Operação prende 9 suspeitos de operar guerra do tráfico na fronteira com o Paraguai

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Uma operação prendeu, nesta terça-feira, 7, nove integrantes de duas quadrilhas que travavam uma guerra na disputa por rotas de tráfico de drogas na fronteira com o Paraguai, em Mato Grosso do Sul. Os suspeitos seriam responsáveis por seis mortes e três tentativas de homicídio, entre janeiro e março deste ano, em Amambai e cidades vizinhas. As quadrilhas tinham ramificações em outros Estados e ligações com facções criminosas. Foram apreendidos dinheiro, joias, drogas e armas, entre elas três fuzis.

A ação, coordenada pelo Departamento de Operações de Fronteira (Defron) da polícia estadual, foi concomitante com operação da polícia paraguaia contra integrantes da organização chefiada pelo narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, antigo líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). No outro lado da fronteira, a polícia nacional paraguaia cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis usados por familiares de Pavão.

Denominada "Silent Hill", em referência a uma série de jogos eletrônicos em que uma cidade é dominada por criaturas do submundo, a operação brasileira teve como foco grupos locais, porém com integrantes ligados ao PCC e a uma facção catarinense aliada ao Comando Vermelho (CV) que disputam as rotas de tráfico na fronteira e suas conexões com outros Estados. A investigação foi iniciada depois de uma sequência de assassinatos e tentativas de homicídio entre janeiro e março deste ano.

As seis vítimas foram mortas com vários tiros de pistola, algumas delas no interior de seus veículos, depois de serem emboscadas. Uma das vítimas, um jovem de 18 anos que estava em liberdade provisória, foi atingida por 18 disparos, a maioria na cabeça.

Conforme o delegado Rafael de Souza Carvalho, titular da Defron, as quadrilhas contratavam pistoleiros para eliminar os rivais. "A investigação apontou que a causa dos homicídios era a disputa pelo controle das rotas de drogas, travadas pelas organizações criminosas que atuam em municípios da fronteira, com ramificações em outros Estados", disse.

Com o apoio de um helicóptero, 200 policiais foram mobilizados para cumprir, além dos mandados de prisão, 43 mandados de busca e apreensão em Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Tacuru e Dourados, em Mato Grosso do Sul. Também foram realizadas buscas em Xaxim (SC), Toledo (PR) e São José do Rio Preto (SP) pelas polícias civis dos respectivos Estados.

Os agentes apreenderam drogas, celulares, computadores, documentos e armas - duas pistolas, dois revólveres e três fuzis -, além de R$ 32 mil em espécie e quase R$ 3 milhões em cheques. Os suspeitos presos vão responder por tráfico de drogas, porte e posse de arma de fogo, inclusive de uso restrito, e associação criminosa.

Barão do tráfico

No Paraguai, a polícia nacional do país vizinho fez um cerco para tomar 26 imóveis de Jarvis Pavão, conhecido como "barão do tráfico", que desde 2017 cumpre pena em uma penitenciária federal, no Brasil. A ação fez parte da Operação Pavo Real (pavão em espanhol) que, em julho deste ano, prendeu 23 comparsas do criminoso. Conforme a polícia paraguaia, os bens que estavam em nome de familiares, empresas e até advogados suspeitos de passar informações ao traficante serão agora patrimônio do governo do país.

Embora atuasse individualmente, Jarvis mantinha alianças com o PCC para a entrada de maconha e cocaína no Brasil. De acordo com a polícia paraguaia, mesmo preso, ele continuava comandando o tráfico de cocaína entre os dois países.

O brasileiro foi condenado a 16 anos e cinco meses de prisão pelos crimes de tráfico internacional e associação internacional para o tráfico de drogas. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Jarvis.

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Novo filme da A24, Coração de Lutador - The Smashing Machine ganhou seu primeiro trailer nesta terça-feira, 29. A prévia mostra um irreconhecível Dwayne "The Rock" Johnson na pele de Mark Kerr, um dos maiores lutadores da história do MMA, que enfrenta grandes adversários no octógono ao mesmo tempo em que lida com problemas pessoais e com a fama.

Além de Johnson, o filme conta ainda com Emily Blunt, que interpreta a esposa de Kerr, Dawn Staples. Roberto "Cyborg" Abreu, Ryan Bader e Igor Vovchanchyn, todos atletas do MMA, completam o elenco.

O filme tem direção de Benny Safdie, um dos diretores de Joias Brutas, que assina o roteiro ao lado de Kerr.

Coração de Lutador - The Smashing Machine estreia no Brasil em outubro.

Clique aqui para assistir ao trailer

O cantor Orlando Morais criticou uma suposta falta de destaque a Glória Pires durante o especial de 60 anos da Globo, que ocorreu nesta segunda-feira, 28. Em uma publicação no Instagram, Orlando disse considerar que a emissora foi "injusta" com a trajetória da atriz, que é sua esposa.

O Estadão entrou em contato com a Rede Globo para um posicionamento da emissora sobre a declaração, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Glória encerrou seu contrato de exclusividade com a Globo após 54 anos no ano passado. "Participei dessa parceria linda. Sei que você não vai gostar do post. Não falo aqui como seu amor, como seu marido. Falo como brasileiro", escreveu Orlando.

A atriz apareceu durante uma reunião como vilãs clássicas das telenovelas. Ela interpretou a gêmea má Raquel, de Mulheres de Areia, de 1993. Também houve uma rápida menção a Maria de Fátima, de Vale Tudo, agora vivida pela atriz Bella Campos, atualmente no ar.

Na última quinta-feira, 24, ela comentou, em uma declaração enviada ao Estadão, sobre a sensação de se ver caracterizada novamente como a vilã. "Foi estranhíssimo, esteticamente falando, mas um exercício delicioso de resgatar dentro de mim algo feito há 30 anos", disse.

O último papel de Glória na emissora foi também uma vilã: Irene, de Terra e Paixão. Apesar de ter encerrado seu contrato de exclusividade, a atriz ainda pode ser contratada por obra.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a cobrança de uma dívida de R$ 1,6 milhão atribuída à apresentadora Ana Hickmann em uma ação movida pelo Banco Sofisa. A decisão considera a possibilidade de sua assinatura ter sido falsificada em contratos firmados com a instituição.

O valor é referente a contratos em nome da empresa Hickmann Moda Fashion, um dos negócios que a apresentadora mantinha com o ex-marido, Alexandre Correa. Em 2023, o banco acionou judicialmente Ana, Alexandre e a empresa, solicitando inclusive a pré-penhora de bens dos três como forma de garantir o pagamento, caso eles não fossem localizados para responder à ação.

Ana afirma ter sido vítima de falsificação de assinaturas em contratos bancários e, em outras ocasiões, chegou a declarar que essas irregularidades teriam sido cometidas por Alexandre. Agora, a Justiça suspendeu a execução da dívida após acolher o argumento da defesa da apresentadora de que sua assinatura pode ter sido falsificada.

O Estadão teve acesso ao processo que corre na 8ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, onde a Justiça suspendeu a execução da dívida de R$ 1,6 milhão movida pelo Banco Sofisa. Em nota, a defesa de Ana Hickmann afirmou que a decisão foi tomada "diante dos indícios de falsificação das assinaturas presentes no contrato". A equipe jurídica acrescentou ainda que outras ações - movidas por Safra, Valecred e Banco do Brasil - também estão suspensas pelas mesmas razões.

Segundo a nota, "perícias grafotécnicas judiciais já comprovaram que assinaturas atribuídas a Ana Hickmann em contratos com o Banco do Brasil e Itaú são falsas. Além disso, o Bradesco decidiu não seguir com uma cobrança contra a apresentadora após reconhecer a falsidade da assinatura".

O Estadão também entrou em contato com a equipe de Alexandre Correa, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações de todas as partes envolvidas.