Deputados da Câmara citam possibilidade de criar CPI para apurar atuação de Enel SP

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O presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo de Castro (União-MG), citou na manhã desta quarta-feira, 22, a possibilidade de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a atuação da Enel São Paulo. A sinalização, que tem apoio de deputados do colegiado, tem como pano de fundo a insatisfação com a ausência do presidente da distribuidora no Brasil, Nicola Cotugno, em audiência pública sobre os blecautes em São Paulo prevista para esta terça-feira, 22.

Diante da ausência, os deputados decidiram adiar a reunião. Também estavam previstas participações do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, e do CEO da Enel SP, Max Lins, que compareceram ao colegiado. Contudo, parte dos parlamentares insistiram na presença do presidente nacional, que foi convidado para comparecer ao evento, mas recusou o convite às vésperas da audiência.

Castro definiu a ausência como um "descaso" e "desrespeito" com a Câmara e afirmou ser "intolerável". "Demonstra prepotência da Enel, sua falta de capacidade de diálogo", disse. "Nós temos, inclusive, se ele não acatar o convite novamente, instrumentos para que a Enel seja fiscalizada. Podemos editar uma Proposta de Fiscalização e Controle e até mesmo uma CPI. Teríamos muito mais possibilidade para que a empresa realmente trave um diálogo, dê explicações."

Segunda maior distribuidora do país, a empresa responde por 10,3% de toda energia distribuída no Brasil, atendendo 7,8 milhões de unidades consumidoras em 24 municípios da região metropolitana do Estado, incluindo a capital paulista.

No início do mês, um apagão, após fortes chuvas e ventos, deixou 4,2 milhões de unidades consumidoras em 23 municípios de São Paulo sem energia, incluindo a capital. Em algumas localidades, o serviço levou dias para ser restabelecido. A ocorrência levou a Aneel instaurar processos de fiscalização para averiguar a atuação da Enel SP e também de outras seis distribuidoras de energia que atuam no Estado. Com a onda de calor, na semana passada, novas interrupções voltaram a ser registradas.

Na última semana, a Aneel reforçou, em nota, que segue analisando os casos após o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmar que havia solicitado o cancelamento do contrato de concessão com a Enel SP. "A Aneel pretende ter os primeiros resultados em 30 dias e nesse processo serão analisadas diversas dimensões do problema."

Renovação das concessões

Ao falarem sobre o tema, deputados também citaram o processo de renovação das concessões de distribuição de energia elétrica. Os parlamentares vêm reclamando sobre a exclusão do Congresso Nacional no debate sobre o tema, que vem sendo conduzido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU). O pleito pela participação do Legislativo ganhou força recentemente com apoio do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

"O que temos assistido, em muitos casos, é um desserviço das distribuidoras. Tarifas altas, falta de prestação de serviço e, pasmem, as distribuidoras estão para ganhar como prêmio a renovação das suas concessões por 30 anos, sem que essa discussão se faça no Congresso, sem a participação da sociedade", afirmou Castro.

A situação levou o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), que relata o assunto na Subcomissão Especial de Hidrogênio Verde e Concessões de Distribuição, a apresentar uma proposta legislativa sobre a renovação das concessões. O texto condiciona as prorrogações das concessões à autorização do Congresso Nacional. Por outro lado, o governo, que aguarda parecer do TCU para publicação de um decreto com as regras, vêm defendendo que não há necessidade de passar pelo crivo do Congresso.

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Uma pintura de Mark Rothko avaliada em US$ 56 milhões (R$ 318 milhões na cotação atual) foi danificada após uma criança "riscá-la" durante uma visita a um museu na Holanda.

O caso aconteceu na semana passada. O quadro era exibido como peça de destaque no Museu Boijmans Vans Beuningen, em Roterdã.

À BBC, um porta-voz do museu descreveu o dano como superficial. "Pequenos arranhões são visíveis na camada de tinta sem verniz na parte inferior da pintura", explicou.

"Foram requisitados especialistas em conservação na Holanda e no exterior. Atualmente, estamos pesquisando os próximos passos para o tratamento da pintura", completou.

A gerente de conservação da Fine Art Restoration Company, Sophie McAloone, disse ao veículo que pinturas modernas sem verniz, como a de Rothko são "particularmente suscetíveis a danos" por causa da "combinação de materiais modernos e complexos, da ausência de uma camada de revestimento tradicional e da intensidade dos campos de cores planas, que tornam até as menores áreas de danos instantaneamente perceptíveis."

"Nesse caso, arranhar as camadas superiores de tinta pode ter um impacto significativo na experiência de visualização da peça", concluiu.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Manoel Carlos, de 92 anos, reapareceu nas redes sociais nesta terça-feira, 29, em uma foto publicada pela filha, a atriz e empresária Júlia Almeida.

A imagem, que mostra pai e filha no apartamento onde vivem no Rio de Janeiro, marca a primeira aparição pública do autor desde que enfrentou uma piora no estado de saúde.

Conhecido por novelas como Laços de Família, Por Amor e Mulheres Apaixonadas, Manoel Carlos sofre de Parkinson e passou por uma cirurgia em dezembro.

Desde então, mantém uma rotina mais reservada. Em janeiro, Júlia negou rumores de que o pai estaria isolado e afirmou que o recolhimento foi uma escolha dele próprio.

"Ele é uma pessoa discreta, que pediu para ficar mais recluso. Está bem cuidado, com equipe médica e ao lado da minha mãe, como ele escolheu estar", declarou na ocasião.

Na legenda da publicação mais recente, Júlia compartilhou uma reflexão sobre pausas, simplicidade e criação com propósito. Sem mencionar diretamente o estado de saúde do pai, ela escreveu: "Pausar não é se afastar. É voltar pro corpo, pro que é simples, pro que já está aqui".

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O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) anunciou nesta quarta-feira, 30, uma seleção de artistas que vão se apresentar na 8ª edição do Prêmio Sim à Igualdade Racial. A iniciativa tem o propósito celebrar pessoas negras e indígenas, empresas e iniciativas que se destacam na luta pela igualdade racial no País.

João Gomes, Sandra de Sá, Belo, Gaby Amarantos e Djonga se unem a JotaPê, Majur e Os Garotin e vão se apresentar durante a cerimônia, que será realizada no próximo dia 7 de maio, quarta-feira, no Rio de Janeiro. Os melhores momentos serão transmitidos na Globo no dia 25, após o Fantástico.

Completam o line-up Altayr Veloso, cantor e compositor carioca; Dom Filó, DJ, produtor cultural e ativista do Movimento Negro; Maria Preta, rapper e poeta; Zaynara, cantora e compositora paraense; Kena Maburo, artista indígena, e Ilê Aieyê, primeiro bloco afro do Brasil, além das finalistas Djuena Tikuna e Kaê Guajajara, artistas e ativistas indígenas

"Nesta edição, reunimos artistas que representam a alma da música brasileira e que, com sua arte, reforçam a urgência da igualdade racial. Cada show é uma manifestação de afeto, ancestralidade e resistência", afirma o diretor Tom Mendes.

Além de premiar os destaques nos três segmentos principais, cultura, educação e empregabilidade, o prêmio neste ano também promete levantar questões relativas à mudança climática e a pautas de gênero, e buscar diálogos direcionados às regiões Norte e Nordeste do País.