Artur Xexéo, que morreu hoje aos 69 anos, havia sido diagnosticado com linfoma

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Jornalista, escritor, cronista, autor teatral e comentarista, Artur Xexéo, de 69 anos, morreu neste domingo, 27, no Rio. O jornalista tinha sido diagnosticado com um linfoma não Hodgkin de células T há duas semanas e na última sexta-feira teve uma parada cardíaca. A notícia foi confirmada pela GloboNews, onde Xexéo trabalhava como comentarista do programa Estúdio I.

O linfoma não Hodgkin é um câncer que tem origem nas células do sistema linfático - parte do sistema imunológico. O jornalista fez a primeira sessão de quimioterapia na última quinta-feira. Na sexta, depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória, foi intubado, e acabou tendo um choque séptico. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, na zona sul.

O jornalista Ancelmo Gois, colunista do jornal O Globo, foi o primeiro a dar a notícia da morte do comentarista. Ele definiu o amigo como "um mal humorado muito engraçado", com quem trabalhou nas redações da Veja, do Jornal do Brasil e de O Globo.

"Ele era muito espirituoso, engraçado, inteligente, generoso, um dos melhores amigos que a vida me deu", afirmou Gois, em entrevista à GloboNews. "Eu acho que o jornalismo, e não só o jornalismo, mas toda a cultura brasileira, perdem um personagem importante, de grande valor. Através de seu trabalho, ele celebrou nosso cinema, nosso teatro, nossas artes. E era um grande cronista, que transformava assuntos aparentemente banais em coisas grandiosas."

O jornalista Arthur Dapieve, que também é comentarista do Programa Estúdio I, escreveu nas redes sociais sobre o colega de bancada e ex-editor: "Tenho que me despedir dele, inconformado", escreveu, lembrando que foi Xexéo quem lhe deu as boas-vindas no programa da GloboNews, que ele passou a integrar em 2018. "Foi tudo muito abrupto, muito rápido, muito sofrido."

Colunista do Jornal do Brasil e do jornal O Globo, Xexéo também teve passagens por Veja. Desde 2015, ele participava da transmissão do Oscar na TV Globo. Ele também foi comentarista da rádio CBN, onde participava de um programa junto com Carlos Heitor Cony.

Xexéo chegou a estudar engenharia, mas acabou trocando de curso, para o jornalismo. Segundo ele, foi apenas no terceiro ano da faculdade que tomou gosto pela profissão. "No terceiro ano de faculdade foi ai que eu gostei, comecei a achar aquele mundo interessante, aquele mundo fascinante, mas tudo teoricamente, não era nada na prática", disse em entrevista.

Como jornalista, ele começou a trabalhar em 1978, no Jornal do Brasil. Em 1985, virou subeditor da Revista de Domingo, suplemento de fim de semana do Jornal do Brasil. Em 1992 se tornou colunista do jornal, desenvolvendo um estilo próprio de texto, que acabou se tornando sua marca registrada.

"Eu acho que eu passava essa impressão escrevendo", afirmou em entrevista. "Ah, eu vejo você falando quando leio o que você escreve. E ai eu comecei a ver as coisas que davam certo, então se tivesse mais humor, realmente agradava mais."

Em 2000 ele foi para O Globo, onde virou colunista. Foi também editor do suplemento Rio Show e do Segundo Caderno. Entre os seus livros estão as biografias "Janete Clair: a usineira de sonhos" e "Hebe, a biografia", além do livro de crônicas "O torcedor acidental".

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A Academia Brasileira de Letras (ABL) vai eleger hoje, 30, a partir das 16h, o novo ocupante para a cadeira 7, que era ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro, aos 84 anos.

Ao todo, são 13 concorrentes, incluindo Míriam Leitão, Cristovam Buarque, Tom Farias e Marcia Camargos. O novo ocupante da cadeira deve ser revelado em 30 minutos.

A ABL divulgou também os nomes dos concorrentes às vagas que pertenceram aos imortais Heloisa Teixeira e Marcos Vilaça. Heloisa ocupava a cadeira 30 da Academia. Em abril de 2023, tomou posse como a 10ª mulher eleita imortal. Escritora, crítica cultural e importante nome do feminismo brasileiro, ela morreu dia 28 de março, aos 85 anos.

O advogado, jornalista e escritor Marcos Vilaça morreu no dia seguinte, 29 de março, também aos 85 anos. Ele ocupava a cadeira 26 desde 1985. As eleições para as vagas dos acadêmicos serão nos dias 22 e 29 de maio, respectivamente.

CONCORRENTES

Disputam a vaga que pertenceu a Heloisa o poeta, professor e tradutor Paulo Henriques Britto, e o poeta e compositor Salgado Maranhão. Também estão inscritos Arlindo Miguel, Paulo Roberto Ceratti, Spencer Hartmann Júnior e Eduardo Baccarin Costa.

Entre os inscritos para a sucessão da cadeira 26, que era de Vilaça, estão o advogado, escritor e professor universitário José Roberto de Castro Neves e o escritor, editor, tradutor e historiador Rodrigo Lacerda. Completam a lista Diego Mendes Sousa, Sivaldo Venerando do Nascimento e Evandro Aléssio Rodrigues Pereira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.