Preso por morte de garota de programa em Goiás tem outras condenações

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Detido na fronteira do Brasil com o Paraguai na sexta-feira, 6, por uso de documento falso, Leandro Alves da Costa tinha mandado de prisão em aberto em Goiás por suspeita de homicídio da jovem Deyselene de Menezes Rocha. Ela trabalhava como garota de programa e foi encontrada carbonizada em um matagal em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia, em outubro do ano passado. Segundo a Polícia Civil de Goiás, o homem já havia sido investigado, preso e condenado em Aparecida de Goiânia, em 2014, por agredir, estuprar e torturar outras oito vítimas.

Com auxílio das forças policiais do exterior, Leandro foi localizado e preso em Foz do Iguaçu, no Paraná, usando o nome falso de Marcos Andrade. Ele estava na lista de foragidos da Interpol.

Leandro ainda é suspeito de matar uma adolescente de 15 anos, também torturada antes de ser assassinada, em um motel de Ciudad del Este, no Paraguai, menos de um mês após a morte da vítima goiana.

Morte de Deyselene

Junto com Leandro, foi preso temporariamente Wallace Alves Novais, que também estava no motel onde Deyselene foi morta. "Ao que tudo indica, esse comparsa entrou no motel para ajudar o amigo, que já tinha praticado o crime", afirma Fleury.

Wallace chegou com uma mulher ao quarto onde estavam Leandro e Deyselene, segundo a polícia. Imagens do circuito interno do motel ajudaram os investigadores a traçarem a movimentação dos dois casais no dia do crime.

A mulher, considerada testemunha pela polícia, deixou o estabelecimento andando, enquanto Wallace saiu no veículo conduzido por Leandro. A vítima não foi vista saindo do local.

Pelas câmeras de segurança do motel, a Polícia Civil identificou um volume coberto por pano no banco de trás do veículo. "Percebe-se também que referido objeto ou pessoa ocupa o banco todo, tanto que não cabe a outra mulher, que teve que sair a pé do local. Na conta paga no motel por Leandro, há cobrança de um lençol e um travesseiro, que esse levou", afirma Fleury.

O Estadão não conseguiu contato com a defesa dos acusados.

Em entrevista à imprensa na sexta-feira, 13, o delegado Carlos Levergger, de Aparecida de Goiânia, que conduziu os casos das garotas agredidas em 2014, afirmou que as vítimas relataram na época que foram agredidas, forçadas a manter relação sexual sem preservativo e algumas tiveram os rostos desfigurados por objetos cortantes. As oito jovens eram garotas de programa que trabalhavam na região de motéis da BR-153.

O caso foi investigado, Leandro foi condenado e ficou preso cerca de oito anos. "O inquérito foi robusto, com todas as provas, enviado ao Judiciário", disse Levergger. No final de 2021, ele recebeu o benefício de cumprir a pena em liberdade, com o uso de tornozeleira eletrônica.

O atual delegado responsável pelo caso de homicídio de Deyselene, Arthur Fleury, afirma que o modo de atuação do suspeito foi parecido. Só que agora, "ele evoluiu das agressões para o homicídio, provavelmente, para não deixar testemunhas", disse. A jovem goiana, que foi carbonizada, tinha sinais de tortura, como mais de 30 perfurações pelo corpo e um arame enrolado no pescoço.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".