Diane Keaton e Jeremy Irons estão em 'Amor, Casamento & Outros Desastres'

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Pareceu piada quando O Paizão (1999), fenômeno de bilheteria com arrecadação global de US$ 234 milhões, passou a ser tratado como cult nas listas de muitos críticos do mundo todo, sendo citado até entre as predileções de cineastas de prestígio como Paul Thomas Anderson (de Magnólia). Mas, quando se trata dos feitos do diretor e ator Dennis Dugan, realizador deste hoje adorado sucesso com Adam Sandler, tudo o que se assemelha a uma "pegadinha" vira verdade.

Até o improvável encontro de estrelas do quilate de Diane Keaton e Jeremy Irons em uma história de humor e amor dirigida por ele materializa-se como potencial blockbuster em suas mãos - afinal, ele passou as últimas duas décadas dirigindo Sandler. Love, Weddings & Other Disasters, traduzido literalmente aqui como Amor, Casamentos & Outros Desastres e que estreia nesta quinta-feira, 20, no Brasil, é o trabalho mais ambicioso do cineasta de 74 anos, que fez parte (essencial) da infância de muita gente após ter dirigido O Pestinha (Problem Child, 1990). O modo como ele recebeu o "sim" dos estúdios da Universal para dirigir as aventuras do peralta Júnior (Michael Oliver), há 31 anos, já valeria um filme.

"Sou ator desde que me entendo por gente e, já no final dos anos 1980, o máximo que eu havia dirigido era para televisão, como episódios da série A Gata e o Rato", conta. "Recebi uma ligação me oferecendo para ler um roteiro de cinema que, àquela época, ninguém parecia querer dirigir. Nunca corri atrás de longas-metragens por acreditar que não era capaz disso. Mas li e fui a uma reunião com executivos que me perguntaram, de bate-pronto: 'Você pode tornar esse troço engraçado?

Prove que você pode tornar isso em algo bem maluco'. Sei lá como aconteceu, mas, quando percebi, eu havia subido na mesa de reuniões do estúdio, andando em meio ao cafezinho de uma turma de engravatados poderosos, dizendo 'Posso fazer isso ficar maluco, sim'. Desci da mesa. Fui embora pensando: 'Pronto, acabou, estou acabado'. Uma semana depois me ligaram e o filme era meu. Dali, não parei mais", conta Dugan por telefone ao Estadão, feliz pelas boas resenhas que Amor, Casamentos & Outros Desastres vem recebendo em outros países.

Nessa comédia romântica, o cineasta usa tudo o que aprendeu ao longo de quatro décadas como realizador para injetar sofisticação plástica às cartilhas da comédia romântica, em um filme sobre pessoas que se trombam em meio à busca pela paixão. Logo no início da trama, Jessie (Maggie Grace), famosa por destruir relacionamentos, tem uma chance de se redimir e ainda encontrar um amor. Ao mesmo tempo, o solteirão Lawrence (Irons, em uma atuação em estado de graça), especialista na produção de festas de casamento, tem um encontro com Sara (Diane), uma deficiente visual cheia de alegria. A trama conta ainda com um guia de turismo, Capitão Richie (Andrew Bachelor), que vai se encantar por uma Cinderela pós-moderna. A cada situação envolvendo esses personagens, Dugan afina a ironia que lhe deu fama em Hollywood.

"Se você souber escolher um bom fotógrafo, tudo num filme dá certo, sobretudo se for rodar em uma cidade como Boston, que tem uma luz natural linda. Nick Remy Matthews fotografou este meu novo filme buscando tudo o que a paisagem à nossa volta tinha de mais bonito, incorporando o lirismo que a gente buscava", diz o cineasta, dizendo que a boa química com Irons e Diane se deve à sua vasta experiência como ator, iniciada em 1971.

"Como atuo há anos, conheço bem toda a angústia pela qual atrizes e atores passam para criar personagens sob holofotes ligados. Isso faz com que eu não me pareça com um chefe e, sim, outro colega de cena. No caso desse filme, enviei o roteiro para Diane sem qualquer expectativa. No dia seguinte, ela me disse 'Sim'. Aí, resolvi chamar Jeremy, já esperando um 'não'. Quando disse que ele contracenaria com Diane, ouvi: 'Se ela vai fazer, conte comigo. Estou dentro'. Nem acreditei."

Esbanjando humildade em sua maneira de lidar com sua trajetória como cineasta, Dugan deu à comédia cifras de fazer qualquer executivo hollywoodiano rir de orelha a orelha, como é o caso de Zohan: O Agente Bom de Corte (2008), cuja receita beirou US$ 204 milhões; a franquia Gente Grande (2010 e 2013), cuja bilheteria beirou os US$ 475 milhões; e o super-reprisado na TV Esposa de Mentirinha, que somou US$ 214 milhões com a venda de ingressos. O segredo do veterano diretor para fisgar o olhar e a gargalhada dos espectadores é a alquimia perfeita que desenvolveu com Adam Sandler ao longo dos anos. Aliás, ele foi um dos primeiros cineastas a dar uma chance para o mais popular comediante na ativa nos EUA desde o fim dos anos 1990.

"Sandler ainda não tinha estourado na TV nem no cinema quando eu conheci seu trabalho e vi o quão talentoso ele é. Seu grande diferencial está na habilidade única de trabalhar em equipe, a mesma equipe há duas décadas ou mais", comenta. "Ele escreve, produz e atua, tendo sempre as mesmas pessoas ao seu lado, trabalhando com muita lealdade, controlando cada etapa do processo da indústria audiovisual. É um autor pleno. Mas, quando o conheci nos palcos e percebi essa força, custei para convencer as pessoas de sua potência. Lembro de tê-lo levado a diversas reuniões com estúdios para que apostassem em seu potencial. Cheguei a oferecer o nome dele e o de outro então novato, um tal Jim Carrey, para um mesmo projeto, mas nenhum dos dois foi aproveitado. Eu me envolvi com outros projetos e não estive mais com Sandler, nem com Carrey. Isso foi no começo da década de 1990. Um dia, acho que em 1995, recebi uma ligação com o convite para dirigir um filme chamado Um Maluco no Golfe. Disseram que o protagonista queria muito que eu dirigisse. Perguntei quem seria o astro. A resposta: 'Um cara chamado Adam Sandler'. Daí, a gente não se largou mais", continua Dugan, que faz uma participação em cena em Amor, Casamentos & Outros Desastres.

"Gosto muito de aparecer na frente das câmeras. E agora acredito que é o momento de eu voltar a me dedicar ao trabalho como ator. Quero atuar mais."

Em seus planos, Dugan sabe que tem um inimigo pela frente: "A correção política vem tornando tudo muito chato na comédia. É preciso respeitar todas as diferenças, sempre, é claro, mas há que se encontrar alguma forma de ainda ser irônico - sem perder, logicamente, o cuidado".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Chico Rubens Paiva, neto de Eunice e Rubens Paiva, compartilhou os bastidores da vitória histórica de Ainda Estou Aqui neste domingo, 2, durante a cerimônia do Oscar. O longa de Walter Salles venceu na categoria de Melhor Filme Internacional e faturou o primeiro Oscar da história do Brasil.

Em sua conta no Instagram, o executivo postou uma sequência de fotos que mostra Fernanda Torres, Walter Salles e demais membros da equipe do longa celebrando a conquista. A imagem de destaque, no entanto, mostra o neto ao lado de sua tia, Nalu Paiva. No longa, a filha de Eunice e Rubens foi interpretada por Bárbara Luz.

"A última sequência de uma noite incrível. E não poderia ser diferente: nós, em família", escreveu. Chico é filho de Vera Paiva - interpretada por Valentina Herszage no filme - e o neto mais velho de Eunice e Rubens.

Ainda na rede social, ele também postou um vídeo do momento em que a vitória de Ainda Estou Aqui foi anunciada no Dolby Theatre. "Viva a democracia, viva o cinema brasileiro!", escreveu.

Por fim, o neto de Eunice ainda publicou uma série de vídeos que mostram os bastidores após a premiação. Nela, podemos ver Adrien Brody andando com seu Oscar, Fernanda Torres conversando com Mikey Madison e Walter Salles tirando uma foto com Gints Zilbalodis.

Adrien Brody entrou para a história do Oscar mais uma vez, mas não foi apenas por sua atuação. Na cerimônia de 2025, realizada no último domingo, 2, o ator bateu o recorde do discurso mais longo já feito em um agradecimento na premiação, com um total de cinco minutos e 40 segundos. O título pertencia a Greer Garson, que, em 1943, falou por cinco minutos e 30 segundos ao vencer por Rosa da Esperança.

Brody conquistou a estatueta de Melhor Ator por sua interpretação do arquiteto húngaro-judeu László Tóth em O Brutalista. Ao subir ao palco do Dolby Theatre, em Los Angeles (EUA), ele não se preocupou com o tempo regulamentar de 45 segundos e aproveitou a ocasião para abordar temas como antissemitismo, racismo e a fragilidade da carreira artística.

"Estou aqui, mais uma vez, para representar os traumas persistentes, as repercussões da guerra, da opressão sistêmica, do antissemitismo, do racismo e da exclusão. Oro por um mundo mais saudável, feliz e inclusivo", afirmou durante o discurso.

O ator ainda relembrou sua primeira vitória no Oscar, em 2003, quando levou o prêmio por O Pianista e teve sua fala interrompida pela música de encerramento. Desta vez, ao ouvir os primeiros acordes que indicavam o fim do tempo, reagiu rapidamente: "Desliguem a música! Eu já fiz isso antes. Não é meu primeiro rodeio, mas serei breve".

Ao final de sua fala, Brody agradeceu pelo reconhecimento e deixou uma mensagem de união e esperança. "Vamos lutar pelo que é certo, continuar sorrindo, amando uns aos outros e reconstruindo juntos. Obrigado".

O carnaval de Salvador foi palco de um desentendimento entre Daniela Mercury e Tony Salles na madrugada desta terça-feira, 4, no circuito Dodô (Barra-Ondina). A cantora reclamou publicamente da proximidade do trio elétrico do cantor, que interferiu na qualidade do som de sua apresentação.

A situação aconteceu por volta da 1h, quando Daniela interrompeu a música Maimbê Dandá e encarou o trio de Tony Salles antes de se manifestar. "Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu Tony? Respeite que não sou moleque, rapaz. Ficou feio, viu bicho", reclamou a cantora.

O marido de Scheila Carvalho, por sua vez, respondeu sem citar o nome da artista. Ele explicou que seu trio precisou acelerar o percurso por causa de atrasos na programação.

"A gente está um pouco corrido hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa", disse ao público.

O cantor também criticou a retenção dos trios ao longo do circuito e mencionou que ainda tinha um show para realizar em um camarote na mesma noite. "O trio precisa andar. Foi feito para andar. A gente precisa se respeitar, não é porque sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar", afirmou.

O Estadão procurou a assessoria de Tony Salles, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação. Já a equipe de Daniela Mercury informou que o posicionamento da cantora está no depoimento escrito por sua esposa, Malu Verçosa. Leia na íntegra:

"Sou da época do encontro de trios, da festa da música no Carnaval de Salvador, da magia da percussão e da nossa cultura. Mas a cena que vi no desfile dessa segunda no circuito Barra Ondina foi de desrespeito, principalmente com o público, mas também com a minha artista. O cantor Tony Salles chegou atrasadíssimo no Farol da Barra e o fiscal nos pediu para passar na frente já que estávamos prontos. Passou o artista Guga Meira e em seguida Daniela, tamanho o atraso dele. Aliás é assim que tem que ser para o carnaval não parar e não atrasar o desfile. Registre-se que seguimos o fluxo do desfile respeitando a distância do trio da nossa frente. O trio do cantor Tony Salles veio colado no nosso trio a partir do Cristo da Barra até Ondina, atrapalhando o desfile ao ponto de fazer Daniela parar de cantar em alguns momentos. Ao ponto da Band noticiar isso (que vergonha). E ele justifica dizendo que estava atrasado pro show no camarote. Chegasse no horário então. Quem tem compromisso, não atrasa. Coisa feia. E sabe o que é pior? Encerramos o desfile e ele, que estava atrasado, ainda ficou mais meia hora cantando. Respeite a rainha, Tony Salles."