Tem vacina da Pfizer? E Janssen? E Coronavac?

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Em frente à UBS Vila Barbosa, no bairro do Limão, zona norte, o eletricista Luiz Carlos Marquezzi, 52 anos, estacionou sua moto e perguntou: "Vocês sabem me dizer onde estão aplicando a vacina da Janssen?". Ele saiu de Barueri com o objetivo de rodar a cidade atrás do imunizante de uma única dose.

No posto de saúde, Marquezzi foi informado que a vacina que estava disponível e sendo aplicada naquele momento era a Astrazeneca. Depois de ouvir de algumas pessoas que escolher o imunizante era impossível e, mais do que isso, uma atitude prejudicial no combate à pandemia, ele até pareceu disposto a rever seus conceitos. Mas...

Morador de Barueri, Marquezzi não pode se vacinar em uma UBS da capital. Se tivesse encontrado algum documento que provasse trabalhar em São Paulo, ele teria sido vacinado. Como não conseguiu provar o vínculo empregatício na cidade, acabou sem nada. Marquezzi, então, pegou sua moto e prometeu continuar procurando... a Janssen.

A tentativa de escolher vacinas por parte da população é um fenômeno bastante visível em diversos postos de saúde. Enfermeiras confirmaram à reportagem que tem sido recorrente flagrar pessoas saindo da fila ao descobrirem não se tratar de uma vacina da Pfizer ou, mais recentemente, da Janssen. Os postos de vacinação não divulgam qual vacina estão aplicando até o momento da própria vacinação ou quando os funcionários das unidades são perguntados sobre o assunto.

A aposentada Neizinha Magalhães, de 73 anos, por exemplo, chegou no portão do posto de saúde e questionou sobre qual vacina estaria sendo aplicada naquele instante. Ao saber se tratar da Astrazeneca virou as costas e foi embora.

"Só vou vacinar com Pfizer, meu filho. Por segurança. Tenho um enfisema e não quero arriscar. Veja o que aconteceu com o Agnaldo Timóteo (cantor e político morto em abril, vítima da covid). Ele tomou duas doses de uma vacina e aconteceu o que aconteceu", falou Neizinha, que aos 73 anos já poderia ter se vacinado há muito tempo. Os profissionais ouvidos nas unidades são unânimes em dizer que aqueles que escolhem vacina estão se colocando em risco e, pior, colocando em risco todo o cronograma de vacinação determinado.

Mas engana-se quem acha que essa procura pela vacina certa está restrita apenas a quem deseja tomar as doses da Pfizer ou da Janssen. Um posto de saúde do Pari teve um sábado de tranquilidade. Enquanto a reportagem esteve por lá, apenas três pessoas apareceram para se vacinar. A enfermeira Ana Caroline Venâncio, 29 anos, explicou que a unidade costuma receber muitas pessoas quando a vacina que está sendo aplicada é a Coronavac.

"Na região, moram e trabalham muitos chineses. O que a gente nota por aqui é que eles, em sua maioria, só querem tomar Coronavac. Aparentemente, eles se sentem mais seguros e confiantes com uma vacina que tem essa ligação com uma empresa chinesa", comentou Ana. Como é impossível saber com antecedência se as doses da Coronavac estarão disponíveis naquele ponto, a enfermeira contou que o mais comum é a pessoa ir embora tão logo descubra não se tratar da "vacina chinesa".

Apesar de um sábado sem filas e com vacina, muita gente perdia a chance de se imunizar. Foi o caso do advogado José Antônio Pedreira, 53 anos, que foi até a UBS, mas preferiu não se vacinar. "Eu já consumi álcool hoje. Então, achei perigoso e deselegante", disse. Pessoas com 53 anos já podem se vacinar há algum tempo.

Já o motorista de aplicativo Andrés Félix, 49 anos, saiu bravo de um posto de vacinação. "Moro em Itanhaém, mas minha vida é no carro, dirigindo. Estou sempre em São Paulo. Acho um absurdo não conseguir vacinar aqui porque não tenho comprovante de residência", reclamou.

Também foi muito comum encontrar pessoas de 45 e 46 anos que estavam confusas em relação ao calendário. "Eu estava acompanhando o calendário. Achei que no final de semana já era possível vacinar com 46 anos", afirmou o lojista José de Oliveira.

Mesmo quem procurou se inscrever na xepa acabou com alguma decepção. "Eu fui informado que são 7 mil pessoas na fila da xepa só aqui no posto de Santa Cecília. Desisti. Vou esperar mais algumas semanas", disse o professor Jackson Girão, 39 anos.

Apesar de tudo isso, não faltou quem entregasse o braço para a vacina disponível e se emocionasse com a conquista. "Eu nem dormi. Não dormi de tanta ansiedade. Mas valeu a pena", disse a diarista Glaucia Moraes de Araújo. Ela se vacinou em um posto do Carrão, na zona leste.

Mesmo para quem ainda estava mais tranquila, como Rejane Alves de Macedo, 59 anos, que ainda não tinha se vacinado antes por pura preguiça, o momento foi considerado muito importante. "Trouxe minha netinha para fazer as fotos da vacinação. Ela está adorando", contou - enquanto era clicada pela neta Karolina, 8 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".