filme de animação: Mariposas Negras

Melhor atriz coadjuvante de série: Carmen Maura (Tierra de Mujeres)

Melhor ator coadjuvante de série: Jairo Camargo (Cien Años de Soledad)

Melhor documentário: El Eco

Melhor música original: Alberto Iglesias (La Habitación de Al Lado)

Melhor criador de série: Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi, Patricia Andrade (Senna)

Melhor comédia iberoamericana de ficção: Buscando a Coque

Melhor direção de arte: Eugenio Caballero, Carlos Y. Jacques (Pedro Páramo)

Melhor direção de fotografia: Edu Grau (La Habitación de Al Lado)

Melhor direção de som: Diana Sagrista, Alejandro Castillo, Eva Valiño, Antonin Dalmasso (Segundo Premio)

Melhor direção de edição: Victoria Lammers (La Infiltrada)

Prêmio Platino ao cinema e educação em valores: Memorias de Un Cuerpo que Arde

Melhor ator coadjuvante: Daniel Fanego (El Jockey)

Melhor atriz coadjuvante: Clara Segura (El 47)

Prêmio Platino de honra 2025: Eva Longoria

Melhor ator em série: Claudio Cataño (Cien Años de Soledad)

Melhor atriz em série: Candela Peña (El Caso Asunta)

Melhor roteiro: Arantxa Echevarria, Amelia Mora (La Infiltrada)

Melhor direção: Walter Salles (Ainda Estou Aqui)

Melhor atriz: Fernanda Torres

Melhor ator: Eduard Fernández (Marco)

Melhor série, minissérie de ficção ou documentário: Cien Años de Soledad

Melhor filme iboeroamericano de ficção: Ainda Estou Aqui

Renato Aragão relembrou o dia em que subiu em um dos braços e beijou a mão da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, em entrevista ao Jornal Nacional em ocasião dos 60 anos da TV Globo.

O humorista, conhecido por seu trabalho com o grupo Os Trapalhões, se emocionou ao rever as imagens e explicou o porquê de ter feito o que fez: "Consegui chegar no Rio de Janeiro, fazer sucesso na vida. Daí eu agradecia, mas eu queria simbolicamente estar lá agradecendo a imagem de Deus."

Questionado sobre como resumiria o momento em uma frase, disse: "Obrigado, meu bom Deus. Essa fé não vai acabar nunca. Nem depois que eu for."

Por que Renato Aragão subiu no Cristo Redentor

O eterno 'Didi Mocó' chamou atenção ao 'escalar' um dos braços do Cristo Redentor em 28 de julho de 1991, em ocasião dos 25 anos do grupo Os Trapalhões, no Criança.

Em depoimento ao projeto Memória Globo, há alguns anos, Renato Aragão já havia abordado o tema, negando que o tivesse feito por exibicionismo. "Eu queria ir lá à noite, escondido, com uma lanterna. Mas disse: 'Isso é infantilidade, idiotice'. Tenho que prestar contas ao Ibama, à Cúria, à Igreja. Não pode ir assim."

O comediante também destacou que chegou a beijar os pés do Cristo Redentor durante as gravações do filme Os Trapalhões e o Mágico de Oróz, mas fazia questão de fazer o mesmo nas mãos da estátua.

"Foi difícil conseguir. A nossa chantagem foi que era um programa em benefício das crianças [Criança Esperança]", relembrou, sobre as autorizações.

César Tralli, apresentador e repórter da TV Globo, publicou um texto de despedida do Vaticano após participar da cobertura sobre a morte e o funeral do papa Francisco. Neste domingo, 27, ele fez uma postagem em seu Instagram antes de embarcar em sua viagem na Itália: "Partiu, Brasil!".

"Com as lembranças de tantos abraços, apertos de mão, sorrisos, olhares de afeto e compaixão. A energia boa que vai, volta... Fazer do respeito ao próximo um caminho de paz e tolerância", escreveu.

Em seguida, Tralli concluiu: "Ouvi de uma jovem voluntária de 15 anos, que estava ajudando idosos no funeral do Papa, uma frase que me marcou: 'Não é sobre religião. É sobre ter amor no coração'. Bom domingo, boa semana e muito obrigado pela companhia".