Estudantes de Direito da FGV lançam manifesto contra 'massacre' no Jacarezinho

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Os estudantes do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito da Faculdade Getulio Vargas (FGV) em São Paulo divulgaram manifesto em repúdio ao "massacre" do Jacarezinho, que deixou 28 mortos na favela localizada na zona norte do Rio no início do mês. A ação das forças de segurança provocou protestos e indignação até fora do País.

No texto, os alunos afirmam que as justificativas da operação não se sustentam e destacam a necessidade de investigação do caso, evitando "eufemismos e malabarismos retóricos que ajam para minimizar ou naturalizar a violência e a gravidade do ocorrido".

'Execução'

O manifesto sustenta que deve-se falar em "execução" no caso, citando denúncias de familiares e relatos de moradores da comunidade. Segundo o texto, "transparece" a incompatibilidade da operação policial com o que determina a Constituição, "para a qual matar - quem quer que seja, criminoso ou não - é uma impossibilidade jurídica". "A pretexto de um suposto bem comum - o combate ao tráfico de drogas -, operacionaliza-se o aparato bélico estatal para ceifar vidas", registra o documento.

Os mestrandos e doutorandos de Direito da FGV ressaltam ainda que a "guerra às drogas não só é ineficaz para combater o tráfico de drogas como, na verdade, resulta na banalização da morte de pessoas faveladas, em sua maioria negras".

Além disso, apontam violações reiteradas a direitos fundamentais relacionados à proteção à infância e à adolescência, citando não só a morte de crianças e adolescentes durante as operações, mas também o estresse pós-traumático dos meninos e meninas que tem de conviver com as incursões nas comunidades.

Por outro lado, o manifesto afirma que "policiais são mobilizados como peças descartáveis numa guerra sem fim", citando o racismo estrutural e destacando que "a violência que atinge com mais força os homens jovens e negros também se dirige aos homens negros que integram a polícia". "Não só os policiais negros morrem mais, como são majoritariamente colocados na linha de frente da violência policial".

Um outro ponto destacado são as supostas violações à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que limitou as operações policiais no Rio de Janeiro durante a pandemia. Os estudantes apontam a "falta de justificativa da excepcionalidade" da operação no Jacarezinho.

Uma força-tarefa interinstitucional coordenada pelo Ministério Público Federal defende a abertura de uma investigação independente, com apoio da Polícia Federal, para apurar indícios de abuso policial na operação que deixou 28 mortos na comunidade. O caso ainda motivou a manifestação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que viu indícios de "execução arbitrária" no episódio e pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma investigação sobre o caso.

Em voto apresentado no âmbito de ação sobre a letalidade policial no Rio de Janeiro, Fachin apresentou ainda extenso voto com medidas como a elaboração um plano para controlar violações de direitos humanos pelas forças de segurança fluminenses, e a investigação, pelo MPF, de alegações de descumprimento da decisão que suspendeu a realização de operações policiais no Rio, inclusive as relacionadas à ação no Jacarezinho.

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O principal representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, viajará para Genebra, na Suíça, ainda esta semana, onde terá encontro com seu homólogo da China para discutir questões comerciais, informou o escritório de Representação do Comércio americano (USTR, na sigla em inglês) nesta terça-feira. O comunicado não citou o nome da autoridade chinesa que participará da reunião.

Greer também se reunirá com a missão da Representação Comercial dos EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC). A viagem prevê ainda encontro com a presidente da Suíça, Karin Ketter-Sutter, para discutir negociações sobre comércio recíproco.

"Sob a orientação do Presidente Trump, estou negociando com os países para reequilibrar nossas relações comerciais, a fim de alcançar reciprocidade, abrir novos mercados e proteger a segurança econômica e nacional dos Estados Unidos", disse Greer no comunicado.

"Espero ter reuniões produtivas com alguns dos meus colegas", pontuou.

High in the Clouds, livro infantil de Paul McCartney publicado em 2005, será adaptado em animação com elenco de voz composto por nomes famosos. Os personagens principais serão dublados por Celine Dion, Himesh Patel (protagonista do longa Yesterday) e Hannah Waddingham. A informação é da revista Variety, que também cravou participação do ex-Beatle Ringo Starr no filme.

Idris Elba, Lionel Richie, Jimmy Fallon, Clémence Poésy, Pom Klementieff e Alain Chabat também estão entre os que emprestarão suas vozes à trama de McCartney. O livro foi escrito pelo astro junto do britânico Philip Ardagh, e ilustrado por Geoff Dunbar.

A animação será dirigida por Toby Genkel, de Epa! Cadê o Noé? e O Fabuloso Maurício. O roteiro é de Jon Crocker, de Paddington 2, e o design de produção é de Patrick Hanenberger, de A Origem dos Guardiões.

Ainda segundo a Variety, o filme contará com composições originais de McCartney e trilha sonora de Michael Giacchino, ganhador do Oscar por Up: Altas Aventuras.

A Warner oficializou nesta terça-feira, 6, a sequência de Da Magia à Sedução, clássico cult de 1998 estrelado por Sandra Bullock e Nicole Kidman. O estúdio confirmou o retorno de ambas as atrizes. Akiva Goldsman, um dos roteiristas do filme original, escreve a sequência, que terá direção de Susanne Bier (O Casal Perfeito).

Inspirado no livro de Alice Hoffman, Da Magia à Sedução acompanha Sally e Gillian Owens, duas irmãs bruxas criadas em uma pequena cidade de Massachusetts que tentam quebrar uma maldição ancestral que as impede de encontrar um amor. Além de Bullock e Kidman, o elenco contava ainda com Dianne Wiest, Stockard Channing e Evan Rachel Wood.

Em seu lançamento original em 1998, Da Magia à Sedução não teve sucesso, arrecadando apenas US$ 68,3 milhões nas bilheterias mundiais, valor bem abaixo de seu orçamento, estimado em US$ 75 milhões. Além disso, o filme foi mal recebido pela crítica especializada da época. A produção, no entanto, ganhou status cult após seu lançamento em home video e, mas recentemente, sua chegada ao streaming.

O novo filme adaptará O Livro da Magia, capítulo final da saga de fantasia de Hoffman lançado em 2021. A história mostrará a família Owens voltando para a Europa, onde sua ancestral conjurou a maldição que as afeta há séculos, descobrindo segredos e testando os limites de seus poderes.

A sequência de Da Magia à Sedução estreia em 18 de setembro de 2026 nos Estados Unidos. O filme original está disponível para streaming na Max.