Teto de 75 decibéis em shows não é algo 'fora do comum', diz prefeito de SP

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta terça-feira, 10, que "75 decibéis não é algo fora do comum", ao se referir à lei que elevou o limite de ruído para realização de shows e outros eventos de grande porte em São Paulo. A norma, promulgada pelo Executivo municipal, foi depois suspensa pela Justiça, que considerou indevida a inclusão do assunto em uma lei sobre outro (as cozinhas industriais, conhecidas como "dark kitchens").

"A norma regulamentadora NR-15 diz que um trabalhador que fica exposto durante 40 horas semanais, todos os dias, até 85 decibéis, não está ali sujeito a uma situação de problemas com relação à questão da audição, tem uma segurança do trabalho", disse Nunes à Rádio Eldorado, do Grupo Estado.

"Estamos conversando aqui e meu tom de voz está acima de 60 decibéis", disse nesta terça feira, 10, afirmou ele. Conforme mostrou o Estadão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fixa níveis de salubridade de até 50 decibéis e especialistas apontam danos de saúde com a exposição prolongada ao barulho.

Nunes também negou que a administração tenha proposto aumentar o limite de ruído. Segundo ele, não havia limite de barulho nas Zonas de Ocupação Especial (ZOEs). "No Plano Diretor dizia que deveria se fazer uma legislação do mapa de ruídos da cidade. Depois teve uma lei aprovada, mas nunca foi feito esse mapa de ruídos. Então, tínhamos áreas que não tinham regra com relação ao som e ficava a regra geral, que é de 55 decibéis", afirmou.

O prefeito também negou que a inclusão do artigo sobre ruído na lei que regula as dark kitchens seja um "jabuti". Ele não conseguiu explicar, no entanto, por que as duas questões foram tratadas em um mesmo texto. Nunes citou como semelhança apenas o fato de se tratarem de atividades sem regulamentação.

No início de dezembro, logo após a promulgação, a Justiça atendeu a uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) movida pelo Diretório Estadual do PSOL. Na decisão que suspendeu a regra, o relator, desembargador Fernando Antonio Ferreira Rodrigues, avaliou que o fundamento apontado pelo PSOL de que o artigo "não guarda pertinência temática com o objeto da proposta original" é "relevante", "ao menos nesta fase de cognição liminar". A decisão não abrange o restante da lei das dark kitchens.

O regramento sobre as dark kitchens, contudo, não foi suspenso. Na entrevista, Nunes comentou os avanços obtidos. "Limitou-se de que tem de ter pelo menos 500 metros quadrados, no máximo dez cozinhas e cada cozinha tem de ter, no mínimo, 12 metros quadrados. Só pra fazer um comparativo, tinha lugar que tinha quarenta cozinhas, cozinhas de cinco metros quadrados", comentou.

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Marcelo Rubens Paiva, autor de Ainda Estou Aqui, irá lançar um novo livro, chamado o novo agora. A obra será publicada pela editora Alfaguara, selo da Companhia das Letras, em 22 de abril, e já está em pré-venda.

O novo livro aborda os anos mais recentes da vida de Marcelo, falando sobre o nascimento de seus filhos, crise em seu casamento, a pandemia e alguns de seus projetos profissionais.

Esse será o terceiro volume da saga autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva. O primeiro livro é Feliz Ano Velho, lançado em 1982, em que o autor relata como se tornou tetraplégico ainda jovem. Em 2015, ele publicou Ainda Estou Aqui, que conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, e como ela lidou com o desaparecimento de Rubens Paiva, seu marido, durante a ditadura militar.

A sinopse de O novo agora revela que o livro começa em 2014, quando ele se tornou pai pela primeira vez e sua vida mudou rapidamente. Com escrita alternando entre o presente e o passado, ele tenta resgatar lições e registros deixados por seus pais para educar seus filhos.

Após alguns anos, ele se sente boicotado pelo governo de direita no Brasil e tem que lidar com seus projetos sendo cancelados. Em 2020, o escritor se encontra em isolamento social, com duas crianças para cuidar e uma família em crise para administrar.

Leia a sinopse

Escritor, pai depois dos cinquenta anos, cadeirante e considerado inimigo pelo governo vigente: assim Marcelo Rubens Paiva se descreve, neste livro franco e emocional, sequência autobiográfica de Feliz Ano Velho e Ainda Estou Aqui -- cujo filme, dirigido por Walter Salles e com Fernanda Torres no papel principal, foi vencedor do prêmio de melhor roteiro do Festival de Veneza e candidato ao Oscar de melhor filme.

Nas obras anteriores, ele fala sobre o acidente que o deixou numa cadeira de rodas aos vinte anos, o desaparecimento do pai, Rubens, durante a ditadura militar, e a luta da mãe, Eunice, para cuidar sozinha dos cinco filhos, se tornar uma defensora dos direitos indígenas e, por fim, enfrentar o Alzheimer. Desta vez, em O novo agora, é o próprio Marcelo quem está no papel de pai.

Às vezes bem-humorado, em outras melancólico, Marcelo mergulha nas agruras da paternidade, ao mesmo tempo em que recorda períodos especialmente duros do país: primeiro, a guinada política que atinge em cheio sua família e artistas. Depois, a pandemia. E, em meio a isso, a lenta fragmentação do casamento.

A escrita avança e recua no tempo, retoma memórias de infância e relatos de seus pais e, aos poucos, constrói um retrato complexo de uma família atravessada por crises em diferentes níveis, incerta quanto ao futuro, mas que, aos poucos, aprende a sobreviver. E a sair do outro lado refeita.

Ficha técnica

Título: o novo agora

Autor: Marcelo Rubens Paiva

Editora: Alfaguara

Número de páginas: 272

Preço: R$ 79,90 (livro físico) - R$ 39,90 (e-book)

Data de lançamento: 22 de abril

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Mari Palma usou suas redes sociais nesta quarta-feira, 5, para expor um episódio desconfortável que passou enquanto estava em um hotel no Rio de Janeiro.

A jornalista explicou que estava relaxando na piscina do local quando um homem a reconheceu e a abordou, fazendo um comentário sobre sua aparência.

"Do nada, chegou um cara perto de mim e perguntou: 'Você é a Mari?'. E respondi como sempre faço, com um sorriso, esperando que ele fosse falar algo sobre meu trabalho. Aí falei: 'Sim, sou eu'. Ele olhou para mim na piscina, sentada de biquíni e disse: 'Nossa, na televisão você parece muito mais magrinha'. E saiu", explicou.

A comunicadora relatou ter ficado sem reação após o comentário do homem, julgando a atitude como "inesperada e absurda".

"Custei a acreditar que aquele era o único comentário dele. Ele não falou em nenhum momento sobre o meu trabalho, apenas sobre o meu corpo. O meu trabalho é público, o meu corpo não."

Mari afirmou que mulheres não podem aceitar isso e finalizou seu discurso pedindo para que pessoas parem de comentar sobre a aparência dos outros sem serem solicitadas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Deborah Secco falou sobre sua relação com Hugo Moura após um ano do divórcio. Os dois foram casados por nove anos, de 2015 a 2024, e são pais de Maria Flor, de nove anos.

Em entrevista à Quem, a atriz revelou que mantém uma boa relação com o diretor de cinema, que se mantém afastado dos holofotes.

"O Hugo é uma pessoa que cada vez mais escolhe viver de forma discreta, então eu tenho respeitado muito isso. Mas ele é um grande pai, eu acho que é o melhor pai que ela [Maria Flor] poderia ter. É muito incrível ver a relação dos dois e a cumplicidade dos dois", disse.

Ela também afirmou que pai e filha sempre estarão juntos e manterão contato por conta do laço familiar.

"Ela é a coisa mais importante da minha vida e tenho certeza que é a coisa mais importante da vida dele também [...] Só prefiro não falar muito, porque sei que ele está querendo ficar cada vez mais discreto", finalizou.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais