João Côrtes dirige seu primeiro longa, 'Nas Mãos de Quem Me Leva'

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Foi em 2013 que o Brasil se encantou com a veia artística do jovem João Côrtes, a partir do momento em que ele protagonizava uma série de comerciais divertidos, contracenando com nomes famosos. A partir daquele momento, o ator de cabelos vermelhos começaria a trilhar seu caminho, mas sem pensar em se restringir à encenação. Versátil e irrequieto, este carioca de 26 anos escolheu quebrar limites, não aceitando ficar em uma zona de conforto, mas a encarar os desafios da profissão.

Para isso, deu início a inúmeros projetos não apenas na frente das câmeras, mas no comando delas também. Com início de carreira no teatro, ainda criança, ele partiu para desafios maiores. E o ruivinho mostrou a que veio, despontando não só na TV, mas no cinema e na música também. Aliás, ele foi o vice-campeão do reality PopStar, em 2018, e deixou o público encantado com sua performance.

Seu mais novo projeto, que estreia na próxima quinta, 8, nas plataformas iTunes, Apple TV+, Google Play, YouTube Filmes, Vivo, Now e Looke, é o filme Nas Mãos de Quem Me Leva. Além de integrar o elenco, João assina o roteiro e também a direção. Além desta nova empreitada, ele pode ser visto em O Anjo de Hamburgo, que é a primeira série brasileira da Globo, em parceria com a Sony, gravada totalmente em inglês. Ao Estadão, João falou sobre sua trajetória e seus projetos.

Como vê a sua evolução profissional?

Esse caminho me realiza profundamente, ao mesmo tempo que me sinto só aquecendo os motores. Eu cresci e evoluí muito nos últimos nove anos de carreira. Por meio de cada trabalho, cada projeto, cada experiência, fui ampliando meus horizontes. É um processo, né? Leva tempo até nos sentirmos seguros e confiantes de quem somos e do que temos a oferecer como artista. E aí, então, potencializamos nosso brilho. Principalmente nesse meio em que trabalho, onde existe um elemento de competitividade bem presente e constante. Você precisa se transformar e se reinventar o tempo todo. Ser artista é uma missão. É um dom, mas também uma responsabilidade enorme. Hoje, tenho um baita orgulho da trajetória que percorri até aqui. Não mudaria absolutamente nada, e tenho clareza de para onde quero ir.

Como foi estrear como ator, estar ao lado de grandes nomes, isso deixou marcas?

Claro! Marcas de aprendizados, de ensinamentos, de trocas artísticas muito ricas... Foi assim que fui amadurecendo como artista, crescendo e expandindo. Cada projeto que escolho é porque acredito que tenha algo a aprender, a evoluir. Seja pelas pessoas envolvidas, seja pela história, pelo personagem... Eu busco trabalhar com quem eleva meu jogo. O que não te desafia, não te transforma... E eu vivo para ser transformado. É um privilégio ter sido dirigido por Fernando Meirelles, Jayme Monjardim, Bruno Barreto, Luiz Villaça, trabalhar com Aracy Balabanian, Beatriz Segall, Denise Fraga, Chico Diaz, Aidan Quinn, Augusto Madeira... tanta gente incrível que me ajudou e agregou no meu caminho.

Como é estar à frente de um filme - direção, roteiro?

Foi uma experiência nova e única para mim. Super intensa. Um desafio totalmente diferente. Eu sempre gostei muito de escrever, desde pequeno. Escrevia crônicas, textos livres, histórias, esquetes. Só em 2018 criei coragem para escrever um roteiro. Foram oito meses escrevendo, desenvolvendo aquela história, criando e construindo aqueles personagens e universos, costurando as narrativas. E foi uma delícia! Me apaixonei pelo processo, e sabia desde o início que queria dirigir aquele filme. Produzimos um longa-metragem 100% independente. Sem nenhuma lei de incentivo. Me deparei com vários novos obstáculos que me tiravam da zona de conforto. Mas isso é um ótimo sinal de que estou no caminho certo. Liderar uma equipe inteira é uma tarefa e tanto! É preciso confiar em cada membro dessa equipe, nos seus instintos, nas suas escolhas artísticas. Manter-se fiel a elas. Ser capaz de tomar decisões rápidas e ter a consciência de que cada uma dessas decisões vai afetar no seu resultado final. Isso desde a pré-produção até o lançamento. Mas talvez mais importante do que tudo isso, é essencial o amor à arte, ao cinema. Esse amor foi meu combustível durante todo o processo. Mas quero deixar claro que, por mais desafiador que tenha sido, eu me apaixonei completamente por dirigir. As cenas. Os atores. Descobrir esse "soft spot" de cada momento. Me encontrei, me senti conectado e livre como nunca antes. Digo para as pessoas que dirigir me fez um ator melhor. Me trouxe perspectiva e aguçou minha sensibilidade e inteligência emocional. Já quero fazer mais!

O que pode falar do seu filme Nas Mãos de Quem Me Leva?

O que posso dizer é que escrevi essa história para aquecer o coração de quem assistir. É um filme singelo, delicado e feminino sobre crescer e amadurecer, sobre as nuances das relações humanas, o quanto nos doamos, o quanto nos machucamos. A montanha-russa de emoções que é viver e sentir demais. No fim, eu quis falar sobre liberdade. Sobre a força inerente que existe em cada um de nós, e nossa capacidade intrínseca de nos reinventarmos. O que espero, como diretor, é que o filme te toque, te faça pensar, rir ou sentir algo - não importa o que.

Destaca algum personagem?

Todos me marcam e têm um lugar especial no meu coração, todos mesmo. Mas posso mencionar o último personagem que fiz, Wilfried, um soldado alemão nazista, vivendo em Hamburgo na Segunda Guerra Mundial, na série O Anjo de Hamburgo, coprodução da Globo Internacional com a Sony. Me preparei muito para esse trabalho. Me dediquei e mergulhei profundamente naquele universo. Estudei o sotaque alemão em inglês, estudei os maneirismos, os gestos, a cultura... E foi muito gratificante. Finalizei confiante de que tinha entregado o meu melhor. Dei tudo de mim. Em breve, vocês poderão acompanhar!

De onde vem seu lado musical? Tem projetos nesse campo?

O lado musical vem da família do meu pai, Ed Côrtes. Praticamente todos os membros desse lado da família vivem da música. Meu avô é compositor e pianista, minha avó é cantora lírica, meus tios são baixistas. Eu tenho um EP pronto, mas que ainda não lancei por questão de estratégia e tempo. Músicas originais, e estou doido para que as pessoas escutem! Em breve!

Algo mudou para você depois de quase ganhar o PopStar?

Mudou muito! O Popstar para mim foi um divisor de águas na carreira. Um trabalho intenso e catártico. Não só pela visibilidade que tive como artista, de poder apresentar ao grande público um João cantor que muitos ainda não conheciam, mas também pelo crescimento pessoal. Entrei no programa porque sabia que seria algo extremamente novo e desafiador. E, conforme o programa foi rolando, fui ganhando confiança, me sentindo mais à vontade, podendo cantar o estilo que gosto e me identifico. Fui vice-campeão. O Popstar foi o empurrão que faltava para finalmente acreditar no meu eu músico. E, como se não fosse o bastante, ainda fui convidado a apresentar a temporada seguinte, ao lado de Taís Araújo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Aos 115 anos, a inglesa Ethel Caterhan acaba de se tornar a pessoa mais velha do mundo. Ela conquistou o título após a morte da freira brasileira Inah Canabarro Lucas, aos 116 anos, na última quarta-feira, 30.

Questionada sobre o segredo de sua longevidade, Caterham, que hoje vive em uma casa de repouso na Inglaterra, entregou: "Nunca discutir com ninguém. Eu ouço e faço o que gosto".

Nascida em 21 de agosto de 1909 na vila de Shipton Bellinger, localizada ao sul da Inglaterra, Ethel é uma das mais novas de uma família de oito irmãos. Ao longo de sua vida, já morou na Índia e Hong Kong, fundou uma escola e teve duas filhas.

Ethel mudou-se para a Índia aos 18 anos, quando foi como babá para acompanhar uma família inglesa de militares. Ficou no país por três anos e, mais tarde, conheceu o futuro marido, Norman Caterham, durante um jantar. Como ele era major do exército britânico, os dois passaram alguns anos morando entre Hong Kong, onde ela fundou uma pré-escola para ensinar inglês e jogos educativos, e Gibraltar, onde o casal teve duas filhas. Ele morreu em 1976, aos 71 anos.

Em entrevista concedida ao jornal The Telegraph, Ethel contou que dirigiu até os 97 anos. "Suponho que se você puder magicamente manter sua energia, boa saúde e senso de aventura, então parece uma boa ideia", disse, em 2022, sobre ser centenária. Hoje, gosta de jogar cartas e foi parabenizada na casa de repouso onde mora ao conquistar o título de pessoa mais velha do mundo, concedido pelo Gerontology Research Group. Ela ganhou uma festa e foi fotografada com uma tiara na cabeça.

"Parabéns à moradora de Lakeview, Ethel, por se tornar a pessoa mais velha do mundo! Que marco incrível e um verdadeiro testemunho de uma vida bem vivida. Sua força, espírito e sabedoria são uma inspiração para todos nós. Um brinde à sua jornada extraordinária!", celebrou a publicação. (Com informações da AP)

Gilberto Gil relembrou o casamento com Nana Caymmi e definiu a cantora como intensa. Considerada uma das vozes mais marcantes da música brasileira, ela morreu aos 84 anos nesta quinta-feira, 1º, em decorrência de problemas cardíacos.

"Para dizer da saudade, da última, da definitiva, da saudade de sempre que ficará de Nana, com quem tive momentos muito felizes no período em que vivemos juntos...", começou o cantor, em vídeo enviado à CNN e posteriormente publicado em seu perfil no Instagram.

"Tivemos uma casa em conjunto, visitávamos a casa dos pais dela, de Dorival e Stella. As lembranças são essas", resumiu, recordando alguns momentos em que estiveram lado a lado.

"As últimas vezes em que estivemos juntos, ela ali em seu apartamento na ladeira no Leblon, enfim. Sempre que nos víamos e nos visitávamos tínhamos muito carinho, intensidade sempre muito forte. Ela sempre foi muito intensa. São lembranças que vão ficar comigo até os meus últimos dias também, já que os últimos dias dela já se foram."

Segundo o cantor, os dois se identificavam muito por meio das canções. "A música nos envolvia de forma muito intensa. Eu começando meu trabalho, ela vinda egressa de uma família com uma presença musical extraordinária. O violão sempre era uma presença muito constante nas nossas vidas, sempre estava ali ao pé da cama", recordou.

Gil e Nana foram casados por dois anos, entre 1967 e 1969, e o relacionamento começou logo após ela terminar o casamento com o médico Gilberto José, com quem teve duas filhas, e retornar para o Brasil. Eles se separaram quando o cantor foi passar um período em exílio em Londres, por conta da ditadura militar.

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Após a estreia do episódio, alguns trechos da entrevista repercutiram nas redes sociais. No entanto, a atriz se deparou com cortes editados, que poderiam causar reações equivocadas de suas falas, e se revoltou com a repercussão.

"Na verdade, juntaram três frases de momentos diferentes da entrevista e montaram essa, né? Aí a narrativa muda, realmente", disse.

Fãs e internautas também se revoltaram com a publicação no X.

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