'Três minutos de sol' abre edição online do Festival Amazonas

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A ópera de câmara Três Minutos de Sol, argumento e música de Leonardo Martinelli, libreto de João Luiz Sampaio, abre hoje a às 20 horas a 23ª edição do Festival Amazonas de Ópera, o mais importante e arrojado do país, que, após ter cancelado sua edição de 2020, adota agora fórmulas inovadoras, de produção e repertório.

A ópera de Martinelli - uma das três encomendadas a compositores brasileiros contemporâneos -- será transmitida pelo canal no YouTube do festival. A orquestra em formação camerística, dirigida por Luiz Fernando Malheiro, registrou em Manaus sua parte, que foi enviada a São Paulo, onde os três cantores gravaram já com cenários aqui produzidos.

Três pessoas em isolamento em locais diversos, em suas casas, convivem e se relacionam por meio das mídias sociais. O título Três Minutos de Sol remete ao tempo em que uma delas estaciona, olho grudado na janela, à espera de o sol bater diariamente. As três personagens vivem um triângulo amoroso no qual Laura (soprano Lina Mendes) atua como eixo entre Marcos (barítono Vitor Mascarenhas) e Duda (contratenor Sávio Faschét). Todos cantam como se estivessem lendo em voz alta os textos que trocam entre si, explica Martinelli. A direção de cena é de Julianna Santos.

A ópera é paixão antiga na vida de Leonardo Martinelli, 42 anos, mas concretamente é recente: "Minha primeira ópera, O Peru de Natal, é de dezembro de 2019". Ele já tem pronta Navalha na Carne. E confessa que tem "gostado muito de explorar essa linguagem, sobretudo porque parece a forma mais eficaz de a música moderna ser ouvida por um grande público (e não restrita a concertos e festivais-nicho)". "Por outro lado, a ópera me obriga a não cair nos maneirismos típicos da chamada 'música contemporânea', justamente pela relação que se estabelece com a linguagem teatral." A obra é dedicada ao ex-crítico do Estadão Lauro Machado Coelho (1944-2018).

Programação variada. As outras duas óperas encomendadas pelo festival são O Corvo, de Eduardo Frigatti, animação baseada no poema de Edgar Allan Poe, traduzido por Machado de Assis, que estreia no dia 13; e moto-contínuo, de Piero Schlochauer (dia 20), que conta a história de uma inventora que recebe um pedido para construir um moto-contínuo que leve um homem viajante ao espaço.

Até dia 20 de junho, por quinze dias, 5 recitais, 6 concertos, webinars e master classes acontecerão - tudo online e com acesso gratuito - e envolverão centenas de músicos, cantores e equipes de produção.

Não deixa de ser significativo o fato de o festival de ópera mais importante do país dedicar toda a programação aos músicos e à música brasileira de ontem e de hoje, detalha o maestro Luiz Fernando Malheiro, seu diretor artístico: "A filosofia desta edição é priorizar nossos artistas. Muitos sofreram e foram prejudicados por conta da pandemia e por isso decidimos trabalhar apenas com profissionais brasileiros e também com repertório brasileiro. Teremos obras desde o século 19 até os dias atuais". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Arlindo Cruz está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. O cantor, de 66 anos, foi diagnosticado com pneumonia. A informação foi confirmada por meio de nota oficial publicada no perfil do artista e também compartilhada por sua mulher, Babi Cruz, nesta terça-feira, 29.

Segundo o comunicado, Arlindo permanece clinicamente estável, com sinais vitais preservados, mas recebe cuidados intensivos em razão de sua condição de saúde já considerada delicada. O cantor enfrenta sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico desde 2017, vive com traqueostomia e é alimentado por gastrostomia.

"O caso inspira cuidados redobrados, sendo acompanhado de perto por sua equipe médica", diz a nota. "Agradecemos o carinho, as orações e o respeito de todos os fãs, amigos e da imprensa neste momento."

A última internação de Arlindo havia ocorrido em julho de 2024, quando ele foi hospitalizado para tratar um quadro de bradicardia. Na época, Babi Cruz relatou que o sambista estava em casa e reagia bem à recuperação: "Ele quer viver, ele tem força para viver, ele quer ficar por aqui", disse.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) vai eleger hoje, 30, a partir das 16h, o novo ocupante para a cadeira 7, que era ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro, aos 84 anos.

Ao todo, são 13 concorrentes, incluindo Míriam Leitão, Cristovam Buarque, Tom Farias e Marcia Camargos. O novo ocupante da cadeira deve ser revelado em 30 minutos.

A ABL divulgou também os nomes dos concorrentes às vagas que pertenceram aos imortais Heloisa Teixeira e Marcos Vilaça. Heloisa ocupava a cadeira 30 da Academia. Em abril de 2023, tomou posse como a 10ª mulher eleita imortal. Escritora, crítica cultural e importante nome do feminismo brasileiro, ela morreu dia 28 de março, aos 85 anos.

O advogado, jornalista e escritor Marcos Vilaça morreu no dia seguinte, 29 de março, também aos 85 anos. Ele ocupava a cadeira 26 desde 1985. As eleições para as vagas dos acadêmicos serão nos dias 22 e 29 de maio, respectivamente.

CONCORRENTES

Disputam a vaga que pertenceu a Heloisa o poeta, professor e tradutor Paulo Henriques Britto, e o poeta e compositor Salgado Maranhão. Também estão inscritos Arlindo Miguel, Paulo Roberto Ceratti, Spencer Hartmann Júnior e Eduardo Baccarin Costa.

Entre os inscritos para a sucessão da cadeira 26, que era de Vilaça, estão o advogado, escritor e professor universitário José Roberto de Castro Neves e o escritor, editor, tradutor e historiador Rodrigo Lacerda. Completam a lista Diego Mendes Sousa, Sivaldo Venerando do Nascimento e Evandro Aléssio Rodrigues Pereira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.