Mineira Paula Oliver lança um belo EP de sambas de roda

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As providências divinas se manifestaram dentro da missa, no instante em que Paula Oliver deixava o posto de cantora sacra e descia alguns degraus para receber do padre a hóstia durante o ritual da comunhão. Ela não tem dúvida de que foi ali o instante em que Deus escreveu certo por passos tortos, fazendo com que uma passada mal colocada a fizesse despencar e romper os ossos do pé em nove lugares. "O que caiu sobre ele?", quis saber o médico. Nada, disse Paula. Nada além de todo o peso que ela carregava além do que deveria. Deus, acredita, a mandou para casa por nove meses para refletir sobre toda a mudança que estava prestes a fazer.

Advogada assistente de juíza em Pouso Alegre, Minas Gerais, mãe de quatro meninas, até então casada, Paula decidiu fazer o que lhe mandavam desde a faculdade, no dia em que os amigos a viram cantar uma canção conhecida na voz de Marisa Monte. "Você está na profissão errada", foi o que mais ouviu. A decisão de se tornar cantora começou a deixar de ser uma escolha depois que a chefe juíza extinguiu seu cargo durante o tempo de licença médica para se recuperar do tombo. Mesmo sabendo que faria a troca da vida estável e de um bom salário pela abnegada luta por aqueles mágicos minutos de palco que nunca ofereciam nada além da sensação de estar viva, Paula foi pra cima.

Como aluna do Conservatório Estadual de Música Juscelino Kubitschek de Oliveira, prestou uma comovente prova de canto interpretando O Bêbado e a Equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, e Gago Apaixonado, de Noel Rosa, ainda em uma cadeira de rodas. O rapaz que a acompanhou ao violão a chamou para fazer mais shows e, então, como ela diz, "a ficha caiu". Músicas foram enviadas para editais, festivais da canção a selecionaram, um programa da TV Record a teve como uma das concorrentes e, um dia, ela assistiu ao show de Ney Matogrosso, Batuque. "Ali, fiquei apaixonada e resolvi montar um grupo de samba para fazer aquele repertório com mais alguns sambas antigos de Synval Silva e Almirante. Foi tudo acontecendo ao mesmo tempo." Tudo mesmo. Ivan Meyer, maestro da Meyer Big Band, viu em Paula uma cantora de jazz e também a chamou para trabalhar com seu grupo.

Paula Oliver entrou 2020 fazendo shows em sua própria casa, uma homenagem a Tom Jobim, até que duas tormentas a atropelaram: a pandemia e o fim do casamento. O desgaste que já havia se intensificou com a decisão de ser cantora. "Eu precisava me amar primeiro, e acabamos nos separando." Separada, quatro filhas, sem o amparo do trabalho, era a música que tinha de virar. Mesmo em casa, ela começou a entrar em contato com os músicos com os quais passou a conhecer.

Chegou aos sambistas do Rio depois de uma tentativa frustrada de falar com Diogo Nogueira e enviou para alguns deles uma primeira composição, muito autobiográfica, chamada Quero Voar. Cello Garcia e Aldecir Jardim devolveram o samba pronto dias depois. "Eu fiquei impressionada, foi tudo muito rápido." E mandaram ainda outro, A Cantada, com arranjos de Milton Mori.

Dudu Nobre foi sua nova tentativa. Paula ligou na coragem para o sambista revelado no grupo de Zeca Pagodinho e teve uma recepção amorosa. "Ele foi muito generoso e acabamos gravando juntos, com todos os instrumentos de cordas tocados pelo Mori. Foi incrível." Eis o ponto de virada. A música de Paula Oliver, uma mulher nascida e crescida no interior de Minas, católica de berço, aparece em um EP com sambas que poderiam ter sido gravados por gente de Madureira ou do Estácio, berços do partido e do samba de roda do Rio. Sua intimidade com a linguagem é surpreendente por ser ela uma novata no meio e suas composições assinadas em parceria são, usando o termo da Lapa dos anos 50, de bambas.

A Cantada, de Aldecir Jardim e Cello Garcia, tem os vocais divididos entre Dudu Nobre e Paula e marca a situação das rodas de sambas, muitas vezes machistas, em que um homem não aceita o não de uma mulher. Militante, mas com bom humor e uma instrumentação envolvente, feita por quem sabe, o samba tem personalidade: "Não adianta que eu não entro nessa / O meu negócio aqui é só cantar / eu agradeço todo seu carinho, mas Duduzinho eu vou só cantar", canta Paula, depois do assédio narrado nos primeiros versos. Mais ágil, Quero Voar, de Aldecir, Cello e a própria Paula, fala de sua vida pré musical: "Você não me permite respirar / Estou passando mal, é um sufoco / Até meu celular quer confiscar / Precisa haver respeito um pelo outro." E vem o coro ao final, com a frase e a melodia que perduram por dias em quem ouve: "Eu não quero gaiola, eu só quero voar / Nas asas de uma andorinha / acompanhada ou sozinha / Vou continuar."

O EP tem ainda Reza Forte, de Dudu Nobre e Xandy de Pilares, com arranjos de Rildo Hora, que mostra mais uma postura de segurança feminina diante das oscilações do pretendente. "Só reza forte pra ter meu amor / Vem devagar, sem papo de caô / Conte com a sorte pra ser vencedor / Só reza forte pra ter meu amor". E Lembranças, do mesmo trio, Aldercir, Cello e Paula, é dolente, partideiro, saudoso de uma paixão. Aos 45 anos, a virada de Paula Oliver é inspiradora e seu samba reflete, na contramão de um mundo doente, a alegria de se estar vivo por mais um dia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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As mortes do ator Gene Hackman e de sua esposa, Betsy Arakawa, provavelmente aconteceram nove dias antes da polícia encontrar seus corpos na quinta-feira, 27. Foi o que disse o xerife Adan Mendoza, do condado de Santa Fe, no Novo México, em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 28.

A investigação, que continua em andamento, chegou a essa conclusão após analisar dados do marca-passo de Hackman. O último sinal do aparelho é de 17 de fevereiro.

A autópsia preliminar indica que Hackman e Arakawa não sofreram trauma externo. A polícia suspeita de duplo homicídio, suicídio, morte acidental ou causas naturais. Nenhuma hipótese está descartada.

Gene Hackman, Betsy Arakawa e um cachorro do casal foram encontrados mortos na última quinta-feira, 27. Eles estavam na casa onde moravam, no estado do Novo México, nos Estados Unidos.

Ao chegar ao local, a polícia encontrou a porta da casa aberta. Betsy foi encontrada no banheiro. Ao seu lado, havia um aquecedor de ambiente e um frasco de comprimidos aberto, com pílulas espalhadas ao redor. Já Gene estava em uma sala separada da residência.

Vitória Strada teve uma longa conversa com Thamiris na tarde desta sexta-feira, 28, no Big Brother Brasil 25. Ela começou a cogitar os nomes que poderá indicar ao Paredão no próximo domingo, 2. A sister deu suas impressões dos brothers e ouviu a opinião da carioca.

Vitória pensou inicialmente em colocar Vilma, que acredita não movimentar a casa, mas Thamiris tentou dissuadi-la ao afirmar que colocar Eva e Renata seria melhor. "A verdade é que eu tenho muitas opções mesmo. Eu posso botar a Vilma", começou Vitória. "Mas entre Eva e Vilma? A Renata é votada pela casa. Entre Eva e Vilma, tu prefere botar a Vilma?", questionou Thamiris.

"Eu estou pensando em pessoas que eu tenho mais certeza de que saem. (...) Se o meu objetivo é botar alguém que eu acho que vai sair, a Vilma é que eu mais tenho achismo de que sai. Porque, gente, ela não... No início, eu achava que podia ser uma opinião só minha, que não estou tão próxima, mas todo mundo tem essa opinião. Ela não conversa com ninguém. Ela não troca com ninguém", explicou a atriz.

E continuou: "Eu fico pensando como telespectador o que eu quero assistir. Eu gostaria de assistir mais a Eva e a Renata do que a Vilma". Ao que Thamiris contra-argumentou: "Eu não gostaria de assistir a Eva e a Renata, não. Elas também não fazem nada. O que elas fazem?".

Thamiris elencou Eva, Renata e Vilma como elimináveis. Sobre Vilma, a carioca disse que ainda acha a participação dela mais bonita, por se tratar de um sonho. "Eu só não gosto do fato dela não conversar muito com as pessoas. Entendo ser uma pessoa fechada, mas eu me esforço muito aqui também. É o meu sonho, é o sonho da minha mãe. Então, tipo assim, eu tenho que viver direito", disse. E falou sobre Eva e Renata: "A nível de jogo, não fazem nada. Qual o 'trelelê' que elas arrumam?" E lembrou de que elas colocaram Mateus no Paredão, que levou à sua eliminação.

Mas Vitória ainda disse: "Eu sei, amor, mas antes disso, quem foi a primeira pessoa que me colocou no alvo de tudo aqui na casa foi a Vilma e o Diogo". Por outro lado, a atriz trouxe outro ponto: "É, mas eu tenho mais vontade de ver a Eva e a Renata no paredão do que a Vilma. Além de que Vilma já foi para o paredão, já perdeu o filho aqui dentro. Tudo bem, já ganhou todos os prêmios possíveis, né? Já ganhou carro, casa, já tá com mais de 600 mil Reais na conta…"

Vitória colocará cinco pessoas na mira na noite desta sexta-feira, 28, e indicará uma ao Paredão no próximo domingo, 2.

Durante uma conversa no BBB 25, na tarde desta sexta-feira, 28, Thamiris levantou a possibilidade de que Renata sentia inveja de Vitória Strada. Segundo ela, Renata sempre admirou o estilo e a aparência da atriz, mas esse sentimento acabou se transformando em ranço.

Vitória Strada afirmou que sentiu que Renata sempre buscou criar conflitos com ela, usando argumentos que, na visão dela, não eram válidos, já que a própria Renata possuía características semelhantes. "Ela me critica por coisas que ela mesma faz", disse a atriz.

Thamiris então sugeriu que a implicância de Renata poderia ter outra motivação: admirar, mas não conseguir demonstrar. "Acho curioso como uma pessoa se incomoda tanto com o outro. Sempre me pergunto: Por que isso está me incomodando? Talvez seja algo que eu gostaria de fazer também", refletiu.

Ela foi além e disse que sempre viu uma 'questão feminina' nessa relação, sugerindo que Renata pode ter sentido uma mistura de admiração e rivalidade com Vitória Strada. "Eu a vi te olhando, olhando de cima a baixo. Acho que ela sempre te achou linda e estilosa, mas isso virou um bloqueio", afirmou.

Thamiris ainda lembrou de um episódio específico, quando Vitória Strada usou uma roupa marrom no último paredão. Segundo ela, Renata e Eva a observaram dos pés à cabeça, mas não fizeram comentários na hora. "No fundo, eu sei que elas gostavam da maneira como você se vestia. Só que na época não tinham capacidade de elogiar", analisou.

Nos últimos dias, no entanto, Thamiris percebeu uma mudança. Ela observou que Renata e Eva começaram a elogiar mais Vitória Strada, o que pode indicar um rompimento dessa barreira inicial. "Talvez agora elas sintam mais abertura para falar. Mas lá atrás, não conseguiam", concluiu.

Mudança na dinâmica do jogo

O comentário de Thamiris ocorre após uma reviravolta na casa, que colocou Vitória Strada no centro das atenções. A atriz voltou do último paredão e conquistou a liderança.

Vale lembrar que a aliança entre Vitória, Camilla e Thamiris não é sólida. As três já brigaram anteriormente, especialmente depois que Camilla se sentiu traída por Vitória e afirmou que não queria mais manter uma aliança. Durante uma discussão acalorada, Camilla chegou a dizer que Vitória mudou seu comportamento no jogo e que isso afetou a dinâmica do grupo.

Apesar disso, Camilla e Thamiris já haviam cantado a bola sobre a possível inveja de Renata e Eva por Vitória Strada. Em uma conversa anterior, Camilla alertou a atriz sobre a dupla. "Elas se incomodam muito com você, ficam muito preocupadas com o que você está fazendo e deixa de fazer", disse. A trancista também afirmou que sentia ranço de Eva, mas que não nutria o mesmo sentimento por Renata.

Na época, Vitória já havia notado o incômodo da dupla, mas disse que desistiu de tentar entender o motivo da rivalidade. "A gente acha que ranço é só implicância, mas não. Tem uma intuição", afirmou.