Prêmio Jabuti faz homenagem a Ignácio de Loyola Brandão e quer ser mais inclusivo

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Com um novo curador para sua 63ª edição, o editor Marcos Marcionilo, o Prêmio Jabuti anunciou nesta quinta-feira, 6, mudanças no nome de seus eixos e descontos de 10% no primeiro mês de inscrição. Ignácio de Loyola Brandão, escritor, imortal da Academia Brasileira de Letras e cronista do Estadão, será a Personalidade Literária do Ano.

"Esse convite justifica minha obra, salva minha história e, em certa medida, minha própria vida", disse Loyola Brandão, autor de obras icônicas como Zero e Não Verás País Nenhum e vencedor de cinco Jabutis ao saber da homenagem, ao saber da homenagem.

O Jabuti continua com 20 categorias, mas o eixo Livro passa a se chamar Produção Editorial e o eixo Ensaio ganha o nome de Não Ficção. Podem concorrer obras publicadas no Brasil em 2020. A divulgação dos finalistas será feita em duas etapas, em novembro. Também em novembro será realizada a cerimônia de premiação que, segundo os organizadores, já está confirmada como online. O vencedor ganha R$ 5 mil e o autor do Livro do Ano leva R$ 100 mil.

Ao lado de Marciolino na curadoria estão Ana Elisa Ribeiro, Bel Santos Mayer, Camila Mandrot e Luiz Gonzaga Godoi Trigo. Outra mudança anunciada, sutil, mas importante, é que agora, no regulamento, constam escritores e escritoras, ilustradores e ilustradoras, e por aí vai, e não mais apenas no masculino. Critérios de gênero e raça também foram aperfeiçoados.

"Vimos, passados 62 anos, o quanto tem sido importante, para todas as políticas, nós sabermos quem somos, qual é a nossa cor, raça, etnia e gênero", comenta Bel Santos Mayer, educadora social e nome importante na discussão de criação de bibliotecas comunitárias e acesso à leitura. Gênero, como ela ressalta, já estava presente como uma categoria aberta, mas isso dificultava análises de autoria. "Este ano aparecem também homem cis, mulher cis, homem trans, mulher trans, travesti, pessoa não binária e outro."

"No quesito cor e raça, optamos pelas categorias do IBGE, pelas possibilidades que elas nos dão de analisar os vários conjuntos populacionais. Vai ser a primeira vez que vamos coletar esses dados e poderemos fazer uma discussão bastante consistente sobre autoria indígena e negra, por exemplo. É um passo importante", comenta Bel.

Marcos Marcionilo acredita que esses dados vão poder orientar também ações editoriais. "A atenção a essa classificação não é ceder a um modismo, mas buscar posições diante das questões que nós temos e o Jabuti, tendo tantas inscrições, pode ser uma mostra significativa", disse.

No ano passado, o prêmio recebeu 2.600 inscrições. Este ano, Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro, que promove o Jabuti, espera 3 mil. "E esperamos um Jabuti muito mais diverso, pegando todos os pensamentos", comentou.

O júri é indicado pelo conselho curador, mas também por chamada pública, aberta até o dia 6 de junho no site do prêmio.

Outras duas mudanças foram feitas no regulamento. Antes, a editora do melhor livro brasileiro publicado no exterior ganhava apenas a estatueta. Agora, se ela for membro do projeto Brazilian Publishers, da Câmara Brasileira do Livro e Apex, ela ganha uma bolsa de tradução no valor de R$ 5 mil. Se ela não for membro, ganha uma anuidade e pode participar de todas as ações do projeto, cujo objetivo é divulgar e exportar a produção editorial brasileira.

Além disso, na hora da inscrição, que é digital, será possível anexar, além do arquivo do livro, materiais complementares, como fotos e vídeos, que ajudem na avaliação do objeto.

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O comediante Fabio Porchat e sua namorada, a também humorista Priscila Castello Branco, posaram nus para uma foto durante uma viagem nesta segunda-feira, 3. No Instagram do apresentador, o casal compartilhou o momento em uma praia paradisíaca.

"Nossa fantasia do carnaval: Adão e Eva no Paraíso!", escreveu Porchat. Na publicação os dois aparecem pelados, mas as regiões genitais de ambos estão cobertas por conchas brancas.

Na mesma publicação, Porchat também aproveitou para celebrar a vitória brasileira no Oscar. "O Oscar é nosso!", escreveu, ilustrando a comemoração com uma foto sua nadando na praia.

Neste domingo, 2, o Brasil conquistou o primeiro Oscar de sua história. O longa Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, faturou o prêmio de Melhor Filme Internacional. A obra ainda concorria nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz, mas acabou sendo preterida por Anora.

O longa Anora foi o grande vencedor do Oscar 2025, faturando cinco estatuetas na noite deste domingo, 2 - Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Edição e Melhor Roteiro Original.

Na trama, A jovem stripper Anora (Mikey Madison) conhece o filho de um oligarca russo e engata um improvável romance. Após um casamento impulsivo em Los Angeles (EUA), a família de Ivan Zakharov (Mark Eydelshteyn) retorna para os Estados Unidos com um único objetivo - anular a união entre o casal.

O filme de Sean Baker, que escreveu, dirigiu e editou a obra, é um conto de fadas às avessas. O longa, que também ganhou a Palma de Ouro em Cannes, subverte a história da Cinderela para falar sobre as falhas do Sonho Americano.

A produção está em cartaz nos cinemas brasileiros desde 23 de janeiro deste ano e, após as vitórias no Oscar, deve permanecer por mais algumas semanas. Ainda não há uma data prevista para a chegada do filme aos serviços de streaming.

Bruna Marquezine surpreendeu os brasileiros ao marcar presença no Oscar 2025, na noite de domingo, 2. A atriz, que estrelou Besouro Azul, revelou em entrevista à TNT e Max que foi convidada diretamente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, organizadora da cerimônia.

O Brasil teve um momento histórico na premiação com Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, que levou o prêmio de Melhor Filme Internacional, trazendo o primeiro Oscar brasileiro.

Nesta segunda-feira, 3, Bruna compartilhou fotos da noite especial e celebrou o reconhecimento do cinema brasileiro. "Sorriam! Nós vamos sorrir!", escreveu a atriz, fazendo menção a uma fala marcante de Eunice Paiva no filme.

Marquezine ainda destacou a emoção de estar no evento e ver o Brasil conquistar seu primeiro Oscar. "Estar cercada por pessoas que me inspiram profundamente e ver meu País, nossa cultura, nossas histórias e artistas receberem o reconhecimento que merecem encheu meu coração de gratidão, amor e esperança", declarou.

Além de agradecer à Academia pelo convite, a atriz também fez um elogio especial à estilista Donatella Versace e à equipe da grife, responsáveis por seu vestido para a ocasião. "Obrigada por fazerem meu vestido dos sonhos. A peça mais linda que já usei."

Bruna ainda parabenizou a equipe do filme, incluindo Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello, reforçando o orgulho pela conquista brasileira. "A vida presta!", concluiu a atriz em sua publicação, repetindo frase dita por Fernanda Torres.