Três linhas voltam a funcionar parcialmente no metrô de SP; rodízio está suspenso

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Os funcionários do Metrô de São Paulo estão em greve desde a 0h desta quarta-feira, 19. A operação foi afetada nas linhas 1 - Azul, 2 - Verde, 3 - Vermelha e 15 - Prata. As linhas 4 - Amarela e 5 - Lilás do Metrô, os trens da CPTM e os terminais de ônibus que funcionam junto às estações estão operando normalmente. O rodízio de veículos foi suspenso.

A previsão é que paralisação dure 24h. A decisão de entrar em greve foi tomada durante assembleia da categoria nesta terça-feira, 18, após as negociações com o governo estadual não terem avançado na última semana.

Segundo o Metrô, três linhas voltaram a operar em alguns trechos às 6h55m com a frota e o itinerário bastante reduzidos. A linha 1 - Azul estava funcionando entre as estações Ana Rosa e Luz, a 2 - Verde entre Alto do Ipiranga e Clínicas e a 3 - Vermelha entre Bresser Mooca e Santa Cecília. A linha 15 - Prata continua totalmente parada por volta das 10h30. O rodízio de veículos, que estava funcionando das 21h às 5h, foi suspenso na capital.

O Metrô também disse que o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) foi acionado e a partir das 4h desta quarta-feira - 163 ônibus começaram a atender nas linhas afetadas. Às 8h25min a frota foi ampliada para 315 coletivos. As viagens são gratuitas.

A SPTrans disse que pediu às concessionárias de ônibus para aumentarem o número de partidas em todos os horários. As empresas também devem manter em circulação toda a frota de coletivos ao longo de toda a operação, nos horários de pico da manhã, entrepico e pico da tarde. Além disso, 25 linhas de ônibus que ligam os bairros às estações de metrô tiveram seus percursos prolongados até a região central, sendo 19 na linha 1 - Azul e seis na linha 3 - Vermelha.

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que todas as sete linhas da empresa funcionam normalmente nesta quarta-feira. Já nas estações em que há transferência para o metrô, o acesso ocorre apenas nos locais onde há operação: Luz (Linhas 7-Rubi e 11-Coral) e Brás (Linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira). Nas demais estações onde há transferência o acesso permanece fechado.

Justiça

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) conseguiu uma liminar da Justiça do Trabalho determinando que pelo menos 80% da frota opere durante os horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais horários, sob pena de R$ 100 mil diários. O Sindicato do Metroviários disse à reportagem que "a greve é geral" e não há previsão para o cumprimento da decisão.

Em entrevista à rádio Eldorado, o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, disse que apenas 15% dos funcionários do Metrô estão trabalhando. O porcentual é composto por metroviários que não aderiram à greve e por integrantes do plano de contingência. "Aqueles que desrespeitarem a norma e a decisão judicial (que determina a operação de parte da frota) podem ser demitidos", afirmou.

Reflexos

Acostumada a utilizar o metrô por ser mais rápido, a jornalista Vanessa Barbosa, de 49 anos, que mora no Piqueri, na zona norte de São Paulo, foi de ônibus para o trabalho nesta quarta-feira. Por ser ainda 5 horas da manhã, o coletivo não estava cheio.

"Como sabia da greve, optei por vir de ônibus, mesmo gastando mais tempo. Quando passei na porta da estação Anhangabaú do Metrô, a que desço, estava com os portões fechados", disse Vanessa, que seguiu viagem de ônibus até o trabalho que fica no centro da cidade.

Diante da pandemia, ela demonstra preocupação com aglomerações que a greve dos metroviários pode provocar. "É arriscado porque os metroviários tomaram vacina, mas a maioria da população não. É um direito deles, mas poderia haver mais empatia nesse momento", avalia a jornalista.

Já a gerente de Recursos Humanos Marcela Nishio, de 36 anos, saiu de casa nesta quarta-feira às 7h. De carro, gasta em média uma hora da residência no Carrão, na zona leste, até o escritório do trabalho localizado no bairro Socorro, na zona sul da cidade. "Com a greve dos metroviários, o tempo no trânsito foi o dobro. Gastei cerca de duas horas. Muito trânsito, principalmente na Radial Leste", disse Marcela.

Para evitar transtornos na volta, a gerente de RH já se programou para sair mais cedo. "A volta deve ser ainda mais difícil. Vou sair 14h, geralmente saio às 18h", afirmou.

Mesmo não indo de transporte público, Marcela critica a greve, que provoca aglomerações e mais risco de pessoas serem infectadas pelo novo coronavírus. "O fato é que não estão pensando na população que depende do meio de transporte para trabalhar nem se preocuparam em pensar que uma atitude como essa gera mais aglomeração. Vi muito pontos lotados, no caminho, lotação nos ônibus. Desespero em pensar que estamos crescendo na sobrecarga de internações dos hospitais, que talvez tenha uma terceira onda e que São Paulo possa parar de novo. Essa paralisação veio em um péssimo momento. Com certeza irá contribuir para mais pessoas terem covid-19", disse.

No Twitter, a hashtag #MetroSP ficou entre os assuntos mais comentados no início da manhã. Usuários estão usando a rede social para compartilhar informações sobre a greve e se dividem entre apoiar e reclamar do movimento.

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Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A informação foi confirmada pela família nas redes sociais e pelo hospital onde estava internada.

A garota teve morte encefálica e sofreu diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias. Millena teve diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

Por conta de dores de cabeça e no corpo, a atriz precisou ser hospitalizada.

O boletim médico do hospital desta sexta-feira afirma a menina deu entrada em "estado gravíssimo" no dia 29, transferida da Unidade de Pronto Atendimento Maria Antonieta (UPA). "Desde a sua chegada, a paciente recebeu cuidados intensivos e todo o empenho da equipe médica e assistencial, que não mediu esforços para preservar sua vida", afirma a nota assinada por Thiago Rizzo, gerente médico.

Segundo o SBT, ela chegou a ser diagnosticada com dengue, mas, após uma piora no quadro, os médicos realizaram outros exames e identificaram a presença de um tumor no cérebro de cinco centímetros, informou o SBT. Ela estava entubada, sedada e sem respostas neurológicas.

A situação de Millena se agravou durante esta semana. Ela seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A família começou uma vaquinha na internet para ajudar no tratamento da menina. No início da noite, no entanto, postou nos stories da conta de Millena do Instagram a frase "nossa menina se foi".

O caso causou comoção nas redes sociais, principalmente pela menina ter tido diversas paradas cardíacas. Depois da morte, milhares de pessoas deixaram condolências em mensagens no perfil de Millena.

Trajetória

No SBT, onde atuava desde 2023, Millena participou da novela A Infância de Romeu e Julieta, e estrelou também a série Sintonia, da Netflix. Ela registrou o início de sua carreira na TV: "E o sonho se tornou realidade", escreveu.

Além de atriz, Millena era modelo e influenciadora digital, e havia feito diversos trabalhos publicitários com marcas infantis. No Instagram, dizia também integrar a companhia de teatro musical Cia Artística En'Cena.

A atriz mirim Millena Brandão está internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade de São Paulo após sofrer sete paradas cardíacas.

Os médicos localizaram uma massa no cérebro dela, mas ainda não confirmaram se trata-se de um cisto ou de um tumor. A mãe está usando as redes sociais da criança para divulgar notícias sobre o caso e pedir orações.

Millena Brandão tem 11 anos de idade e mora em São Paulo. Além de trabalhar como atriz, ela também é influenciadora digital e modelo.

Seu trabalho como modelo começou em 2020 e já participou de algumas campanhas publicitárias.

Nas redes sociais, ela conta com mais de 155 mil seguidores. No Instagram, ela compartilha sua rotina e registros de seu trabalho como modelo.

Em 2023, ela registrou o início de sua carreira no SBT. "E o sonho se tornou realidade", escreveu. Millena fez parte do elenco de figurantes da novela A Infância de Romeu e Julieta, da emissora de Silvio Santos, e trabalhou também como figurante na série Sintonia, da Netflix.

Entenda o caso

Millena foi levada ao Hospital Geral de Grajaú no início da semana depois de reclamar de fortes dores de cabeça. Os médicos então localizaram uma massa no cérebro, mas ainda não confirmaram se trata-se de um cisto ou de um tumor.

A mãe da menina, Thays Brandão, disse ao Portal Leo Dias que a família aguarda a situação se estabilizar para tentar levá-la à casa de saúde na zona oeste paulistana. O Estadão entrou em contato com Thays e aguarda novas informações sobre o estado de saúde de Millena.

No Instagram, a mãe da atriz mirim divulgou uma vaquinha online para que a família consiga arcar com os custos de sua internação.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A situação de Millena se agravou durante a semana. Ela seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu as paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A prefeitura do Rio de Janeiro estima um público de 1,6 milhão de pessoas para o show gratuito de Lady Gaga neste sábado, 3. E quem passa em frente ao Copacabana Palace não duvida. Afinal, os "little monsters" tomam conta da calçada em frente ao hotel desde que a artista chegou ao País, na esperança de uma rápida aparição ou de um aceno. Mas de onde vem o apelido usado carinhosamente para se referir aos fãs de Gaga?

A ideia de monstros veio à tona enquanto Gaga trabalhava em seu segundo disco, The Fame Monster, de 2009, que é uma expansão do álbum de estreia, The Fame. Na época, a cantora começou a desenvolver o conceito para descrever seus próprios medos, e aos poucos passou a chamar os fãs de "little monsters" (ou monstrinhos) durante as apresentações da turnê.

A própria estética do álbum explorava a ideia de figuras grotescas e monstruosas para representar os problemas que vinham junto à ascensão à fama. Por isso, o termo caiu no gosto popular, e os fãs aderiram.

Em entrevista concedida à revista W Magazine, Gaga explicou como a ideia surgiu. "Eu nomeei meus fãs de 'little monsters' porque eles eram tão ferozes nos shows, e eles gritavam tão alto. Eles se vestiam com roupas maravilhosas e se divertiam muito celebrando a música."

Com a adesão, o termo ganhou algumas expansões, e a própria artista passou a ser chamada de "mother monster" (ou mamãe monstro) após um fã usar o termo durante um show da turnê Monster Ball em Chicago, em 2010. A cantora gostou tanto que aderiu ao apelido e passou a utilizá-lo para se descrever.

Outro detalhe que vem junto à temática monstruosa é o cumprimento usado pelos "little monsters". Você já viu algum fã de Gaga com as mãos em formato de garra?

O gesto também é usado para identificar o grupo de fãs da cantora. No clipe de Bad Romance, de 2009, parte da coreografia envolve os dançarinos erguendo as mãos com o dedos levemente curvados para dentro, como se estivessem replicando o formato de uma garra. A ideia rapidamente foi aderida. Por isso, o termo "paws up" (ou patas para cima) passou a ser utilizado quando os fãs de Gaga queriam cumprimentar um ao outro ou concordar com algo.

A apresentação gratuita de Lady Gaga em Copacabana, parte do projeto Todo Mundo no Rio, está marcada para começar às 21h45, e terá transmissão na TV Globo, no Globoplay e no Multishow.