Sítio Burle Marx vira patrimônio do mundo todo

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O Sítio Roberto Burle Marx, concebido pelo mais famoso paisagista brasileiro, recebeu nesta terça-feira, 27, o título de Patrimônio Mundial da Unesco. Localizado em Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio, o jardim tropical passa a ser o 23.º bem brasileiro agraciado com a honraria. A classificação é concedida a lugares considerados de valor universal e importantes para a cultura mundial.

Paulista de família pernambucana, Burle Marx, morto em 1994 aos 84 anos, passou a maior parte da vida no Rio e morou no sítio por mais de 20 anos. O paisagista é conhecido especialmente por ter introduzido ao modernismo o uso de plantas nativas brasileiras, criando o que hoje se chama de paisagismo tropical moderno. Entre parques, jardins públicos e privados, ele projetou mais de 3.000 instalações.

O sítio reconhecido pela Unesco tem 405 mil metros quadrados de área. São mais de 3,5 mil espécies de plantas tropicais e subtropicais. Há ainda sete edificações e seis lagos, além de acervo museológico com mais de três mil itens. Entre eles, "coleções de arte moderna, cuzquenha, pré-colombiana, sacra e popular brasileira, de cristais e de conchas, além do mobiliário e dos objetos de uso cotidiano da casa", como descreve o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).

Tido como o principal projeto do paisagista, que tem seu legado espalhado pelo País e até fora dele, o sítio foi a residência de Burle Marx por 21 anos, entre 1973 e 1994. Ele já havia adquirido o terreno em 1949, e desde então cultivava o jardim. Hoje, o espaço é visitado, anualmente, por cerca de 30 mil pessoas. Comprada por Burle Marx e por seu irmão, a propriedade era uma antiga plantação de café e banana localizada no meio da Mata Atlântica, a cerca de 50 quilômetros do centro do Rio.

"A chancela estabelece um compromisso para manter os valores excepcionais que tornam esse lugar de importância para toda a humanidade. Temos a missão de preservar para as futuras gerações este espaço de aprendizado e de fomento ao conhecimento sobre natureza, paisagismo, arte e botânica", disse, em comunicado, a presidente do Iphan, Larissa Peixoto.

Indicação

O processo rumo ao reconhecimento da Unesco começou em 2015, quando o sítio foi inscrito na lista indicativa brasileira. O documento final foi formalmente entregue em janeiro de 2019, concentrando-se na defesa do valor do local como laboratório botânico e paisagístico. Do conjunto faz parte a Cozinha de Pedra, onde o paisagista organizava encontros frequentados por artistas, poetas, arquitetos - figuras como Helio Oiticica, Ligia Clark, Pablo Neruda, Oscar Niemeyer, Susan Sontag.

O passo seguinte, agora, será a elaboração de um plano de gestão para o sítio e para o entorno dele, e apontar iniciativas para coibir eventuais ameaças.

Terceira vez

Esta é a terceira vez em que o Rio de Janeiro tem o reconhecimento da Unesco nessa categoria. A primeira se deu em 2012 e dá o devido valor à paisagem carioca, na relação da cidade com o mar e as montanhas. Em 2017, foi a vez do Sítio Arqueológico Cais do Valongo, na zona portuária, por onde cerca de 90 mil africanos escravizados chegaram à América do Sul desde 1811.

Apesar de ter vivido no Rio e de lá ter desenvolvido outros projetos renomados - como o paisagismo do Aterro do Flamengo, do Museu de Arte Moderna e do Palácio Gustavo Capanema, por exemplo -, Burle Marx criou projetos marcantes em outras cidades. São dele os jardins do Palácio do Itamaraty e do Eixo Monumental, em Brasília, e o do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, a atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A artista teve morte encefálica, de acordo com o hospital onde ela estava internada.

Também conhecida como morte cerebral, a morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Como o cérebro controla outros órgãos, quando é constatada sua morte, outras funções vitais também serão perdidas e o óbito da pessoa é declarado.

Millena havia sofrido diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias, recebido diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

O que configura morte encefálica?

Para funcionarem, os neurônios precisam de oxigênio e glicose, que chegam ao cérebro pela circulação sanguínea. Quando algum problema impede o fluxo sanguíneo, essas células podem morrer e as funções cerebrais são prejudicadas. Se a perda das funções é completa e irreversível, é declarada a morte cerebral.

Apesar de alguns órgãos poderem continuar funcionando, o cérebro já não consegue controlá-los. Assim, embora ainda haja batimentos cardíacos, por exemplo, eles tendem a parar. A respiração também não acontecerá sem a ajuda de aparelhos.

O que pode causar a morte encefálica?

Qualquer problema que cesse a função cerebral antes de encerrar o funcionamento de outras partes do organismo causa a morte encefálica. Entre as causas mais comuns estão:

- Parada cardiorrespiratória;

- Acidente vascular cerebral (AVC);

- Doença infecciosa que afete o sistema nervoso central;

- Tumor cerebral;

- Traumas.

Quando a morte encefálica é declarada?

No Brasil, a resolução nº 2.173/17 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece critérios rigorosos para a declaração de morte encefálica. De acordo com especialistas, o protocolo brasileiro é um dos mais criteriosos do mundo.

O CFM determina a realização de uma série de exames para comprovar a perda do reflexo tronco encefálico, aquele responsável por controlar funções autônomas do organismo, como a respiração.

Essa análise deve ser feita por dois médicos que examinam o paciente em horários diferentes, e os resultados precisam ainda ser complementados por um exame - um eletroencefalograma ou uma tomografia, por exemplo.

Morte encefálica e doação de órgãos

A "Lei dos Transplantes" (Lei nº 9.434/1997) estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando constatada a morte encefálica.

Quando isso acontece, as funções vitais do paciente são mantidas de maneira artificial até que a remoção dos órgãos seja feita.

Miguel Falabella atualizou o estado de saúde após revelar em suas redes sociais que estava com hérnia de disco. O ator e diretor publicou um vídeo nesta sexta-feira 2, gravado e compartilhado direto do hospital em que precisou ficar internado para fazer uma cirurgia.

"Quero agradecer muito as literalmente milhares de mensagens que recebi de força, carinho, de afeto", declarou no vídeo, contando já está se recuperando.

"Me operei hoje às 9h da manhã e o médico disse para mim: 'Você vai acordar sem dor'. Eu não acreditei, mas ele tinha razão."

Falabella comunicou na última quinta-feira, 1º, que estava afastado das apresentações desta semana do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em São Paulo, por estar com muita por conta da hérnia de disco.

O ator Edgar Bustamante substitui Falabella nas sessões que vão até este domingo, 4.

No novo vídeo, Falabella comemora estar melhor. Segundo ele, a cirurgia ocorreu sem intercorrências.

"Sem dor, já acordei, já fui ao banheiro, eu estou andando. Esperando alta para ir para casa. Depois dou notícias. Muito obrigado, um beijo enorme, agora é fisioterapia e vida que segue."

Ela veio, apareceu e deu um presente: a passagem de som, que foi praticamente uma 'apresentação extra'. Nesta sexta-feira, 2, depois de quatro dias de espera, Lady Gaga surgiu aos fãs que já estão na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, aguardando o mega show da diva pop que acontece neste sábado, 3.

O ensaio não foi surpresa, ainda assim pegou os fãs desprevenidos. Uma multidão, ansiosa para reencontrar aquela que não via desde 2012, correu em direção ao palco ao ouvir a voz da cantora.

A artista dançou, tocou piano e ficou a poucos metros dos fãs. Aos gritos de "Gaga, eu te amo", a cantora se emocionou e levou a plateia ao delírio com canções como "Abracadabra", "Shallow" e "Garden of Eden".

A passagem de som, iniciada pouco depois das 20h, teve cerca de uma hora de duração, mais de dez músicas apresentadas e troca de figurino - praticamente um show completo depois da sua quase vinda ao Rock In Rio de 2017, cancelada devido a fortes dores causadas pela fibromialgia, mas que rendeu os inesquecíveis memes "Ela não vem mais!" e "Brazil, I'm devastated."

Durante o ensaio de "Vanish Into You", música de seu novo álbum intitulado "Mayhem", o público quase derrubou a barreira de contenção, mas a artista seguiu com a passagem de som sem interrupções.

Ao que tudo indica, a tão esperada apresentação terá um setlist similar ao do Coachella 2025, já que os hits 'Alejandro', 'Paparazzi' e 'Bloody Mary' também marcaram presença na passagem de som.

O show de sábado, gratuito e previsto para começar às 21h45, deve reunir mais de 1,5 milhão de pessoas na orla carioca.

A TV Globo irá transmitir a apresentação ao vivo, que também poderá ser assistida no Multishow e no Globoplay. A expectativa é de um espetáculo histórico, marcando o retorno de Gaga ao Brasil após doze anos.