Festival 'É Tudo Verdade' anuncia os seus vencedores

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Havia, talvez, filmes melhores na competição brasileira do 26º Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, caso do belíssimo Edna, de Eryk Rocha. O júri integrado pelos diretores Sandra Kogut e Daniel Solá Santiago, e pelo professor da ECA/USP Eduardo Morettin preferiu premiar o igualmente bom Os Arrependidos, de Armando Antenore e Ricardo Calil. Outorgou, também, uma menção a Máquina do Desejo - 60 Anos do Teatro Oficina, de Joaquim Castro e Lucas Weglinski.

O outro júri, da competição internacional - integrado por Julia Bacha, Pierre-Alexis Chevit e Ehsan Khoshbakht - , outorgou seu prêmio principal a Presidente, coprodução de Dinamarca/EUA/Noruega, com direção de Camilla Nielsson.

O júri também atribuiu uma menção a Vicenta, do argentino Dario Doria. O anúncio foi feito na plataforma do festival, na tarde deste domingo, 18. Foi o segundo ano em que não apenas a premiação, mas toda a programação foram realizadas online, por conta do isolamento na pandemia.

No ano passado, o É Tudo Verdade deslocou-se do primeiro para o segundo semestre. Neste ano, voltou às datas originais, em abril.

No catálogo, mais ou menos repetindo o que havia dito na conferência de abertura, o diretor/fundador do evento, Amir Labaki, destacou que a covid-19 estava nos obrigando a reinventar nossas rotinas. "Com a inviabilização do prazer comunitário das salas, o festival viu-se alijado de sua essência convivial, mas permaneceu solidário em sua missão, social como cultural."

E acrescentou: "O É Tudo Verdade continuou honrando seu compromisso de destacar anualmente a excelência das novas safras cinematográficas, e também de fomentar o debate de novas ideias e oferecer a seu público uma janela privilegiada para o mundo."

Os Arrependidos retraça um episódio terrível da ditadura militar, quando a máquina de propaganda do regime passou a utilizar as confissões de mea-culpa de ex-guerrilheiros e integrantes da luta armada. Um matou-se, outro enviou uma carta ao então arcebispo, Dom Paulo Evaristo Arns, denunciando as torturas a que foi submetido.

Em uma justificativa, o júri considerou o filme emblemático, atual e desafiador. "Os Arrependidos aceita e propõe o enfrentamento de um momento obscuro da história do País durante a ditadura. Esse encontro com o passado, marcado por uma montagem que contrapõe imagens de arquivo em sua maioria produzidas pelo poder, é marcado pelo estranhamento, reconhecimento, adesão ou indiferença, não deixando testemunhas e espectadores impunes diante das imagens e sons revisitados."

A menção ao documentário sobre o Teatro Oficina valoriza a liderança de José Celso Martinez Correia como guru de um teatro voltado à celebração dionisíaca do corpo, e também na resistência ao poder econômico, em defesa de um espaço cultural essencial da cidade de São Paulo.

Presidente enfoca a campanha do jovem Nelson Chamisa, do Movimento pela Mudança Democrática, contra a União Nacional Africana do Zimbábue, que vinha controlando o país desde a independência, em 1980. A justificativa do júri: "Com uma onda de imagens relevantes, impecavelmente montadas para nos levar a um país que parece estar a caminho de sua primeira eleição democrática, após anos de ditadura, o filme transforma uma manchete do noticiário das 8 em uma realidade sentida e vivida pelo povo zimbabuano."

Pela segunda vez consecutiva, e com poucos meses de diferença, o É Tudo Verdade conseguiu reinventar-se como grande janela do documentário no Brasil, e na América Latina. Durante dez dias, de 8 a 18, o festival apresentou 70 filmes de 23 países, incluindo longas, curtas e médias.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.