Vilma Nascimento, porta-bandeira da Portela, diz ter sofrido racismo em loja de aeroporto

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Vilma Nascimento, histórica porta-bandeira da escola de samba Portela, contou que foi vítima de racismo na loja Dufry Brasil, no aeroporto de Brasília. O fato se deu um dia após a baluarte ser homenageada, na capital do País, no Dia da Consciência Negra.

Vilma, de 85 anos, detalhou o que aconteceu no Encontro desta sexta-feira, 24. Ela estava acompanhada de sua filha, Daniele. "Quando nós chegamos no aeroporto, Daniele quis comprar uma lembrança para o filho dela e para o marido. Ela ficou olhando o presente, fiquei vendo os perfumes. Sou considerada, no mundo do samba, a cheirosa", brincou.

"O vendedor ficou me acompanhando, me falando os preços porque não enxergo direito", relatou. "Quando Daniele acabou de comprar, ela pagou o que comprou e saímos. Quando passo pela loja, a segurança chama a gente para entrar e revistar a bolsa".

Segundo a carnavalesca, a segurança pediu que Vilma retirasse todos os pertences da própria bolsa por suspeita de furto. O momento foi registrado por Daniele e divulgado nas redes sociais.

"Nunca imaginei ter que passar por isso na vida", declara Vilma no vídeo.

"Ela primeiro me abordou", contou a filha. "Estavam suspeitando que peguei um produto da loja sem pagar. Foram seguindo naquela abordagem, minha mãe não tinha percebido nada. Só vi que a fiscal estava me levando para dentro da loja. Aí, escutei alguém falar no rádio para ela: 'não leva essa não. Vasculha a bolsa da senhora'". Segundo Daniela, nesse momento, ela começou a se preocupar com a mãe.

"Nessa hora, o que dá vontade é de perder o controle", ressaltou. "Aí pensei: 'Vou gravar'. Fiquei com medo da minha mãe ser incriminada por alguma coisa, então comecei a gravar para provar a inocência dela".

De acordo com a filha de Vilma, após a porta-bandeira mostrar que não tinha roubado nada, a segurança foi instruída a continuar vasculhando. Nesse momento, Daniela quis chamar a polícia. "Eu ainda perguntei: 'Quer que eu fique nua? Fico nua aqui na loja'", contou Vilma.

Daniele chegou a questionar o motivo daquela situação. "Eu perguntei: 'Por que vocês estão tratando a gente assim? É por causa da nossa cor?'", questionou. Segundo ela, a segurança respondeu que estava fazendo trabalho dela. A filha de Vilma conta que, ao querer sair da loja, se sentiu tratada "como uma ladra fugitiva".

"Eu ia quebrar aquela loja", contou Vilma, que se sentiu indignada. Quando elas finalmente saíram da loja, Daniele afirma que desabou e começou a chorar. Elas quase perderam o voo devido à situação.

Segundo a apresentadora do Encontro, Patrícia Poeta, a polícia abriu um inquérito para investigar o ocorrido. Caso seja comprovada a discriminação racial, os autores podem sofrer pena de prisão. Daniele também ressaltou uma ocorrência sobre o caso foi aberta na Câmara dos Deputados.

Loja pede desculpas

A Dufry divulgou um comunicado na quinta-feira, 23. Na nota, a empresa pede desculpas públicas "pelo lamentável incidente ocorrido na loja do aeroporto de Brasília" e afirma, ainda, que "a abordagem feita pela fiscal de segurança da loja está absolutamente fora do padrão" do grupo.

"Em razão da falha nos procedimentos, a profissional foi afastada de suas funções. Este tipo de abordagem não reflete as políticas e valores da empresa", ressaltou a empresa. "A Dufry está reforçando todos os seus procedimentos internos e treinamentos, em linha com as suas políticas, para impedir que situações assim se repitam".

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O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro Ainda Estou Aqui, divulgou uma imagem curiosa em suas redes sociais neste domingo, 9.

Em seu X, o filho de Rubens e Eunice Paiva compartilhou a capa de um DVD pirata do filme de Walter Salles.

O longa, que faturou o Oscar de Melhor Filme Internacional, foi baseado na obra escrita por Marcelo.

Na imagem, a capa amassada de um disco falso apresenta o filme Ainda to Aqui. Além do cartaz do filme, também é possível ler uma garantia de qualidade técnica: "Imagem e som filé".

"Filé?", questionou o escritor brasileiro em seu perfil no X. Os seguidores do autor, então, explicaram que o termo era uma gíria que significava algo de boa qualidade.

"Filé é sinônimo de coisa boa, arretada, extraordinária em boa parte do Nordeste, amigo", escreveu o jornalista e escritor Xico Sá.

"Sinônimo de pirataria de boa qualidade, ou seja, o camarada não gravou a tela do cinema com o celular, provavelmente, ele baixou o MP4 em alta resolução e disponibilizou por um preço mais acessível", escreveu outro usuário.

A atriz Ingrid Guimarães relatou ter sido coagida e ameaçada por funcionários da American Airlines durante um voo de Nova York para o Rio de Janeiro, no último sábado, 8. Em publicações no Instagram e no X (antigo Twitter) a artista classificou a situação como "absurda" e "abusiva", detalhando o constrangimento que sofreu a bordo.

Segundo Ingrid, a confusão começou quando foi pressionada a ceder seu assento na classe premium economy para um passageiro da classe executiva que enfrentava problemas com a poltrona. Ao recusar a mudança, a atriz afirmou que começou a ser intimidada por funcionários da companhia.

"Foram aparecendo três pessoas, todas me ameaçando e dizendo que o voo não ia sair, que todo mundo ia ter que descer por minha causa", relatou. De acordo com Ingrid, uma das funcionárias chegou a anunciar no microfone que o desembarque de todos os passageiros aconteceria por conta de uma única passageira, apontando diretamente para ela.

A atriz também contou que sua família tentou intervir, mas foi repreendida por uma funcionária. "Eu fiquei constrangida porque alguns brasileiros que não sabiam da situação começaram a gritar comigo. E é claro que, diante desse constrangimento público, acabei indo para a classe econômica", desabafou. Como compensação, recebeu apenas um voucher sem explicações.

A denúncia gerou grande repercussão entre os seguidores de Ingrid, que declarou que tomará medidas jurídicas contra a companhia aérea. O Estadão entrou em contato com a assessoria da American Airlines Brasil e aguarda retorno. O espaço segue aberto.

Luciano Huck e Angélica homenagearam o filho Joaquim com postagens feitas nas redes sociais no último sábado, 8, quando ele completou 20 anos.

A mãe escreveu, junto de fotos com Joaquim: "Hoje, meu coração transborda de amor, orgulho e admiração por você. Vinte anos… como o tempo passou depressa!".

"Ainda 'ontem' você era tão pequeno, frágil, cheio de curiosidade pelo mundo. E agora, vejo diante de mim um homem incrível, forte, íntegro e pronto para seguir sua própria jornada. Você sempre esteve além da sua idade. Desde pequeno, carregou uma responsabilidade admirável, uma honestidade inabalável e um coração gigante, capaz de acolher e cativar todos ao seu redor. Seu carisma deixa tudo mais leve, mais bonito, mais cheio de vida. Quanto orgulho da sua essência, meu filho! Te amo e te admiro demais! Que essa nova década traga ainda mais conquistas, aprendizados e momentos inesquecíveis. Seja feliz, meu filho! Estarei sempre aqui, torcendo, vibrando e te amando incondicionalmente", finalizou.

Confira aqui

Huck também dedicou um espaço nas redes sociais para o aniversário do filho.

"Há exatos 20 anos, no dia 8 de março de 2005, em pleno Dia Internacional da Mulher e no aniversário de Hebe Camargo, ele chegou em nossas vidas: Joaquim.

Com seus cabelos espetados, veio para transformar nosso mundo. Joaquim foi o primeiro passo para o salto mais importante da minha vida: nossa família.

Nosso primogênito nasceu sob os holofotes - sua chegada foi um evento. Teve uma infância muito diferente da nossa, cercada de privilégios, passando de camarim em camarim, vivendo os bastidores da TV como poucos. Uma receita que poderia ter desandado.

Mas não. Muito pelo contrário. Joaquim se tornou um homem curioso, interessado e interessante, fiel aos seus valores, inteligente, pronto para qualquer conversa e sempre com uma pitada de humor afiado - uma companhia deliciosa.

Parabéns, meu filho! Que você siga sendo esse cara incrível. Te amo. Amor maior que eu."

Confira aqui

Além de Joaquim, Luciano e Angélica são pais de Benício, de 16 anos, e de Eva, de 12.